Flor de Lótus escrita por Claire


Capítulo 8
Emboscada


Notas iniciais do capítulo

Bom eu vou continuar a história por dois motivos, primeiro meu motivo de ter escrito a história original voltou ♥ e segundo Mileena (sim, Mileena, depois de quatro meses sem entrar aqui foi bem surpreendente ver seu comentário ^^'' desculpa)
A história original tinha luta, a escola era um dojô. Refiz mudando muita coisa... Não sei se ficou melhor mas aí está. Não vou mais abandonar a história. Mil perdões =/



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As horas que se seguiram passaram como um borrão para Dayla. Não que ela não quisesse ficar acordada, mas não era fácil ficar dois dias sem dormir. Pelo que Logan podia perceber eles já tinham percorrido quase metade do caminho quando de novo precisaram parar. Era o meio de cidade grande mas ele não tinha certeza de qual. Não que ele se importasse também, estava no caminho certo com toda certeza… Dayla acordou quando o carro parou no estacionamento de um hotel de beira de estrada.

_ Onde estamos?

_ Em algum lugar. Chegaremos lá amanhã, mas antes precisamos conversar.

Sem deixar que Dayla respondesse ele saiu do carro e foi direto para a recepção. A principio Dayla esperou que ele voltasse para o carro mas logo percebeu que ele não faria isso, então saiu e seguiu-o até a recepção gelada por causa do ar condicionado ligado no máximo. A moça atrás do balcão dizia qualquer coisa sobre despesas extras enquanto procurava a chave no quadro de madeira pendurado na parede. Quando enfim ela voltou com a chave e deu uma olhada em Dayla seu sorriso desapareceu.

_ Desculpe eu não posso alugar quartos para casais, aqui não é um motel. - Visivelmente aborrecida com a presença da ruiva, a moça apenas cruzou os braços e ficou olhando para Logan enquanto ele mexia nos bolsos.

_ Tenho certeza de que você pode fazer uma exceção.

Do bolso ele tirou um pequeno bolo de notas de cem que colocou em cima da mesa enquanto piscava para ela. A recepcionista apanhou o dinheiro com um sorriso estranho no rosto e entregou a chave para ele, passando um olhar irritado para Dayla em seguida. Ela não parecia mesmo ter gostado da ideia de alugar um quarto para a ruiva…

O quarto em que foram alocados era o primeiro do segundo andar e era amplo apesar de pobremente iluminado e cheirando a mofo. O horroroso papel de parede floral conseguia ficar ainda pior em contraste com o carpete azul cheio de manchas e a única coisa que indicava alguma diversão era uma TV pendurada no teto que só pegava os canais livres. Logan entrou na porta lateral vasculhando o banheiro por alguns instantes e então voltou, mexeu na mochila que levara consigo e retirou de lá uma pasta parda fina.

_ Antes preciso revisar algumas coisas. Se quiser dormir um pouco, te acordo quando estiver pronto para falar com você.

Aquelas palavras foram como um banho de água fria para Dayla já que ela realmente imaginou que fosse conversar com ele sobre tudo aquilo. Ela podia protestar; podia gritar e exigir respostas; mas ela sabia que não adiantaria, Logan só fazia o que queria. Tinha aprendido isso depois de passar horas fazendo perguntas que não foram respondidas. Em vez disso preferiu ir até a cama e retirar os tênis e as meias, estava a um dia e uma noite com aquilo e sentia como se a pele fosse sair em suas mãos. Deitou-se e ligou a TV, zapeando até achar um documentário sobre crimes não resolvidos.

Enquanto Dayla perdia seu tempo vendo TV, Logan experimentava uma nada familiar confusão. Os arquivos estavam todos certos… Ali tinha até mesmo a data e o local de nascimento, pelo amor de deus! Ele fechou os olhos se lembrando da primeira vez que pegara aquela ficha. Não era difícil se lembrar até mesmo da textura do papel de parede atrás da mesa do escritório de Angel, então não era de se espantar que ele lembrasse direitinho de toda a conversa que tivera com sua assistente quase um ano antes. Haviam outras pastas em cima da escrivaninha e o filtro d'agua estava pela metade; Angel revisou as informações duas vezes antes de lhe entregar aquela pasta; Não tinha como ela ter errado e menos ainda ele. Logan não errava.

Ele abriu a pasta parda e retirou a ficha completa daquela cliente irritante que bocejava para a TV sem conseguir esconder sua frustração. Encontrar um erro, ainda mais um erro supostamente seu, era algo que Logan odiava fazer. Ele repassou os momentos antes de Angel entregar-lhe a ficha e percebeu algo quase imperceptível. Tales estava na sala.

Tales era o supervisor geral e não costumava ficar durante as delegações, o que tornava sua presença na sala meio estranha. Era um homem de mais de quarenta anos, olhos castanhos inteligentes e uma atitude positiva diante das mais diversas situações… Era alguém agradável na maioria das vezes, mas se tornava o pior inimigo de qualquer um se a situação assim determinasse necessário. Ele tinha mexido na máquina de xerox, Logan se lembrava de ter visto isso com sua visão periférica; logo depois Angel foi lá buscar as cópias das fichas para poder repassar as informações com ele e…

_ Logan? Quanto tempo isso vai demorar?

Dayla estava sentada na cama olhando-o com aquela expressão de sono de quem já não conseguia mais encontrar o que fazer. Ele não se lembrava do horário certo em que tinha sentado naquela mesa mas seu relógio interno sugeria uma hora e meia ou um pouco mais.

_ Já terminei. Não foi erro meu mas preciso checar algumas coisas depois.

_ E sobre o que queria falar comigo?

_ Quero saber por que você está aqui. Digo no país, por que? - Logan virou a cadeira na direção de Dayla.

_ Meu pai me mandou para cá para estudar… Isso importa?

_ Recebi sua ficha a mais de um ano mas você demorou para chegar na escola.

Dayla parou para pensar sobre isso. Seja lá quem fosse, ele obviamente conhecia-a o bastante para salvar-lhe a vida e o fato dele dizer que tinha sua ficha a tanto tempo… O que exatamente aquilo significava?

_ Dayla eu acho que não foi um erro que levou você para o quarto daquela menina.

(…)

Paul já estava na porta do hotel a mais de duas horas esperando anoitecer, não gostava nada de imaginar pessoas zanzando por aí enquanto ele montava as bombas. Agora enfim as duas estavam posicionadas estrategicamente, uma na janela e outra na porta do primeiro apartamento do segundo andar. A da janela era bomba de gás, mas a da porta era feita de explosivos mesmo; Era parte de sua melhor armadilha: encher o quarto de gás e forçá-los a sair, explodindo a porta assim que eles passassem por ela. E com um agradecimento enorme enfim a irritante recepcionista saía do hotel e seguia para seu carro. Paul esperou que ela fizesse o retorno e desaparecesse na curva da estrada antes de acionar uma alavanca acoplada a um dispositivo remoto que emitiu três bipes baixos antes de indicar que o gás estava sendo liberado.


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Notas finais do capítulo

Vou explicar melhor quem é Tales nos proximos capítulos e também vou colocar mais ação na história xD Capítulo dedicado para a Mileena como minha forma pessoal de desculpas ^^'



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