5.

Era hoje. Natsu iria se confessar para sua amada. Lhe daria flores como nos filmes que assistira nos últimos dias, como uma forma de "treino" sobre o que deveria fazer.

Escolheu a noite, afinal, Lucy amava qualquer coisa assemelhada aos astros. E nada melhor do que um belo céu escuro repleto de estrelas para deixar o clima mais romântico, não? Há algumas semanas, ela havia lhe contado uma das histórias mais famosas de um tal de Shakespeare, e Natsu tinha decidido que faria o mesmo que Romeo fizera com Julieta: se confessaria debaixo da janela.

Era um pouco vergonhoso, tinha que admitir, então optou por ficar na batente da janela mesmo.

Estava de frente ao prédio dela, segurando um buquê de lírios brancos. A luz de seu quarto estava acessa, era o momento da noite em que Lucy saía do banho e escrevia até a meia noite. Engoliu o seco. Estava nervoso.

Antes que criasse coragem para pular até a janela da maga celestial, foi pego de surpresa.

Lá estava ela, sua loira. Ventava, e suas madeixas douradas dançavam junto com a brisa noturna. Mesmo de longe, podia fitar seus olhos castanhos brilhantes. Arregalou os olhos. Como pode ser tão linda?

— Natsu?! — Exclamou. — O que está fazendo aqui?

— Ahn, eu... — Coçou sua nuca, escondendo as flores atrás de seu corpo. De repente, todo o treinamento na frente do espelho tinha sido em vão.

"Lucy..."

— Natsu! Esta saindo fumaça da sua cabeça! Você está bem? — O rosado colocou uma das mãos em seu rosto. Estava muito nervoso.

— Esquece! Nos vemos amanhã! — Gritou, e saiu correndo. Estava pegando fogo.

E deixara uma loira perdida e confusa para trás em sua sacada, pensando no que acabara de acontecer.