4.

Ela sempre foi uma bela mulher. Querida, gentil e educada. Claro, Lucy tinha seus defeitos: era histérica e nervosa, mas isso não desmerecia sua beleza e grandeza. É exatamente por isso que Natsu sempre gostou dessa loira problemática e estranha.

No entanto, ela se transformava em alguém completamente diferente quando ingeria álcool.

— Natsuuu... — Sussurrou no ouvido do dragon slayer. — Por que não brincamos um pouco?

Ele revirou os olhos. Carregava Lucy em suas costas, na tentativa de leva-la para casa. Depois de uma festa na guilda e de muita influência por parte da Cana, ela tinha acabado nesta situação.

Abriu a porta do apartamento e colocou-a em cima do sofá, com cuidado.

— Lucy, vai dormir — falou, em pé, encarando sua companheira.

A loira sorriu, maliciosa. Levantou-se novamente, meio tonta — ou completamente tonta — e entrelaçou seus braços em volta do pescoço do rapaz. Retirou seu cachecol branco e jogou-o no sofá.

— Eu quero que você durma comigo — suas palavras eram pouco compreensíveis, e seu tom estava descontrolado. Natsu engoliu o seco. O que fazer num momento desses? Respeitar sua melhor amiga num momento difícil de sua vida ou simplesmente se levar pelo o momento?

Sentiu os seios da menor pressionados contra seus músculos. Lucy arranhava levemente sua nuca e beijava-lhe o maxilar.

Bufou e desistiu de se segurar. Encostou seus lábios com a boca dela, que tinha gosto de bebida.

Talvez, Natsu gostasse da versão transformada de Lucy mais do que imaginava.