School Days escrita por Isa


Capítulo 75
Capítulo 75: Girlfriend




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O som estridente do despertador acordou Gwen do seu sono. “Droga, não acredito que me esqueci de desligar essa porcaria!” Pensou, enquanto tentava inutilmente desligá-lo sem precisar se levantar. Para que servia um sábado se ela não podia dormir até tarde?

Meio zonza, se forçou a sair da cama, sentindo sua garganta seca e dolorida. Percebendo que não conseguiria voltar a dormir, caminhou até seu guarda-roupa após desligar o maldito aparelho. Como provavelmente ficaria em casa, pegou peças de roupas aleatórias – como se as que normalmente vestia combinassem.

Por fim, acabou desistindo também de trocar-se, devido ao frio que sentia. Mesmo que não fosse dormir, voltou para cama, com seu notebook em mãos. “Não deve ser nada demais...”

(...)

Josh acordou de bom humor. Nem tinha como não estar, já que as coisas com Rony haviam se resolvido. Agora, era só manter. Precisava aprender a controlar seus ciúmes, para não acabar estragando seu relacionamento... Talvez Dave não tivesse mesmo a intenção de ser mais que um amigo e tudo fosse coisa da sua cabeça. E mesmo se não, Isaac estava certo. Os sentimentos do “projeto de modelo da Abercrombie” não importavam, pois era ele que o loiro amava.

Chegando na cozinha, se deparou com uma cena no mínimo inusitada: Frannie tomava café da manhã com seus pais e seu irmão.

– Fran?

– Bom dia, Josh... – Sorriu-lhe a amiga. Parecia realmente feliz.

– O que está fazendo aqui uma hora dessas? – Se viu perguntando.

– Ah, ela dormiu aqui. – Sua mãe respondeu pela garota. – Com o Mattie... – Sussurrou, como se fosse uma espécie de segredo. Isso fez Josh rir discretamente.

– Espera aí! – Cruzou os braços. – Por que ela pode dormir aqui e o Rony não?

– Porque vocês dois são como coelhos. – Afirmou Matt, em tom brincalhão.

– I-Isso não é verdade! – Olhou para o outro lado, constrangido. – Agora falando sério, qual é o motivo?

– Esse é o motivo. – Falou seu pai, rindo e o fazendo corar mais ainda. – Nós nunca dissemos que ele não podia dormir aqui, filho... Pode trazê-lo quando quiser...

– Sério? – Arregalou os olhos, surpreso. – Obrigado! – Se segurou para não comemorar feito Isaac quando ganhava ou zerava um jogo. – Vou falar com ele agora mesmo...

– Não falei? Coelhos!

– Idiota... – Resmungou, fuzilando com o olhar o irmão, que gargalhava acompanhado de Frannie.

(...)

– 39°, pai. – Disse Gwen, olhando para John.

O homem suspirou e então pegou o termômetro de volta.

– Bom, então está resolvido. Você não vai sair de casa hoje...

“É, não faz mal. Eu já não ia sair mesmo...” Ela suspirou, deitando-se outra vez. Começava a se sentir cansada e agora sua garganta queimava, além do frio insuportável e uma incômoda dor de cabeça.

– Tudo bem. – Concordou, como não fazia diferença alguma.

– Sua mãe e eu precisamos sair. – Informou, parecendo se sentir culpado por isso. – Temos uma reunião de negócios importante, mas voltaremos o mais rápido possível, está bem?

– Não se preocupe tanto, é apenas um resfriado e... – Começou a tossir. – Eu sei onde ficam os remédios, se eu precisar de qualquer coisa é só descer até a cozinha.

– Se quiser, um de nós pode ficar em casa para cuidar de você...

– Não precisa, é sério. – Bocejou. – Acho que mudei de ideia sobre não voltar a dormir...

– Certo. Mas se precisar de qualquer coisa...

– Eu ligo. Pode deixar.

(...)

Quando Noah adentrou o apartamento, o som do videogame era alto, assim como a risada do amigo e Sebastian. E não, não iria considerá-lo como amigo, enquanto estivesse sendo um babaca obcecado em conquistar Gwen. Percebeu que jogavam um jogo de corrida, que identificou como CRASH. “Esse é antigo...” Se surpreendeu ao ver um velho PS2. Isaac geralmente não jogava nada “ultrapassado”.

– Arrasei! – O irmão de Frannie exclamou.

Sebastian rolou os olhos, incomodado por ter perdido.

– Agora é a sua vez, Rony. – Anunciou Isaac, apontando para o loiro, que havia aberto a porta para o running back. – Ah, oi cara! – Cumprimentou, com um sorriso.

Noah acenou rapidamente com a cabeça, enquanto sentava-se no sofá.

– Não estou muito afim de jogar agora não, Isaac. – Afirmou Rony, enquanto olhava alguma coisa no celular. Provavelmente uma mensagem de Josh.

– Já que é assim... Posso jogar? – Perguntou.

– Claro! Vamos ver se consegue ganhar de mim... – Isaac sorriu presunçoso. Mas com razão, afinal, ele nunca perdia. Bom, uma vez havia perdido para Terry, mas não contava isso, porque sempre que jogava com ela ficava distraído encarando-a.

– Aposto que consigo... – Noah tirou o controle das mãos de Sebastian com “muita educação”, o que fez o mais alto olhá-lo com raiva, o que ele apenas ignorou.

(...)

“Hey!” – L

“Meus pais saíram, quer vir aqui?” – L

“Eu posso te buscar, se quiser...” – L

Um suspiro frustrado escapou dos lábios de Gwen ao ler as mensagens. Por que precisava aparecer uma oportunidade como aquela, justo no dia em que pegava um resfriado?

“Oi, sunshine!” – G

“Eu não estou me sentimento muito bem hoje, peguei um resfriado. Desculpe... :( ” – G

As respostas foram imediatas.

“Você está bem?” – L

“Quer que eu vá te fazer companhia?” – L

“Esquece, não precisa responder. Eu já estou indo.” – L

Surpresa e não querendo que ela se incomodasse, respondeu:

“Não precisa...” – G

“Eu não perguntei se precisava, Collins.” – L

“Estou chegando aí e nem pense em reclamar.” – L

Um sorriso involuntário apareceu. Não era exatamente da forma mais gentil, mas aquilo mostrava que Liz se importava com ela. E também, nunca reclamaria de passar um tempo na presença da loira, mesmo que não pudessem “se divertir”, devido ao resfriado.

Em menos de vinte e cinco minutos depois, a campainha tocou. Levantou-se novamente, mas dessa vez sem o menor desânimo, desceu as escadas e foi praticamente correndo até a porta. Abriu-a e sorriu de orelha a orelha ao ver sua não namorada.

– Oi... – Murmurou.

– Oi... – A loira entrou, sem precisar ser convidada. Já estava acostumada a passar um tempo considerável ali. – Está se sentindo muito mal? Tem certeza de que é apenas um resfriado? Já tomou algum remédio? Por que você veio abrir? Onde estão os seus pais? – Disparou a perguntar, visivelmente preocupada.

– Ei, relaxa... – Gwen riu baixinho. – Eu estou bem, é só um resfriado. E sim eu tenho certeza. Não preciso tomar nenhum remédio e eu vim abrir porque meus pais estão em uma reunião de negócios. – Percebeu que Liz pareceu ficar mais aliviada. – Vem, vamos para o meu quarto... – Pegou na mão dela, guiando-a. Como se a líder de torcida já não soubesse o caminho... Quando chegaram lá, Gwen se deitou novamente e Liz sentou-se ao lado dela. – Não fica muito perto, eu não quero que você fique doente também...

– Eu não me importo muito, na verdade. – Disse Liz, sorrindo meigamente para ela. – Quem sabe até não consigo ficar um tempo sem ir na escola... – Brincou. – Sabe, eu te chamei para ir lá em casa hoje, mas eu não estava pensando exatamente naquilo...

– Não? – Arqueou uma sobrancelha.

– Não. – Confirmou, suspirando longamente. – Quer dizer, eu não reclamaria se acontecesse, é claro. – Riu nervosamente. – Mas eu queria mesmo conversar sobre uma coisa... – A baixinha fez uma cara de “que coisa?”. – E-Eu... Eu andei pensando sobre... Nós... E eu... – Suspirou longamente. – Eu quero que seja minha namorada.

Imediatamente, Gwen ergueu o tronco, ficando sentada também. Olhava para a loira sem acreditar que ela realmente havia dito aquilo.

– F-Foi um péssimo pedido, não foi? – Suspirou Liz, ficando cabisbaixa. – E-Eu tinha planejado algo melhor, juro... Mas é que você ficou doente e eu realmente não aguentava mais esperar para te dizer isso... E está tudo bem se você não quiser, isso que nós temos não vai acabar, porque eu com certeza não quero parar, então... Só me responda alguma coisa, mesmo que seja um “não”.

– Sim! – Gwen exclamou alegre, sem acreditar naquilo. Sua felicidade era imensa, indescritível. – É claro que sim! Um “não” não é nem uma possibilidade!

– V-Você está falando sério?

– É claro que estou, sua idiota! – Beijou-a, se afastando ao lembrar que estava resfriada. – Como é que eu poderia recusar ser sua namorada?

– Eu não sei, talvez não goste tanto assim de mim... Pelo menos não tanto quanto eu gosto de você...

– Essa é a coisa mais ridícula que você já disse. Eu mais que gosto de você.

Não usou o “amo” porque a líder de torcida tinha usado o “gosto”. Não diria enquanto não tivesse certeza dos sentimentos da outra... Então, a viu se aproximar para beijá-la.

– Não... Eu não quero que fique doente...

– Já falei que não ligo... – Colou seus lábios nos da namorada, iniciando um longo beijo carinhoso.


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