School Days escrita por Isa


Capítulo 74
Capítulo 74: Cedo demais




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Ao final de mais um dia de aulas, Rony estava exausto. Definitivamente, ele era péssimo em qualquer coisa que envolvesse números. Álgebra, Geometria, Física... E adivinha só de quais matérias haviam sido seus últimos horários? Exato! Justamente essas três, que ele tanto detestava. O lado bom era não ter tido nenhuma aula com a senhorita Pillsbury. Afinal, por mais que História fosse uma matéria relativamente fácil, aquela professora podia ser facilmente confundida com uma bruxa, devido aos seus atos malignos contra os alunos.

– Hey, Rony! – Danny o chamou. – Você está afim de sair com a gente hoje à noite? Ou vai com o Matt e o Noah sair com os... Seus amigos... – Percebeu que o garoto fez certo “esforço” para não os chamar de perdedores.

– Eu acho que vou ficar em casa mesmo. – Respondeu, dando de ombros. – Não estou com muita vontade de sair hoje não.

– Hum, tudo bem. Até segunda, então! – Acenou rapidamente com a cabeça, antes de caminhar até uma garota de cabelos negros e olhos verdes que o loiro não conhecia.

“Mas e a Kelly?” Estranhou. Quanto é que o amigo e a líder de torcida haviam terminado? “Droga, os dois eram tão shippáveis...” Reclamou consigo mesmo. Tinha que parar de fazer isso com pessoas reais. Já sofria demais por personagens...

Quando, finalmente, parou de se lamentar pelo término de “Delly” – sim, foi o melhor nome que ele conseguiu pensar -, seguiu até sua moto. Antes que pudesse dar partida, percebeu que Josh vinha em sua direção. Por um instante, ficou na dúvida se deveria ir embora e ignorá-lo ou ficar ali e esperar por uma resolução para a situação deles. Optou por ficar.

– Oi... – O mais baixo murmurou, deixando seu nervosismo em evidência.

– Oi. – Se esforçou para parecer simpático, mas não consegui. Ainda estava chateado pela falta de confiança.

– Podemos conversar? Quero dizer, sei que tecnicamente já estamos fazendo isso, mas eu quero dizer conversar sobre...

– Nós. – Completou, antes que o monólogo se estendesse. “E depois ele fala da Gwen...” – Olha, se for insistir na ideia de que eu e o Dave...

– Não. – Foi a vez de Josh interromper. – Eu vim me desculpar pela forma como agi. Não deveria ter desconfiado de você. E também, eu... Eu quero saber se... Nós podemos voltar a namorar?

Um sorriso involuntário surgiu nos lábios do loiro, mas este soube disfarçar bem.

– Não sabia que tínhamos terminado. – Riu.

– Pensei que estivesse com raiva... – Franziu o cenho, confuso.

– E estou, Josh. – Olhou-o com total seriedade. – Você desconfiou de mim sem nenhum motivo e me acusou de traição. – Suavizou um pouco a expressão. – Mas isso não significa que eu vá querer terminar. Eu te amo, afinal de contas. E, mesmo que tenha demorado um século para fazer isso, veio pedir desculpas, não veio?

Josh sorriu de orelha a orelha, sem acreditar. Pensava realmente que seria difícil fazer o namorado o perdoar...

– Então... Estamos namorando ainda?

– É claro que sim. Só pare com as crises de ciúme, okay? Eu não gosto disso.

– Certo. Eu prometo tentar melhor isso... – Fez uma pausa, pensando no quão ridículo soaria perguntar aquilo. – Eu posso te beijar?

Como imaginava, ouviu uma sonora gargalhada escapar dos lábios do namorado – era ótimo poder chamá-lo assim outra vez, tendo certeza do fato. Em seguida, o loiro deu-lhe um rápido selinho carinhoso, antes de perguntar se ele queria uma carona para casa. Obviamente, aceitou. Avisaria Matt depois. Agora queria aproveitar que tudo havia se resolvido.

Não é que seus amigos estavam certos? Um simples pedido de desculpas realmente resolveu o problema...

(...)

– Isso! – Isaac quase gritou, se levantando do sofá em um pulo e dando um “soco” do ar. – Você viu isso, Terr? Acabo de derrotar o Goku super sayajin deus usando o Trunks do futuro!

Terry sorriu, encantada. A expressão alegre dele era algo tão fofo de se ver... Não entendia absolutamente nada de jogos e nem de animes, mas só de vê-lo comemorar daquele jeito já ficava feliz.

– Eu posso jogar agora? – Pediu Matt, mais uma vez.

– Depois... – Isaac deu a mesma resposta de minutos atrás. – E você tem esse jogo!

– Tenho, mas é chato ficar vendo você jogar sem nada para fazer...

– Me vendo jogar sem nada para fazer? – Isaac questionou, em tom irônico. – Menos de cinco minutos atrás você estava se agarrando com a minha irmã...

– Nós não estávamos nos agarrando, Isaac! – Frannie protestou.

– Como quer que eu chame? Se beijando como se nunca mais fossem poder fazer isso na vida? – Sorriu satisfeito ao ver a irmã revirar os olhos e Matt corar levemente.

– Hey, Isaac... – Terry chamou. – Como se joga isso? – Perguntou, curiosa.

– Eu te mostro! – Entregou o controle

– Ei! Vai deixar ela jogar, sendo que estou pedindo há um tempão? – O quarterback olhou para ele, indignado.

– Hã... É. – Respondeu simplesmente, fazendo Matthew bufar frustrado.

Frannie riu baixinho, enquanto se sentava ao lado do casal – obviamente um pouco mais afastada do que os dois em questão – no sofá da sala. Isaac então começou a explicar detalhadamente o que cada botão fazia naquele jogo de luta especificamente e também deu algumas dicas de golpes especiais e ataques mais poderosos.

Para a surpresa de todos, menos de dez minutos depois Terry estava jogando quase tão bem quanto o próprio namorado, que encarava a tela com uma misturada de perplexidade e orgulho.

(...)

Noah simplesmente era incapaz de se sentir triste na presença de Jennifer. Sem dúvidas, ela era dona de um dos sorrisos mais lindos que já tinha visto e saber que era ele quem a fazia sorrir, isso sim o fazia se sentir, de certa forma, honrado. Jamais conseguiria compensar Gwen por ter mesmo conseguido aquele primeiro encontro...

– Noah! – Chamou sua atenção. – Se quer mesmo aprender a fazer isso, precisa prestar atenção!

– Desculpa, eu só... Me distraí um pouco... – “Explicou”. – É que o seu sorriso é perfeito... – Fez questão de elogiar. – E não falo isso como se fosse alguma cantada. É realmente um sorriso muito bonito.

Mesmo que seu objetivo não fosse esse, acabou recebendo um beijo após isso. E logicamente, não pôde deixar de corresponder.

“Gwen está certa, eu apaixonado sou muito patético...” Pensou, quando se afastaram. Mas concluiu que gostava de se sentir patético por aquele motivo. Nem mesmo quando namorou Frannie sentia-se daquela forma. Definitivamente, estava bem errado ao achar que conhecia o amor... O que sentia por sua Jenn era algo novo, especial... Queria ficar perto dela o tempo todo e não tinha vontade de apressar as coisas.

Se segurou para não dizer um “eu te amo” naquele momento, pois deixaria as coisas esquisitas. Embora tivesse absoluta certeza do que sentia, tinham saído apenas três vezes e seria no mínimo bizarro se ele dissesse aquilo tão cedo.


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