School Days escrita por Isa


Capítulo 121
Capítulo 121: Tensão




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Frannie caminhava ao lado de Matt em silêncio, porém pensativa. Com certeza, os testes para Stanford e Columbia não haviam sido nada fáceis, mas não era isso que a preocupava e sim a escolha que em breve teria de tomar. Escolher uma entre duas das melhores universidades do país deveria estar na lista de “missões impossíveis da vida”, logo abaixo de sobreviver sem as piadas sem graça de Isaac ou ficar mais de um mísero dia sem ver os amigos. Oh, sim... Eles... Teria de aprender a conviver com a falta que sentiria de todos, pois a maioria iria para a Califórnia. Gwen e Josh estavam decididos a estudar cinema, tanto quanto Rony e Noah a serem atletas. E então, tinha Matt, também almejando tornar-se um jogador. Claro que a distância não significava necessariamente nada, mas ainda sim lhe parecia difícil se imaginar vivendo sem todos ao redor. Se bem que se optasse por Columbia poderia estar próxima de Terry...

Não. Nada de decisões precipitadas. Por mais que amasse a amiga / futura cunhada – ah, aquele casamento aconteceria, nem se tivesse que força-los, mas aconteceria, porque já tinha toda a cerimônia planejada em sua mente – e quisesse muito manter contato direto, precisava também pensar no que seria melhor para si, profissionalmente falando.

— Ei, está tudo bem? – O quarterback lhe questionou, parecendo meio preocupado por estar tão quieta.

— Sim, sim, claro que sim. – Ela respondeu, sorrindo docemente para ele. – Só estava pensando...

— Sobre...?

— O futuro. – Disse, em meio a um suspiro. – Sabe, quando o colégio acabar, formos para faculdades diferentes, como serão as coisas?

— Serão como sempre foram, Fran. – A resposta foi imediata. De alguma forma, o rapaz parecia bastante certo de que nada mudaria. – Amizades como as que nós temos não acabam assim, por causa de alguns quilômetros de distância.

— Você acha?

— Não. Tenho certa. – Sorriu confiante, abraçando-a pela cintura. – O mesmo vale para nós, aliás. Iremos ficar juntos, não importa se eu estiver em Los Angeles e você em Nova York.

“Mas se eu escolhesse Stanford, estaria mais perto de você, Josh, Gwendy, Noah e Ron, já que também fica na Califórnia.” Pensou, mas decidiu não vocalizar. Além do mais, de novo, não podia pensar apenas no lado emocional na hora da grande decisão, mas sim com o racional.

Até porque, se fosse fazer isso, a disputa ficaria namorado + amigos e amiga + irmão, então seria inútil. Todos eram importantes e significavam muito para ela...

Matt também se encontrava em conflito, por mais que demonstrasse o contrário. Lógico que suas palavras eram verdadeiras – sobre assuntos como aquele, nunca mentia – mas isso não o impedia de desejar poder pedir a ela que escolhesse Stanford. Mesmo não tendo dúvida de que fossem “endgame” – Josh usava a palavra para se referir a casais que ficavam juntos no final das séries que ela gostava – ficar muito tempo longe de garota que amava lhe parecia a pior das torturas. Apesar disso, sabia que não tinha o direito de pressioná-la de tal forma. Em algumas semanas, já não seriam mais considerados adolescentes e sim jovens adultos. Não poderia agir como um garotinho apaixonado, mas como um homem. Se desejava mantê-la em sua vida pelo maior tempo que pudesse, precisaria ter maturidade o suficiente para não ousar limitar suas escolhas, como alguns babacas se achavam no direito de fazer.

— Agora foi você quem se calou de repente... – “Avisou” Frannie, olhando-o meio confusa.

— Sinto muito. – Tornou a envolvê-la com um dos braços, dessa vez passando-o pelos dois ombros em um abraço carinhoso. – Hey, sabia que o Cooper vai repetir o ano?

— Sério? – Ela abriu a boca em um “o”, estranhamente parecendo surpresa. – Mas o senhor Hale facilitou tanto nas provas finais, é quase como se quisesse se livrar de todos os formandos...

— É, “facilitar” não foi o suficiente para ele. – Falou, em um tom meio “tanto faz” para o estúpido colega de time.  Havia mudado de assunto apenas para que Frannie não perguntasse no que estava pensando. Porém, a informação de fato era verídica. – Também, o cara passou o ano inteiro em uma média de D- para F...

(...)

O estado de Sebastian era nada menos que crítico. Não, não estava bêbado. Pelo menos, não naquele momento especificamente, mas faltavam apenas cinco horas para ser mandado ao reformatório. Medo, nervosismo, ansiedade, arrependimento... Não sabia mesmo qual das quatro palavras melhor descrevia seu estado emocional. Talvez, fosse um “misto” de todas elas e muitas outras.

McKean entendia perfeitamente que àquele ponto já não havia mais volta, no entanto desejava profundamente poder, de alguma forma, compensar a situação de merda em que havia transformado a própria vida, por causa daquela maldita obsessão. Droga, por que tinha feito aquilo? Deveria ter desistindo ao levar o primeiro fora, mas não, lógico que alimentaria aqueles sentimentos estúpidos até chegar ficar completamente maluco!

Agora, pagaria as consequências e da pior forma possível. Que maravilha!

Será que se sentira menos terrível se pedisse desculpas? Não. Por mais que se esforçasse, o sentido de autopreservação destroçava a culpa. De que adiantaria fazer isso se, além de não conseguir perdão, sua condição continuaria a mesma? Humilhar-se de tal maneira inutilmente não era sequer uma probabilidade considerável!

Se bem que o pesar diminuiria um pouco e talvez, apenas talvez, conseguisse se olhar no espelho – haviam espelhos em reformatórios? – sem sentir-se um verdadeiro pedaço de lixo...

(...)

Com um apaixonado – e estúpido – sorriso, Rony observava o namorado dormir. Mal podia acreditar que havia realmente sido aceito – ou melhor, ganhado uma bolsa para jogar futebol – na Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles. Claro que, ao início do segundo ano, teria de escolher um curso no qual desejasse se profissionalizar, mas isso ele decidiria depois, quando o momento chegasse. Por enquanto, preferia focar-se na maravilhosa ideia de estudar no mesmo local – em classes diferentes, no entanto – que Josh. Estarem juntos na cidade seria algo fantástico. Mas, acima disso, também significaria um passo enorme na relação: morar juntos. Já haviam tido “a” conversa algumas vezes e em nenhuma delas conseguiram encontrar qualquer contraponto. Sem falar no suporte que recebiam dos pais, que pareciam – os do menor, principalmente – emocionados por seus “garotinhos” estarem se tornando de fato homens.

Vendo o outro descansar, se dava conta – ainda mais – do quão importante era ele em sua vida. Para alguns, poderia soar como um pensamento precipitado, mas aos ouvidos do loiro soava como sendo perfeitamente normal: queria ter a chance de acordar ao lado dele por toda a vida.

Certo, o conceito de “sempre” era, tecnicamente, relativo, mas sem dúvida nenhuma conseguia imaginá-los como um casal de velhinhos, passeando pelo parque. Sentia-se como um enorme e patético clichê por isso, mas o que se podia pensar quando perdidamente apaixonado?

Quanto ao curso que eventualmente escolheria, tinha sim algumas opções, mas nenhuma certeza. Faria provavelmente o que fosse “menos trabalhoso”, pois no fim das contas ainda pretendia como Matt e Noah profissionalizar-se na área esportiva.

— Quantas vezes preciso dizer que é esquisito acordar e te pegar me encarando? – Josh, de repente, perguntou, meio que o assuntando ao tirá-lo de seus pensamentos.

— A culpa não é minha se você é fofo quando dorme. – “Defendeu-se”, sem tirar o sorriso do rosto.

— Sou fofo de qualquer jeito. – O menor retrucou, falsamente convencido. – E lindo, inteligente, incrível...

— Humilde. – Completou, rindo. – Se bem que só disse verdades...

— Eu sei, amor. – Acompanhou-o nas risadas. – Agora, o que está esperando para me dar o meu beijo de bom-dia?

— São três da tarde...

Tanto faz, só quero meu beijo. – Fez biquinho e, finalmente, Ron uniu seus lábios aos dele, em um selinho que logo se transformou em um beijo de verdade.

As mãos de Josh mergulharam sob a camisa – que ele não entendia o porquê de estar ali – do loiro, mas quando estava prestes a tirá-la, Rony se afastou.

Calma. Seus pais já devem ter chegado...

— Ah, qual é, Matt nos ouve o tempo todo. – Resmungou Josh, frustrado.

— Ele é seu irmão que, aliás, também faz um pouco de barulho com a namorada. É diferente quando se trata da sua mãe... Como eu poderia olhar na cara dela depois?

Okay, mas não é como se ela não soubesse que fazemos isso. – Revirou os olhos.

— Ei, não faz essa cara. – Rony pediu. – Quando estivermos em Los Angeles, poderemos fazer o que quisermos quando quisermos no nosso apartamento, casa ou sei lá o quê.

E essa frase foi o suficiente para que a expressão emburrada de Josh sumisse, dando espaço a um enorme sorriso.

(...)

Oh, Deus... Seria tarde demais para voltar atrás? Naquele exato momento, a palavra “nervosismo” resumia sua situação completamente. Tamborilava impacientemente os dedos no braço do sofá em que estava sentada, esperando pelo pai. Deveria mesmo ter aquela conversa, sabendo que ele jamais compreenderia?

— Ei... – Sentiu a mão da namorada pousar em seu ombro. – Quer mesmo fazer isso?

“Não.”

— Eu preciso. – Respondeu, em meio a um suspiro. – Mas é tão... Difícil. Sabe, não ter ideia de como ele irá reagir ou de que lado minha mãe ficará, caso as coisas se compliquem.

Gwen então se sentou ao lado dela.

Amor, é sério, se existe a possibilidade disso te prejudicar, espere até se formar.

Não, se vou ser sincera sobre não querer cursar administração, serei sobre isso também. – Afirmou, agora um pouco mais confiante. 

Ainda incerta sobre aquilo, a baixinha limitou-se a murmurar um “você quem sabe”. Liz entendia perfeitamente o porquê dela não considerar uma boa ideia. Jonathan Harrison era conhecido por não ser muito simpático – lê-se um babaca com todos, esposa e filha inclusas – e uma pessoa extremamente fria. E, pelo que contara, ela tinha várias razões para se preocupar. Ser expulsa de casa continuava sendo uma possibilidade porque, se tratando do marido, a mãe parecia não ter opinião própria, concordando com tudo que ele dizia, às vezes pedindo desculpas silenciosas quando o assunto em questão envolvia homossexualidade.

— Filha? – A voz do homem se vez presente, atraindo a atenção das duas garotas. Para a loira, foi até um pouco estranho ouvi-lo chamá-la assim, já que geralmente ele usava “Elizabeth” ou – em situações de extremo bom humor – “Liz”. Concluiu que aquilo se devia à presença de Gwen, afinal, para os outros ele tentava passar a impressão de que eram uma família unida e feliz. Ah, como queria que tal coisa fosse verdade... – Terminei de guardar minhas coisas. Sobre o que quer conversar?

...

— Não enrole, Liz. Tenho muito trabalho a fazer.

“E aí está.”

— Bom, tenho duas coisas para te dizer e o senhor não irá gostar nada. – Disse, tentando manter ao máximo um nível de respeito que talvez pudesse acabar o influenciando a não agir cegamente. – Então, pode ser melhor que se sente.

— Certo. – Ele o fez, obviamente desconfortável ao ter seu “não enrole” ignorado. – Pode começar.

Achando que seria o melhor a fazer, Gwen se levantou, mas antes que pudesse seguir até a cozinha – ou outro cômodo aleatório –, Liz alcançou seu pulso e, ao virar-se para olhá-la, viu no rosto da mais alta um “por favor, fica”. A atitude causando certo estranhamento em Jonathan.

(...)

— Pode ir falando. – “Exigiu” Brittney, recebendo da melhor amiga um olhar confuso. – Eu conheço esse sorriso, algo muito bom deve ter acontecido entre você a Ashley para estar assim.

O comentário só serviu para expandir ainda mais a alegria presente na expressão de Becky.

— Britt... – Fez uma pausa dramática não intencional. – Acho que estou apaixonada...

— Mas já? – Inevitavelmente, a loira se surpreendeu. – Nossa... Nem eu e a Claire fomos assim tão rápidas.

Becky riu.

— Vocês começaram o namoro uns dois dias após se conhecerem. – Fez questão de lembrar.

— Isso não é verdade! – Contrariou Britt. – Foram três dias.

As risadas de ambas aumentaram. Era tão bom poderem conversar sobre essas coisas livremente, sem os antigos sentimentos interferindo na amizade.

— Vocês já...?

— Sim... – Ao “revelar”, Becky jogou-se na cama, suspirando. – E foi incrível!

Querida, se não percebeu, eu quero detalhes. – Sorriu maliciosa, tendo um travesseiro jogado contra si. – Ei!

— Não vou contar nada. – Se levantou, olhando-a como se fosse o maior absurdo do mundo. – Foi especial, quero guardar isso para mim.

Cha-ta! – Silabou, infantilmente mostrando a língua. – Agora sério, essa deve ter sido a coisa mais idiota que já te ouvi dizer. E olha que você já achou que o Liam de Faking It pudesse ser gay.

— Não, eu achei que ele fosse bi. – Corrigiu. – E, convenhamos, ainda quero ao menos um beijo dele com o Shane.

— Credo, não! – Britt exclamou, arregalando os olhos, um tanto quanto horrorizada.

— Você prefere a Amy com a Reagan e eu não reclamo. – “Justificou”. – Ah, voltando... O que eu disse não foi idiota.

— Claro que foi! Você soou mais patética do que a Lizzie falando sobre a Gwen e...

— ... Você falando sobre a Claire? – Sugeriu, sorrindo vitoriosa com o pensamento rápido.

Touché

(...)

— O que estou tentando dizer é... – Liz parou, buscando em seu inconsciente por palavras que pudessem, de alguma forma, irritá-lo menos – afinal, já havia negado a ordem que recebera anteriormente no que dizia respeito a sua futura profissão –, mas sequer teve tempo para isso.

— Eu sei o que está tentando dizer, Elizabeth. – Disse ele, em tom extremamente frio, direcionando o olhar à mão esquerda da filha, que tinha os dedos entrelaçados aos de Gwen.

Ao darem-se conta disso, soltaram as mãos imediatamente, enquanto o homem se levantava, com uma expressão mais do que conhecida pela Harrison mais nova. “Oh, merda...” Ele começaria mais um de seus “belos” discursos!

— Deveria ter previsto isso, quando soube sobre... Aquelas duas. – Resmungou as duas últimas palavras, com um nojo que sequer se dava ao trabalho de esconder. – Sempre soube que sua amizade com elas não daria bons frutos!

— Becky e Britt não têm absolutamente nada a ver com o fato de eu ser lésbica, pai. – Disse, calma, na esperança de conseguir explicar a ele como as coisas funcionavam. Quem sabe, um pouco de informação pudesse mudar aquela mente atrasada?

“Doce ilusão.”

— Você... – Apontou o indicador direto na direção da baixinha, que até então se mantinha em silêncio, não querendo se meter. – A culpa é sua! Claro, as duas amigas enfiaram na cabeça dela que isso é normal, mas você a fez aderir a essa modalidade nojenta!

— Senhor Harrison, com todo o respeito...

— Vá embora! – Ele ordenou, literalmente berrando. – Agora! Dê o fora da minha casa!

Sem saber ao certo como deveria reagir, Gwen achou que obedecer seria a melhor opção, a que causaria menos problemas para a namorada. Porém, mais uma vez, Liz a impediu de sair, segurando-a pelo pulso.

— Não vá, por favor. – A loira implorou, com lágrimas brotando em seus olhos. Não conseguiria passar por aquilo sozinha. – Pai... Será que podemos conversar sobre isso? Se você se esforçar um pouco, vai conseguir entender que...

— “Entender”, Elizabeth? – Ambas podiam sentir todo o ódio dele, apenas ouvindo aquela voz, cheia de desprezo. – Não há nada para entender!

— Na verdade, há sim. – Uma quarta voz chamou a atenção de todos, enquanto sua dona adentrava a sala e ficava frente a frente com o marido. – Quando Liz me contou, não irei mentir, fiquei sim decepcionada. Mas andei lendo bastante sobre o assunto nos últimos meses e me dei conta do quão errada estava.

— O quê? Está me dizendo que sabia dessa palhaçada e não fez nada a respeito? – Ele questionou à esposa, incrédulo.

— Eu a apoiei. – Lily contraveio. – E continuarei fazendo isso, você gostando ou não.

Liz não acreditava no que via! Como assim a mãe a estava defendendo? Deus, só de pensar naquilo sentia vontade de chorar de alegria. Afinal, nunca a tinha visto desafiar a “autoridade” – repare nas aspas – do pai.

— Isso é inaceitável! Precisamos levá-la a um profissional, que a faça entender que essas coisas não são naturais.

— É engraçado que, de repente, tenha passado a se importar com o que eu faço ou deixo de fazer. – Disse a capitã da torcida, entredentes.

— Não ouse colocar a culpa em mim! – Ele esbravejou. – Você é a decepção aqui!

— “Decepção”, jura? – Não aguentou, teve que rir. – Me desculpe, mas não entra na minha cabeça como o fato de eu amar uma pessoa que também me ama possa, de alguma forma, ser algo errado.

— Faz de você uma pecadora!

Liz instintivamente levou a mão ao colar com um crucifixo que usava naquele dia. Para ela, não importava o que a Bíblia dizia, o Deus em que acreditava pregava o amor. E bem, ela amava a garota ao seu lado e por causa dela havia se tornado uma pessoa melhor! Então, as palavras dele não a atingiram. Porém, não podia aceitar aquele absurdo em silêncio. Fechou os olhos e contou de um a cinco mentalmente, antes de soltar:

— Olha, até onde sei adultério é pecado, e nem por isso o senhor deixa de praticar.

— Liz! – Repreendeu Gwen, sabendo que aquilo apenas pioraria a situação, por mais que fosse verdade.

— O que disse? – Lily perguntou, boquiaberta.  

Ignorando completamente, a loira mais nova se retirou, indo até as escadas e subindo para o quarto, previsivelmente sendo seguida pela morena.

Tenso... – A mais baixa “comentou”, enquanto ia em direção à outra. – Sinto muito por não ter dito quase nada, mas eu realmente não queria complicar ainda mais as coisas. Bom, agora não faz muita diferença.

Outro longo suspiro.

— Cedo ou tarde, ela acabaria descobrindo.

— É, mas falar desse jeito foi meio...

— Insensível? – Completou interrogativamente e Gwen assentiu. – Eu sei, mas... Sei lá, ele lá, falando todas aquelas coisas...

— Ei! – Notando seu receio, a namorada a interrompeu. – Não estou julgando, okay? Eu entendo. Só que vai precisar conversar com ela sobre isso, em algum momento. E com certeza não será nada agradável.

— Principalmente se eu contar que escondo isso dela desde os treze anos...

“Por que nunca me disse nada a respeito?” Gwen pensou em perguntar, mas vendo o quão abalada Liz parecia estar, decidiu que não era algo relevante.

— Podemos não falar mais disso, por favor?

— Claro... – Por razões óbvias, concordou. – Você...

Antes mesmo que pudesse dizer alguma coisa, seu celular vibrou em seu bolso. Pegou o aparelho e viu que recebera uma mensagem de um número desconhecido:

“Oi. Será que podemos conversar?”

— Quem é? – Liz inquiriu, curiosa.

— Não faço ideia...

“Quem é?” – G

“Droga, me esqueci de assinar...”

Após essa, mais uma mensagem veio. E, ao ler a resposta, seu rosto empalideceu completamente e os olhos se arregalaram.

— Gwen? – Liz lançou-lhe um olhar extremamente preocupado.

— É... O Sebastian.


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