Eternidade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 9
8. Percepção


Notas iniciais do capítulo

Musica do capitulo:
https://www.youtube.com/watch?v=6dybnhzMs2E



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Pov. Lanna:

–Mãe para com isso. - Nicole reclamou enquanto eu andava de um lado para o outro no aeroporto.

–Não vejo seu pai há 1 mês filha, estou nervosa.- disse e ela sorriu amorosa.- Será que ele vai me achar bonita?

–Mãe, o papai é louco por você é claro que ele vai te achar bonita. Apenas relaxa. - Nicolas disse e sorriu.

–Você está linda mãe. - Nicolas disse e sorri antes de lhe dá um beijo na bochecha.

–Mãe, para com isso.- ele disse sem graça e corado enquanto eu sorria.

Enquanto conversávamos ouvi uma risada familiar que nos fez virar.

–Eu mal cheguei e vocês já estão brigando? - Lukas questionou e sorri.

–Lukas. - gritei e corri para cima dele enchendo-o de beijos o que o fez rir.

–Imagina se você não tivesse me visitado há 1 mês atrás.- ele sussurrou e sorri antes de beija-lo de uma forma nada educada para um saguão cheio de gente.

Pov. Nicolas:

Meus pais estavam na maior pegação no meio do salão e todo mundo estava olhando para eles.

–Pai, mãe dá para parar? Vocês continuam em casa. - Nicole pediu sem graça enquanto eles se separavam.

– Desculpem, nos empolgamos. - mamãe disse sem graça enquanto se separava do meu pai.

–Todo mundo percebeu isso. Depois eu é que sou o sem vergonha da família.- brinquei e meu pai me olhou serio.

–Nicolas Cullen. - meu pai me repreendeu e sorri.

–Como estava com saudade das broncas. - disse e ele sorriu.

–Também estava com saudades das suas loucuras. - papai disse e sorrimos antes de nos abraçarmos.

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– Aconteceu alguma coisa Nikko? - Leah questionou assim que se sentou ao meu lado em uma das várias cadeiras que estavam na beirada da piscina.

Toda a minha família estava essa noite em casa para festejar a volta do meu pai, e mesmo estando feliz por tê-lo de volta, me sentia sufocado por ter tanta gente ao meu redor.

E o pior é que eu não sabia o porquê.

–Não aconteceu nada Leah, só estou cansado.- desconversei olhando para a piscina.

–Tudo bem. Mas sabe o que eu acho? Acho que você está triste, diria até deprimido, e adoraria saber porque.- ela disse e sorri suave.

Leah era a única além dos meus pais e da minha irmã, que me conhecia tão bem e isso era bom por que sempre me senti confortável e protegido com ela.

–Me sinto sozinho. - sussurrei triste e ela me olhou confusa.

–Logo você?! O garoto mais cheio de amigos, ficantes e com uma família maravilhosa. Não devia se sentir sozinho.

–Não sei explicar Leah, mas sinto um vazio tão grande dentro de mim. Parece que falta algo. Algo que ainda não encontrei e me desespero em pensar que não encontrarei. –sussurrei angustiado e logo lagrimas caíram dos meus olhos.

Devagar Leah levantou meu queixo de leve para que pudesse ver meus olhos.

–Você não vai ficar sozinho por muito tempo se olhar para quem está ao seu lado Nicolas. - Leah sussurrou suave o meu nome e fui dominado por um desejo desconhecido e incontrolável.

Parecia que eu estava sob o efeito de algo que me puxava de encontro aos lábios de Leah, e ela também estava sob o mesmo feito, mas no instante que nossos lábios iam se tocar escuto a voz do meu pai gritar meu nome, o que me despertou do transe.

–O que está havendo aqui? - meu pai gritou furioso e nos levantamos confusos, pelo menos eu estava confuso por que Leah além de confusa parecia feliz.

Ela estava feliz por eu querer beijá-la?

–Pai, eu posso explicar.- disse tentando me explicar e ele me olhou furioso.

–Quero você dentro de casa agora.- ele gritou enquanto apontava para a porta do jardim que dava acesso a casa.

–Mas pai não aconteceu nada.

–Eu disse casa agora Nicolas.

–Não vou deixar você brigar com a Leah, a culpa não foi dela.

–Eu mandei você ir para casa agora, ou quer que eu mesmo leve você para dentro? - ele gritou furioso e entrei a contra gosto.

–O que houve filho? - mamãe questionou assim que entrei em casa furioso.

–Eu odeio o seu marido.- disse com raiva para ela antes de subir correndo para o meu quarto.

Pov. Lukas:

–O que foi que deu em você Leah? Meu filho é só uma criança.- sussurrei furioso para que ninguém escutasse além dela.- Você prometeu esperar ele crescer e lhe escolher, se lembra?

–Claro que eu lembro, mas não posso impedi-lo de perceber o que nos uni Lukas. O que me uni ao seu filho é mais forte que qualquer coisa nesse mundo.

–Quero que você suma da vida dele, me ouviu?

–Você não pode me separar dele Lukas, ele me pertence. - ela disse entre lagrimas.

–Ele é meu filho Leah. Meu filho. E tenho todo o direito de afasta-lo de você. – gritei furioso.

–O que está havendo aqui? - Lanna questionou aparecendo na área da piscina.

–Nós vamos sofrer Lukas e você sabe disso. E além do mais, Nicolas tem necessidade de ficar perto de mim assim como eu tenho de ficar perto dele.

–Quero ver o quanto essa “necessidade” dura quando eu o mandar para o internato no fim do mundo.- disse furioso e ela me olhou desesperada.

–O que você pensa que está fazendo Lukas? - Lanna questionou seria assim que ficou na minha frente.- Se você acha que vou permitir que mande meu filho para um internato está muito enganado.

–Sou o pai dele e irei fazer o que acho melhor para ele.

–Só que eu o carreguei dentro de mim por um mês. Eu dei à luz a ele, e se acha que vou permitir que mande meu filho para longe de mim está muito enganado.- ela disse furiosa antes de se virar para Leah.

–Pode nos deixar a sós Leah, por favor.- Lanna pediu e Leah concordou antes de sair.

–O que deu em você? Nunca vi você se descontrolar desse jeito com alguém, ainda mais com o nosso filho. Lukas, eu podia ouvir seus gritos lá de dentro.

–Se você visse o que eu vi com certeza perderia a cabeça.- disse nervoso antes de me sentar em uma das cadeiras que haviam na área da piscina.

–E o que lhe fez surtar? - ela questionou se sentando ao meu lado.

–O Nicolas estava praticamente beijando a Leah, Lanna.- disse horrorizado e ela me olhou confusa.

–E isso te fez surtar?

–Você ouviu o que eu disse? Por que acho que você não me ouviu dizer que nosso filho estava prestes a beijar a Leah Clearwater.- disse e Lanna sorriu.

–Por favor, Lukas. Tanto drama por causa de um beijo que nem aconteceu.

–Lanna, a Leah é muito mais venha que o nosso filho.

–E você por acaso tem 17 anos mesmo? - ela questionou e não tive o que responder a ela.

–Só vou lhe dá um conselho Lukas, pare de tentar separar os dois ou seu filho vai te odiar pelo resto da eternidade.

–Isso é o que veremos.

–Tudo bem, faça o que você acha certo. Só não reclame depois.- ela me avisou antes de me deixar sozinho.

Pov. Leah:

–Leah posso falar com você? – meu professor questionou e voltei para a sala.

–Claro professor. - disse e ele indicou que eu sentasse.

Com certeza era para falar da minha falta de atenção na aula hoje.

Depois da briga feia que tive com Lukas, quase não dormi ontem e ainda por cima estava aérea na aula. E tudo que eu conseguia pensar era na ameaça de Lukas em mandar o filho para longe de mim.

–Tenho uma proposta para você. – meu professor disse e estreitei os olhos ficando em alerta.

Não que eu estivesse com medo, por que se meu professor tentasse algo quem sairia machucado era ele e não eu.

–Como você é a primeira da classe, eu e os outros professores a escolhemos para fazer um intercâmbio em uma faculdade conceituadíssima no Egito. Você terminará a sua formação toda lá, é uma oportunidade única Leah.- ele disse animado e fiquei surpresa

–Eu não sei.- sussurrei atordoada e meu professor respirou fundo antes de me olhar seriamente.

–Uma oportunidade dessas Leah não bate a nossa porta duas vezes, e além do mais você será muito mais bem vista no mercado se tiver experiência na área, o que você terá estando em um lugar que respira a história. O que me diz?

–Posso ter um tempo para pensar professor? - pedi e ele concordou antes de eu sair da sua sala.

Pov. Nicolas:

–Oi Seth, quanto tempo.- disse assim que cheguei do meu judô e vi o irmão de Leah na minha casa.

–Oi Nicolas, como você está? - ele questionou sorrindo e sorri.

–Estou bem, e você?

–Estou bem.- ele disse e Nicole entrou na sala com vários livros na mão.

–Assaltou uma livraria mana? - questionei brincando e ela sorriu.

–Engraçadinho. Isso é o meu trabalho sobre personalidades históricas, e vou falar sobre os povos indígenas norte-americanos é por isso que o Seth está aqui. Ele vai me ajudar.- ela explicou colocando os livros na mesa.

–Sei.- disse desconfiado ela revirou os olhos.

–E a Leah?- questionei para Seth que me olhou sem saber o que dizer.

–Ela foi embora Nicolas.- ele disse e pisquei confuso.

–Embora como? Ela foi pra onde? - questionei confuso e ele me entregou um envelope.

–Acho que essa carta vai lhe responder tudo.- ele disse sem jeito e agradeci antes de subir para o meu quarto.

Assim que entrei no meu quarto fechei a porta e fui me sentar na cama para ler o que estava escrito.

“ Nicolas,

Sei que fui covarde para não lhe contar que estava indo embora, mas tive medo de você me pedir para ficar e eu acabar cedendo.

Mas no fundo seu pai tem razão, ainda não é o momento certo e espero que entenda apesar de não fazer nenhum sentido agora.

Um dia quem sabe você possa entender tudo que aconteceu naquela noite.

Desejo que você seja muito feliz, vou sentir saudades.

Leah.”

Assim que terminei de ler a carta comecei a chorar e não sabia por que, tudo que sabia é que tinha sido rejeitado por alguém que achei que jamais faria isso.


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Notas finais do capítulo

Imagens do capitulo:

Quarto de Nicolas:
http://5coisas.org/wp-content/uploads/2014/04/quarto-masculino-jovem.jpg



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