Eternidade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 10
9. Crises




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Pov. Lanna:

Selena havia me ligado dizendo que Nicolas não estava nada bem, o que me deixou desesperada afinal meus filhos nunca adoeceram.

Larguei todos os meus compromissos no hospital e voei para casa onde encontrei meu marido abraçado ao nosso filho que ardia em febre.

–O que houve Carlisle? - questionei assim que o vi examinando meu filho.

–Ainda não sei Lanna, já dei todos os remédios possíveis, mas nada abaixa a febre dele. Nem o contato com a nossa pele está normalizando a temperatura dele.- Carlisle explicou e toquei a testa escaldante do meu filho.

–Temos que fazer alguma coisa ou ele pode ter uma convulsão.- disse nervosa e logo vi meu filho começar a tremer.

–Lanna, encha a banheira do quarto dele de gelo agora.- Lukas disse e concordei antes de voar pelas escadas e pedir ajuda a Selena e Nicole.

Rapidamente enchemos a banheira de gelo e agua antes de Lukas entrar nela com nosso filho no colo, que tremeu mais em contato com a agua fria.

–Vai ficar tudo bem meu amor.- sussurrei para o meu filho enquanto acariciava seu rosto vermelho por causa do calor.

Após esse banho a febre de Nicolas abaixou e Lukas desceu para preparar uma canja para nosso filho enquanto eu ficava com ele.

–Agora que a febre abaixou, vou deixar você aos cuidados de seus pais.- Carlisle disse fechando sua maleta.

–Obrigado vovô.- meu filho agradeceu fraco e Carlisle sorriu amoroso.

–Não precisa agradecer meu bisneto, agora tudo que você precisa fazer é comer uma boa canja e descansar.- ele disse antes de beijar a testa do meu filho.- Qualquer alteração Lanna, me ligue.

–Claro Carlisle.

–Boa noite.- Carlisle disse antes de sair do quarto do meu filho.

–E então meu amor, você comeu algo no judô que lhe fez mau? - questionei querendo saber o porquê do seu mal está.

–Acho que não foi algo que eu comi mamãe.

–Então o que foi amor?

–A Leah foi embora mamãe. Ela foi embora por que o papai a mandou ir.- ele soluçou entre lagrimas antes de enterrar seu rosto em meu peito.

–Não sei do que você está falando filho, mas tenho certeza que seu pai jamais faria isso.-sussurrei acariciando seu cabelo enquanto ele chorava sem parar.

Em meio as lagrimas Nicolas me mostrou a carta que Seth havia lhe entregado a pedido de Leah, e assim que lê entendi do que ele estava falando.

Furiosa sai do quarto do meu filho e fui até a cozinha onde Lukas estava.

–Como você pode fazer uma coisa dessas Lukas Cullen? - questionei furiosa e joguei a carta nele.

–Do que você está falando? - ele questionou confuso enquanto deixava a panela de lado e pegava a carta que havia caído no chão.

–Eu disse para você não afastar a Leah do nosso filho não foi Lukas?

–Foi e eu não fiz nada.

–Fez sim. É só você ler esse bilhete e saberá a razão do nosso filho estar de cama.- disse furiosa e ele começou a ler o papel e depois olhou para mim sem saber o que dizer.

–Juro que não pedi a ela para ir embora ou se afastar do nosso filho, Lanna.

–Sei disso Lukas, mas o fato de você nunca ter aceitado o imprinting a fez tomar essa decisão. E se meu filho está sofrendo é por sua culpa. Por que você não foi capaz de aceitar que ele nasceu com o destino traçado.- disse seria e ele tentou falar algo mais o interrompi.- Por mais que você queira impedir, Nicolas pertence a Leah, assim como a Nicole pertence ao Seth e você tem que entender isso.

–Não posso perder meus únicos filhos para eles.- Lukas sussurrou angustiado e suspirei resignada.

–Você jamais vai deixar de ser o pai deles se eles ficarem com alguém. Agora você será odiado se tentar separá-los. A escolha é sua.- disse seria antes de subir novamente para o quarto do meu filho.

Pov. Nicolas:

Ficar sem Leah era doloroso, eu a adorava e a queria por perto, mas se ela não me queria por perto talvez tivesse as razões dela e eu respeitaria. Assim que entendi isso tratei de trancar tudo que sentia por ela e não entendia no lugar mais profundo do meu coração. E isso deu algum resultado, por que fiquei curado da febre misteriosa, fiz as pazes com meu pai e comecei a namorar uma menina da minha escola.

–Você está tão calado, o que houve? - meu pai questionou enquanto me levava para o judô.

–Nada, só estou pensando. - sussurrei olhando para os meus pés.

–Ok. - meu pai disse e estacionou. - E a Kathy?! Ela não é a sua namorada?

–É. – sussurrei sem animo e suspirei.

–Nossa que desanimo com a sua primeira namorada, até parece que você não gosta dela. - ele disse confuso enquanto estacionava o carro na frente da academia que eu fazia aulas.

– Audric, amor você não a ama, não é? - meu pai constatou perplexo assim que entendeu o porquê do meu desanimo.

–Tá tarde, vou chegar atrasado pai. - disse tentando me livrar dessa conversa.

–Se você não gosta da Kathy, por que está namorando com ela?

–Por que ela gosta de mim. Posso ir para o meu judô agora? - questionei tentando sair do carro.

–Você não devia ficar com ninguém que não gosta filho. Isso irá lhe fazer sofrer.- papai disse e revirei os olhos.

–Pai, não quero falar sobre isso agora, estou atrasado.- disse antes de sair do carro e ir para a academia.

Pov. Leah:

O Egito era quente e abafado, mas em cada canto daquela cidade eu podia sentir a magia e o mistério no ar. Por mais que me doesse ficar longe de Nicolas por tanto tempo, no fundo sabia que ele ainda não estava pronto para mim assim como eu não estava pronta para ele. E estando longe dele pode perceber isso.

Ainda não conseguia vê-lo como homem, só conseguia ver Nicolas como um irmão querido que precisava da minha proteção, pois ele também ainda não me via como uma mulher.

Eu só podia enxergá-lo como um possível amante assim que ele visse isso também e necessitasse de mim como tal, pelo menos foi o que aconteceu com Jacob.

–Será que dá para você parar de sonhar e me ajudar a achar meu brinco?!- Kytzia pediu abrindo suas gavetas e sorri.

Kytzia Apis era minha colega de apartamento no prédio reservado aos estudantes de intercambio, fiquei surpresa assim que cheguei aqui e soube que não dividiria o quarto com alguém, e sim um pequeno apartamento. Que apesar de pequeno era confortável.

–Você me emprestou eles ontem.- disse lhe devolvendo seus brincou e ela me olhou aliviada.

Kytzia era egípcia por parte de pai e inglesa por parte de mãe, ela era filha de um dos mais famosos arqueólogos do país, mas ela não deixava isso subir a sua cabeça e era isso o que mais gostava nela.

–Obrigada Leah, você salvou a minha vida. Já está pronta? - ela questionou colocando os brincos.

–Claro, não quero chegar atrasada em nosso primeiro dia.- disse e ela concordou pegando suas coisas antes de sairmos.

A Universidade Maat era uma das mais conceituados no Egito, as pessoas eram capazes de tudo para entrar nessa universidade, eram poucos que entravam sem dá algo em troca para a universidade.

O que era o meu caso e o de Kytzia, que apesar do pai querer “doar” uma nova ala de artefatos do faraó Menes a universidade, ela o proibiu de fazer isso. Por que Kytzia queria entrar por seus próprios méritos e conseguiu.

–Bom dia sala.- um homem disse entrando na sala enquanto Kytzia e eu nos sentávamos.- Sou Radamés Nabiah e serei o professor de Línguas mortas de vocês esse ano.

–Meu pai disse que ele é melhor nessa área. Mas ele não me disse o quanto ele é gato.- Kytzia sussurrou para mim e revirei os olhos enquanto o professor anotava algo no quadro antes de virar para a classe.

– Parece que esse ano será interessante.- ele sussurrou tão baixo que só pode ouvir porque sou uma loba, mas pode perceber seu olhar em cima de mim antes de começar a dá a sua aula.

–Parece que o professor gostou de você.- Kytzia sussurrou ao meu lado e revirei os olhos.

–Não estou aqui para ficar de amassos com ninguém, estou aqui para estudar.- disse seria e ela me olhou como quem pedia desculpas.

–Tudo bem, me desculpe só queria te ver feliz.- ela se desculpou e paramos de conversar antes de prestar atenção a aula.

Assim que a aula acabou uma garota de franjas de aproximou de minha cadeira com a expressão furiosa.

–Escuta aqui sua estrangeira, quero você longe de Radamés ou acabo com você.- ela ameaçou e sorri sem humor.

–Como é que é?- questionei sem saber do que ela estava falando.

–Vi o jeito que ele estava te olhando e não vou deixar uma estrangeira tirá-lo de mim. Está avisada.- ela disse furiosa antes de sair batendo a porta da sala com forte.

Sabia que levar desaforo para casa não era algo que eu deixava acontecer, mas não queria confusão aqui.

–Quem diria, Núbia Mahlab está se agarrando com Radamés Nabiah. Que babado.- Kytzia disse chocada enquanto olhava para a porta de saída.

–Vem, ou vamos chegar atrasada a nossa próxima aula.- disse arrastando Kytzia para fora da sala.

Mal havia chegado no Egito e já tinha me metido em confusão, que legal Leah, pensei comigo mesma.

Pov. Lukas:

–Já deixou o Nicolas no judô?- Lanna questionou assim que entrei em casa.

Já havíamos feito as pazes depois da briga que tivemos, odiava admitir, mas ela tinha razão.

Eu não aceitava o imprinting por que tinha medo de não ter mais espaço na vida dos meus filhos, de ser esquecido por eles. Mas assim que refleti melhor, percebi que estava agindo como um pai ciumento e controlador, e essa atitude estava afastando meus filhos de mim e não queria isso.

–Já, e ele não está bem. - disse me sentando ao seu lado no sofá.

–Eu sei, esse namoro de fachada dele não está dando certo e ele vai acabar sofrendo. - Lanna disse suave e concordei.

– Disse isso a ele, mas quem disse que ele me ouviu.- disse e ela sorriu.

–Quem disse que os filhos escutam os pais? Eles nunca escutam amor. - Lanna disse e rimos.

–Já que Nicole foi para a casa da Gloria e Nicolas está para o judô, que tal se nos divertíssemos lá em cima? - Lanna sugeriu maliciosa e sorri.

–Te espero no quarto. - gritei e voei para cima.

–Ah, eu ganhei. - cantarolei assim que derrotei Lanna no Guitar Hero.

Lanna e eu sempre jogávamos Guitar Hero, era o único jogo que conseguíamos ir até o fim .

–Você sempre ganha. - ela reclamou emburrada e sorri.

–Anos e anos de prática meu bem. - disse e ela revirou os olhos enquanto eu ria.

–Já que eu ganhei, acho que tenho direito a escolher meu prêmio não acha?

–Acho. Então, o que você quer? - ela questionou e sorri me aproximando dela.

–Um beijo seria bom.

–Só um?- ela questionou com seus lábios próximos aos meus.

–Mais de um seria bom.- sussurrei e sorri antes de ser beijado por ela, mas o telefone tocou interrompendo nossa diversão.

–Não atende não.- pedi segurando Lanna que se soltou de mim.

–É o toque da minha avó, e pode ser importante.- ela se justificou indo pegar seu telefone que estava jogado em cima da mesa.- Oi vovó.

–Como é que é vó? Não entendi direito. O Vovô o que? - Lanna questionou confusa antes de derrubar o telefone.

–O que foi amor?- questionei preocupado assim que voei até ela.

Parecia que Lanna ia desmaiar.

–O vovô enfartou e está no CTI. - ela soluçou e a abracei forte.

Não sabia o que dizer a ela naquele momento, tudo que podia fazer era confortá-la.


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Notas finais do capítulo

Imagem do capitulo:

http://www.polyvore.com/eternidade_cap/set?id=166316697



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