Eternidade escrita por KayallaCullen, Miss Clarke


Capítulo 8
7. Reencontro




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Pov. Lukas:

Assim que sai do parlamento caia uma grossa chuva lá fora, tudo estava escuro e frio. Tudo estava triste, assim como eu estava.

Parecia que minha terra natal estava refletindo o meu estado de espirito por dentro, por que sem minha família me sentia triste e desolado como esse dia chuvoso.

–Alteza. - meu guarda costas disse abrindo um guarda-chuva me tirando da realidade.

–Obrigado. - disse enquanto me aproximava do guarda-chuva e íamos para o carro.

–Meu celular.- disse estendendo a mão para Arianna assim que entrei no carro e ela sorriu.

–Como se sente? - ela questionou assim que a limusine oficial começou a andar.

–Corta o papo e me devolve meu telefone. - disse furioso e ela sorriu.

–Não sabia que você era tão rabugento assim longe da sua família.

–Vou ficar pior se não falar com eles, e quero meu celular Arianna. Cadê o telefone desse carro? - questionei enquanto procurava com os olhos e ela sorriu.

– Deixei seu telefone com a sua esposa.

–La... Lanna.... Meu amor está aqui? - questionei incrédulo e ela sorriu.

–Está e seus filhos também. - ela disse e sorri mais.

–Não sei como agradecer.

–É meu dever cuidar de você enquanto estiver em Florença.

–Obrigado por tudo Arianna. - sussurrei e apertei sua mão de leve.

Quando o carro estacionou praticamente pulei dele antes de correr para dentro do castelo, Arianna não precisou me dizer onde eles estavam por que jamais esqueceria o cheiro dos três.

–Por que temos que ver a reprise de gossip girl?- Nicolas questionou deitado na cama enquanto olhava para a televisão.

–Por que eu gosto e você também. - Nicole disse e eles sorriram.

–Você tem razão, parece a nossa escola. - ele comentou antes de comer sua pipoca e Nicole sorriu.

Imediatamente fechei os olhos me deliciando com a risada dos meus filhos, com o cheiro deles e me lembrando de quando eles eram crianças, até que senti alguém me abraçar por trás beijar minhas costas e aspirar meu cheiro.

–Senti sua falta. - a voz doce do meu anjo sussurrou e sorri antes de virar para vê-la.

–Senti sua falta também. - sussurrei antes de beijar Lanna desesperadamente.

Regido pela saudade insana que sentia dela a empurrei de encontro a parede enquanto Lanna me puxava para mais perto dela, como se nossa proximidade já não fosse o bastante. Estávamos cegos de desejo e saudade e assim que segurei sua blusa para tira-la ela me empurrou afastando-me dela, o que me deixou confuso e frustrado.

–As crianças.- Lanna me lembrou e gemi frustrado o que a fez rir.

–Tudo bem, vamos matar as saudades assim que ficarmos sozinhos. - ela prometeu e suspirei antes de lhe dá um beijo casto em seus lábios.

–Papai. - Nicole gritou assim que me viu e me separei de Lanna, a tempo de ver minha filha derrubar seu balde de pipoca no chão e pular em cima de mim me enchendo de beijos e abraços assim como ela fazia quando criança.

–Hei, ele é meu pai também. - Nicolas reclamou ciumento antes de pular em cima de mim.

–Ok. Ordem agora, ou vão acabar matando o pai de vocês. Um de cada vez. - Lanna disse e os dois saíram do meu colo.

–Mas o papai não já está meio morto? - Nicolas questionou confuso e Nicole sorriu.

–Você não estava com saudade do seu pai? – Lanna questionou e ele voltou a me abraçar.

–Vocês cresceram muito. - disse dando um beijo na cabeça dos dois que riram.

–Não exagera pai. - Nicolas disse e rimos.

Caímos na cama os 4 para assistirmos televisão comendo pipoca, como sempre fazíamos em nossa casa, não demorou muito até as crianças estarem totalmente adormecidas.

–Obrigado por trazê-los amor. - sussurrei olhando para Lanna enquanto acariciava o cabelo dos meus filhos.

–De nada, sei que você sentiu falta deles. - ela disse carinhosa enquanto se inclinava para me dá um beijo.

–Senti sua falta também. - sussurrei e ela sorriu antes de me dá mais um beijo e me afastei dela antes que esquecesse o que deveria lhe mostrar.

–Quero te mostrar algo.- pedi e ela concordou um pouco confusa antes de me seguir para fora do quarto.

Deixamos as crianças dormindo serenas no quarto de Nicole antes de irmos à biblioteca.

–Assim que você entrar na biblioteca acionei esse segundo interruptor perto da porta, que a impedirá de abrir por fora lhe dando meia hora de vantagem.- expliquei apontando para o interruptor e depois indo em direção a segunda gaveta da mesa que havia lá.- Após isso, venha até essa gaveta e pegue algumas lanternas, antes de vir em direção a estante e puxar o livro “Romeu e Julieta”.

Expliquei e puxei o livro que acionou um dispositivo que deslocou uma parte das estantes que dava para uma passagem secreta.

– Você entendeu tudo Lanna? - questionei preocupado por estar explicando rápido demais.

–Sim, mas por que isso tudo? - ela questionou e suspirei angustiado antes de passar a mão no cabelo.

Odiava mentir para ela, mas estava de mãos atadas.

Lanna ainda não poderia saber o porquê de ter o conhecimento de como escapar em segurança do castelo, mas era meu dever lhe proporcionar tal conhecimento.

–Por que é meu dever fazer isso. – expliquei tentando dizer meias verdades. - Você e nossos filhos são o maior tesouro que tenho debaixo desse teto. Não me importo com as incontáveis riquezas que ele abriga, o único tesouro que tenho medo de perder são vocês e por isso você tem que saber como sair desse castelo em segurança.

–Por acaso estamos em perigo eminente? – ela questionou e olhei para Lanna que estava ao meu lado.

Eu queria dizer que sim, que estávamos correndo perigo, mas não podia.

Tudo que podia fazer era dizer meias verdades para que ela sempre estivesse em alerta.

–Não sei Lanna. Nicolas e Nicole são os únicos descendentes dos Artiolli que podem levar a linhagem para frente, e isso pode ser perigoso.- disse com pesar enquanto me lembrava dos inúmeros inimigos que meus herdaram apenas por terem meu sangue.- Me desculpe por colocá-los nisso, juro que mais desejei isso para eles.

–Não se desculpe.- Lanna disse assim que se aproximou de mim e segurou meu rosto em suas mãos para que eu olhasse em seus olhos.- Você não tem culpa do que sua família fez no passado, e se algum dia tivermos que enfrentar o mundo para proteger nossa família vamos fazer isso juntos.

–Promete? - questionei preocupado e ela sorriu.

–Prometo.- ela jurou me olhando nos olhos antes de nos beijarmos.

Assim que nos separamos a conduzi para dentro do túnel onde lhe explicava sobre ele.

–Você não precisará fazer curvas, esse túnel é reto e vai dá direto no porto de Florença. Assim que chegar no porto haverá um barco que sempre está aposto da marina todos os dias por séculos.- expliquei enquanto andávamos pelo túnel com as lanternas.

–Como assim séculos? Por acaso o dono desse barco é um vampiro? - ela questionou brincando e sorri.

–Não, esse trabalho é passado de geração para geração em segredo. Só a família real regente sabe dele.- disse assim abrindo o alçapão que ficava no final da passagem.

–Cuidado com o degrau amor.- disse ajudando Lanna a sair após eu já ter saído.

– A passagem deixa bem perto do navio da fuga. Você vê aquela barco de pescadores ali com o nome de Sperare?- questionei apontando para o navio enquanto andávamos em direção a ele.

–Sim, mas por que um barco de pescadores?

–Por que ninguém iria suspeitar que a família real da Itália estaria escondida em um barco de pescas amor.- expliquei e ela sorriu da lógica.

–Alteza? - Bartolomeu questionou descendo do barco assustado assim que me viu.- Fomos atacados?

–Olá Bartolomeu, e não. Não fomos atacados, só estou mostrando a passagem para minha esposa.- expliquei e ele sorriu sem jeito.- Bartolomeu Sartori está é minha esposa, a princesa regente Lanna Cullen.

–Alteza.- Bartolomeu disse e fez uma reverencia para Lanna.

–Por favor, sem reverencia e sem alteza. Me chame apenas de Lanna.- ela pediu constrangida e sorri.

Lanna jamais se acostumou as formalidades que seu título trazia.

–E para onde esse barco vai senhor Sartori?- ela questionou curiosa e ele me olhou pedindo autorização para falar a qual respondi balançando a cabeça em negação.

–Não posso lhe contar alteza, essa informação se revelará assim que chegarmos ao destino, se algum dia for preciso fugir.- ele explicou e sorri aprovando sua resposta.

–Tudo bem, espero que não seja preciso.- ela disse suave antes de olhar para mim.- Será que poderíamos dá uma volta Lukas?

–Por que não. Bartolomeu, nos leve para dá uma volta, por favor.- pedi e ele concordou antes de embarcarmos.

–Venha querida, quero te mostrar uma coisa.- disse pegando um coberto e levando-a para o meio do barco.

Confusa Lanna me viu colocar o cobertor no chão do barco e me deitar em cima dele, antes de chama-la para se deitar ao meu lado.

As aguas do mar italiano estavam calmos essa noite, e o céu estava iluminado por uma grande lua acompanhada por um manto de estrelas, tornando a noite linda.

–Agora, olhe para cima Lanna.- pedi e ela levantou o olhar.

–Que lindo.- Lanna sussurrou maravilhada assim que olhou para o céu acima de nós.

–É sim, meu pai adorava as estrelas. Quando era pequeno ele sempre me levava para o observatório nacional, era o único momento em que me sentia próximo dele.- expliquei e Lanna se virou para me ver.

–Tenho certeza, que seu pai fez o que fez por que achava que era o certo para protege-lo. Pais agem como loucos para protegerem seus filhos.- ela explicou me olhando nos olhos.

–E se eu tivesse que mentir para proteger nossa família? Você me perdoaria? - questionei ansiando por sua resposta e ela pareceu pensar antes de falar.

–Hoje digo que sim, mas não sei se vou poder dizer o mesmo amanhã. Me entende?

–Sim.- sussurrei triste, por que por mais que quisesse lhe contar o que me afligia não era o certo.

Lanna ainda não estava pronta.

–Só acho que deveríamos aproveitar o passeio, e esquecer qualquer problema. O que acha? - ela sugeriu e sorri antes de nos beijarmos.


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