Uma caçadora diferente escrita por Sour Wolf


Capítulo 9
Fomos achados- pt. 2


Notas iniciais do capítulo

Ooi gente! Como vcs vão?
Gente eu assisti Pitch Perfect 2 ( A Escolha Perfeita 2) e é muito muito muito legal. E sim, não lançou no fim de mundo chamado Brasil, mas tem disponível no Mega Filmes legendado, então eu recomendo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/625933/chapter/9

– Só o vento?

– Não lobos nem cachorros.

– Cães do inferno?

– Sim, acho melhor apertarmos o passo, não tenho uma boa história com eles.

Aceleramos nossa caminhada, os uivos haviam cessado por alguns minutos, mas pouco tempo depois comecei a ouvir um rosnar.

– Dean?

– Sim?

– Você tá ouvindo isso?

– Ouvindo o que?

– O rosnar.

– Que rosnado?

Dean parou para prestar mais atenção e claramente ouviu.

– Não, não, não! Eles chegaram, corre!

Obviamente os cães do inferno haviam chegado até nós, corremos com toda a velocidade possível pela rua. Mas o pior de tudo era que cães do inferno são invisíveis para nós, o que complicava muito a situação.

Os cães estavam atrás de nós, era possível ouvi-los e até mesmo sentir sua presença. Eu nunca havia enfrentado um desses e nem mesmo queria.

A parte florestada havia terminado, podíamos ver uma construção que mais parecia uma fábrica abandonada. Era a nossa melhor opção.

– Lá! – Eu gritei para Dean enquanto apontava para a fábrica que agora estava a uns 100 metros de distância de nós.

A distância foi se diminuindo, os cães estavam próximos de nós, mas nem tanto. Chegamos nas portas de trás da fábrica, que estavam trancadas.

– E agora?! – Daqui a pouco eu teria outro ataque de pânico.

Dean chutou a porta perto da fechadura três vezes, até ela se abrir. Mas a esta altura os cães estavam muito mais perto.

Entramos na fábrica. Ela era grande, com as paredes brancas, mas ao mesmo tempo sujas. Diria que a fábrica ficou cinco anos sem ser aberta. O lugar fedia a mofo. A porta dos fundos dava para um corredor extenso, cheio de portas. Eu e Dean corremos até o final do corredor, onde havia uma porta infelizmente grande o bastante para que um dos cães passasse. A porta pela qual passamos dava para o que parecia ser a cozinha dos funcionários. Haviam apenas mesas velhas de metal e um daqueles negócios dos quais não sei o nome onde fica a comida para que as pessoas possam se servir. No fundo da sala também havia outra porta.

Para a nossa infelicidade, ouvimos um grande estrondo vindo pela porta que nós havíamos acabado de passar. Consegui ouvir quatro respirações ofegantes. Ou seja, dois cães do inferno.

Eu e Dean corremos até a porta que estava no final da sala. Obviamente, os cães nos seguiram. A extensa porta dava para um outro corredor, como essa fábrica é grande!

O corredor era menos desta vez, haviam apenas três portas ligadas a ele. Dean foi na minha frente, passando pela segunda porta. Já essa porta dava para o vestiário dos funcionários, mas não tinha saída. Um fato preocupando era que eu não conseguia mais ouvir os cães do inferno, estava tudo silencioso demais.

Nós dois nos escondemos juntos em um canto escondido do vestiário. Eu estava ofegante demais, não conseguia sentir meus pés. Se tivéssemos que correr mais, eu seria morta pelos cães do inferno.

Apenas sentamos no chão e esperamos que alguém tivesse um plano e conseguíssemos mais folego.

– Dean Winchester, foi um prazer te conhecer.- eu disse estendendo-lhe a mão e sorrindo sínica.

– Você não vai morrer hoje, Margot Underwood. Isso eu te garanto, já perdi pessoas demais, não vou perder você também.

– Analise a situação: estamos numa fábrica abandonada sendo perseguidos por cães do inferno, num vestiário que não tem saída.

– Nem tudo é tão ruim quanto parece.

De repente ouvimos um grande estrondo vindo da porta do vestiário. Os cães haviam chegado, essa era a hora.

– Dean... – eu disse sussurrando.

Nos levantamos cautelosamente e seguimos para os fundos do vestiário com armas em punho.

Dean pareceu “examinar” o local, olhando as paredes, instrumentos e etc. até que algo lhe chamou a atenção. Uma janela.

– Margot, tem uma janela lá.

Mas tinha um problema, a janela ficava perto dos cães.

– Mas como vamos passar por eles?

– Alguém teria que os distrair.

– E com distrair você quer dizer ser morto? Tá maluco?

– É o único jeito, melhor que alguém saia vivo do que ninguém.

– Ok então, você vai e eu fico.

– Não. Você ta louca? Você vai. Você só está aqui por causa de mim, é tudo minha culpa.

– E quem disse que eu não queria estar aqui? Dean, nós dois sabemos que eu vou morrer logo, talvez tenha que ser agora. Qual vai ser a diferença se for hoje ou amanhã?

– Eu já disse que você não vai morrer! Vai logo antes que eles nos achem.

– Dean Winchester, você tem uma razão para qual viver, seu irmão. Eu não tenho ninguém. – Eu não podia deixar que Dean morresse, Sam precisa dele. E qual vai ser a diferença se eu for morta? Nenhuma, nós dois sabíamos que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde – Vai logo, Dean! Quer morrer também? – Lágrimas começaram a brotar de meus olhos, mesmo sabendo o final da história, eu continuava com esperança de não ser bem assim.

– Margot, eu vou voltar por você. Nem que custe a minha vida.

– Dean, eles estão se aproximando, vá logo antes que seja tarde demais. -Antes que ele vá para sempre, sabendo que nunca mais o veria o beijei nos lábios, como agradecimento por ter me salvado esse tempo todo. Aprofundei mais o beijo, mas sabia que teria que me distanciar logo. Me afastei de Dean, que ficou com uma expressão confusa, triste e satisfeita. Tudo misturado.

– Adeus Dean Winchester.

– Adeus Margot Underwood.

Depois dessa última frase, os cães nos acharam.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uma caçadora diferente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.