Mi Corazón Es Tuyo escrita por Laryssa


Capítulo 4
"Se eu dissesse não e fosse verdade? Se eu dissesse sim e fosse mentira?"


Notas iniciais do capítulo

Eu sumi não foi? Pois é, leitoras! Semanas sem internet.
Estou de volta, AAAAAAAAH!
Um capítulo para vocês :3

Boa leitura :)



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Aquelas palavras da Ludmila foram uma facada no meu coração. Seria mesmo verdade? Segurei as lágrimas, elas não podiam cair ali, não naquele momento.

Tente manter os meus olhos fixos nos meninos, que arrumavam os instrumentos, mas não consegui, pois o León chegou e foi cumprimentar a Ludmila.

O quê?!

– Como vai a garota mais linda e talentosa do Studio? – Perguntou León dando um beijo na bochecha dela.

O que diabos ela fez com o León?

Obviamente, o elogio era só para agradar a ela, até porque, não vejo outro motivo. Ele gosta dela.

– Ótima, como sempre! – Respondeu. – Mas, e aí? Quais são os planos para hoje? – Colocou as mãos em seu peito e sorriu sedutora.

Ótimo, agora eu sou vela!

– Ah, não sei. Tenho ensaio agora!

– E porque acha que eu estou aqui?

Ele ficou calado, deu um selinho na boca dela e saiu.

Perfeito! Eu não seria mais vela, não deles, nunca mais na minha vida. Quem garante que aquilo é amor verdadeiro? Nem eles mesmos. Nem ele sabe o que está acontecendo, se perdeu na própria cabeça.

– UM, DOIS, UM, DOIS, TRÊS! - Gritou uma voz lá na frente, era de um deles indicando que começariam a tocar.

Os garotos estavam tocando tão bem, cheguei a me perguntar se sempre tocavam assim. Meus olhos estavam fixos no León e no Maxi, eu os conhecia muito bem e há muito tempo, mas eu não sabia que eles tocavam e cantavam. Quando acabaram de tocar, aplaudi levemente e soltei um sorriso.

– Vocês foram ótimos! – Aplaudi me levantando e indo em direção a eles.

– Obrigado Violetta! – Agradeceu Maxi.

– Dá para melhorar. – Ludmila deu de ombros.

Ela sempre foi assim, será que nunca mudaria?

– Ludmila... – O “Nova Iorque” tentou questionar a opinião da Ludmila.

– Broduey, se a Ludmila falou que temos que melhorar é porque temos. Sempre é bom receber uma opinião construtiva e a Violetta entrou no Studio não faz nem um dia. – Defendeu León, a crítica de sua namorada.

O problema estava em acreditar que aquilo era uma opinião construtiva. Será que ele não lembra quem é a Ludmila? Está tão cego assim?

Entendi isso como uma ofensa a mim, na verdade. Olhei para o chão como se ele fosse meu único apoio naquele momento. Será que o León não sabia que era eu, a Violetta? Não uma Violetta qualquer, mas a sua melhor amiga. Pelo menos eu achava que ainda era. Queria sair, mas eu não podia. Queria me defender, mas quem sou eu ali?

– Ela é sobrinha da Angie! – Me defendeu o Maxi.

Quem é Angie? Obviamente, nenhuma das minhas tias. Pelo menos nenhuma das tias que eu conheço.

– Da Angie? – Todos perguntaram ao mesmo tempo, espantados. Eu nem sabia dessa, talvez se ela tivesse dito que eu sou filha da Maria, o León rapidamente lembrar-se-ia de mim.

É, esse era o meu foco agora: Fazer o León se lembrar de mim.

– Isso é verdade? – A ruiva perguntou, ainda quero saber o nome dela. O que eu diria?

– Maxi! – Era a única maneira de me salvar. Se eu dissesse não e fosse verdade? Se eu dissesse sim e fosse mentira?

– O que foi Vilu?

Nesse momento, o León olhou confuso para o Maxi. Talvez porque ninguém me chamava de Vilu, além deles. Ou porque achou estranha a forma em que o Maxi me tratou, digo, com muita intimidade.

Considerava a primeira hipótese a mais concreta e a mais óbvia naquele momento. Claro, agora ele estava desconfiando. E isso faz parte do plano! Queria que ele se lembrasse de mim. Não queria. Eu quero.

– Porque não ensaiam mais uma vez e deixam de falar da vida da Violetta? – Ludmila deu de ombros.

– É bem melhor. Não estamos em nenhum salão de beleza para está “fofocando” – Falou o “Times Square”.

O ensaio se prolongou por mais uma hora, se eu não contei errado. A Ludmila não estava nem aí para eles, preferiu se concentrar no seu celular. Como ela ousa dizer que eles precisam melhorar? O pior não era isso. O pior era que todos desconfiam de mim por não saberem quem eu sou ainda. Não vejo motivos para isso, afinal, sou “novata” aqui.

Recebi um sms da Fran me pedindo para espera-la na mesma sala que eu estava, mas ela estava demorando muito.

Todos já tinham saído da sala, exceto o León e a Ludmila, que agora gritou com o celular na mão e saiu da sala saltitando.

– Isso é normal? – Perguntei como se eu não soubesse.

– Sim e ás vezes é pior! – Respondeu rindo.

Com certeza, essa felicidade dela não era por alguma maldade e nada. Ela nunca se demonstra feliz em meio à tristeza de alguém. Cheguei a me perguntar o porquê de toda aquela felicidade dela. Com certeza não era por causa do León.

– E como você aguenta?

– Não sei. Ás vezes, eu sinto que só sou útil para acompanhá-la e não para confiar nela.

– Porque pensa assim? Digo, são namorados.

– Porque durante toda a minha vida só pude confiar em uma pessoa.

– Quem?

– Uma amiga.

Com certeza, ele não falava de mim. Se confiasse mesmo em mim, deveria ao menos ter dito que no momento que eu fosse embora ia namorar a Ludmila. Era exatamente disso que eu odiava, era isso que me deixava irritada.

– Bem, preciso ir. Vai ficar aqui mesmo? – Perguntou.

– Estou esperando por uma pessoa.

– Não acho correto deixar uma dama como você sozinha aqui. Porque não saímos um pouco? Liga para essa tal pessoa e avisa.

Dama? É o que eu acho que está acontecendo?

– Deixa pra outro dia, por favor.

– Não! – Negou com um sorriso no rosto.

Foi exatamente nesse momento que ele pegou na minha mão e começou a me puxar para fora da sala.

– León, por favor! Hoje não!

Eu já estava rindo com toda essa situação, mas não tinha graça.

Só havia nós dois no corredor. O que deixava isso mais estranho e agora eu vi a graça da situação.

– Que foi? – Ele riu também.

– Por quê? Porque já me pede para sair com você se nem me conhece?

– Exatamente por isso, quero te conhecer.

– Então deixa para outro dia, por favor. Tenho compromissos.

Verdade? Claro que não! Precisei mentir. Não estava preparada para sair com ele no mesmo dia que eu entro no Studio. O que eu diria aos meus pais?

– Amanhã, pode ser?

– Claro! Claro que pode León!

– Então, te vejo amanhã.

Deu um beijo na minha bochecha e saiu sorridente.

Eu não entendia bem o jeito que ele me tratou. Certo, ele tinha uma namorada, mas não podia confiar nela, mas eu seria uma opção para ele? Será que tinha me visto como alguém confiável? Ou será que ele já havia percebido?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? O quê?

Daqui a pouco tem mais :3

Bye



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