Mi Corazón Es Tuyo escrita por Laryssa


Capítulo 5
"Violetta e Violetta não são a mesma pessoa, ou são?"


Notas iniciais do capítulo

Heeeey Leitoras! Sumi de novo '-'
Eu VOLTEEEEEI! Acho que vou publicar todo dia, tô com saudades de vocês.
Esse capítulo vai confundir a cabeça de vocês assim como confundiu a minha.

Beijão, leitoras!
Espera, tenham uma boa leitura :3



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Eu não conseguia prestar atenção em nada que a Francesca dizia. Parecia que ela estava falando em grego e enfim, eu só conseguia pensar no León. Como sempre. Ele havia me deixado fora de mim, agora, me sinto em outro país, outro planeta, outra galáxia, outra dimensão, em outro Universo. Porque eu ainda não o esqueci? Eu já devia ter esquecido. Se eu não o esqueci, que ele se apaixone por mim.

Minha mãe bateu na porta do quarto e eu só percebi quando a Fran já estava abrindo. A mamãe entrou no quarto com uma bandeja de biscoitos e suco. Tinham três copos, mas só éramos duas. Parece que ela quer entrar na conversa também. Não!

– Então, do que falavam? – Perguntou colocando a bandeja na minha escrivaninha.

Ficar calada foi a opção mais discreta que pensei. Eu não poderia dizer que estávamos conversando sobre um assunto que eu nem sei se ele foi mencionado na conversa, mas também não poderia tentar mudar de assunto porque em uma hora ou outra ela perguntaria de novo, então dei uma oportunidade à Fran.

– Falávamos do primeiro dia de aula da Violetta lá no Studio. – Respondeu a Francesca.

– Ah, sim. E como foi filha? – Perguntou minha mãe sentando-se a meu lado.

– Foi ótimo, mãe!

Apesar de ter passado maior parte do meu tempo com a Fran, de saber que o León está namorando a Ludmila, de que fui ofendida e elogiada no mesmo dia e de o León não ter me reconhecido, o meu dia foi maravilhoso!

– Conheceu algum garoto? – Minha mãe me olhou malicioso.

– Mãe, eu sou uma garota com catorze anos que acabou de entrar em uma escola de música e a senhora já me empurra para os meninos de lá?

Tolice. Tolice era ela perguntar isso. Tolice era eu responder isso como se eu já não estivesse apaixonada por alguém daquela escola.

– Calma Vilu, sua mãe só quis saber se você conheceu!

– Você também Fran?

– Você está nervosinha demais! – Falou a Fran enquanto pintava as unhas.

Ok, eu estava nervosa, mas não por isso. Eu sou o centro das atenções agora. O papo durante a noite inteira seria baseado em mim. Eu não poderia me atrever a falar sobre a minha mãe porque ela não gosta que eu comente nada sobre ela. Eu não tinha o que falar da Fran, eu já sabia que ela não tem namorado e nem pretendentes e que nunca deu o primeiro beijo. Não vejo diferença da minha vida para a da Fran.

– Eu acho que é por causa do León. – Prosseguiu.

Minha mãe arregalou os olhos.

– Ele me convidou para sair. – Escapou.

Eu amava pensar nisso, mas odiava lembrar que ele tinha namorada.

– Mas o León não era seu amigo? – Minha mãe perguntou.

– Não tenho certeza se ainda é.

Ela fez cara de desentendida e a Fran sorriu maliciosa.

– Mãe, eu prefiro não conversar sobre esse assunto.

– Tudo bem. – Ela beijou a minha testa e pegou a bandeja para colocar em cima da minha cama. – Então, vamos comer!

Ri fraco.

+++

Combinamos de tomar café juntos e eu já estava praticamente pronta, mas eu estava insegura. Eu não sabia o que conversar com ele. Não é normal para eu ter um amigo de anos e por causa de meses não ter nada para falar com ele. Mas esse não era o caso. Para ele, ainda estava me conhecendo.

Desci as escadas de dois em dois degraus, cumprimentei meus pais que tomavam café na sala – e que não perguntaram nada – e sai de casa em direção ao local em que eu e o León havíamos marcado.

Era na padaria nomeada de Gardênia, desde criança costumo tomar o café da manhã aqui. Ela tinha decoração simples, com mesas de madeira cobertas com toalha branca, cadeiras com assento acolchoado, a pintura de cor clara e as portas e janelas eram feitas de vidro, sem contar com o cheiro do pão francês que sai da cozinha e preenche todo aquele espaço.

León estava sentado à penúltima mesa, me esperando. Respirei fundo e fui até ele.

– Oi. – Minha voz soou fraca.

– Oi – Sorriu - Como está?

Levantou e puxou uma cadeira para eu sentar.

– Estou bem e você? – Respondi enquanto me sentava.

– Maravilhosamente bem. – Sentou-se outra vez.

Agora estamos em completamente silêncio. Eu não sabia o que falar. É como se não nos conhecêssemos e eu sabia que seria assim, e ele também – mesmo não sabendo que seria o nosso primeiro momento a sós depois de oito meses. Era uma situação horrível, a qual eu nunca imaginei passar.

– Eu escutei o Maxi te chamando de Vilu. – Falou – Digo, mal entrou no Studio e vocês já estão íntimos assim?

– Nos conhecemos já faz um tempo e eu acho que ele falaria o mesmo de nós.

Eu não menti quando falei isso, mas o Maxi não falaria isso até porque eu ainda não pude conta-lo do meu plano. Ainda acho incrível como o Maxi e a Francesa me reconheceram e o meu melhor amigo não. Ô situação!

Ué? Por quê? – Riu fraco.

– Me convidou para sair no mesmo dia que entrei no Studio. – Aleguei.

– Ah sim! – Suspirou – Sinto que já te conheço. – Continuou e fitou os meus olhos, possivelmente com a esperança de lembrar-se de mim.

“Calma Violetta! Se controla! Você não pode se perder facilmente assim.” Pensei.

Eu tinha saudades de olhar nesses olhos cor de esmeralda, de bagunçar os seus cabelos castanhos... Eu tinha saudade dele. Logo, tudo isso acabaria, tenho certeza. Tudo faz parte do plano. As consequências? Bem, as consequências eu não sei, não pensei nelas ainda.

Mas agora, as consequências são algo que me preocupam. O León já me “esqueceu” pelo fato de eu ter ido para outro continente, imagina se souber disso?

De repente passou pela minha cabeça o León decepcionado comigo, me dizendo palavras horríveis e deixando de lado todos esses anos de nossa amizade. NÃO!

– Violetta! – Chamou o León.

– Hãn... Oi.

– O que você vai pedir?

– O de sempre.

A garçonete anotou o meu pedido e foi embora, provavelmente já tinha anotado o pedido de León.

– E então, quer dizer que você acha que me conhece? – Ri.

– É. Você me lembra de alguém especial. – Falou me fitando.

Óbvio. Ele se lembra de mim, mas não me reconhece. Whats? Não pode!

– Violetta. – Murmurou.

– Eu? Espera, eu te lembro de eu mesma?

– Não, não. Você me lembra a Violetta.

– Tudo bem, mas quem é essa?

Eu não sei se estou me saindo bem nesse lance de fingir. Ok, Violetta e Violetta são duas pessoas diferentes, mas são só uma. A diferença da Violetta para a outra Violetta é que uma é mais madura que a outra. Sério que eu estou mesmo fazendo isso? O León não sabe sobre as Violettas. Só eu.

– Uma amiga. – Disse serenamente. – Desculpa, achei que fosse a mesma pessoa. – Prosseguiu.

Eu já disse! Violetta e Violetta não são as mesmas pessoas, ou são? Merda, até eu estou me atrapalhando comigo mesma.

– O que houve com ela?

– Ela viajou para Madrid há oito meses, sem mais nem menos, e até agora não voltou. Liguei para ela muitas vezes, mas era muito raro que ela atendesse. Sinto muita falta dela, sabe?

Um sentimento de culpa tomou conta de mim. Eu realmente não atendi às ligações dele enquanto estava em Madrid, por raiva, por mágoa e até pela minha mãe. Porque eu fiz aquilo? Ele ainda era meu amigo, se continua sendo eu não sei.

– Eu tento falar com ela, mas a verdade é que eu não consigo. O que eu falaria a ela? “Oi Violetta, volta logo estou com saudades”? – Continuou.

– Talvez. Ela é sua amiga, devia perguntar ao menos se ela está bem. O que aconteceu entre vocês? Digo, ela teve um motivo para ir embora.

– A conheço desde os meus quatro anos.

– Não foi essa a minha pergunta.

Um sorriso escapou de mim. Escapou mesmo. Eu não deveria sorrir, mas quando ele falou que conhecia a Violetta desde os quatro anos eu não pude evitar.

– Ela não me contou o porquê de ir. Se ela confia tanto em mim, porque não me contou?

Eu não seria mais a Violetta agora eu era a Violetta.

– Você confia nela, não confia? – Perguntei.

– Claro que confio, dei a minha palavra a ela.

– E então? Se você confia você acredita.

– O que está querendo dizer? – Perguntou confuso.

– Se você acreditasse nela não estaria com a Ludmila. – Quase entreguei a Violetta.

Onde é que eu estou com a cabeça? Quase entreguei a minha sósia.

– Quê? Você mal sabe sobre a nossa amizade, mal sabe sobre ela. Não pode falar do que não sabe. Porque fala isso e como sabe? – Vociferou.

– León...

– Fala a verdade. – Pediu.

Er... que... o Maxi me contou! – Encobri a Violetta.

– O Maxi? – Perguntou mais confuso que antes.

– Sim, o Maxi! Ele me contou que sua amiga, a Violetta, odiava a Ludmila! Contou-me também que você estava gostando dela. Será que ela não foi embora por isso?

– Eu nunca tinha pensado nisso, mas ela não partiria por isso. – afirmou.

– Ela podia estar apaixonada por você. – “palpitei”.

– A Violetta? Apaixonada por mim? Conta outra!

Dessa vez, eu não era mais a Violetta, eu era a Violetta e isso doeu no fundo da minha alma.

– Quem sabe? – Olhei sério para ele.

– Ela... Ela gosta de outro garoto, ela me disse. E também, ela gostar de mim? Impossível! – Falou com a cabeça baixa.

– Tenho três sugestões: Esse garoto é você, ela gosta desse garoto e de você também ou ela gosta mesmo desse garoto que não é você. – Brinquei. – Mas se for a primeira sugestão? Vai deixá-la sofrer por você?

– Eu não gosto de vê-la sofrer, mas acho inútil essa ideia de que ela gosta de mim e a ideia de que ela gosta de outro também. – Disse em um tom que não pude distinguir entre raiva ou tristeza.

– Você gosta dela não é? – Sorri.

– Como amigo! – Ele me encarou rindo.

É assim que começa meu amigo!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Louco né? O que vocês shippam Leonetta ou Leonetta (itálico) ? :3
Cara, eu só posso tá bêbada. Quero comentários :3

Beijãaaao na testa, terráqueas!