Mi Corazón Es Tuyo escrita por Laryssa


Capítulo 25
"Não foi escolha minha ir à Europa"


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, oi! Como estão?
Nos trinta segundos do segundo tempo, mas consegui dois capítulos em um mês. Está um pouco curto comparado aos outros, mas não estranhem, é da natureza dele, hehe.
Obrigada aos comentários do capítulo anterior, ainda não respondi, mas já li todos e faço questão de ler mais vezes.
Tenham uma boa leitura!



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Estava me sentindo estranha. Muita coisa mudou e o tempo nem passou. Digo isso porque acabei de entrar na sala de canto mais uma vez. Se é que eu já tinha vindo hoje.

Por estar tão exausta, cheguei à conclusão que não aconteceu nada entre mim e a Fran. Eu dormi durante a aula do Pablo depois da Ludmila ter sido expulsa da sala. Mas ainda assim a aula demorou muito, porque, pelo jeito que estou, parece que dormi a noite inteira. Ainda estou com bastante sono.

Fui até o teclado que minha mãe tem em sua sala para acompanhar os aquecimentos vocais e comecei a tocar a música que cantei no meu teste de admissão, que expressa bastante o que sinto depois das mudanças que a Tradição causou em minha vida e a respeito da minha mãe, que tem me pressionado a tudo isso.

Quando terminei, Francesca e León apareceram juntos, de mãos dadas, sorrindo para mim. Pouco reparei no sorriso da Fran. O riso de León me chamava mais atenção, até porque o ambiente parece mais claro e tenho certeza que é por ele, já que tem a capacidade de iluminar por onde passa. Faz tempo que não o vejo. Mas, qual seria o motivo de tanta alegria dos dois?

— Te escutamos cantar, Vilu. Você é incrível, porque não percebeu sua paixão pela música antes? – Francesca comentou e eu só sorri fraco porque, francamente, eu amo música, mas não amo cantar.

— Vocês também nunca me disseram que cantavam. Estamos quites!

— Ah claro, você estava longe, em Madri, com o seus pais, com o Tomás. Como queria que a gente te contasse isso?

— Não foi escolha minha ir à Europa.

— Mas foi escolha sua escapar do que te acontecia aqui. Qual a necessidade de ir embora por causa do melhor amigo, Violetta? – Ela questionou alto.

Aquilo me machucou por dentro. Não por causa dos motivos de eu ter ido, mas porque ela falava como se não soubesse o quão eu estava mal nesse tempo. E o pior era que ela sabia. Talvez não tenha noção do que acabou de falar porque é boca de tagarela, mas sabia mais do que ninguém responder a essa pergunta.

Nenhum deles entenderia que essa viagem não foi uma das melhores para mim e que se eu soubesse que ela me causaria drásticas mudanças, jamais teria ido. Ou teria, porque quando vi que as coisas não estavam indo bem aqui, eu não pensava em outra coisa a não ser em encontrar uma alternativa para esquecer a situação que me fazia mal.

Agora, não era preciso espalhar para o mundo todo que eu fui para Madri por causa do León (também).

Bastou o León repreendê-la para que ela entendesse que tinha pegado um pouco pesado comigo e me pedisse desculpas.

— Eu fui por ele da mesma forma que voltei por ele. Por vocês. Acho que isso sempre esteve bem claro, Fran.

Apesar de tudo, León estava confuso. Não entendia o que falávamos e nem que motivos eram esses que me fizeram ir. No aeroporto eu me recusei a falar e, até então, ele nunca soube, a não ser que a Fran tenha dito. Espero que não duvide que toda vez que falo melhor amigo, falo dele. Não sei, as coisas não estavam tão bem entre nós, porém a amizade permanece, não?

Mais que nunca, necessitava de um abraço seu.

Ele me olhou e depois baixou a cabeça. Só acho que não devia me fazer sofrer tanto. Já faz um ano que sofro por causa dele, por vários motivos já, e o mais incrível é que cada vez mais quero estar perto. Em seguida, soltou a mão da Francesca e veio me abraçar. Eu retribui, ainda que compreendesse sua atitude. Ele conhece mesmo os meus pensamentos, como pude duvidar?

— Você é a melhor amiga que alguém pode ter – sussurrou no meu ouvido e no meu rosto estampou-se um dos sorrisos mais largos. Mas eu já não havia escutado isso antes?

Antes de nos soltarmos espontaneamente, Beto apareceu e nos assustou com seus gestos escandalosos, derrubando várias folhas de papel. Até a Francesca que estava em pé, caiu sentada pelo susto, por sorte em um dos pufes da sala.

 – Violetta, Violetta, Violetta! – Ele chamou cantando.

— Aqui?

— Você é a Violetta? Não, é a Camila!

Seus óculos estavam bagunçados, então León os ajeitou.

— Ah, Violetta. Os professores estão te chamando lá no zoom e eu não lembro o porquê. Talvez seja melhor você ir logo. – falou, apontando pra porta.

Meus amigos estranharam, pela cara que fizeram. Era realmente esquisito só eu ser chamada para uma reunião com os professores. Quer dizer, não sei se sou só eu.

— Vocês também podem acompanha-la, acho que o Pablo não se importaria.

Nós quatro saímos para o zoom. Francesca e León ficaram um pouco atrás de mim e do Beto que nos juntamos aos professores. Minha mãe estava entre eles.

— Mãe? – perguntei um pouco surpresa. Ela conversava com um pessoal que nunca vi na vida. – Você não estava viajando?

— Eu esperava ao menos um “seja bem-vinda de volta, estava com saudades”. Parece que já voltei, né? Enfim, preciso que você prepare uma apresentação para eles – apontou para os homens que conversava.

— Quem são?

— Representantes da Comissão Organizadora do Concurso Intercontinental entre Escolas de Música.

— Como quer que eu me apresente para essas “autoridades” se eu sequer tenho algo pronto?

— Só pega o microfone, sobe no palco e canta. Você tem muito talento, vai conseguir. Faça bonito e nos orgulhe, porque entre tantos alunos, você foi a escolhida.

Eu sabia que eles não tinham me escolhido diretamente, até porque eles nem me conhecem. Claro que ela quem fez essa recomendação, não ia perder a oportunidade de me mostrar para seja lá quem for. O mais importante era dizer que sua filha também canta.

Com um olhar, pedi ajuda dos meus amigos que estavam em pé perto da porta do zoom, o Maxi também. Eles demoraram um pouco para entender e eu tive que ir lá explicar toda a situação. Sugeriram que eu cantasse aquela música que compus recentemente, mas eu não achava uma boa ideia. Não tinha apresentando para nenhum professor e eles poderiam não gostar.

O Maxi me deu todo o apoio, mas continuou insistindo, junto a Fran e ao León, com a ideia de cantar o meu tema original. Aceitei porque eu não tinha outra opção e também porque sabia que eles iam ficar tentando me convencer até que eu o fizesse.

Depois que eles me ajudaram a preparar tudo, subi ao palco, nervosa e com medo de haver alguma falha. Agora eu só precisava lutar contra a minha vontade de sair correndo dali. Os professores estão confiando em mim e eu devo ser digna de confiança. Precisava dar o meu melhor e me esforçar ao invés de ser egoísta e abandonar.

Comecei a cantar, tímida. Não estava segura do que estava fazendo. Os representantes estavam atentos a cada erro meu, acredito. Eles me olhavam de uma maneira intimidante. Os professores pareciam estar gostando.

Só encontrei confiança quando vi que meus amigos me davam apoio com seus sorrisos de orelha a orelha. Então, passei a sentir o que a música me inspirava. A sensação de voltar para casa e saber que tudo está tão diferente. Começando pelo simples fato de eu estar cantando. Segundo, León e Ludmila estavam namorando e eu sempre achei que isso nunca ia acontecer, quer dizer, ele já era apaixonado por ela, não? O que ela viu nela que é atraente, eu não tenho ideia. Foi isso que o deixou tão cego a ponto de não perceber que a sua melhor amiga gosta dele.

Consegui aguentar até mais da metade da música. Quando cheguei na ponte, olhei diretamente para o León, cantando para ele. Mas ele não viu. Estava ocupado abraçado com a Francesca, conversando e trocando olhares e sorrisos bobos. Foi bem pior quando ela lhe deu um selinho.

Não terminei de cantar e então todos me olharam incrédulos. Minha mãe estava decepcionada, mas pedia que eu continuasse. Eu não. Desci do palco, confusa em relação ao que sentia, mas segura do que eu tinha visto, e saí do zoom em direção ao corredor.

O Maxi veio atrás de mim e me fez várias perguntas, no entanto eu não respondi nenhuma. Chegou um momento que ele se cansou, pois sabia que não estava ajudando. Daqui a pouco minha mãe apareceria para me pedir uma explicação e eu quero ir para bem longe.

— Se ao menos o León e a Francesca parassem de namorar e viessem nos ajudar...

— Namorar?

— Eles não te disseram que estão namorando?


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Notas finais do capítulo

O que me dizem? Francesca e León namorando? Como assim? Produção, me explica isso melhor! Não coloquei a reação da Violetta para deixar esse ar de suspense, mas quero saber como vocês pensam que será. Já devem ter uma noção. Esse capítulo confundiu a mente de vocês?
No capítulo anterior, eu falei que contaria um pouco mais sobre a versão adaptada da fanfic, mas primeiro quero saber se vocês estão interessados em um livro físico.
O próximo capítulo? Não vai demorar não, amores!
Bye, inté a próxima! ♥



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