Mi Corazón Es Tuyo escrita por Laryssa


Capítulo 24
"Me surpreende mais ainda o que você fez"


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Estou aqui correndo contra o tempo para publicar esse capítulo enorme para vocês. Demorei esse tempo todo, mas espero que o tamanho justifique. Me diverti muito escrevendo-o, mas também tem uma parte triste. Ah, descubram o que é.
Boa leitura ♥



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Nunca acordei tão indisposta como hoje. Levantei porque tinha que levantar, me arrumei e desci. Meu primeiro horário deveria ser vago, mas é só amanhã...

A verdade é que esta noite não dormi bem pensando na frieza do León e na maneira que nos afastamos tanto em tão pouco tempo. Nossa amizade não acabou, acredito que ainda haja uma faísca desse sentimento em nós dois. Também há o nosso amuleto, o nó da amizade. Ao me dá-lo, León prometeu que seria para sempre. Era esse o meu seguro? Uma lembrança? Um pingente.

Quando cheguei para tomar café só faltavam o Jonas e o Carlos se sentarem à mesa. Cecília alimentava a Luna e o León olhava para a comida dele como se tivesse algo estranho – ou como se quisesse evitar olhar na minha cara e dizer bom dia. Apenas suspirei e sentei no meu canto que ficava próximo do Carlos e, desde a terça, do Jonas. A minha frente fica a Ceci e a Luna, ao seu lado o León.

Cecília deve ter percebido algo quando perguntou:

— Vocês estão bem? O que aconteceu?

— Melhor do que nunca – ele respondeu com um sorriso fraco.

— Acho que estou bem...

Eu e o León nos entreolhamos. Sabemos bem o que está acontecendo e como nos sentimos a respeito, ou pelo menos sabíamos. Estava tudo muito confuso entre nós dois já faz muito tempo.

— Desde que voltou do Studio naquele dia não te vejo tão bem quanto você diz meu filho.

— A decepção vem quando e de quem a gente menos espera, não?

Ah sim, eu o decepcionei, claro. Sou a pior pessoa do mundo por ter ocultado uma história como se ele nunca tivesse me escondido um segredo. Como ele descobriu se só sabia disso eu, o Tomás e...

— A Francesca te decepcionou?

— Não mãe, já passou. Violetta, eu já estou indo, hoje tem ensaio da banda e preciso...

— Não vai me esperar? Eu sempre te espero, poxa – choraminguei, duvidando que desse certo.

— Você tem dez minutos. – Levantou-se e foi para a sala.

Também não perdi tempo. Praticamente engoli a comida, pois ainda faltava pegar o meu material lá em cima. Ele deu dez minutos de propósito por achar que eu não consigo. Bom, o que eu não faria para passar alguns minutos ao seu lado? Mesmo que ele não queira, eu quero, ainda que ele permaneça distante...

Demorei mais de dez minutos para me aprontar e, por sorte, León ainda me esperava.

— Atrasada três minutos.

Diferente de como eu pensava, ele não levou na brincadeira e isso foi mesmo uma bronca. Já não temos mais motivos para brincar com as coisas mais bobas da mesma forma que não temos razões para estar juntos e se assim continuar vamos perder até nossa amizade, que também não está essas coisas todas.

Fomos para o Studio e o caminho foi bem silencioso. León andava muito rápido, parecia apressado apesar de saber que chegaremos antes das sete e meia. Ele seguiu para a sala de dança sem ao menos se despedir e desejar boa aula, seja lá qual for.

Que eu saiba, nossa turma inteira tem aula com o Pablo nos três primeiros horários de hoje.

Francesca veio em minha direção e eu não hesitei em dar-lhe um forte abraço.

— Está tudo bem, amiga? – Ela perguntou.

— Não sei. Percebeu como o León está distante?

— Ele só foi pra aula, Vilu. Daqui a pouco aparece.

— Não é isso, Fran. O León está se afastando da gente. Lembra que você me chamou para almoçar ontem?

— Sim, você disse que ia pra casa da Cecília, mas o que isso tem a ver?

— Ela me falou que o León tinha saído com uns amigos.

— Ontem nós mal nos falamos...

Então não era só comigo que ele estava estranho, com a Fran também, mas por quais motivos? Se comigo era por causa do Tomás, com ela seria o quê?

Talvez eu ainda possa descobrir, porém a prioridade neste momento é saber o que aconteceu com ela, a sua carinha era a mesma de ontem, e se ambas as coisas estiverem relacionadas, BINGO!

— E como você está?

— Estou bem na medida do possível. Esses dias aconteceram coisas que torci demais para que acontecessem, mas não gostei de vê-las, alguém acabou sofrendo. Não sei explicar.

— Tem a ver com a Olga? Ela sente muito a sua falta.

— Na terça-feira ela foi me visitar e só falou no quanto você tinha crescido e de todas as suas qualidades, não falava em outra coisa e nem quis saber como eu estava, se precisava de alguma coisa. Imagina como eu me senti.

Associei mentalmente os acontecimentos às datas. Na terça de manhã quando eu e minha mãe fomos tomar café, Olga não estava. Depois a Francesca faltou a apresentação a qual ela cantaria e não muito antes do final da tarde, ela resolveu desabafar para o León.

Talvez por isso que ela não me chamou, para que eu não me sentisse mal escutando essas palavras. Olga ajudou a me criar desde que foi trabalhar lá em casa. Ela passava mais tempo comigo que com a própria filha. Quantas tortas de chocolate teria feito à Fran se não fosse dessa maneira?

Será que eu tinha culpa?

Pelo menos eu não era a única a sofrer por esse motivo e isso é um tanto “reconfortante”...

— Entendo como é ter uma mãe que não seja presente, mas a Olga se esforça.

— Sua mãe é sua professora, como não é presente?

— Você sabe que ela não morava aqui e por isso nem me conhece tanto.

— Nesse caso, está preparada para ganhar o mesmo livro esse ano? – Brincou e nós rimos juntas. A probabilidade de acontecer é máxima, a não ser que ela tenha visto que a minha estante está cheia de repetecos.

Hoje é quinta-feira, meu aniversário é no sábado e não pareço estar tão animada quanto deveria. E quando finalmente me animava, lembrava que meu pai não vai estar e que, por isso, vai ser diferente. Estou na expectativa de receber uma ligação dele pela manhã. Todos os anos, ele busca ser o primeiro a me desejar Feliz Aniversário e para isso nem precisa esperar dar meia-noite, até porque a essa hora eu estaria sonhando com alguma coisa. Como acordo cedo – minha primeira obrigação do dia –, ele me dá um beijo na testa acompanhando das felicitações, um buquê de flores e um presente.

Se León honrar sua palavra e manter de pé os planos do piquenique me fará a pessoa mais contente do mundo. Posso até adiantar uns planos...

— Fran, vamos passar o dia juntas amanhã?

Ela arregalou os olhos, um pouco surpresa com o meu pedido. Até eu me surpreendi porque é algo que não realizamos há meses. Nossas rotinas mudaram bastante desde que começamos a estudar música aqui.

— Sim?! – Ela respondeu rindo. – O León poderia ficar chateado com você mais vezes se for desse jeito.

— Por que o León estaria chateado comigo?

— Não tenho ideia, Vilu. Você quem disse que ele estava se comportando estranho. Será que ele não está com ciúmes do Tomás?

— Tomás? Ciúmes? Fran, os dois são meus amigos.

— Mas você já ficou com o Tomás quando estava na Espanha.

— E por acaso o León sabe disso, Francesca?

— Não contou pra ele? Violetta, você não tinha que esconder isso dele, por mais que seja o garoto que você gosta, ele ainda era seu amigo, o seu melhor amigo que sempre te protegeu e nunca te ocultou nada. Se coloca no lugar dele também, poxa!

Então o León era o meu melhor amigo? Eu já o perdi e não sei? Não tem como ele saber do que aconteceu em Madri sem ser por mim, pela Fran ou pelo Tomás. Algum deles pode ter contado e não quer admitir. Se ele viu o beijo ainda não seria por isso. É algo que vem de antes, muito antes.

— Se tudo não voltar a ser como sempre foi, jamais me perdoarei.

— Você não tem nada a ver com isso, nem sei porque estou te falando essas coisas quando deveríamos falar de outras.

Eu só queria mudar o assunto, não importa para qual. Daqui a pouco começa a primeira aula e quero parecer que estou bem. Ou ao menos fingir, né?

— Vai ficar tudo bem, eu espero. Não existe León sem Violetta e nem Violetta sem León.

Ela tinha razão. Eu e León somos amigos há tanto tempo que seria quase impossível vivermos um sem o outro. Até parece aqueles textinhos românticos que você vê no Google ou nas redes sociais: “Eu te amo e já não posso mais viver sem você”. Agora se trata de amizade. Não sei se depois que um casal se apaixona eles conseguem viver a mesma coisa de antes – provavelmente não, pelo que leio e assisto –, mas posso garantir que um amigo faz muita falta e acredito que seja difícil não pode contar com aquela pessoa que sempre esteve ali porque ela simplesmente foi se afastando.

Vai dar tudo certo, eu sei que vai.

Francesca fez uma cara preocupada e pegou sua bolsa, desesperada.

— O que foi?

— Meu celular! Não o encontro!

Ela tirou tudo da bolsa e foi me entregando, algumas coisas até caíram no chão, mas com tanta coisa em meus braços nem consegui apanhá-las. Daqui a pouco eu quem vou cair se ela continuar jogando todas essas coisas em cima de mim.

Cadernos, pastas, remédio, carregador, canetas, barrinha de cereal, maçã, fone de ouvido e até ursinho de pelúcia.

É ela carrega o universo inteiro nessa bolsa.

Céus! Como essa garota traz tudo isso em uma bolsa minúscula?

— Fran – chamei-a para que parasse de me dar as coisas.

— Agora não, Vilu. Deixe-me achar meu celular.

Ela continuou jogando até o buraco negro da sua bolsa fechar e não ter mais nada. Tinha tudo, menos um celular.

— Não pode ser! – Lamentou após não tê-lo encontrado.

— Já olhou no bolso da sua calça?

Só pela cara que ela fez posso dizer que é muito inteligente. Sério mesmo que dá para colocar o celular no bolso da calça e não sentir?

Assim que ela tirou do bolso, soltou o risinho mais cínico do mundo.

— Você só pode estar de brincadeira comigo, Francesca Calviglia! – Exclamei, estressada e apontando para a bagunça que ela tinha feito.

— Está na hora da aula do Pablo, não podemos nos atrasar.

— Só vamos sair daqui quando você tirar essas coisas de cima de mim.

Em um instante, ela já tinha guardado tudo, inclusive o que estava no chão. O buraco negro só pode ter aberto outra vez porque nem com um milagre caberia tudo isso novamente na bolsa, levando em conta a maneira como ela está “organizando”.

Fomos para a aula do Pablo e todos os alunos da nossa turma já estavam lá – se for contar quantos são, conta-se nos dedos. Na terça-feira a aula não era dele, mas como o trabalho que ele tinha passado abrangia outas disciplinas, ficou para esse dia. As aulas dele são umas das poucas que são com todos os alunos da turma juntos. Em algumas disciplinas, nós nos misturamos com outra turma do mesmo nível que o nosso.

Até o León já estava no auditório, preparado para a aula. Já imaginava que sua aula não era de dança agora.

— Bom dia alunos, juntem-se aqui mais perto do palco – Pablo disse ao entrar na sala e fechar a porta, se aproximando do palco.

Todos que estavam dispersos fizeram o que ele pediu, então continuou dizendo que esse semestre trabalharíamos mais em grupos e revisou os dois exercícios que já passou. O primeiro foi com duas bandas, uma só com meninos e outra só com meninas que permitiu que todo mundo se conhecesse e cantasse uma música que gostasse. O segundo também foi com dois grandes grupos mistos cujo tema foi a música latina. Ele também comentou na possibilidade de iniciar os trabalhos individuais, mas que não o fará dessa vez.

Ouvi alguém bufar, dizendo que mal terminamos o último exercício e ele já vai passar outro. Não foi só uma pessoa. Os murmúrios começaram a ecoar pela sala e o professor teve que pedir silêncio.

O próximo exercício será feito em trios e terá um prazo mais curto. Houve até quem perguntasse se seria mais fácil.

 – Não que seja mais fácil ou mais difícil. Vocês terão que trabalhar em equipe para cumprir esse desafio. É importante que saibam escutar a ideia do companheiro. – Explicou. – Serão três trios já estabelecidos, sendo eles: Broduey, Ludmila e Andrés; Francesca, Violetta e Camila, e Naty, León e Maxi.

Algumas pessoas comemoraram por ter ficado com um amigo, tipo o Maxi e o León. Diferente da Ludmila que nem amigos tem e por isso não gostou de ficar longe da Naty. Bom, eu estava feliz por ficar no mesmo trio que a Fran e a Camila parece ser bem legal.

— Vocês terão duas semanas para apresentar um tema original do grupo que expresse a amizade, o amor ou a realização de um sonho, inclusive pode ser baseado nele. Esse é um dos critérios de avaliação. O outro é o trabalho desenvolvido em equipe, independente de estar com uma pessoa próxima ou não. Não se esqueçam que em qualquer dificuldade, vocês poderão me chamar.

— Pessoas de outro trio poderão ajudar também? – A Fran perguntou.

— Sim, isso não é uma espécie de competição. Deem o seu melhor e ajudem seus colegas sem prejudicá-los e ao seu grupo também. Alguém mais tem alguma pergunta?

— Quando vamos começar os trabalhos individuais? Sinceramente, já cansei de se um exercício em grupo pra lá e outro pra cá. Como pretendem desenvolver artistas dessa maneira? – Ludmila perguntou com o seu individualismo.

— Com o tempo, você vai entender que artistas não trabalham sozinhos. O ego pode te levar longe, mas quando menos perceber não terá mais ninguém além de si mesmo.

— Mas eu não sou obrigada a dividir palco com essas formiguinhas sem talento. Uma estrela como eu não merece uma humilhação dessas!

— Não vou permitir que trate seus colegas dessa forma. Por favor, se retire da sala!

Ela ainda bateu os pés no chão e disse que não ia, mas o Pablo continuou pedindo, pois teria uma conversa séria com o Antônio. Por fim, estalou os dedos e exclamou aquele “Ludmila já vai!”, saindo da sala.

Pablo pediu desculpas pelo que tinha acabado de acontecer e disse que espera que um episódios como esse não se repita em nenhuma das aulas. Os professores sabem o que estão fazendo para que, do Studio, saiam verdadeiras estrelas preparadas para o sucesso e para a vida.

Percebi que muitos se demonstraram contentes pelo que tinha acontecido, mas eu não estava feliz por isso. Ela pode ter feito várias pessoas sofrerem por diferentes motivos, pode ser egocêntrica e pode ter me afastado do meu melhor amigo durante um tempo, porém ela continua um ser humano.

Depois disso, parece que o tempo não quis mais correr e a aula está demorando a acabar. Não que estivesse chata...

Quando finalmente acabou, pretendia procurar pela Fran e conversar sobre esse trabalho, mas quando a encontrei, estava segurando nos braços de León e andando junto a ele, com os sorrisos mais largos do mundo.

Uma força queria me levar até eles, enquanto eu tentava ficar no meu canto.

Era bom saber que eles sorriam, mas eu não estava aguentando vê-los juntos, ver a Francesca no meu lugar. Foi aí que o León me viu e baixou a cabeça no mesmo instante. Ele não parou e nem me convidou para ir com eles, seja lá pra onde for, só continuou a caminhar.

Ele está me trocando, é isso?

Não é estranho que a Fran tenha se lamentado antes da aula e agora nem olha na minha cara porque está com ele? Porque só pode ter sido ela! Que burra eu fui!

Não me segurei e fui atrás deles, a chamei para que ela parasse.

— Aconteceu alguma coisa, Vilu?

— Foi você, não foi?

— Eu o quê?

— Não se faça de boba, sempre esteve muito claro que foi você quem contou tudo para o León.

— Me surpreende que não confie em mim depois de tudo que conversamos hoje.

— Me surpreende mais ainda o que você fez.

Olhei uma última vez para ela que tinha os olhos marejados. León, por sua vez, não disse nada, permaneceu parado. Saí de perto deles e fui para casa. Pra minha casa. Eu só queria chorar e lá ninguém mexeria comigo.

É absolutamente “incrível” perder as duas pessoas que confiei durante toda a minha vida em um dia só.

Quando fiquei mais calma, voltei para a casa da Cecília. Ainda não estava escuro, mas eu precisava ir porque ela se preocuparia. Cheguei lá e vi que não estava errada. Ela ficou bem mais tranquila ao saber que eu estava bem.

Tentei agir o mais normal possível na hora, não quero que saibam o que aconteceu ou como me sinto. Espero que não haja mais nenhum resquício de choro no meu rosto, se perguntassem eu não saberia o que responder.

Posso até dizer que estava com saudades do meu pai e resolvi ir lá em casa para ver se passava um pouco. Mas eu nunca chorei de saudades do meu pai nem quando eu era menor.

Já estava me preparando para dormir quando alguém bateu na porta. Bufei, mas depois de vestir o meu roupão, consenti a entrada.

Era o León e isso me fez sorrir involuntariamente. Não esperava que ele viesse me ver esta noite. Tem acontecido tantas coisas nesses últimos dias que é realmente uma surpresa. Espero que possamos acertar tudo para que voltemos a ser os melhores amigos de sempre.

—  Oi – ele cumprimentou com um sorriso fraco. 

— Oi – respondi tímida.

Ele segurava uma caixinha igual àquela da corrente com o pingente do nó da amizade. Seria outra? 

Convidei-o a sentar na cama, mas ele não aceitou, dizendo que precisava ser breve. Geralmente, é o contrário, ele vem me ver e não quer mais sair.

Só que já faz um tempo que ele nem aparece, então eu estaria reclamando de barriga cheia?

— Como você está? Digo, hoje você parecia tão bem com a Fran.

— Você sempre coloca a Francesca no meio, como se ela tivesse culpa do que acontece entre a gente. 

— E não tem? Não foi ela quem te chamou naquela tarde para falar algo urgente e quando você voltou estava todo frio comigo?

— Se continuar culpando-a por algo que ela não fez, vai perdê-la também.

Olhei-o, incrédula pelo que tinha dito. Ele acabara de confirmar tudo o que eu menos queria escutar agora.

— Só vim te entregar isso.

Me deu a caixinha de madeira em sua mão e eu abri-a. Não era outra corrente. Era igual a que eu já tinha. Era a mesma que ele tinha me mostrado para garantir que seria o nosso amuleto e que nossa amizade seria para sempre.

— Por quê? – Perguntei com a voz embargada.

— Porque não tenho como desatar esse nó.

Foi aí que ele quebrou meu coração. O nó da amizade quando desatado significa o fim e não tem como desatar o pingente.

A primeira lágrima caiu. Nela havia uma mistura de sentimentos que sequer sei o nome.

— Se eu tivesse ficado na Espanha, teria evitado tudo isso não? De todas as formas evitei te perder, mas não teve jeito.

— Você teria sido mais feliz.

— Longe daqueles que eu considerava amigos? Longe de você? Eu duvidava disso. Agora não há muito o que ser feito, não?

— Eu preciso ir.

Ele virou as costas e foi até a porta. Antes que tocasse a maçaneta, chamei-o. Automaticamente, me olhou. Eu só disse que ele tinha sido o melhor amigo que alguém poderia ter. Mas ele não deu tanta importância e saiu do quarto.

Quando a porta fechou, agarrei aquela corrente de ouro e só então entendi que era mesmo o fim disso tudo e que não havia mais esperanças para nada.


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Notas finais do capítulo

O que me dizem? Chorei litros com esse final, mas foi necessário. Não supero isso desde que pensei na fanfic. Mas em breve isso passa, tenho certeza.
Como poderia ser a suposta reconciliação deles? Será que a Francesca tem mesmo culpa nisso?
Digam o que gostaram e não gostaram.
Aguardo respostas.

No próximo capítulo dou mais novidades sobre o livro físico.

Beijos, até a próxima. ♥



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