Mi Corazón Es Tuyo escrita por Laryssa


Capítulo 18
"Acha que coloquei veneno nessa maçã?"


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores, como estão? Cansados de esperar, imagino. Primeiramente, quero agradecer aos comentários do capítulo anterior. Depois, quero agradecer também pela paciência que vocês têm para aguardar o próximo capítulo e ler as notas iniciais. Acima de qualquer coisa, quero pedir perdão por demorar tanto. Sei que antes eu escrevia um capítulo por mês e agora vocês passaram Agosto e Outubro sem um capítulo. Devo recompensar, eu sei. Hoje estou atualizando. Vocês devem imaginar o peso que é ter uma fanfic marcada com a exclamação. Me esforcei para escrever isso aqui hoje e espero que tenham gostado. Até admito que pensei em abandonar e deixar de lado, mas não consigo. Criei um vínculo muito grande com essa fanfic e com vocês. Não desisto porque tem gente que acompanha e gosta e seria muita crueldade (pelo menos pra mim) acabar com essa fanfic no meio da história. Não vou desistir de vocês jamais. Espero que um dia saibam a razão de eu estar demorando tanto e torçam por isso também, pois se vocês gostam da fanfic vão ficar felizes.

Ainda tenho muita coisa para contar!
Tenham uma boa leitura ♡



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As melodias infantis me acordaram hoje, não tinha dúvidas que era a Cecília com a Luna. No teto, as estrelas já tinham sumido e já estava Sol. Ótimo. Manhã de sábado. Que planos eu teria? Demorei alguns minutos para levantar, esperando a coragem. Fiz as minhas higienes matinais, tomei banho e vesti uma roupa simples: vestido claro que vai até o joelho, sapatilha branca e deixei o cabelo solto. Desci para a sala e a Cecília estava alimentando a Luna. Era impressionante o quanto ela tinha crescido. Quando eu fui para Madri, ela estava com apenas quatro meses de gestação. Hoje, ela tem quatro meses de vida, fazendo um mês que voltei para Buenos Aires. Assim que me viu, ela parou de mamar e sorriu pra mim.

— Oi princesa! – Falei sorrindo largamente.

Ela apenas ria e até esqueceu do que estava fazendo. Ceci a ajeitou no seu colo e eu comecei a conversar com a bebê. Uma vez ou outra ela se agitava e tentava pronunciar alguma coisa, mas tudo o que saia era sons que não entendíamos. Jonas logo desceu já preparado.

— Caiu da cama, Jonas? – perguntei tirando toda a atenção que dava a Luna para ele. Ela apertou minha mão e puxou com toda a força que conseguia.

— Não linda – ele veio até mim, me abraçou pela cintura e beijou minha testa, – como você está?

— Bem e você?

— Nada bem, tenho o pior irmão do mundo.

— Jonas – Cecília o repreendeu.

— É por isso que está tão carinhoso hoje? – Perguntei, retribuindo o abraço e o olhando sorrindo.

— Digamos que sim, porque diferente dele eu sei demonstrar sentimentos. Ele praticamente trava quando vai dizer que gosta de você.

Rapidamente me soltei dele e comecei a tossir. Eu não tinha escutado isso. Não. É mais uma brincadeira do Jonas. León é meu amigo, ele me disse isso. Ceci colocou a Luna no carrinho e foi apressada até a cozinha. Voltou com um copo d’agua e me entregou. Bebi-a devagar para não me engasgar. Respirei fundo e coloquei o copo na mesa de centro.

— Você está bem, Vilu? – ele perguntou preocupado.

— Sim, só preste atenção no que vai dizer antes de falar. Sabe que eu não gosto de algumas dessas brincadeiras que você faz.

— Eu não estava brincando – ele murmurou, mas por estarmos próximos eu consegui escutar.

— Onde ele está?

— Tendo aulas com a tutora.

Nessas horas, León é alguém de sorte. Minha tutora adoeceu antes de voltarmos para Buenos Aires e está de atestado até que melhore. Diriam que isso é algo bom, mas eu estou lamentando, pois no sábado tinha aula de História.
— Vão comer – Cecília pediu.

— Opa! – Jonas correu pra cozinha.

— Se eu fosse você, ia logo. Até parece que não conhece esse seu amigo...

Ri fraco e fui para a cozinha. Jonas já estava sentado à mesa, praticamente engolindo tudo o que pegava. Bom saber que a mãe dele prepara o café da manhã em grande quantidade, até porque é uma delícia. Eu não poderia comer de tudo, preciso seguir uma dieta e quando se trata disso, todos se preocupam. Minha alimentação quase nunca foi uma das mais saudáveis – isso não significa que eu vivia comendo besteiras, odeio frituras; só não comia o que era essencial para o meu corpo – e meu pai teve que dar um jeito nisso. Hoje, tenho uma nutricionista e a Cecília no meu pé. Acho que minha mãe não sabe ou não se importa com isso.

Comi a refeição carinhosamente feita pela Ceci, deduzindo que quando terminasse, León já estivesse livre. Até onde eu sei, ele só tem duas aulas no sábado, então logo ele viria. Não tive pressa, ainda lavei a louça que tinha na pia contra a vontade da dona da casa. Foi o tempo suficiente para o meu amigo aparecer na cozinha, já pegando uma maçã e a mordendo. Não sou muito fã de maçã, ele sabia disso e ainda me ofereceu uma mordida. Recusei.

— Não sou a bruxa da Branca de Neve ou você acha que eu coloquei veneno nessa maçã? – Gracejou. – Qual é, Vilu? Acabei de engolir um pedaço e estou vivo!

— Prefiro comer morango.

— Só um momento, senhorita.

Ele seguiu para a geladeira e tirou uma bandeja de morangos. Faz tempo que não vejo uma aqui nessa casa. Carlos e Jonas são alérgicos e teimosos. Não dá para sobreviver sem morango. León não é muito chegado, mas gosta. Ele tirou uma e veio até mim.
— Abre a boca – pediu.

— Me dá – ri.

— Abre a boca – ele repetiu rindo e eu o fiz. – Agora morde – colocou uma parte do morango na minha boca e eu mordi, cortando a fruta no meio e fazendo o León gritar de dor. Sim, eu mordi o dedo dele de propósito.

— Desculpa – falei gargalhando.

— Vai ficar sem morango – e colocou a outra metade na boca.

— Me dá – choraminguei.

Ele pegou outro morango e aí eu me animei. Ao perceber isso, levantou a mão que segurava a fruta para que eu não conseguisse pegá-la. Droga! León é bem mais alto que eu por vida, com o braço levantado é me implorar para desistir. Dei vários pulinhos, mas foi em vão. Ele estava se divertindo. Fiquei na ponta do pé e estiquei meu braço. Até que cheguei perto, mas me desequilibrei e caí para frente. Bem, quase caí. León me segurou com a sua mão livre – ele ainda não soltou o morango. O estranho foi que ficamos muito próximos e ao invés de nos afastar, nos aproximávamos cada vez mais. Íamos nos beijar? Ainda deu tempo de nossos lábios se tocarem, mas nada de beijo. Tínhamos que nos preocupar conosco. Estávamos inclinados então uma hora ou outra vamos cair. Cecília chegou na cozinha sem a Luna e nos olhou incrédula. Nos afastamos rapidamente.

— Não é hora de namorar – ela disse.

— Desculpa – murmuramos juntos.

— Tudo bem, só vim lembrar ao León para ficar com a Luna hoje.

Ainda que estivesse envergonhada pelo que tinha acabado de acontecer ou pelo que quase aconteceu, não pude evitar que olhar para ele. Tínhamos marcado um ensaio para hoje, já que a apresentação é na terça. Precisamos de dedicação. Apesar de amar a irmã mais nova, León não tinha gostado de saber que teria que cuidar dela.

— Hoje tenho ensaio do trabalho que o Pablo passou, mãe.

— A Violetta está no grupo? Se estiver, já aviso que ela não vai poder participar.

— Vou cuidar da Luna? – Foi o que veio à minha cabeça.

— Não, vamos nos encontrar com sua mãe e fazer suas últimas exigências com o vestido da sua festa.

Daí me empolguei. A melhor parte de ter uma festa de 15 anos é escolher o vestido e o buffet. Ninguém estava mais animada para essa festa que eu além de minha mãe. Mesmo que ela não possa estar no dia do meu aniversário, reconheço o seu esforço para o me dar uma festa. Talvez eu nem me incomode em ganhar um livro de poeta.

— Ótimo, vai carregar a Violetta e o grupo não vai poder ensaiar – resmungou León.

— Marquem para outro dia – sugeriu Cecília.

— Ok, vou levar a Fran ao cinema antes que ela faça outra aposta.

Admito que senti uma pontada de ciúme, já faz tempo que ele não vamos juntos ao cinema. Quer dizer, nunca fomos sozinhos. Acho que eles se divertiram muito com as apostas que faziam.

— O que é isso, rapaz? Terminou com a namorada há dois dias, tenta beijar a amiga e chama outra pra sair. Tenha modos, você é de classe e sabe que o seu comportamento está contra os princípios da nossa família.

— Só vou pagar a dívida da minha aposta. A culpa é da Violetta que cresceu muito.

— Acho melhor eu ir me trocar, já estou sendo culpada de algo que eu só soube depois que acabou.

— Não Vilu, você está ótima assim.

— Acredite em minha mãe – León disse.

Abracei-o de lado e ele beijou a minha cabeça.

— Eu não vou levar a Luna para o cinema.

— Bem, com o Jonas eu não vou deixar. Então é melhor que eu a leve comigo.

— E o meu pai?

— Trabalhando – suspirou.

— Deixar o Jonas sozinho em casa é perigoso – León riu.

— Você vai levá-lo, meu amor.

— Vou sair com minha amiga e ainda ser babá do Jonas? Ah mamãe, o que eu não faço pela senhora?


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Notas finais do capítulo

O que me dizem? A fanfic não está seguindo o rumo que eu esperava quando a idealizei há alguns anos, mas confesso que estou gostando. Muita coisa está por acontecer. Pretendo acabar no dia da festa da Violetta, daí escrever alguns capítulos bônus e um epílogo. Se der certo, faço segunda temporada. Se der não, vai dar certo. É o que planejo desde o início. Vocês querem?
Comentem o que mais gostaram no capítulo, o que preciso melhorar e qualquer opinião construtiva. Podem até dar palpites do que estou aprontando. Ficarei muito feliz em ler os comentários de vocês!

Marquem como favorito e recomendem, mas não deixem que essa fanfic acabe.

No próximo capítulo acontece algo que a Vilu sempre quis que acontecesse. O que será? Palpites!

Mais uma vez, obrigada.
Mais uma vez, perdão.

Amo vocês e até a próxima ♡



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