The Mission escrita por Missy Lin


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo veio rapidinho em comparação aos outros, não foi?

Espero que goste.

Obrigada a todos que gastaram seu tempo lendo e comentando.
Um Abraçoooooo.



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The Mission

Missy Lin

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A capital portuária do país termais estava enlouquecida. Haviam pessoas, animais e mercadorias sendo entregues e distribuídas, mesmo que o dia mal tivesse amanhecido, aquela cidade provavelmente nunca dormia. E isso revirou o estômago de Sakura. Ela estava se sentindo enjoada desde o começo da caminhada, mas tentou controlar a sensação terrível que lhe assolava. Provavelmente fosse a horas no balançar do cargueiro, ou o cheiro esquisito das coisas que ele transportava.

Sasuke andava em passos longos, estranhando o comportamento da companheira, ela estava pálida, e, inclusive, um pouco esverdeada, fazendo caras e bocas esquisitas. Até o momento que foi barrado. A garota se esquivou pela multidão entrando em uma viela. Sasuke correu atrás dela. E a encontrou segurando na madeira rústica, mal pintada de verde, perto de contêiner com entulho. Ela se apoiava a parede com uma das mãos, enquanto a outra limpava a boca.

— Não chega perto Sasuke. — Ela disse afobada, esticando a mão para impedi-lo.

Ele deu um passo em direção a ela, um tanto preocupado (?).

— Sa...

— Não. — Ela puxou o ar forte. — Fica ai.

— Vou esperar você terminar. — ele tirou o olhar saindo da viela e a esperando com as costas escoradas na parede da loja, frente a rua.

Poucos minutos depois a garota saiu da viela com a sua garrafa de água em mãos, ainda pálida, mas respirava mais tranquila.

— Eu não sei o que aconteceu. Me perdoe. — ela não sabia com que cara deveria encara-lo.

Sasuke a olhou dos pés à cabeça, ela estava com uma aparência péssima. Piorou sem motivos óbvios, e do nada.

— Vamos tomar algo, comer algo que sustente de verdade. Talvez melhore. — ela sorriu sem graça, e ambos se dirigiram a uma casa de chás.

Sasuke, já sentado à mesa, pediu chás para ele e sua colega, e, alimentos sólidos, enquanto Sakura estava no banheiro, jogando água no rosto e se encarando no espelho. Ela estava morrendo de vergonha. Analisou seus olhos, boca, e tentou encontrar alguma doença em seu corpo, mas não encontrou nada. Ela supôs que fosse uma junção de nervosismo e fraqueza. Esses últimos dias ela vinha gastando muita energia e chakra, empenhada em seu trabalho e havia deixado seus cuidados pessoais em segundo ou terceiro plano. Botou na cabeça, que um bom alimento a daria novos ares. E torceu para saírem logo daquela cidade que fedia sardinha.

Voltou a mesa e encontrou Sasuke deliciando-se com seu chá, ele comia alguns pãezinhos, intercalando entre as goladas. Ela sentiu o aroma de canela vindo do hálito do colega quando sentou-se à sua frente.

— Se alimente Sakura.

— Aa... — afirmou, tomando lentamente seu chá de hibisco. Sasuke sabia qual era seu sabor favorito, isso lhe foi uma surpresa.

— Como se sente? — ele cessou sua alimentação, dando atenção a garota rosada a sua frente, ela estava com mais cor, ao menos sua boca não parecia mais uma folha de papiro.

— Melhor. Obrigada Sasuke-kun. — ela mordiscou um dos pãezinhos.

— Podemos descansar aqui na cidade até melhorar. — ele a olhava.

— Não... Aquelas crianças precisam de nós. — ela parou de comer o pão para encara-lo.

— Uma médica doente de nada adiantará para curar outros doentes. — falou sério.

— Não estou doente. — ficou rubra. — é só... só um desconforto momentâneo da viagem de navio. — ele arqueou uma das sobrancelhas — e também, essa cidade cheira a sardinha.

Sasuke sorriu de canto ao ouvir sua colega de time reclamando. Essa sim era a Sakura que se lembrava.

— Tudo bem. Então coma, que seguiremos a rota prevista pelas montanhas. — ele tomou o resto do seu chá e ficou a olhando, com seu timbre sério de sempre.

Sakura, ainda acanhada comeu três pãezinhos e tomou meia xícara de seu chá de hibisco. Eles pagaram e saíram lentamente do estabelecimento. Andando lentamente finalmente saíram da cidade, Sakura agradecia por se livrar daquela inhaca.

Poucos quilômetros depois de caminhada fora da cidade, o caminho já se mostrava ficar mais íngreme e traiçoeiro. Sakura já se sentia melhor. Sasuke percebeu isso, ela tinha cores mais vivas no rosto, e até estava andando melhor. Ele evitara de andar rápido, ou correr, havia desistido de chegar a vila ainda naquela noite, achou mais prudente ir com cautela e preservar a saúde de Sakura. Sabia que sua colega era cabeça dura, e iria tentar acompanha-lo na força, e isso poderia piorar seu desempenho. Além do mais, aquele caminho ficaria cada vez mais traiçoeiro dali para frente.

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Naruto passou a noite em claro, olhando para o teto do quarto, sua esposa dormira feito uma pedra a seu lado, enroscada em suas pernas, enquanto ele só podia fitar o teto. Completamente atordoado. Que tamanho erro cometerá. Havia mandado Konohamaru procurar o Hokage por ele, já que o mesmo não se via no direito de sair do lado da esposa, após tamanha gafe cometida.

Não era apenas isso que o atordoava, mas também a criança que crescia no ventre de Hinata, ele seria pai, mas nunca se imaginou realmente como um pai. Ele seria responsável por uma vida, e ele nunca tivera um exemplo até conhecer Iruka-sensei, e depois seus companheiros de equipe e, conseguinte a vila, que julga como família. Mas, era diferente. Ele conhecia os deveres, as regras, mas, conseguir pô-los em prática, educar outra cabecinha, era uma outra questão.

Tinha também o fator de como contaria a seu sogro e sogra. Ele temia Hiashi com todas suas forças. O pai de sua amada esposa era ranzinza, suas gracinhas não funcionavam no homem. Por mais que o deixa-se sem graça, não desistiria nunca de arrancar um sorriso daquele homem. Um dia conquistaria o sogro.

Então, as lembranças da falha de Konohamaru a encontrar o Hokage o atordoavam mais ainda, Kakashi ainda pensava que Sakura estava grávida. E seu sumiço não era um bom sinal. Na verdade, era um péssimo sinal.

Mal comeu durante o desjejum da manhã, Hinata chateou-se, mas tentou não demonstrar, ela planejou tanto como contaria ao esposo, e, fracassara grandiosamente. Havia causado um grande desentendimento.

Antes de sair, Naruto depositou um beijo na testa da esposa.

— Hinata, a culpa não foi sua por toda essa confusão. Foi minha. — ele suspirou — E, nem é tão grave assim, é coisa simples de resolver, não fica assim. — ele forçou um sorriso — vai ver, tudo ficará bem. E, não sabe a alegria que estou sentindo por ser pai. Estou assustado, preocupado, mas feliz. — encerrou finalmente com um abraço na mulher, e saiu porta a fora.

Naruto atravessou a porta do Hokage o encontrando esparramado no sofá lateral da sala, ele estava com a roupa abarrotada, parecia ter bebido.

— KAKASHI?

Nunca virá seu sensei em tais condições.

— Hum?! — Kakashi forçou abrir um dos olhos.

— Você saiu pra encher o caneco? — Naruto fechou a porta atrás de si, a trancando em seguida, indo até a janela e a fechando também, sabia que ninguém poderia ver Kakashi assim, eram tempos difíceis, pós guerra, a confiança era algo que ainda precisaria ser trabalhada.

— Hum... — Kakashi desistiu de abrir um dos olhos.

— AFF Kakashi. — Naruto se aproximou, sentando-se na mesinha de centro frente ao sofá marrom, com o corpo mole de seu Sensei. — Olha, eu entendi errado a informação da Hinata. A Sakura-chan não tá gravida. Pelo visto, Sasuke nem encostou nela.

Kakashi regalou os dois olhos. Eles estavam vermelhos igual groselha.

— Explica.

— Tá... — Naruto puxou o ar fundo — Era a Hinata que está grávida, e não a Sakura. Eu entendi errado a conversa.

Naruto teve a certeza, que se Kakashi estivesse em condições, teria saltado em seu pescoço.

— Tenho que mandar um recado — Kakashi soluçou — um recado desmentindo esse equivoco. — O Hokage balançou ficando em pé e olhando em direção a mesa. Ca-cadê a águia que estava ali?

Naruto engoliu seco.

— Você precisa de um banho e uma boa dormida. Vou te levar escondido pra sua casa, pode deixar que eu resolvo essa confusão.

— Hum... Naruto. Não erre mais.

Kakashi estava quase desmaiado quando Naruto escondeu o Hokage em um carrinho de pergaminhos, e, o mais depressa e disfarçadamente levou-o até sua casa, o Hokage dormiu feito um pedaço de madeira, nem se mexia, Naruto o deixou estendido na cama, e voltou rumo ao gabinete, aquele dia seria longo.

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Perto do horário do almoço, Sakura pediu arrego, precisava descansar um pouco, comer um pouco. Seu estômago ainda estava irritadiço, apesar de já se sentir melhor, percebeu que Sasuke estava com o ritmo mais lento a fim de beneficia-la, e ela sentia-se mal por isso.

Ela retirou algumas bolachas salgadas da mochila, ofereceu a Sasuke, que, surpreendentemente aceitou. Ele normalmente recusava. Juntos, sentados à sombra das rochas eles comeram, tomando um pouco de água para ajudar a descer.

— Essa noite arrumarei um alimento decente para nós.

Ele disse mais para si mesmo do que para ela, e estendeu a mão para que ela se apoia-se para levantar também. Okey, ela realmente estava estranhando tudo aquilo.

— Achei que iríamos direto.

— Não é uma boa ideia. — finalizou.

Voltaram a andar, o caminho estava mais estreito, haviam muitas montanhas dali por diante, eles com toda certeza já estavam na divisa do pais Termais com as das Cachoeiras, por todos os lados podia-se ouvir agua caindo, aquilo para Sakura, estava sendo completamente relaxante, ela sempre amou o som de agua quebrando na rocha. Já para Sasuke? Bem, ele preferia o silêncio.

Caminhavam em silêncio pelo caminho pedregoso, Sasuke, a frente observando tudo a sua volta, o sol não perdoava alma nenhuma, e queimava com força a coroa de suas cabeças, por mais que o clima fosse ameno, o sol estava forte, quanto mais o caminho os elevava do nível do mar, mais frio o clima ficava, Sakura se enrolava mais firme em seu manto bege com listras vermelhas próximo a barra, o ar baforado de sua boca já formava vapor ao encontrar-se com o clima mais frio.

Sakura não consegui acreditar, até horas atrás ela estava se incomodando com o sol, agora ela sentia falta de seu calor.

— Aqui está bom. — Sasuke cessou o passo. Ele não parecia sentir frio, e, pensamentos nada puros vieram na mente da rosada, o que mais quente poderia existir por de baixo da roupa de seu colega. Ele percebeu o olhar furtivo da garota na direção de seu tórax e descendo, mas, fingiu que aquilo era somente uma confusão de sua mente.

— Aqui? — ela olhou a sua volta, havia uma grande fissura na rocha logo adiante, sendo um tipo de caverna delimitada.

— Vou verificar o local, fique aqui. — e novamente ele a mandava esperar enquanto fazia todo o trabalho, isso já estava a incomodando desde o inicio da missão.

Ele adentrou o buraco de entrada, e ela, mesmo achando que o melhor era seguir a ideia de Sasuke, se sentia no dever e direito, diga-se de passagem, de encontrar algo que pudesse servir de material para uma fogueira, ela precisava de um ponto de calor para poder dormir, não queria ficar pensando novamente no corpo quente do colega... Ou queria. Isso não vem ao caso.

Encontrou pouco distante dali, algumas arvores secas e retorcidas, com cuidado e agilidade tratou de arrebenta-las, encheu os braços com as pilhas e retornou, a tarde ainda estava clara, apesar de não ter visto mais o sol a horas, sabia que ele ainda estava ali, escondido atrás das densas nuvens, retornou e encontrou um moreno emburrado.

— Pedi para não sair daqui, não foi?

— Ei, ei... Encontrei madeira para acendermos uma fogueira. — mostrou sua aquisição. — está seguro ai dentro? — ele ainda emburrado, afirmou meneando a cabeça.

Ela adentrou a fissura, deixando a madeira numa das beiradas, o local interno estava realmente escuro.

— Vamos?

Sasuke já se dirigia a frente quando a chamou.

— Onde?

— Temos cachoeiras para todos os lados, vou pegar algum peixe para nosso jantar.

— Ah, então foi por isso que paramos antes de escurecer. — ela disse baixo, finalmente entendendo o propósito de Sasuke, ele havia dito que jantariam bem aquela noite.

O peixe foi fisgado facilmente, para um homem com os olhos que Sasuke possuía, aquilo não era um grande desafio, o peixe era grande e daria para ambos, não sendo necessário fisgar um segundo.

De volta ao abrigo na rocha, Sakura arrumou a posição da lenha, enquanto Sasuke limpava as vísceras do animal, o espetando em seguida. Adentrou o escuro lugar, acendendo com seu Katon-no-Jutso a fogueira, e posicionando o peixe sobre. Sakura se manteve próxima a chama a fim de se aquecer, Sasuke se manteve, um pouco mais distante, mas de olho nela, ao invés do peixe. Ele começava a sentir-se estranhamente atraído por sua colega.

O aroma do peixe assado inundou a narinas de ambos, e, foi retirado e servido, Sakura quase apanhava um pedaço da carne até que se lembrou de algo, correndo até sua mochila. Retornou com o meio litro de rum.

— Um jantar com direito a uma bebida para aquecer os ossos? — disse acanhada.

— Você trouxe. — ele riu de canto comendo um pedaço do peixe.

— Eu disse, somos eu, você e esse meio litro de rum.

— Então sirva-me. — Ele a olhou fixo nos olhos, e ela sentiu seu ar fugir dos pulmões. Ainda tremendo um pouco, colocou em duas canecas que trouxera a bebida escura, o meio litro encheu as duas canecas igualmente.

Ela tomou a primeira golada um pouco a força, a bebida era forte, comeu a carne assada por cima para disfarçar a careta que queria fazer. Ele bebericava a bebida achando graça nas atitudes da rosada a sua frente. A carne acabou ao mesmo tempo que a bebida de ambos, estavam satisfeitos, e, no caso de Sakura, um pouco alcoolizada.

— Acho que agora sim vou dormir tudo o que não dormi nas últimas noites. — Ela disse deitando embrulhada no manto com a cabeça sobre a mochila próxima a fogueira com a chama baixa.

Sasuke apenas expeliu uma expressão monossilábica por entre os dentes, e, fez o mesmo que a parceira. Ela já estava dormindo antes que ele resolve-se dizer algo. Então, ele se satisfez em olhar para ela dormindo toda embrulhada, com a baixa chama da fogueira iluminando os cabelos róseos e a deixando completamente linda.

Se pudesse, ele eternizaria aquela imagem para sempre. Mas como não podia, se esforçou pra absorver a maior quantidade possível de detalhes em suas lembranças. Sakura ficou mais linda, Sakura seria sua.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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