Head or heart escrita por Nathaly Switt


Capítulo 25
A carta




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Neal, uma carta de Neal. Como? Tenho certeza que ele não está vivo, apesar de não chegar muito perto do caixão, as pessoas viram ele. Analisei mais uma vez a assinatura que estava no canto do envelope e não tinha dúvidas, a caligrafia era mesmo de Neal. Minha suspeita é de que ele tinha escrito a carta antes de morrer, deve haver muitas respostas dentro deste envelope. Aliás, porque estou pensando? Abri logo a carta, com o maior cuidado para não rasgar, se meu palpite estiver certo, isso será uma prova.

"Emma, se você está lendo essa carta é porque estou morto. Faz um tempo que venho recebendo ameaças. A mulher por quem estou apaixonado, é uma garçonete na lanchonete próxima as docas aqui em Storybrook. Ela é casada, por favor não me julgue, ela estava louca pra ir embora comigo, pois a mesma sofre agressões do marido. Recentemente ele descobriu que temos um caso, então começou a me ameaçar, eu prometi a ela que iria ajuda-la a sair dessa situação. Mas enfim, esse assunto não vem ao caso. Descobri que zelena e meu pai eram sócios da clínica que você pretendia abortar o Henry, clínica que atua de forma ilegal na cidade, como eu já te contei, a maioria do dinheiro do meu pai é sujo, o trafico de diamantes e a clínica são provas disso. Eu sei que killian lhe contou sobre o tráfico de diamantes, eu já o conhecia desde a época que ele trabalhava para meu pai, encontrei com ele e ele me disse que te contou sobre esse passado. Continuando, consegui coletar provas provas contra o crime da clínica, acho que você deve prende-lo, as provas estão no meu apartamento, por favor não precisa arrombar, as chaves estão com Tamara, a mulher que mencionei no começo da carta. Se não for pedir muito tente tira-la daquela vida, pois se estou te pedindo isso é porque estou morto, e não tenho como cumprir minha promessa. Também quero que saiba que me encontrei com zelena uma vez, para tentar convence-la a passar pro nosso lado, infelizmente não obtive sucesso, mas gravei a conversa que tive com ela, onde ela confessa ter participado desse esquema sujo com meu pai, está tudo na caixa marrom escondida no piso falso do meu apartamento. Entregue a polícia e acabe com isso tudo.

Do seu amigo Neal Cassidy!

Depois de ler a carta toda, pergunto a mim mesma como consegui ler tudo sem passar mal, era muita informação de uma vez só.

– Emma? O que houve?

Sem conseguir pronunciar uma palavra, entreguei a carta pra Lillian que leu tudo atentamente, seus olhos estavam arregalados de tanta informação. Parecia um fantasma de tão branco.

– Podemos..

– Acabar com o reinado do Gold! - completei com um sorriso vitorioso.

– Ta tudo se ajeitando - ele disse sorrindo

– Ta sim!

Meu telefone tocou e quando fui identificar quem era, sorri involuntariamente ao ver a foto de meu filho no telefone.

– Oi filho!

– Mãe cadê você, Tia Belle falou que você chegou faz tempo!

– Já estou chegando meu amor, estava tomando um banho. Daqui a meia hora eu chego!

– Ta bom! - ele disse desanimado

– Cadê a felicidade? Vamos comer pizza! - falei e ele soltou uma risada."bem melhor",pensei - Tchau filho!

– tchau mãe!

Desliguei o telefone e percebi meu namorado me encarando com os olhos semicerrados.

– Que foi? - perguntei curiosa

– Onde vamos antes? - perguntou, como ele sabia ?

– Temos que fazer uma visitinha a Zelena!

....

cheguei na delegacia e encontrei Zelena deitada na cama que havia dentro da cela. Ela estava brulhada no grosso lençol marrom e olhava fixamente pro chão.

– Boa noite Emma! - cumprimentou ao me notar - Fez boa viagem? - "meu deus quanto cinismo"

– Fiz - respondi - infelismente a viagem foi por motivos nada agradáveis, mas vamos focar no motivo que me trouxe aqui?

– E qual seria?

– Eu já sei sobre o esquema da clínica que você e Gold eram sócios, sei também que você pode não ter matado Neal! Estou dando a chance de você confessar tudo, pode te ajudar no tribunal. Quem sabe o juiz não te da uma pena mínima - falei diretamente me encostando na grade.

– É, é tudo verdade, mas de que adianta, você não tem provas!

– Ah, será que não? - desafiei

– O que tem contra mim? - perguntou se livrando do pesado lençol marrom e se levantando.

– A bendita conversa entre você e Neal no porto! - respondi e o rosto dela mudou de expressão.

Antes que eu pudesse pensar, ela pos as mãos pra fora da grade e agarrou meu pescoço, pude sentir seus dedos causarem ainda mais dor. Por sorte o barulho que fizemos chamou a atenção de killian que me esperava no corredor. Rapidamente ele me livrou daquelas mãos supostamente assassinas, ela ainda era a principal suspeita do crime.

– Sua liberdade acabou zelena! - foi a última coisa que disse antes de me retirar.

– Você ta bem? - Killian perguntou tirando os cabelos que estavam grudados em meu pescoço.

– Estou! Com o pescoço dolorido, mas estou! Da pra ver? - perguntei virando o rosto e segurando o cabelo pra ele poder ver melhor.

– Ta um pouco vermelho, mas ninguém vai perceber!

– Que bom, então.. Vamos esquecer tudo isso e vamos buscar o Henry!

– vamos! - concordou e depois depositou um beijo em minha testa.

....

– MÃAAAEEEE!! - Henry gritou vindo em minha direção

– Filho! - me ajoelhei pra receber o caloroso abraço dele - você não deu trabalho né?

– Ele já morou aqui esqueceu? - Belle disse sorrindo pra mim.

– Eu sei, to tentando da uma de mãe responsável! - brinquei - Como você está Belle?

– Vou indo, eu e Gold temos brigado bastante ultimamente! Henry! Porque não vai lá com Killian, sua mãe já está indo! - Belle sugeriu e Henry olhou pra mim como se pedisse autorização pra ir pro carro, balancei a cabeça autorizando que ele fosse.

– Vai lá, já estou indo! - ele correu em direção ao carro. Voltei minha atenção pra Belle que já estava com lagrimas escorregando em seu rosto - O que o Gold fez?

– Estamos nos separando! - ela falou tão rápido que quase não entendi o que ela disse.

– Belle, eu realmente não sei o que falar! - realmente não sabia o que falar, a vontade que eu tinha era de dizer: meus parabéns, se livrou!

Mas não sou tão indelicada assim!

– Não precisa falar nada! Só queria que soubesse porque sei que você não gosta que Henry fique com Gold, então sempre que precisar eu vou estar na minha antiga casa ao lado da biblioteca.

– Não se preocupa que se eu precisar que você fique com ele, eu irei te pagar!

– Não precisa Emma!

– Eu faço questão! Você me ajudou muito Belle! - ela sorriu timidamente - Olha, sei que estou me metendo demais, mas será que você podia me contar o motivo da sua separação? - perguntei descaradamente. Sério? Eu devia ter vergonha.

– Eu não deveria me surpreender mas, foi por causa de mentiras. Descobri que Gold e Cora tinham um caso!

– Uou! - fingi estar surpresa - sinto muito Belle.

– Não sinta, ele não merece nem meu ódio! E falando na coisa, olha quem chegou!

Me virei e vi o grande carro preto que Gold anda ser estacionado pelo motorista dele.

– Eu já vou, antes que ele queira me convidar pra um café! - Abracei Belle e segui em direção ao outro portão. Se Gold me chama pra conversar, com certeza não ia prestar. Killian levou um susto quando entrei no carro, ele esperava que eu saísse pelo portão que entrei. Seguimos em direção a pizzaria, meu estômago estava impaciente,pelo menos a conversa entre nós três me distraía. Quando chegamos, por sorte o local estava meio vazio, o que fez o pedido chegar um pouco mais "rápido", killian e eu ainda tivemos uma pequena discussão sobre qual sabor pedir. Por sorte Henry disse que quem ia decidir o sabor era ele pra poder acabar com a briga boba. Não sei se eu ficava feliz por ele tentar ajudar ou se eu devia repreende-lo pela intromissão. Quando terminamos de comer, tive outra briga com killian que insistia em pagar a conta. Digamos que essa foi uma briga que não conseguimos resolver, a volta foi bastante silenciosa, o único som no carro era as explosões no video game do Henry.quando chegamos casa, a primeira coisa que fizemos foi colocar Henry pra dormir, depois fomos para o meu quarto.

– Agora fala! Qual o motivo desse silêncio!

– Emma, você sabe o porque! As vezes eu me sinto diminuído perto de você. Poxa, podia ao menos deixar que eu pagasse a conta? - respondeu estressado

– Diminuido?Killian!

– Não é legal ver sua namorada te dando tudo e você não podendo dar nada!

– Nada? Killian, você me da o que eu mais preciso! Amor. Eu te amo, tem que parar com isso.

– Você não entende Emma!

– Entendo. Confesso que eu fico feliz com essa sua birra - falei me aproximando dele que insistia em olhar para o chão fazendo bico, parecia uma criança de 5 anos - só conheci homens interesseiros, de olho na minha herança, não sabiam nem disfarçar o interesse. Vamos resolver isso?

– Resolver? - me olhou confuso

– É, vamos investir em um pequeno negócio, eu entro com o dinheiro e você com o trabalho!

– Emma - ele se afastou e foi sentar na cama - se eu acabei de dizer que não quero depender do seu dinheiro!

– Ei, você não vai, se você quiser pode me devolver o dinheiro aos poucos! Vamos fazer um investimento - claro que eu não ia aceitar o dinheiro de volta, mas deixa ele pensar assim, quem sabe ele não aceita.

– Tudo bem! - "eeee", comemorei em pensamento - Mas eu vou devolver centavo por centavo!

– Tudo bem, viu como nem doi! - falei me sentando em seu colo - Agora acho que eu mereço um pedido de desculpas.

– Um pedido de desculpas? Hum! - ele me virou e me deitou na cama, fazendo com que ele ficasse em cima de mim - Não sei se você merece um pedido de desculpas!

– Nossa, sabia que estou com a langerie nova que comprei em NY?

– Com certeza você merece um pedido de desculpas.

Ele me beijou desejadamente e em meus pensamentos comecei a pedir que todas as brigas que tivermos ( e tenho certeza de que não serão poucas ) acabem assim. Que cada palavra de raiva se tornem palavras de amor e que cada olhar virado se tornem olhares de desejos, e que nossa brigas terminem em pedidos de desculpas e beijos. Ta bom, isso ficou muito meloso.

No dia seguinte resolvemos colocar nosso plano em prática. Plano que fizemos ontem a noite depois de um longo pedido de desculpas. Vamos tirar Tamara daquele lugar, pegar as chaves do apartamento de Neal e prender o marido suspeito do crime e covarde que bate em mulheres. Estavamos em frente a lanchonete que Tamára trabalha, prontos pra colocar tudo em ação.

– Bom dia! - cumprimentei o homem que estava perto do caixa - É aqui que trabalha a Tamára?

– É a minha esposa, o que a madame quer com ela? - ele perguntou rudemente, apesar de não gostar que me chamem de madame dessa vez eu fiquei feliz, quer dizer que o plano ia bem. Quem diria que algum dia eu ia pegar os macacões chiques e caros da minha mãe pra parecer uma dama, ou melhor, uma perua milionária achando que esta chique. Porque essa roupa me incomoda demais.

– Sou a viúva de Neal, o homem com qual sua mulher teve um caso. Esse aqui é meu segurança - apontei pra Killian que estava parado na porta do estabelecimento vestido todo de preto e óculos escuros, como estou me controlando? Minha vontade é de rir.

– Ah, então você era a esposa dele? Ela está lá atrás, te levo até lá - ele se levantou e foi na frente para eu poder segui-lo, tudo está indo bem - Tamára! Desce aqui!

– O que houve? - a mulher negra com os cabelos lisos, presos em um rabo de cavalo perguntou descendo as escadas.

– A madame quer falar contigo!

– Então você é a Tamára? - Ergui a cabeça na tentativa de parecer superior - Sou a viúva do Neal - seus olhos se arregalaram e depois sua expressão mudou para alívio, Neal deve ter falado que caso ele não viesse, eu viria no lugar.

– O que você quer comigo? - Ela perguntou e eu apontei discretamente pra parte de dentro da jaqueta e puxei um pouco pra ela ver o pequeno gravador no bolso de dentro. O que fez ela entrar no jogo.

– Vim ver de perto a mulher por quem meu marido queria me trocar. Sinceramente, ele tem péssimo gosto.

– Escuta aqui o madame, se você veio pra insultar minha mulher e melhor você ir embora. Ela já levou uma boa lição pra aprender a respeitar o marido dela e o doa outros! - o marido dela me interrompeu pra falar isso, e logo chegamos onde su queria chegar. Com indignação e falso espanto peeguntei:

– Você bate nela?

– Bato, o que tu tem haver com isso, isso aqui é entre mim e ela. Não sei nem porque deixei tu subir.

– muita - tirei a arma e o distintivo da bolsa e apontei pra ele - Você está preso! - no mesmo momento ele tentou fugir, mas eu trouxe um ótimo ajudante que bloqueou a porta e o imobilizou e o prendeu com as algemas.

....

Tamara não parava de me agradecer por te-la ajudado, ela me entregou as chaves do apartamento para que eu pudesse pegar o que precisava. Agradeci e a tranquilizei dizendo que o covarde com quem ela dividia a cama ia ficar preso por um tempo, e ainda a alegrei dizendo que a pena poderia aumentar pois ele era um forte suspeito pra morte de Neal também. Graham levou o nosso suspeito pra delegacia e eu segui pro apartamento junto com Killian. Por sorte não demoramos muito pra chegar, abri o apartamento e começamos a procurar o piso falso na casa, quando estávamos desistindo o barulho de uma das tabuas do quarto dele fez um rangido estranho. E lá estava o piso falso, que quando foi removido, revelou a pequena caixa marrom que guardavam as provas das sujeiras de Gold.


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