Head or heart escrita por Nathaly Switt


Capítulo 24
Eu te amo


Notas iniciais do capítulo

muitas reviravoltas pra hoje. boa leitura!



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– Então é verdade? - perguntei em murmúrio tentando processar a informação que tinha acabado de receber em minha cabeça

– É - ela confirmou ainda mexendo o anel em seu dedo. Quando olhei em sua direção, pude perceber que ela segurava lagrimas, os olhos estavam arregalados olhando para o nada, provavelmente querendo lembrar mais daquele momento. Depois de segundos pensando ela continuou - Mas foi em legítima defesa, ela me atacou primeiro!

– Por qual motivo ela te atacou? - meu pai perguntou ainda tentando digerir as palavras, assim como eu.

– Quebrei um acordo com ela e Gold!

– Gold está envolvido? - perguntei, mas pra mim era mais que óbvio que sim.

– Está - respondeu e se sentou na poltrona ao lado da lareira - Gold, Cora e eu tínhamos um pequeno lucro no meio de tráfico de diamantes!

– tráfico? - papai perguntou com um semblante de espanto - Mary, porque precisava disso? - ele perguntou o que eu me também me perguntava mentalmente já que ela tem em sociedade uma empresa se joias que nos faz ganhar milhões todos os anos. Várias pessoas me chamavam de sortuda por ser herdeira de uma empresa que me renderia bastante dinheiro fácil. Mas parte de mim detestava aquilo, eu valorizo o trabalho dos meus pais, mas eu lutei pra chegar em um bom posto policial, daqui a alguns anos posso me tornar a xerife da cidade, posso dizer que tudo que conquistei não foi totalmente fruto do dinheiro dos meus pais, eles pagaram a faculdade, mas meu esforço me fez chegar até aqui.

– Deixem eu explicar e depois vocês perguntam. Na época que a empresa estava falindo eu convenci Gold e Cora a me deixarem participar disso! Cora e ele tinham um caso, e eu sabia, foi o meu ingresso de entrada.

– Então o acordo sigiloso que tinha feito com o grande bilionário era tudo mentira?

– De certa forma não, foi um acordo, sigiloso também, e Gold é um grande bilionário!

– Ah claro, o grande truque do eufemismo pra esconder dinheiro sujo! - meu pai alterou o tom de voz.

– Pai vamos ouvir a mamãe! - falei em um tom bastante calmo, o que fez meu pai olhar surpreso pra mim, eu sou a primeira a alterar o tom de voz. Ele se sentou e mamãe continuou a falar, ainda sem olhar pra gente, seus olhos estavam vidrados no tapete da sala.

– Obrigada Emma! Então, estávamos com muita dificuldade pra pagar os impostos com os diamantes...

– Mas mesmo assim Mary, você colocou dinheiro sujo na empresa.

– Pagamos meio que honestamente, usamos os diamantes traficados nas joias!

– Usamos nada! VOCÊ usou - ele gritou impaciente

– Então, quando fui encontrar Cora naquele dia ela estava bêbada - mamãe continuou ignorando o jeito que meu pai falou. Meu palpite é que ela queira terminar logo com isso - Mas como o meu voo estava marcado pro mesmo dia eu não podia esperar, então falei que estava saindo do negócio, a empresa já estava salva mesmo. Mas ela não aceitou de cara e partiu pra cima de mim, gritando que eu estava saindo apenas pra ter uma desculpa pra contar o segredo do caso dela com Gold, já que eu tinha feito coisa parecida antes.

– Como assim? - perguntei querendo entender a parte do "já que eu tinha feito coisa parecida antes".

– Não acha que tem bomba demais pra hoje?

– Se for pra explodir esse lugar explode de uma vez! Não quero ficar esperando outra ataque aéreo chegar , é como estar em uma guerra - respondi e olhei pro meu pai que continuava sentado encarando o chão e tentando manter a calma.

– O motivo da separação dela e o marido não foi só o desgaste no casamento!

– O que você fez? - papai perguntou

– Contei pra Henry que Cora estava tendo um caso com Gold!

– Com Gold? Desde aquela época? - perguntei confusa e minha mãe confirmou com a cabeça - Então Gold tem traído Belle faz tempo já! Isso é muito estranho!

– Mas as traições do Gold não foi só com a cora, ele a traiu com a irmã dela também!

– Com a Lacey? - Papi perguntou espantado

– A propria!

– Meu Deus! Se eu já não estivesse sentada eu ia precisar.

– Eu também! - Meu pai concordou junto comigo.

– Qual o milagre pra não ter contado isso pra Belle?

– Acho que me ferrei demais me intrometendo em assuntos pessoais! - mamãe falou quase debochadamente.

– Taí uma coisa que eu concordo! Enfim, continua a história.

– Então, Cora veio pra cima de mim com a garrafa de vinho, não me lembro de tudo muito bem, só sei que tirei a garrafa da mão dela e usei pra me defender!

– E aí você a jogou da escada! - completei lembrando da historia que killian me contou.

– Não, deixei ela desacordada no chão do corredor - disse e eu franzi o cenho confusa, killian me falou que ela estava morta perto da escada no andar de baixo.

– No chão do corredor? - perguntei confusa

– é!

– Mas no andar de baixo?

–Não! No andar de cima.

– mas, o Killian e Gold acharam o corpo no andar de baixo ao lado da escada! - contestei

– Eu tenho certeza que foi no andar de cima! - afirmou

– Mãe? - me levantei do sofá - há alguma possibilidade de você ter saído de lá com Cora ainda viva?

– Quando eu sai ela estava murmurando que ia me matar! Mas os olhos estavam fechados, e ela nem conseguia se levantar - explicou

Olhei pro meu pai e ele olhou pra mim confuso, não tinha contado pra ele sobre como a mãe de Regina tinha morrido realmente. Pedi um minuto e subi ate o quarto de Henry, pedi que Killian descesse comigo e pedi que meu filho ficasse no quarto comportadinho até eu voltar.

– Killian tem certeza que sua mãe estava morta ao lado da escada?

– Tenho! - ele respondeu confuso

– no andar de baixo?

– Tenho,Emma o que ta acontecendo?

–Então há uma possibilidade de você ser inocente! - me virei pra mamãe ignorando completamente a pergunta de Lillian.

– Será? - minha mãe perguntou mas pra si mesma do que pra mim. Mas dava pra ver o semblante de esperança em seu rosto quando falei que havia possibilidade de ela não ser culpada.

– Se não estiver mentindo!

– Não estou! - disse em um tom de voz desesperado - prometi contar tudo.

– Então há muita coisa que tem que ser investigada! - conclui

...

– Virou confeiteira amiga?Sua vida é dar bolos! - falei pra Regina que estava sentada em sua mesa de trabalho sem nada pra fazer em plena segunda feira.

– Chegou a miss drama! Credo só faltei ontem - ela se defendeu

– Só! - debochei - tenho mais que razão, deixa eu fazer meu drama? Ainda bem que não iludi meu filho dizendo, "ei a melhor amiga da sua mãe vai estar no café da manhã maneiro que a gente marcou!".

– Que parar de fazer drama e perguntar porque eu não fui! - pediu impaciente

– Eu ia perguntar, depois do drama! Me diz. O que houve?

– não sei se você merece saber!

– Fala logo!

– Bom, você me considera um irmã não é?- perguntou sorrindo

– O que isso tem haver? - perguntei sem entender

– NÃO É? - gritou impaciente

– É!

– Então - ela voltou a sorrir - você e o killian vão ser titios!

Arregalei os olhos e fiquei quase um minuto sem falar, estava mais do que supresa.

– você está grávida?

– não! Encomendei uma criança com a cegonha.

– Olha só, desde meus 12 anos minha mãe desmentiu a historia da cegonha pra mim. Papai tentou me convecer do contrario mas não funcionou!

– engraçadinha! Amiga to tão feliz!

– você merece amiga, Robin é um cara de sorte, espero que ele saiba.

– Ai dele que não saiba. Senão eu volto pro meu tempo de adolescente e incorporo a rainha má e novo. Lembra do que acontceu com meu ex?

– Soube que ele ainda não ouve do lado direito.

– Quem não houve do lado direito? - o irmão da regina perguntou entrando na sala.

– Você não precisa saber! - falei - não tem que ir falar com a sua chefe? Nosso vôo é daqui a 5 horas.

– Já quer se livrar de mim? - ele perguntou me abraçando por tras.

– De você quero outra coisa! - sorri maliciosamente e o beijei.

– uuhhh! Quanto amor! Será que os dois pombinhos poderiam me deixar trabalhar?

– Já estamos indo Maninha! - killian falou

– Tchau Rainha má!

– Tchau! Vão embora plebeus! - brincou - E me tragam presentes

.....

– Bom dia! - cumprimentei Graham que estava sentando na mesa da delegacia.

– Mais que isso! o dia esta mais que bom! - ele apontou em direção cela e eu me virei pra ver o que ele queria mostrar.

– Zelena! - susurrei surpresa pra mim.

– Péssimo dia pra vocês! - ela disse sorrindo ironicamente.

– Pra gente eu não sei! Mas pra você. Sua manhã não ta começando nada boa!

– madrugada na verdade! - Graham interrompeu meu deboche - prendi ela 5 da manhã.perto da floresta, eu estava fazendo minhas corridas matinais!

– você quer dizer madruganais - comecei a rir e ele arqueou as sobrancelhas - 5 da manhã, tão cedo que é madrugada...ta legal não tem graça - me virei pra Zelena - e aí?pode começar a falar!

– Hum! Não estou muito a fim!

– Você sabe que ficando de boca fechada a sua situação só piora né? - perguntei e ela continuou em silêncio.

– Ela não quer falar Emma. Tentei de tudo hoje! - Graham explicou.

– Uma hora ela fala! Olha só Graham vim só avisar que estou indo pra Nova Iorque com meus pais.

– Ah é.. Sua mãe vai dar o depoimento pra polícia de lá.

– Pois é, apesar de eu não gostar muito da ideia, Henry vai ficar na casa do Gold. Não tem como eu leva-lo comigo.

– Entendo!

– Bom, eu vou indo!

– Emma! - Zelena chamou minha atenção - você tem todas as respostas!

"pirou de vez", pensei, a mulher ta maluquinha. Deixei a delegacia e fui me despedi de Henry antes de leva-lo para casa do avô. Busquei Killian na biblioteca, sim ele vai comigo, não vou aguentar o clima pesado entre meus pais sozinha. Fomos pra rodoviária junto com meus pais, assim que chegamos na cidade vizinha seguimos para o aeroporto.

– obrigada! - falei pra minha mãe que estava sentanda na lanchonete. Ela estava sozinha já que ninguém estava incluindo ela na incrível conversa entre meu pai e killian.

– Pelo que?

– Por não ter contado que killian fazia parte daquele negócio de vocês. Eu sei que você sabia!

– Seu pai não ia gostar daquela informação! - ela deu de ombros - desculpa?

– Ta desculpada.

Sorrimos uma pra outra e na mesma hora anunciaram nosso vôo. A viagem de avião não demorou mais que 3 horas. Assim que chegamos em NY fomos deixar as malas no hotel, em seguida Fomos pra delegacia onde a minha mãe deu o depoimento dela e eu análise mais o caso do assassinato de Cora. O corpo foi encontrado as 18:00 da tarde, mas segundo minha mãe ela brigou com Cora ainda de manhã, tempo suficiente de mais alguém entrar lá e terminar o serviço. o estranho é que partir das 14:00 a câmera de segurança parou de funcionar. Isso é muito estranho, a certeza da inocência da minha mãe só aumentava.

.....

– As luzes da cidade faz parecer que as estrelas desceram! - falei pra Killian que me abraçava por trás.

– Nova York é muito bonita! - ele disse

– Bastante. Amo esse lugar! Não deixava eu pensar em meus problemas.

– também, é muito barulho!

– exatamente!

– Swan?

– oi!

– Eu te amo!

Olhei pra ele bastante espantada com o que tinha acabado de ouvir. Não esperava por aquilo. Sorri por dentro, mas travei por fora.

– Killian, você acabou de falar uma coisa que eu estava criando coragem de dizer. Porque eu tenho certeza que eu te amo.

– Me diz!Gritaria isso junto comigo?

– Estamos no alto do prédio, vamos parecer dois malucos.

– Essa é a intenção, quero mostrar que somos malucos um pelo outro.

– Ai meu Deus! É né, agora vou ter que te aturar.

Sim, pareciamos loucos ,mas eu não tava nem aí. Não tinha melhor maneira de aproveitar as ultimas duas horas que tínhamos em NY. Depois de aproveitar a cidade que nunca dorme, fomos para o hotel pegar nossas malas e encontrar meus pais. A viagem dr volta foi mais cansativa, eu estava cansada e morrendo de sono, viajar a noite não é tão legal. Cheguei em casa chamando pela minha Cama, estávamos no meu quarto quando killian me chamou a atenção pra uma coisa importante.

– Swan?

– Que foi? - respondi sonolenta.

– Você viu essa carta?

– Que carta?

– Aquela que seu pai deixou pra você naquele dia. Quando ele nos interrompeu.

– Não, tinha esquecido porque? Tava mechendo nas minhas coisas? Vou te dar umas porradas heim! - brinquei e ele continuou sério. Seu rosto demonstrava preocupação, o que me fez ficar preocupada também - O que foi?

– É uma carta de Neal! - respondeu me mostrando a assinatura dele bem no canto do envelope.


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