Campinas, 3 de maio de 2015

Para um grande amor,

Augusto Waters, tive por você um amor sem medida que nem sei como expressar, nem dizer o quão grandes são os meus sentimentos de tristeza por sua perda. Foi uma morte indesejável para qualquer pessoa, mas sei que você fez de tudo para lutar contra esta doença desprezível que não desejo nem pro meu pior inimigo. Suas palavras e seu sorriso serviram de inspiração para cada um que conviveu com você até os seus últimos momentos.

Um amor sem fronteiras é o que eu sinto por você, querido Gus. Não importam as páginas de um livro, as horas de um filme, um ator, ou até mesmo um grande amor entre nós, mas se o que eu digo for um erro e o meu engano for aprovado, então não será como se eu nunca tivesse escrito, ou como se nunca ninguém tivesse amado.

Pode até parecer um amor platônico o que eu sinto, mas nem ligo para o que os outros falam, que eu choro ou penso em você que foi só um personagem e tal, mas nada vai interferir no que sinto. Toda vez que revejo você em sua brilhante aparição no filme "A culpa e das estrelas" fico com uma dor desolada, parece que vai se abrir um buraco no chão e me engolir. Mas guardo em minha memória seu corpo escultural ─ nem a sua perna mecânica acabou tirando seu charme ─, seu cabelo, seu medo de voar então, nem se fala. Sua metáfora, sua marca registrada.

Mas, Gus, para ser sincera, acho que não entraria em um carro com você dirigindo, pois você dirige muito mal. Tirando isso, achava você uma pessoa muito romântica e sentimental. Não me importaria de dividir você com as suas fãs, mas acho que nunca iria atrapalhar seu pequeno infinito com a Hazel. Saiba que você nunca morreu em meu coração, pois os seus pequenos atos serão eternos para mim.

De sua grande amiga Carly, com aperto no coração me despeço.