Pestinhas a Bordo escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 7
Um novo Pestinha?


Notas iniciais do capítulo

Cheguei mais cedo, gentem!!
E aí? Quem está ansioso para conhecer o mais novo membro do Sunny?? Minha pressa foi um presente para todos os leitores que pediram tanto por esse bebê! Mas o dia de postagem continua sendo de terça, viu?
Dessa vez não temos agradecimentos por favoritações, então vou simplesmente agradecer a todos vocês, que leem e acompanham a fic :)


Aproveitem e boa leitura ^-^



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E novamente, como há três anos, podendo-se até usar aquela expressãozinha chamada Deja-vu, toda a tripulação dos chapéus de Palha estava reunida ali, naquele estreito corredor em frente à enfermaria do navio.

Usopp nervoso, Sanji roendo as unhas, Franky inquieto, Brook sem vontade de tocar música e Zoro mais sério que de costume. Ah, e claro, também tinha Luffy, que compartilhava as mesmas reações dos três primeiros, só que com muito mais intensidade.

Talvez as únicas diferenças da vez de três anos atrás para agora, fosse que estava de tarde, com o clima meio gélido graças ao outono, e que dessa vez não era apenas Ohana quem observava a situação dos adultos.

Luna olhava em volta, brincando nervosamente com o botão do casaquinho rosa que usava, sem entender nada do que acontecia. Quer dizer, ela sabia que seu irmãozinho estava nascendo, mas não entendia porque seus tios e seu pai pareciam tão aflitos. E por que sua mãe estava gritando tanto de dentro da enfermaria? Será que Chopper tinha feito alguma coisa errada e acabou machucando a ela e ao bebê??

Rapidamente balançou a cabeça, se recuando a acreditar naquela ideia. Chopper era o melhor médico que ela já conheceu, ele nunca faria algo que ferisse à sua mãe, quanto mais a um bebê! Além disso, Robin estava lá dentro também. É, não tinha o que temer... Mas mesmo assim... aqueles gritos estavam ficando muito altos.

— Ohana. – Ela chamou pela amiga, que estava sentada num caixote ao seu lado. A Roronoa desceu o olhar das nuvens no céu, para mirá-la. – A mamãe tá bem lá dentro?

Vocês se lembram, caros leitores, daquela expressãozinha que eu comentei logo no início do capítulo chamada Deja-vu? Então, foi exatamente isso que Ohana sentiu ao ouviu a pergunta da ruivinha. A memória não era muito certa, afinal tinha apenas dois anos na época, mas recordava-se de também ficar espantada com toda aquela bagunça quando Luna nasceu. E por essa lembrança, agora sabendo que ela seria a confortadora (??) e não a confortada, acabou sorrindo.

— Ela está bem, Luna. O Chopper e minha mãe estão lá com ela, não estão? – Abençoado seja o Deja-vu! Zoro lhe tinha dito quase a mesma coisa da última vez.

— Mas ela tá glitando muito. – Luna torceu nervosa a barra do casaco.

— Não se preocupe com isso. – Ohana se divertia cada vez mais com aquela conversa. – Acredite quando eu digo que é normal. Falo por experiência própria.

A ruivinha ainda pareceu ficar em dúvida por uns instantes, mas Ohana disse para confiar nela. E ela confiava em sua amiga, sim senhor.

— Hm... Tá. – E voltou a sorrir como sempre.

Porém, embora Luna tivesse ficado mais tranquila agora, a situação dentro e fora da enfermaria continuava. Os gritos de Nami só faziam aumentar e Luffy já nem tinha mais unha para roer tamanho era seu pânico! Era impressão dele ou Nami parecia estar sentindo mais dor dessa vez?

Aquele desespero silencioso continuou, perturbando a todos ali (exceto as duas pequenas que pareciam mais interessadas nas nuvens). Até que, finalmente, após o grito mais agudo que a navegadora já dera, ouviu-se um chorinho.

Luffy correu para dentro da enfermaria assim que o som atingiu seus ouvidos. Antes mesmo de chopper gritar o tão esperado "É UM MENINO!!", o moreno já estava ao lado de Nami, segurando a mão da amada, tão suada como todo o resto do corpo exausto.

— Meu irmãozinho! – Luna exclamou, correndo na mesma direção que o pai. Ohana ameaçou pará-la, mas foi Zoro quem lhe parou, estendendo um braço em sua frente. Aquele era um momento para a família e Luna deveria estar presente.

A ruivinha adentrou a sala, deparando-se logo com Robin e Chopper, que pareciam estar saindo. Antes que pudesse falar com qualquer um dos dois, Robin lhe sorriu e apontou para a maca onde Nami estava.

Luna não viu mais nada, não ouviu o click da porta quando a arqueóloga e o médico saíram. Tudo o que conseguia perceber era seus pais e aquele pequeno embolado de coberta nos braços de sua mãe.

— Luna. – Nami chamou-a de repente, tirando a filha do transe.

— Vem aqui conhecer seu irmão. – Luffy completou. A pequena rapidamente foi até o pai, que a pegou no colo para conseguir enxergar melhor.

Sua primeira reação foi a de surpresa. Surpresa ao ver aquele serzinho, tão miúdo e frágil, com leves fios negros cobrindo o toco de cabeça. O rosto do pequeno estava sereno, embora com as bochechas vermelhas, como se tivesse corado. Por um segundo, Luna pensou se aquilo não era um boneco (bem realista), mas essa ideia sumiu ao perceber o leve movimento que o bebê fazia quando respirava.

E foi aí que ela sorriu. Um sorriso brilhante, como os que costumava dar, mas que nem por isso era menos especial. Não, nada para aquele menino seria sem importância, pois desde o momento que o viu, Luna já o amava.

— Qual o nome dele? – Perguntou para os pais, que assim como ela, não conseguiam parar de sorrir.

— Deixamos para decidir na hora. – Nami lembrou-a.

— Hm... Você tem alguma ideia, papa? – Luna virou o rosto para o pai.

Luffy abriu ainda mais seu sorriso. Ah, sim, ele tinha uma grande ideia. Queria batizar o filho com o mesmo nome de seu já falecido, porém amado irmão mais velho, Ace. Já tinha pensado nisso na primeira gravidez de Nami, mas como acabou por vir uma menina, seu plano foi para escanteio.

Agora era a chance. Seu desejo era fazer uma homenagem ao seu irmão. Mas (Sim! Teve o temido “mas”) quando abriu a boca para falar:

— Ichigo!

Luffy e Nami olharam para a filha, muito confusos em porque ela, de repente, resolveu gritar “morango”.

— Depois a gente vê com o Sanji se tem. – O capitão falou, pensando que aquilo era um pedido da menina.

Mas Luna balançou a cabeça, negando.

— Não, o nome dele pode ser Ichigo.

Mais uma vez, pontos de interrogação surgiram na cabeça dos adultos.

— Por que Ichigo? – Questionaram juntos.

— Porque ele parece um moranguinho. - Luna riu da própria explicação. – Olha só, ele está todo vermelho, e com essas sardinhas, fica igual um morango.

Ambos focaram os olhos no menino. De fato, as bochechas dele eram repletas de sardas. Nami perguntou-se como não tinha reparado naquilo antes, meio frustrada consigo. Era seu filho, poxa! Ela deveria saber de cada traço dele, para dar um chilique cada vez que ele aparecesse machucado ou com algo ralado.

Luffy também ficou surpreso, para não dizer em choque, com aquelas pintinhas espalhadas no rosto do filho. Nem ele nem Nami tinham aquela característica! Uma das únicas pessoas que conheceu, se não a única, que possuía sardas era... Ace.

— Um moranguinho, heim? – Nami repetiu, olhando para o filho com carinho. Sua paixão, inegavelmente e sem substituições, sempre seriam as laranjas, mas ela nunca teve nada contra os morangos. – Ichigo... Eu gostei.

— E você, papa? – Luna ficou feliz por sua sugestão ter agradado à mãe, mas ainda tinha que ver com o pai também.

Luffy não respondeu de imediato, ainda mirava o filho, em especial as sardas que lhe enfeitavam a face. Ele nem precisava colocar o nome no menino de Ace para homenagear seu irmão, aquelas sardinhas que o pequeno possuía já faziam aquilo sozinhas!

— Papa? – Luna chamou mais uma vez, agora conseguindo tirar o moreno de seu transe.

— Hm... – Luffy começou a murmurar, botando a mão no queixo para fingir que queimava seus neurônios. – Monkey D. Ichigo... – Meneou, e por fim, sorriu para o menino. Estava decidido. Aquele era um bom nome e, pelo que se lembrava, Ace nunca teve nada contra morangos. – Parece que quem escolheu seu nome foi a sua irmã, Ichigo.

O sorriso de Luna raiou mais uma vez.

— Bem vindo à família, Ichigo! – Comemorou, dando as boas vindas para o irmão. – Você vai se divertir muito aqui. Nossos tios são muito legais e nós vamos brincar bastante, eu, você e a Ohana.

Luffy sorriu com a cena, limpando rapidamente o canto do olho antes que Nami ou Luna notassem a lágrima que escorria ali. Aqueles eram seus dois filhos, frutos do amor que nutria com a mulher de sua vida. Era algo que ele nunca tinha imaginado ver, mas que não se arrependia em nenhum momento de ter alcançado.

— Luna e Ichigo, heim? – Uma voz falou de repente. – Mas que bela família você conseguiu. - E Luffy arregalou os olhos ao reconhecê-la. – Cuide bem deles.

— Ace?! – O moreno se virou as pressas, procurando seu irmão com os olhos. Aquela era a voz dele, só podia ser! Mas ao se virar, só viu a escrivaninha de Chopper, do outro lado da enfermaria.

— Papa? – Luna chamou, não entendendo o que o moreno procurava.

— Luffy, está tudo bem? – Perguntou Nami, seu olhar já compadecido. Ela reconheceu o nome “Ace” na exclamação do marido e sabia que esse era um assunto muito delicado para ele.

— Ah... tudo. – Luffy respondeu, parecendo recuperar-se do choque, virando para as duas garotas novamente. Deveria estar fincando maluco. – Não foi nada.

— Tem certeza? – A navegadora quis confirmar.

— Aham. – Para acabar com as dúvidas da esposa, Luffy sorriu. Estava tudo bem mesmo, ele que deveria estar meio nostálgico e por isso teve a impressão de ouvir a voz de Ace. Só isso.

— Oe, podemos entrar? – Chopper entrou novamente na enfermaria, sendo seguido pelos outros.

Logo, o Deja-vu foi ativado mais uma vez, com todos formando um círculo envolta da maca.

— Que bonitinho! – Ohana foi a primeira a se pronunciar. Robin concordou, com um sorriso e um aceno de cabeça.

— Ótimo, outra peste desse navio. – Zoro revirou os olhos, recebendo um olhar feroz de Nami.

— AU! Finalmente o Sunny ganhou um baixinho!! – Franky dançava ali no meio, só faltando soltar fogos, tamanho era seu entusiasmo.

— Ehh, acho que pedir outra lagartinha era exigir demais. – Sanji suspirou.

— Ele se parece bastante com o Luffy, então... Será que vai puxar a personalidade da Nami? – Usopp se arrepiou só de pensar. Dois prepotentes à violência no mesmo navio não seria muito bom.

E muitos outros comentários se seguiram. Toda a tripulação continuou, conversando e rindo. Chopper até parecia ter adiado seu pensamento de médico e permitiu que os amigos ficassem mais do que era o certo.

Os Chapéus de Palha pareciam estar, enfim, completos.


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Notas finais do capítulo

E entãaaaao?? O que acharam, leitores que estavam doidos por esse bebezinho??? Eu simplesmente amo o meu Ichigo *-*
O Ace teve bastante menção aqui por dois fatores: O concelho da Isabella Caregnato Black (que eu espero que me perdoe por não usá-lo ^^") e porque eu estou chegando agora em Marine Ford! Gente, tô tão ansiosa *--*


Beijos e até os comentários ^-^