Pestinhas a Bordo escrita por Fujisaki D Nina


Capítulo 8
Especial - Primeiro dia dos Pais


Notas iniciais do capítulo

Feliz dias dos pais, minna!
Estou chegando rápido, heim? Mas por favor, não se acostumem, o dia de postagem continua sendo terça-feira (sem contar com essa agora, né? Porque se não vocês enjoam de Pestinhas a Bordo desse jeito).
Esse capítulo na verdade nem estava nos meus planos, mas como é dia dos pais e as relações Luffy/Luna e Zoro/Ohana são algo que eu quero abordar bastante na fic, resolvi escrever e postar.
Ahh! E para os fãs que gostam de LuNami, vejam esse AMV aqui:
https://www.youtube.com/watch?v=X47Ny_fynFA Sério, quem gostar da história da Nami como eu, vai amar esse vídeo (principalmente se assistir hoje)
E por último, quero mandar um obrigada para a linda da Rebecca! Obrigada pela favoritação ^-^



Um feliz dia dos pais e uma boa leitura pra vocês :)



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Mais um dia começava no Thousand Sunny, aparentemente sem nada de especial ou fora do comum (para os padrões da tripulação).

Alguns dos habitantes do navio já se encontravam na cozinha, para o café da manhã. Sanji estava no fogão, Robin lendo enquanto bebericava seu café e Nami alimentando uma Luna de um aninho com papinha de bebê.

Mas é claro que aquele não seria o bando dos chapéus de palha sem um pouco de barulho.

— Vamos, Luna. Diz papa, diz. Vai, não é tão difícil! - Luffy repetia a todo o momento. Ele estava ao lado da filha, que apenas o encarava enquanto mastigava o macarrão da papinha. – Repete comigo: Pa. Pa!

— Luffy, deixa pelo menos ela comer quieta. – Nami advertiu. Desde que Luna falara sua primeira palavra semanas atrás, o moreno ficava doido na esperança de ela chama-lo. E isso só piorou quando a pequena começou a dizer:

— Mama. – Luna a chamou, abrindo a boca para indicar que queria mais papinha.

— Já vai, sua esfomeada. – Nami riu antes de dar mais uma colherada para a filha. Nunca viu uma criança com tanto apetite. Se bem que, sendo filha de Luffy, não poderia ser diferente. – Você gosta da papinha do tio Sanji, heim? Principalmente quando tem macarrão.

— Ma... Macalhão. – A pequena repetiu.

E Luffy pôs-se a choramingar num cantinho escuro, numa depressão nunca vista antes. amar por outros da tripulação (como Chopper, Ohana, Robin) até tudo bem, mas MACARRÃO?! Sua própria filha chamava por macarrão, mas não por ele?!

— Parece que ela gosta de palavras com “m”. – Comentou Nami, tentando não rir do estado do marido. E parando para analisar bem, parecia mesmo, levando em conta que a primeira palavra de Luna fora Mugi (chapéu), a segunda Mama e agora também tinha macarrão.

— Ah, é? – Luffy se recuperou milagrosamente, á ao lado da filha de novo. – Luna, então fala “Monkey D. Luffy”.

— Isso é mais difícil ainda! – A navegadora brigou.

— Bon... fei T – Luna até tentou repetir, mas além de sair tudo errado, ainda acabou por cuspir macarrão na cara do pai.

— Viu? Eu te disse pra deixar ela comer quieta. – Nami riu, vendo o marido limpar a cara com expressão de nojo.

Mas nem por isso Luffy se aquietou, continuou a importunar a filha baixinho, enquanto o restante da tripulação enxia a cozinha aos poucos. No final, apenas faltavam duas pessoas na mesa: Ohana e Usopp.

— Oe, Robin. – Zoro chamou a esposa, que parou brevemente sua leitura para mirá-lo. –Você sabe onde está a Ohana?

— Oh. – A arqueóloga deu uma leve risada, parecendo lembrar-se de algo, antes de responder. – Ela já, já estará aqui, não se preocupe.

— Mas e o Usopp? – Quem perguntou foi Chopper, também para Robin (A: Gente, a mulher foi uma das primeiras a chegar na cozinha! Como ela vai saber onde está quem?).

— Aquele narigudo ainda está no den den mushi. – Sanji respondeu, parecendo irritado com esse fato. – Acho bom ele sair ainda hoje. Eu tenho que ligar para o Naruto!

— Acalme-se, cozinheiro-san. – Robin falou. - Ele também tem direito de conversar com o filho dele.

Um grande ponto de interrogação surgiu na cabeça de Luffy ao ouvir aquilo. Tudo bem que, diferente dele e de Zoro, Sanji e Usopp não tinham os filhos com eles todos os dias. Mas parecia que hoje o den den mushi estava mais disputado do que nunca.

— Papa! Papa! – Uma Ohana de três aninhos, afobada e sorridente, entrou repentinamente na cozinha. Procurou o pai com os olhos, até acha-lo e correr em sua direção. Uma folha de papel balançava em sua mão. – Papa, eu fiz pra você.

Zoro mirou a folha que a filha lhe estendia, sem entender direito no início, mas seus olhos acabaram por se arregalar ao ver o conteúdo. Era um desenho, claramente feito por uma criança de três anos, mas o espadachim conseguiu enxergar que era ele próprio ali, usando sua bandana e com suas três espadas (que na verdade eram riscos, um em cada braço e outro no meio da cara). No canto superior da folha, com uma letra que só poderia ser de Robin, estava escrita a seguinte frase: “Para o pai mais incrível do mundo! Quero ser como você”. Só a imagem em si já encantaria qualquer pai babão e Zoro também quase deu um sorriso abobado ao ver o rostinho de sua filha, ansioso por uma reação.

Ele podia não ser a pessoa mais amorosa do mundo, era bruto e muito rabugento. Mas nem de longe tinha coração de pedra. Ainda amava sua filha, com ela era mais cuidadoso e inclusive (vou contar um segredo) quando Ohana nasceu ele nem se atrevia a pega-la no colo com medo de quebra-la.

Então, fez o que qualquer pai faria numa situação daquelas.

— Olha, ficou muito bom. – Sorriu de leve, pegando a folha que a menina lhe estendia. – Obrigado, Ohana. – E bagunçou de leve os cabelos dela.

Ohana abriu seu sorriso ainda mais, deu uma risada gostosa e correu para perto da mãe, feliz por seu presente ter agradado.

— Ehhh... – Luffy começou, estranhando bastante aquilo tudo. Primeiro Sanji e Usopp brigando pelo den den mushi para falarem com os filhos, e agora Ohana dando um desenho para Zoro? – Por que tá todo mundo nesse amor com os filhos hoje?

Todos (todos mesmo! Sem exceções como Chopper, Franky ou até Brook) encararam o chapéu de palha como se ele fosse louco!

— Ora, Luffy, - Nami começou a responder. - hoje é dia dos pais.

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Dia dos pais...

Aquela data nunca foi muito importante para Luffy, afinal, até os dezessete anos nem sabia que tinha um. Foi criado só por seu avô e depois por Dadan, antes de ir viver na floresta som Ace e Sabo. Nunca teve ninguém para chamar de pai e nem sentiu falta disso, então por que guardar aquela data? Não existiam motivos para isso... Até agora.

Pois agora, ele era pai. Pai de uma pequena garotinha, linda e só sua, seu tesouro mais valioso. Ainda sentado na carranca do Sunny, ele pensou que aquele não só era o primeiro dia dos pais que comemorava, como também comemorava no papel principal. E isso o deixava completamente em ideias do que fazer!

— Oe, Usopp!! – Aquele grito o tirou de seus pensamentos. Reconheceu a voz de Sanji e se virou para ver o que acontecia. – Conseguiu falar tudo o que queria? Eu preciso usar o den den mushi também! – O cozinheiro reclamava.

— Tá, tá. – Usopp respondeu desinteressado, com um sorriso orgulhoso no rosto, desligando o animal (Quem entende a lógica desse universo ¬¬). Sanji se apressou em se apossar do objeto.

O atirador não se importou com aquilo, mais interessado em continuar sorrindo enquanto relembrava a conversa com seu filho. O garoto tinha dos dois para os três anos de idade e falava pouco, mas conseguiu aprender muitas outras palavras novas desde a última conversa que tiveram.

Luffy notou que, mesmo distantes, Sanji e Usopp conseguiam ter um relacionamento bom com seus filhos. Também se lembrava vagamente de, nos anos anteriores, eles ficarem agitados no dia dos pais. Mas por que? O que se fazia naquela data afinal?

Era isso que ele queria saber. Pensou em perguntar para Sanji, já que tinha o filho a mais tempo, mas o mesmo estava tão animado falando ao den den mushi que achou melhor não interromper.

Sobrava então o atirador mentiroso.

— Na, Usopp. – Chamou, se aproximando do amigo. Esse levantou o olhar, mas sem tirar o sorriso da face. – Pra quê serve o dia dos pais?

Usopp sentou direito e botou a mão no queixo, adquirindo uma expressão pensativa.

— Bom, acho que é para lembrar tanto aos filhos quanto aos pais que eles têm sorte de ter uns aos outros.

— Ehh? Mas isso eu já sei! – Luffy cruzou os braços. Óbvio que tinha sorte em ter Luna e era mais óbvio ainda que sabia disso. – Não preciso de um dia só pra me lembrar.

— Não é isso. – Usopp se calou uns segundos, tentando achar um jeito de explicar aquilo para seu capitão. – Veja assim: Você sabe que ama a Luna e que ela te ama, mas neste dia vocês comemoram esse amor.

— Hmm... Acho que entendi. Então, o dia dos pais é meio que um tipo de alarme, que me lembra de ficar feliz por ter a Luna e ela ter a mim? – Questionou. E Usopp assentiu, dando um suspiro aliviado por Luffy ter entendido rápido. A seu modo, mas entendeu.

— Mas geralmente são os pais que aproveitam essa data, pois ganham presentes dos filhos. – O atirador completou, o sorriso orgulhoso voltando a seu rosto. – Eu, por exemplo. Meu presente foi saber que o Louis aprendeu mais palavras, ficou mais inteligente.

— E isso é um presente? – O capitão pendeu a cabeça para o lado, em dúvida.

— É claro! Tudo que o filho faz que te deixa contente, pode ser considerado um presente.

Luffy ficou pensativo de novo. Sendo assim, então Luna lhe presenteava apenas por respirar. Afina, era por respirar que ela vivia, e vê-la cheia de vida era sua maior alegria. (Gente, rimou o.o)

— Sério?! – A exclamação de Sanji chamou sua atenção. O cozinheiro ainda conversava no den den mushi. – Esse é o meu garoto. Saber que você está bem e cuidando da sua mãe é o melhor presente que eu poderia ganhar!

Então o loiro também tinha ganhado um presente. E Zoro também, afinal o espadachim ficou feliz com o desenho que Ohana lhe dera. Será que também ganharia algo? Talvez não, pois Luna ainda era muito pequena. E como ele mesmo havia dito, ficava feliz só em vê-la bem.

— Luffy! – Ouviu alguém o chamar e nem precisou se virar para saber que se tratava de Nami. A navegadora se aproximou dele, com Luna no colo, e lhe estendeu a bebê. – Fica com ela um pouco? Preciso tomar um banho.

Luffy grudou bem os lábios, cobriu a boca com uma mão enquanto que com a outra pegava Luna nos braços. Tudo isso para não rir da blusa cheia de vômito de Nami. Com o tempo, ele aprendera a evitar algumas surrar, e não rir da esposa toda suja de vômito de bebê era uma delas.

— Tá, pode deixar ela comigo. – falou, ainda contendo o riso. Nami ergueu a sobrancelha para essa atitude, mas deixou passar, seu banho era mais importante naquele momento. Saiu do convés, deixando o marido sozinho com a filha.

Luffy só ficou olhando, esperando até que a ruiva entrasse, para então soltar uma sonora gargalhada. E apesar de não saber o que estava acontecendo, Luna riu junto com o pai. A risadinha da menina fez o capitão voltar-se para ela.

O sorriso de Luna, a risada dela... Eram as melhoras coisas que ele já teve o prazer de ver. Quem precisa de presente quando já se tem um tesouro?

— Vem cá, Luna. – Ele virou a filha, deixando-a cara a cara consigo. – Você não precisa me dar nada. Mesmo que um pedaço de carne fosse uma boa pedida, eu fico feliz só de ter você. – E colou sua testa na da menina, que sorriu ainda mais. – Pode acontecer o que for, você pode se tornar o que quiser, que o papai sempre vai te amar, tá?

— Papa.

Opa!! Espera aí, produção! Luffy ouviu mesmo o que achava ter ouvido?? Ele mesmo não acreditava, encarando a filha de olhar arregalados e boca escancarada.

— O que foi que você disse?!

— Papa! – Luna repetiu. – Papa, papa!

— Você falou... – Luffy começou a murmurar, recuperando-se aos poucos do choque. – Você falou... Pa...- O sorriso foi aumentando em sua face. Não podia acreditar. Sua Luna, seu tesouro, estava chamando por ele! – VOCÊ FALOU “PAPA”!!

A partir daí, Luffy só fez abraçar Luna como se ela fosse um bichinho de pelúcia, enquanto gargalhava histericamente e corria por todo o Sunny, gritando “A Luna disse papa! A Luna disse Papa!”. No fim das contas, ele acabou mesmo ganhando um presente, o melhor que poderia.

É... Luffy tinha gostado de seu primeiro dia dos pais.


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Notas finais do capítulo

Então?? Ficou chato? Dispensável? Fofo? Legal? Me digam, please!
Agora eu juro que só reapareço aqui na terça da semana que vem! Vou deixar vocês sentirem minha falta um pouquinho depois dessa overdose kkkk


Até a próximo, pessoal ^-^