Carte Mystique escrita por Starlight


Capítulo 3
Dois: Além de suas crenças.


Notas iniciais do capítulo

Peço perdão pelo atraso em postar na primeira data de postagem estimada, tive problemas com internet apenas consegui acessá-la agora (3:00 AM).
Enfim, boa leitura!



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Dois: Além de suas crenças

Anteriormente...

Thomas sairia do local com o prêmio em mãos: uma grande sacola com peças de ouro de alto valor. O mesmo fitava as pessoas e o ambiente ao seu redor conforme seus passos, atento com qualquer elemento hostil que possa aparecer ali, uma vez que ele percebera o perigo que passou a correr após adquirir o prêmio do jogo.

– Até agora, nenhum sinal deles. – Thomas murmurou sozinho, preocupado. – Será que foram atrás do Henry?

Após seu pensamento, tomou um ato de prevenção. Thomas enfiava a mão livre em seu bolso, retirando uma carta incomum cuja qual tinha talhada em seu espaço dois nobres aparentemente conversando.

– “Voice” – Thomas após a pronúncia da palavra elevou a carta na altura de sua boca onde neste momento a mesma era tomada por um brilho esbranquiçado contínuo que soltava a partir deste um feixe de luz que percorria a cidade do ponto onde este estivera até o destino orientado por Thomas: A escola de Henry.

[...]

Posteriormente o feixe completaria seu percurso e atingia o telefone da sala da diretora Hemily que por seguida disparava seu sinal.

– Alô!? – Hemily se manifestava na linha após empunhar o telefone que tocava alto. – Senhor Thomas, tudo bem com o senhor?

Thomas que mantinha um tom de voz sério enquanto falava pela carta que lhe permitira a comunicação como um telefone, diria coisas que não agradavam Hemily momentaneamente.

– A mão dele!? – Hemily dava um pulinho para traz, assustada. – Certo, irei encaminhá-lo para a entrada da escola.

Logo após a notícia, Hemily desligava o telefone onde logo após tomava um passo apertado pelos corredores da escola rumo ao pátio onde Henry se encontrava.

[...]

Atualmente...

– O que tem o meu pai? – Henry franzia suas sobrancelhas, confuso. – Ele vem me buscar agora?

– Sim, houve um acidente de carro com a sua mãe. – Hemily falava em um tom triste.

– Minha mãe!? – Henry se assustava com a notícia, olhando para os amigos ao redor que ali se mantiveram desde o momento em que ele fora parado pela diretora. – Mas a minha mãe está...

– Venha logo! – Hemily interrompeu Henry, o pegando pelo braço enquanto caminhava com pressa até recepção da escola.

– Eu guardo a sua bolsa! – Matt elevava o tom de voz contra Henry, uma vez que pela pressa da diretora o mesmo já estava um pouco distante e não seria capaz de ouvir Matt em um tom normal.

– Henry... – Jennifer elevou o palmo canhoto até seu coração, cerrando o punho ali, apreensiva enquanto mantinha sua voz em seu próprio pensamento. – O que vem acontecendo na sua vida que eu não sei?

[...]

Henry tinha um semblante fechado e se encontrava sentado em uma das poltronas laranjas que tinha na pequena sala de recepção dos pisos de mármore que combinavam com as cortinas que tampavam parcialmente as duas janelas frontais do recinto.

– O que será que ele está tramando? – Henry martelou em pensamentos enquanto mordiscava o próprio lábio superior, impaciente com o pai.

Os minutos passavam e a angustia de Henry somente aumentava. O mesmo se levantou da poltrona, cansado de esperar sentado, tomou locomoção até a porta da recepção onde fora barrado por um segurança, podendo apenas esticar seu pescoço entre o homem com uma silhueta de armário que tampava toda a saída e um vão que posteriormente encontrou na porta, não conseguindo avistar o pai dele.

– Estou perdendo matéria de prova, não acredito que ele está fazendo isso! – Murmurou Henry enquanto dava um leve chute na poltrona onde se encontrava sentado anteriormente.

– Relaxe, é por um bom motivo. – Logo após o curto tempo em que Henry sairia da porta e se encontrava voltando para sua poltrona, Thomas aparecia repousando o braço em seu ombro.

Henry ligeiramente se virou abrindo a boca, pronto para falar algo quando de repente, após se virar plenamente para Thomas, este o puxara pelas vestes, lhe arrastando para fora da escola, dobrando a rua à esquerda.

– Pai, onde você está me levando? – Henry levava um semblante sério enquanto tinha uma caminhada apressada pelo pai nas ruas do seu bairro.

– Para um lugar seguro. – Dizia Thomas enquanto ajeitava sua Rapier durante a caminhada;

– Que diabos é essa arma? – Henry estranhava o pai com o porte de uma arma, acompanhado daquelas vestimentas. – E que roupa é essa?

– É a transformação de meu Carte Mystique, você entenderá quando chegar lá.

– Chegar lá? – Indagou Henry. – Chegar aonde?

Thomas se manteve em silencio perante a pergunta de Henry enquanto ambos caminhavam quadras fazia 40 minutos. Após esse total de tempo caminhando, Thomas dobra a décima primeira quadra que percorreu à esquerda com Henry já exausto logo atrás. O lugar aonde eles chegaram era um beco sem saída preenchido por um conjunto de muros de tijolos.

– Chega! – Henry bateu ambos os pés no chão com força. – Não vou mover mais um músculo enquanto não me der uma explicação do porque mentiu sobre a minha mãe e do porque me trouxe até aqui com essa roupa.

– Henry... – Thomas se aproximou do garoto e lhe entregou o prêmio do jogo. – Sei que te devo muitas explicações e irei matar todas as suas dúvidas em breve. Mas antes, deve tocar na parede do fim deste beco e fugir com esse saco em mãos.

– O que há neste saco? – Indagou Henry.

– O seu presente de aniversário. – Disse Thomas. - Por favor, peço que tenha paciência e me espere do outro lado daquele muro.

Henry manteve o olhar em Thomas por alguns instantes, tempo suficiente para que seu pai por um movimento ligeiro o apanhasse pelas vestes e o jogasse para o beco atrás de si, saltando na mesma direção logo após, assim, evadindo o golpe que ele avistara antes, atingindo o local anteriormente situado de ambos fração de segundos após seu movimento evasivo.

– Ora, ora. – Uma voz masculina dobrava a esquina enquanto uma gigantesca cauda que fora o instrumento ofensivo do ato anterior se recolhia na diretriz da voz. – Achei a minha caça.

A cauda manifestava uma névoa negra de sua estrutura em um curto raio de alcance, sua estrutura era da mesma coloração da névoa, composta por uma matéria estranha. Sua ponta no momento do impacto onde se mantivera ali por instantes estava no formado de um punho de três dedos e um polegar serrados sobre o solo rachado e ao se recolher lentamente o mesmo punho se reformulava para um formato pontiagudo, como uma lança.

– Apareça. – Thomas sacou sua Rapier e manteve uma guarda de esgrima enquanto subitamente recuava junto de Henry que se encontrava em sua retaguarda.

O homem atendera o pedido de Thomas, revelando ser o homem careca de antes, entretanto, suas vestes estavam mudadas. Usava uma armadura de ébano acompanhada de ombreiras absurdamente largas que iam além da silhueta de seu corpo, peitoral que se expandia frontalmente, manoplas com seus dedos pontiagudos, uma base na cintura que prende uma larga túnica que tampava as largas perneiras e botas, ambos os itens da armadura da cor de ébano.

– Você. – Thomas fechou o semblante mais ainda, aprimorando sua guarda. – Revele-se, Carteniano.

– Chehuz, Legião Obscura, servo do Encarnado. – Revelou-se o homem. – Você é o meu alvo, Bardo.

– E quem és o guardião que tem a ambição de me matar? – Indagou Thomas.

– Almerianis, o Juiz do Pânico. – Disse Chehuz, enviando sua grande cauda pontiaguda rente Thomas. – Vá, “Judge Tail”.

Thomas posicionou a Rapier em vertical, interceptando a cauda que, com grande pressão, empurrava Thomas contra a parede do fim do beco até cessar sua força de avanço.

– Henry, vá! – Gritava Thomas enquanto o empurrava com a mão livre sentido à parede, puxando um ás de espadas do seu baralho que situava-se em um compartimento próximo de seu cinto de couro. – “Carte Espada: Slash”

Após a pronúncia da palavra, seu ás de espadas tomou um brilho intenso onde, logo após, Thomas em um pulo recuava da cauda de Chehuz, embalando o salto retardatário em um giro de 360 graus no próprio eixo, sacudindo a carta em horizontal em meia lua na área que abrangia sua frente contra o opositor, fazendo com que o feixe se propagasse a partir do recipiente, tomando um aspecto cortante, assim, transformando-se em uma larga lâmina que rasgava tudo na trajetória da meia lua, cortando parcialmente os muros laterais do beco que desmoronavam aos pés de Thomas, bloqueando a passagem de Chehuz.

– Henry, toque no muro! - Gritou Thomas. – Temos pouco tempo!

Henry desesperadamente sem entender um movimento sequer daquela batalha mágica que ocorria perante aos seus olhos se virava, assim, tocando a parede com seu palmo destro como ordenado por seu pai. A parede tomava um brilho intenso que se propagava pela mesma até um certo ponto, destruindo toda construção nesse limite propagado, emergindo desta área um grande portal de estrutura rústica.

– Mas o que diabos é isso!? – Henry se assustava com o que fizera, se voltando para seu pai. – O que foi que eu acabei de fazer?

– Sem tempo para explicar, apenas entre! – Thomas gritava com pressa enquanto Henry, sem reação, apenas ficava olhando além dele, com o corpo paralisado pelo Pânico que seria emergia da aura de Chehuz.

– Isso não vai ser o suficiente para me impedir. – Dizia Chehuz enquanto reformulava a estrutura de sua cauda pontiaguda de volta ao grande punho que avançava avassalador contra os escombros dos muros, abrindo passagem dentre eles visando Henry como seu alvo.

– Não irá pegá-lo! – Thomas gingou para o lado, ficando na diretriz da cauda onde a impactava verticalmente com sua espada, aplicando um corte dilacerador que partia a cauda em duas. – Henry, suma logo daqui!

– Eu já lhe disse não irá me impedir. – Dizia Chehuz com um tom de deboche. – “Dual Judge Tail.”

Após dizer tais palavras ambos pares de dedos separados pelo vasto corte ao meio do punho se reformulam em duas pontas paralelas que avançam logo após rente ao Henry que, mesmo longe de Chehuz, ainda se encontrava pressionado pelo pânico de sua aura.

– Não! – Thomas urrou, retrocedendo em saltos logo após onde aplicou um movimento semelhante a um “V” em horizontal, interceptando ambas as frações da cauda, uma por vez, diferenciando-se por frações de segundos apenas ambas as interceptações. – Eu disse para você ir!

Após isso, Thomas se virou para Henry e lhe impulsionou para traz rumo ao portal que engolia o garoto, assim, sendo fechado logo após por um comando de Thomas.

[...]

– O que está acontecendo? – Henry ainda se mantinha paralisado pela aura que não teria sido removida de sua alma por completo.

Enquanto isso, o garoto olhava ao redor e apenas via uma tonalidade de dourado com borrifos esbranquiçados transitando por ele como se ele estivesse vagando pelos mesmos, semelhando-se com as viagens inter dimensionais que ocorria nos seus filmes favoritos.

Minutos se passavam e por fim a consciência de Henry voltava à tona, fazendo com que o mesmo se assuste por estar no espaço que atualmente se situa.

– Ah! Onde estou!? – Henry se mexia loucamente no espaço que transitava com o pressentimento que estivesse caindo, entretanto, ele estava viajando naquele espaço. – O que é aquilo?

Henry apertava sua visão no horizonte do local onde percorria, vendo então um espaço branco como o fim de um túnel que no caso, era o túnel que ele percorria.

Após atravessá-lo, o mesmo cairia de bruços em um gramado de um verde intensamente vivo. Henry se erguia e observava as árvores ao redor de estruturas que ele jamais vira pessoalmente ou nos estudos de Biologia da escola, via também uma paisagem que lhe tornava inválido qualquer conceito de limite da realidade que a natureza poderia oferecer.

– Que lugar é esse? – Henry arregalava os olhos ainda não crendo no que enxergava. O mesmo observava o vasto horizonte verde acompanhado de árvores um enorme lago. Ainda mais na frente, um grande reino se encontrava, tendo grandiosas montanhas por traz do mesmo e um palácio flutuante sobre elas, tomando uma coloração azulada pelo céu de tonalidade azul diferente da tonalidade comum do planeta terra, sendo por último reparado um conjunto planetário que abraçava o lugar onde o mesmo agora estava em uma proximidade de como se os planetas fossem viáveis a ida até os mesmos apenas caminhando. – Será que eu morri?


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Notas finais do capítulo

Quero informar que no próximo fim de semana eu estarei em viagem e não levarei o computador (espairecer um pouquinho), portanto, sem capítulo na próxima semana.
Mas na próxima (semana do dia 10) eu irei compensar a falta do cap da semana do dia 4 com dois capítulos (eba q).



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