Fique Comigo escrita por naanyfaria


Capítulo 10
Coisas boas e ruins


Notas iniciais do capítulo

Geeeente, esse é o último desse mês -caso eu não mude de ideia! O 12º capitulo não está pronto. Por isso, vai demorar um pouco pra eu postar, vou tentar, juro que vou tentar acabar esse mês -março- pra na 2ª ou 3ª semana de abril eu já estar postando o 11º e ele, espero mesmo que me entendam! Beijos, naany'
 
ps. eu gosto de postar um cap' quando eu tenho pelo menos um outro cap' totalmente pronto. eu fico mais segura, já que não consigo deixar meus leitores esperando muito tempo, postando um cap atrás do outro, e as vezes até no mesmo dia!
 



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Quando é seu primeiro dia em uma escola nova você fica toda ansiosa, mas quando é o seu primeiro dia de volta em uma escola que você já conhece a ansiedade não vem a tona. Arrumei minha mochila rapidamente, eu já estava atrasada.

Eu vestia o uniforme da escola, com uma calça jeans escura e meu all star manchado. Meu cabelo estava preso em um rabo de cavalo, eu estava bem para ir pra escola. Peguei minha mochila e desci.

- Bom dia... – eu disse ao ver meu pai encostado na bancada da cozinha.

Ele sorriu.

- Bom dia!

- Pai, já podemos ir¿ - perguntei olhando para o relógio.

- Claro. – Roger tomou o resto do café que estava na xícara que ele segurava. – Nanda, já vamos. Quer carona¿ - ele perguntou alto o bastante pra minha mãe escutar, devido o silêncio que estava em casa nesse horário.

- Não. Podem ir. – Fernanda respondeu ao descer a escada.

- Tchau. – meu pai lhe mandou um beijo.

-Hey, mocinha. – Fernanda me chamou – Ontem, deixei você ir a sorveteria por causa da Donna, mas não pense que se livrou do castigo. – ela disse séria, eu assenti com a cabeça e sai.

Ao chegar à escola percebi que havia mais pessoas do que o comum. Devia ter entrado muito mais alunos novos. Sai do carro e me despedi de Roger. Voltei a olhar a escola; ela era grande - mas não prédio - era pintada de azul com branco. Suas portas e janelas – que eram enormes - eram todas de madeira, ela era até que bonita.

Eu estava no 1º ano do colegial e me sentia super orgulhosa por isso. Respirei fundo e entrei. Fui direto pra sala que sabia que seria minha esse ano.

- Katy! – uma pessoa me gritou, vire-me pra ver quem era.

- Nessa. Bom dia. – sorri. Ela sentou-se na minha frente.

- Então, desculpa pelo acontecido, lá na sorveteria. Eu não queria brigar com a sua prima, mas... Argh. – ela fez uma careta.

- Não, tudo bem Nessa, eu conheço ela. Sei como é. – sorri.

Conversamos um pouco, então percebi que ou eu havia chegado cedo ou o sinal estava atrasado. Meus amigos foram chegando um por um. Carlos, Kimi, Gi, Flavio. Menos Nick e Vinicius que eram do segundo ano, e não do primeiro. A primeira e a segunda aula foram de língua portuguesa, com a professora Heide, que já foi nossa professora ano passado. A terceira aula foi com a professora Vitoria, de inglês. Depois, o sinal para o intervalo tocou e fomos para o pátio.

Kimi e Nessa fofocavam sobre os meninos novos, que na nossa sala só foram dois. Me sentei ao lado de Nick e da Gi, no banco em frente a cantina da escola.

- Amiga. – Gi me chamou – Olha.

- O que¿ - perguntei sem encontrar o que ela olhava.

- Aquele menino. Ele não para de olhar pra você. – ela sorriu.

- Argh. Gi. – a repreendi – Não devia me mandar olhar, além do mais ele nem está olhando pra mim. Sua dã.

- Claro que está. E logo no primeiro dia. Está poderosa! – ela riu - Ele é novo, mas de que sala¿ Será que é da sala do Nick¿ - Gi ficou pensativa.

- Para Gi. Pode parar. – falei séria.

- Ele é bonitinho Kay, olha lá. – ela disse rindo ao tentar virar meu rosto.

- Sua besta. – rimos juntas.

- Ele vem vindo aqui. – Gi sussurrou depois de um minuto mais ou menos.

- O que¿ - perguntei incrédula, virando-me agora para ver se era verdade.

Ele era de uma cor bronzeada, seus cabelos eram mais ou menos compridos e de uma cor negra, seus olhos eram castanhos, bem profundos. E o garoto continuava a vir na minha – nossa na verdade - direção, meu coração acelerou.

- Oi, tudo bem¿ - ele disse ao cumprimentar Nick. – Sou Gustavo.

- E ai. – Nick disse sorrindo – Lembro de você, lá do campeonato de basquete, é o menino novo da minha sala...

Me senti uma estúpida. É lógico que ele não olhava pra mim, nunca ninguém olhava. Eu era feia e estranha, não chamava a atenção de ninguém. Só Roy. Apenas o Roy se sentiu atraído por mim, ou assim eu pensava afinal ele me olhava diferente e também já dissera que me amava. Ri de meus próprios pensamentos.

O sinal tocou e voltamos para sala. Para um primeiro dia as aulas até que passarão rápidas, acho que porque eram mais explicações de horários e das novas regras - que na verdade eram todos os anos as mesmas-.

Fui esperar pelo Roger lá em frente à escola. Kimi e Gi me faziam companhia.

- Ah. Não acredito. – Gi explodiu – Amiga. Outro menino não para de olhar pra você, só que agora ele não é da escola, nem é bonito.

Sorri para Gi e tentei procurar o menino de quem ela falava, discretamente. Olhei em todo meu redor e não encontrei nada, depois Gi me apontou – sem nenhum constrangimento – o menino que me encarava.

Minhas pernas tremeram a ver quem era.

- Kay você está bem¿ - Kimi perguntou achando graça em alguma coisa – Você viu o menino e abriu a boca, vai entrar mosca! – ela gargalhou.

- Felipe... – eu disse em fim, ainda sustentando o olhar frio do menino ruivo, que se encontrava parado na esquina rodeado de vários outros meninos.

- Você conhece¿ - Kimi perguntou agora séria.

- Sim. Quer dizer, não. – desviei o olhar – É o Felipe Marques, do Leopoldina. Vocês não se lembram¿

- Ah. Claro. – Gi falou primeiro – Ele está super diferente.

- Com certeza, nem reconheci o idiota. – Kimi concordou de má vontade.

- Por que ele está me encarando¿ - fiquei pensativa.

- O que amiga¿ - Kimi perguntou.

- Nada. Pensei alto. – sorri.

Eu estava invocada. Por que o Felipe me olhava¿ Não queria pensar negativo, mas no seu olhar não tinha nada de bom, ele me olhava com raiva, ódio. Podia estar até longe e eu ter me confundido, mas era isso que seu olhar me passava; ódio. Roger chegou um tempo depois. Fomos almoçar fora.

Minhas duas semanas seguintes foram se passando assim, na mesmice. De vez em quando eu ligava para minha avó Eliza, só para saber como andava as coisas por lá. Ela não sabia ainda – e meus pais não pretendiam contar por telefone – sobre a minha passada no hospital, Roger dizia que ela era frágil demais para situações assim, e mesmo que não fosse ele só contaria para ela frente a frente. Não sobrava tempo pra diversão, a escola e as tarefas ocupavam muito tempo, afinal daqui a alguns dias chegaria às primeiras provas.

Tudo estava muito chato, pois além de ser sempre a mesma coisa eu ainda não podia ver o Roy, e isso me deixava louca.

- Filha. – Fernanda chamou abrindo a porta do meu quarto.

Me levantei e sorri ao ir para o banheiro. Eu havia acordado cedo demais e estava esperando Fernanda vir me chamar para ter certeza de que era à hora certa para ir tomar banho.

- Katy, hoje é segunda. – ela disse, eu já sabia. – Que aulas você tem¿

- Que¿ - perguntei sem entender ao sair do banheiro. – Por que¿

- Só queria saber... Você tem aula importante hoje¿ - ela insistiu.

- Tenho. Língua portuguesa.

- O.K. – ela sorriu – Pedro esteve aqui.

- Pedro¿ Não acredito! Irmão do Roy¿! – perguntei incrédula.

- É. Isso. Ele veio ontem, quando você se deitou. – Fernanda abaixou a cabeça.

Eu não podia me agüentar de tamanha felicidade, não entendia o porque.

- Roy... Ele esteve aqui também¿ - sorri feito uma criança.

- Não. Está louca¿ - ela revirou os olhos em deboche.

- Mãe. Então, porque Pedro veio aqui¿

- Veio avisar que Roy saiu do hospital no sábado e que está cem por cento melhor.

- Ah. Legal. Quer dizer, que posso vê-lo agora. Não é¿

- Claro. Mas, depois da escola. E você só vai com a tia Claudia, por causa da irmã dele lá. – ela colocou suas condições.

- Obrigada mãe! Muito obrigada! – eu a beijei e depois corri para o banheiro, eu estava atrasada já.

Sai sem tomar café e mesmo assim cheguei atrasada na escola, o sinal já havia tocado. Entrei na sala morrendo de vergonha, afinal a professora teve que parar a aula para eu entrar, isso era constrangedor. Sorri para Gi que quicava na cadeira, tinha certeza que ela teria alguma coisa para me contar. Seu olhar dizia isto.

As aulas passaram muito de vagar, devia ser porque eu queria que fossem rápidas.  No sinal para o intervalo Gi nem esperou a professora falar que estávamos liberados e correu para meu lado.

- Preciso te contar! – ela gritou agitada.

- O.K., o que¿ - perguntei calma.

- Ele quer ficar com você. – Gi dizia cada palavra bem vagarosamente. Depois deu vários saltinhos, segurando o riso.

- Quem¿ - perguntei sem interesse nenhum. Afinal, eu não era o tipo de menina que recebia muitas cantadas ou tinha muitos pretendentes.

- O Gustavo! – ela explodiu.

Não acreditei.

- Que¿ - balancei a cabeça tentando entender direito. – Me deixa ver se entendi: o Gustavo, lindo, do 2º ano, amigo do Nick, quer ficar comigo¿ - ri daquilo tudo. – Não.

- É verdade. – Gi disse chateada. – Não estou inventando. Ele pediu pro Nick falar com você e o Nick achou melhor eu fazer isso, não sei porque.

- Esquece. Não. – eu levantei e sai. Ela veio atrás de mim.

- Ah. Não acredito. – ela berrou tentando me olhar. – Você disse não¿

- É. Você não entendeu¿ - perguntei brincando – Não Gi, não quero.

Eu realmente não tinha interesse nele, mesmo sendo tão bonito.

- Por que não¿ - ela insistiu parando na minha frente e evitando que eu continuasse.

- Porque não Gi. – respondi já nervosa. Não tinha o que ou como explicar.

- Eu sei por quê. – ela gritou – Você é uma idiota!

- O que¿ - perguntei sem acreditar no que ela havia acabado de dizer. Ela falou sério¿

- Bem que Nick me disse mesmo; você é boba demais! Fica aí, pensando que o lindo, porém imperfeito, do Roy Steban vai acordar e querer algo com você depois de você tê-lo posto lá. Sonhar é bom, queridinha.

Minha respiração falhava.

- N-n-nick disse isso¿ - eu gaguejava de tamanha era a minha ira.

- Não exatamente isso, mas nesse propósito. Você é otária demais Katylin! – ela cuspiu suas palavras. Não me controlei e lhe dei uma tapa na cara, depois sai andando. – Você me paga Katylin Gabriele Hendrikus! – ela ameaçou.

Nossa conversa desnecessária e que só me deixou estressada acabou que tomando o tempo todo do meu intervalo, então só pude ir lavar o rosto e tomar uma água para me acalmar. Eu não podia acreditar que Nick dissera tudo aquilo de mim, não podia ser verdade. Meu olho se inundava nas lágrimas que se formaram, só faltavam alguns minutos para acabar a última aula. Respirei fundo tentando não deixar as lágrimas escaparem. Então, o sinal bateu e eu agradeci por não demorar mais, eu não agüentaria.

- Kay, está tudo bem¿ - uma voz doce me perguntou. Era Kimi. – O que houve¿ - ela perguntou mais preocupada ao perceber minhas lágrimas eu acho.

- Nada. Te conto depois, preciso fazer uma coisa agora. – falei e sai rapidamente antes que ela me impedisse.

No corredor as lágrimas já não podiam mais ser retidas e escorriam pelo meu rosto. Nick estava com Flavio e Vinicius. Eu tinha que fazer aquilo.

- Então você me acha uma boba¿ - perguntei parando na frente do Nick, ele me olhava sem entender. – Uma idiota talvez.

- O que está havendo Katy¿ - ele perguntou se aproximando.

- Fique onde está ou farei algo que você não vai gostar. – ameacei. Eu não podia me controlar.

- Espera ai, o que houve¿ - ele insistiu.

- Cala a boca e escute bem Nickey. – pude o ver engolir em seco, talvez em sua cabeça a mesma lembrança que passou na minha tenha vindo à tona; a nossa discussão no hospital, onde eu o havia chamado pela primeira vez de Nickey por estar nervosa e não por brincadeira. – Não sei o que você pensa de mim, nem quero saber mais. Só te peço que tenha respeito por mim como tenho por você e não fique me julgando para os outros, tenha coragem de fazer isso na minha frente. O.K.¿ - lágrimas pulavam sem medo dos meus olhos. Os cochichos aumentaram em nossa volta.

- Katy... Eu não... – ele sorriu sem nenhuma graça – O que eu fiz¿ Não sei do que está falando. Não te julguei em nada.

- Pergunte pra Gi, já que vocês estão tão amigos, a ponto de ficar compartilhando meus segredos! – destaquei a palavra “meus”.

- Não contei seus segredos a ninguém! – ele gritou.

- Não estou surda. Pode falar mais baixo¿ - perguntei ironicamente, seu olhar estava apreensivo. Em nossa volta, várias pessoas assistiam a discussão. – Se eu vou esperar ou deixar de esperar alguém, isso é problema meu! Você não tem nada a ver com isso! – gritei dessa vez, limpei as lágrimas e sai andando. Nick me segurou pelo braço.

- Espera. O que eu fiz¿ Me explica, por favor, não estou entendendo. – ele suplicou.

- Seu idiota! – gritei ao lhe dar um tapa na cara e sair correndo. Meu choro não cessava.

Não podia acreditar que eu fiz o que tinha acabado de fazer, mas, também, não podia acreditar no que ele havia feito. Aquilo era imperdoável, contar meus segredos e até mesmo me zombar a custa deles. Parei de correr quando cheguei ao banheiro da escola, eu precisava lavar meu rosto.

Do lado de fora, na saída, havia poucas pessoas, acho que pelo tempo já passado depois do sinal. Não entendi porque Roger não havia vindo me buscar ainda. Olhei meu celular e uma chamada estava perdida, então verifiquei a mensagem de voz deixada.

“Filha sinto muito, mas sua mãe é quem vai te buscar, papai está muito ocupado. Espero que não fique esperando muito, pois ela disse que vai demorar um pouco, mas não se preocupe, ela vai com certeza. Beijos, do seu pai, Roger.”

Meu dia não podia ficar pior. Agachei-me na árvore que tinha perto do portão da minha escola, e torci para que nem Nick nem ninguém viessem atrás de mim. Eu não estava a fim de conversa.

- Quanto tempo... – alguém sussurrou em meu ouvido ao tapar meus olhos com as mãos.

- Q-quem é¿ - perguntei me levantando e encontrando o olhar que eu menos esperava naquele momento. Senti um calafrio. – R-roy. – gaguejei, sem acreditar que estava o vendo ali, na minha frente.

- Oi Katy. – ele disse sorrindo. Aquele seu sorriso lindo inundando a minha mente de novo.

Roy estava ali, parado, na minha frente. Não conseguia acreditar. Seu rosto estava marcado em algumas regiões, como perto do olho; reparei que em um de seus braços havia uma cicatriz. Na verdade, várias cicatrizes deviam estar espalhadas por todo seu corpo.

- Não acredito... – eu estava chorando.

- Shiii. O que eu fiz¿ Você está chorando¿ Eu é quem não acredito. – Roy riu.

- Você... Estava... – eu tentei completar minha frase, mas Roy não deixou. Ele me abraçou forte, me deixando sem reação, sem palavras, sem emoção. Como era bom senti-lo.

- Não quero lembrar nada disso. Combinado¿ - ele propôs, seu hálito batendo na minha nuca.

- Ah. Roy. É você! Você acordou... – parecia que só agora minha ficha havia caído, talvez por agora poder sentir-lo e ver que não era miragem.

- É. Sou eu. – ele me rodopiou. – Senti muito a sua falta.

- Preciso falar que eu também¿ Uma vez que isso é obvio. – sorri pra ele.

- Precisa. Quero ouvir da sua boca que você sentiu minha falta. – Roy riu baixinho, ainda sem me soltar de seu abraço.

- Eu. Senti. A. Sua. Falta. – falei bem pausadamente. – Muito!

- Eu também. Eu também. – ele repetia rindo, parecia uma criança.

- O que faz aqui¿ - tentei olhar seu rosto, ele me soltou.

- Já comecei a ir pra escola. – eu arregalei os olhos, ele continuou – Fiquei quatro semanas internado, duas delas em observação, não queria continuar internado. Não queria ficar em casa sem te ver. Eu não tinha certeza se te deixariam ir me ver ou vice versa, então resolvi vir pra escola. Único lugar onde eu tinha certeza que eu te encontraria.

- Eu também queria te ver. Não só por saudade, mas por preocupação. E outra coisa, queria pedir desculpa por tudo. – ele me encarava sem expressão – Pedir desculpa por ter colocado você naquilo, pedir desculpa por ter me intrometido nisso...

- Shiii. – Roy colocou seu dedo indicador suavemente em meus lábios, me deixando em uma sensação profunda de djavu. – Chega de falar. – ele sussurrou baixinho, se aproximando mais e deixando seu hálito inundar minhas narinas e seus lábios pousarem no meu delicadamente.

Roy me beijou sem pressa nenhuma. Sua língua explorava minha boca e eu tentava me concentrar para fazer o mesmo. Meus dedos exploram seu rosto, tentando assim, memorizá-lo, enquanto seus dedos pousaram na minha cintura, fazendo nossos corpos se aproximarem mais. Roy parou o beijo, finalizando com um selinho. Eu respirei fundo. Não conseguia acreditar que aquilo tinha mesmo acontecido.

- Obrigado. – sua voz perfeita ecoou no meu ouvido.

- Pelo o que¿ - eu perguntei baixinho.

- Por isso. – ele riu – Eu te amo. Há muito tempo queria fazer isso...

Olhei para ele, suas bochechas estavam vermelhas com a sua confissão. Seus olhos encontraram com o meu. Aqueles olhos profundos dos quais eu tanto senti falta.

- Eu também. – falei, beijando o canto de sua boca e depois a mesma.

Dessa vez o beijo foi rápido. Encaramo-nos por um tempo e depois olhei em volta. Não havia ninguém por perto.

- Matou aula não foi¿ - perguntei.

- Como sabe¿ - ele perguntou surpreso.

- Porque eu escuto o seu sinal uns vinte minutos depois do meu sinal de saída. Então, ou você acabou de sair ou matou os vinte minutos restantes.

- É. Você bagunçou um pouco as coisas, mas, sim, matei os vinte minutinhos. Escutei seu sinal e precisava te ver. Você ainda demorou um pouco... Por que¿ Fiquei te esperando.

- Não quero falar disso agora. É muito chato. – confessei envergonhada.

- O.K., pode me falar outra hora. – ele sorriu. E eu voltei a admirá-lo, ele era tão lindo, seus olhos me prendiam.

Um carro parou em frente ao portão da escola, era o carro da Fernanda.

- Argh. Que droga. É a minha mãe. – eu disse desapontada.

- Sua mãe¿ Ela viu a gente¿ Vai nos matar¿ - ele perguntou apavorado.

- Calma Roy. Ela nem viu, se não teria passado por cima de nós dois! – ri da cara dele. – Já vou, eu te ligo ou a gente se vê amanhã. - me despedi sem vontade.

- Liga. – ele sorriu, e soltou minha mão, que, até então, eu não havia percebido que estava entrelaçada na dele.

Sorri pra ele, não querendo de jeito nenhum deixar de olhar em seus olhos. Era um medo, medo de que ele desaparecesse.

 


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Notas finais do capítulo

Ah, claro, os reviews' por favor, eu adoro ler as opiniões de vocês. Me ajuda muito, beijos, naany ;*



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