You Belong with Me escrita por Érwin


Capítulo 25
Capítulo 25.


Notas iniciais do capítulo

YAAAAAAAAAAAAAY!!!! Olha quem voltou pra matar a curiosidade de vocês!! Gente, capítulo passado bateu recorde de comentários, muito obrigada!!! ♥. A preocupação com a Tris foi incrível de ver, fiquei superfeliz! Enfim, quero pedir desculpas porque ainda não respondi aos comentários anteriores, mas meus estágios a faculdade voltaram! Prometo que quando eu chegar do hospital, respondo todinhos! ♥♥.



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Quando saímos do salão, sinto o vento gelado tocando minha pele e estremeço. Com o calor que estava lá dentro, havia esquecido do quanto estava frio no lado de fora. Match percebe que estou com frio, então se aconchega mais em mim. Caminhamos até chegar à entrada da Universidade, onde a avenida é mais movimentada, facilitando a passagem de algum táxi.

– Você lembra que pedi seu número de telefone? Ainda tenho em minha agenda. - ele diz me olhando quando paramos. Lembro muito bem de ter imaginado que ele logo descartaria o meu número, e isso me surpreende.

–É sério? - pergunto ainda incrédula. - Eu achei que você...

–Não guardaria? - ele diz rindo - eu me interessei em você naquele dia Tris, mas você só tinha olhos para Tobias - ele franze o cenho.

–Mas você nunca me ligou - digo tentando mudar de assunto rapidamente, não quero envolver Tobias.

–É, não liguei porque achei que você me daria um fora - ele ri - mas fico feliz que não deu - diz depositando um beijo em minha boca, e eu sorrio.

–E quanto a Thor? - pergunto acariciando seu rosto - ele parece ser um bom cachorro.

–Oh sim, Thor - seus olhos brilham quando fala o nome do animal. - É sim, tem sido meu companheiro desde que vim pra cá. - ele sorri.

–É mesmo? Achei que fosse aqui de Chicago - sorrio

–Não, Des Moines, Iowa - ele diz acariciando minha bochecha - com muito orgulho!

–E o que te trouxe para cá? - pergunto curiosa sobre sua história.

–Morei aqui em Chicago com meu pai dos doze aos dezessete anos, e então voltamos para Des Moines, mas meus amigos todos estavam aqui, sabe? - aceno positivamente com a cabeça e ele continua - então decidi vir e fazer minha faculdade por aqui.

–E a sua mãe? - pergunto cautelosa, temendo tocar em um assunto delicado.

–Ela e meu pai são separados - ele sorri - morei com ela até os doze, depois decidi que gostaria de morar com o meu pai. Falo com ela às vezes, mas não é como se fôssemos muito próximos. Mas e você? Me conte um pouco sobre sua família

–Bem, moro com meus pais - sorrio - mas digamos que eles não sejam muito presentes em minha vida, principalmente meu pai. - dou de ombros - ele é senador, então está sempre viajando para Washington D.C, e quase sempre minha mãe vai junto. É assustador, mas eu e meu irmão fomos praticamente criados por nossa governanta, Emma.

–E Tobias, onde entra nessa história?

–Tobias é filho do senador Eaton, muito amigo dos meus pais. Na verdade, eles foram colegas de faculdade e nossas mãe também, é como se fossem... - paro para pensar, mas decido não continuar. Antes que eu pudesse terminar, ele me interrompe.

–É como se fossem Will e Christina com você e Tobias.

–Bem, sim... - assinto envergonhada. Muitas vezes pensei nisso. - Mas nós fomos criados praticamente juntos, ele também era frequentemente deixado pelos pais por causa dos compromissos, nós sempre nos demos muito bem, ele sempre foi meu melhor amigo, sabe? Confio nele mais do que em qualquer outra pessoa, mas às vezes as coisas saem fora do controle...

–Entendo - ele diz por fim. - Vocês têm uma história antiga.

–Sim, nós temos. - digo assentindo.

–Ei, veja, um táxi! - ele diz fazendo sinal para que o motorista pare.

– Obrigada pela noite - digo e ele sorri e deposita um beijo calmo e meus lábios

– Espero poder repeti-la. - ele diz já abrindo a porta do carro para mim.

–Mande um alô para Thor - digo acenando, e ele ri, assentindo com a cabeça. Prefiro não falar nada sobre repetir a noite, tenho medo de onde isso poderia me levar, afinal de contas eu gosto de Tobias, e não seria justo começar algo com Match sabendo disso.

–Boa noite - o senhor que está ao volante diz olhando para mim, esperando que eu diga o destino.

–Boa noite, rua St. Étienne. - ele assente e parte com o carro, e ainda tenho tempo de ver Match acenando.

O táxi vai seguindo pelas ruas ainda movimentadas, apesar do horário, e eu me perco em pensamentos olhando para a janela. As luzes dos postes batem nas árvores, que já estão totalmente sem folhas, e o vento que sopra na rua é gelado, imagino que, talvez em menos de um mês a neve comece a cair, e esse pensamento me conforta.

Todos os invernos, eu, Tobias e Caleb fazíamos bonecos de neve, um competindo com o outro para ver qual era o maior e mais bonito. Emm era a juíza, e sempre acabava achando o meu o mais bonito. Depois de perder, Tobias sempre iniciava a guerra com bolas de neve, e eu era sempre o alvo dos dois. Sou tirada de meus devaneios quando o motorista fala comigo.

–Festa na faculdade? - ele pergunta olhando afavelmente pelo retrovisor.

–Oh, sim! - sorrio - na verdade o time ganhou o nacional, então estamos todos felizes! -ele sorri de volta, e vejo as rugas em seus olhos, mostrando uma face cansada.

–Eu lembro da ansiedade pelos jogos, no meu tempo de escola. Jogava de Running back, sabe? - ele diz parecendo extremamente orgulhoso de seus feitos. - Eu ganhei uma bolsa, por causa do time. Iria estudar para ser professor de matemática, eu era realmente bom nisso. Mas então meu filho nasceu e eu precisei trabalhar. Hoje ele é professor - ele diz sorrindo e sua frase me toca. Ele abandonou o sonho dele para que hoje o filho pudesse ter os seus próprios sonhos. Quantos fariam isso?

–Imagino que o senhor seja a inspiração e o orgulho dele - digo sorrindo, e ele assente timidamente.

De repente, quando cruzávamos o semáforo, ouço uma grande freada, e o motorista do táxi se assusta, tentando descobrir de onde vinha o barulho, até que sinto o impacto, rápido e forte demais. Não consigo mais distinguir o que acontece, mas percebo que tudo parece girar ao meu redor. Será que estou tonta? Tento focar meus olhos, mas minha cabeça bate forte, imagino que seja na lateral da porta, e quando vejo, o asfalto parece perto demais do carro, que a essas horas já parou de girar. Só então percebo vidro por todos os lados, e percebo que o carro capotou. Logo penso no motorista e em como ele está, então tento forçar minha cabeça a olhar para frente, mas meu corpo parece pesado demais.

Quando consigo olhar para frente, vejo que ele está falando comigo, mas não consigo ouvir o que ele diz. Sua boca mexe incessantemente, acho que ele deve estar preocupado com alguma coisa, pois aponta para mim. Só então percebo um líquido quente por meu rosto e pescoço. ­­Sangue.

Vejo que algumas pessoas estão ao redor do carro, muitas delas tentando falar comigo, outras conversando apressadamente com o motorista, então esforço-me ao máximo e consigo tirar meu celular do bolso. O entrego para alguém que estava tentando abrir a porta, e quando consigo falar, minha voz sai lenta e pesada.

–Ligue para Tobias - o nome dele é o primeiro que passa em minha cabeça - ou Christina, por favor. -Assim que digo isso, meus olhos se fecham e eu já não consigo ouvir mais nada.

* * * * * * * * *

Acordo em um quarto de hospital, e percebo que minha mãe está sentada em uma poltrona, mexendo em seu tablet. Ela parece perceber minha movimentação e olha para mim, então sorri parecendo um pouco mais relaxada.

–Querida, que bom que você acordou. - ela diz se aproximando de mim.

Mãe– minha voz sai surpreendentemente rouca, talvez porque eu esteja dormindo a várias horas. - O que aconteceu? Como está o motorista do táxi? - pergunto preocupada com aquele simpático senhor.

–Ele está bem, não teve grandes ferimentos - ela diz franzindo o cenho. - seu pai vai cuidar de tudo, minha querida. Os responsáveis pelo acidente serão devidamente punidos e...

–A culpa não foi dele, eu ouvi o outro veículo freando. - digo a interrompendo.

–Certo, certo. - ela diz acariciando meus cabelos. - como você se sente?

–Sinto um pouco de dor de cabeça - digo levando minha mão até ela, e percebo que esta enfaixada.

–É, você cortou a cabeça. - ela franze o cenho rapidamente - eles precisaram suturar, mas está tudo bem agora. - ela sorri. - você vai precisar de um ou dois dias de repouso, mas creio que não poderá ir à faculdade essa semana.

–Que horas são? - pergunto confusa.

–Seis horas.

–Da tarde? - pergunto alarmada. - Quanto tempo eu apaguei?

–Sim querida. Você desmaiou, então quando chegou aqui eles te sedaram e o efeito só acabou agora. Eu e seu pai viemos correndo para cá, estávamos em Washington. Por falar nisso, seus amigos não saíram daqui. Vou sair para que eles possam entrar, certo?

–Tudo bem. - digo me aconchegando na cama.

Assim que minha mãe sai pela porta, ouço ela falando com alguém, e vejo Christina entrando, sua expressão vai relaxando conforme ela vê que estou acordada e bem.

–Céus, Beatrice! - ela diz erguendo as mãos - Você tem noção do susto que deu em todos nós? - assim que ela diz isso, vem e me abraça apertado.

–Sinto muito - digo encolhendo os ombros - não é como se eu tivesse feito isso.

–Eu sei, eu só... Nós estávamos muito preocupados. Por falar nisso, Tobias vai ficar uma fera.

–Por quê? - pergunto curiosa.

–Ele não saiu daqui desde que ficamos sabendo. Seus pais estavam viajando, ele ficou aqui com você até eles chegarem. Você chegou às três e meia ao hospital, e nós conseguimos chegar quase junto com a ambulância que trazia você, e então ele não saiu daqui. Quer dizer, fazem uns cinco minutos, ele foi tomar um banho e comer alguma coisa.

–Ele me viu assim? - pergunto estranhamente envergonhada de meu estado.

–Sim. Tris, você precisava ver o estado que ele ficou quando te viu ensopada de sangue. Ele quase surtou de preocupação. Todos nós, claro. - ela sorri. Levo um tempo para processar todas essas informações, me sinto lenta, e julgo ser por culpa da anestesia. Quer dizer que ele me viu ficando com Match, eu briguei com ele e mesmo assim ele esteve aqui? Meu coração falha e meu peito se enche com um calor estranho. Esse é o Tobias que eu amo.

–Bem, parece que seus planos para amanhã foram frustrados. - digo sorrindo de lado e encolhendo os ombros, mas ela ajeita a pose e empina o nariz.

–Eu sempre dou um jeito, não dou? Não se preocupe. Agora descanse um pouco, você só receberá alta amanhã - ela diz beijando minha testa e voltando para o lado de fora. Assim que minha mãe volta a sentar na poltrona, adormeço novamente, mas dessa vez com sonhos. Sonho que estou ao lado de Tobias, e então me sinto em casa.


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Notas finais do capítulo

É isso, espero muuuito que vocês tenham gostado, esse é mais tranquilinho, mas gente, no próximo capítulo tem MUITA coisa, juro! hahahaha.
SPOILER ALERT: A reconciliação está mais próxima do que nunca! Ebaaa! ♥.
Não esqueçam de comentar, amo ler e responder todos, sério! ♥. E quem quiser recomendar a fic, não me importo, viu? ♥♥♥. Hahahaha. É isso, um beijo pra quem quiser, amo vocês e até logo ♥.