You Belong with Me escrita por Érwin


Capítulo 17
Capítulo 17.


Notas iniciais do capítulo

YAAAAAAAAAAAAAAAAY, sim, eu sei que demorei. Perdão, mas eu faço faculdade e estou fazendo estágio, e gente, não é fácil estagiar no pronto socorro :(. Bem, esse capítulo está bem tenso HAHAHAHA, mas eu espero muito que vocês gostem, escrevi com carinho, afinal estava morrendo de saudades de vocês ♥♥. Ah! e tentem não odiar o Tob, ok? Espero vocês lá embaixo! ♥



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Já faz uma semana desde a ultima vez que falei com Tobias, e embora eu tenha tentado vê-lo novamente, percebo que ele tem me evitado, e isso realmente me machuca e faz com que eu me sinta idiota, pois mesmo depois de ele ter me magoado, eu o perdoei, e não foi esta atitude que eu vi da parte dele.

Christina ainda tenta me animar dizendo que Tobias vai voltar atrás e tentar resolver nossos problemas, mas eu já não acho que isso vá acontecer, e tenho mais certeza toda vez que passo por ele e o vejo virando o rosto.

Contra a minha vontade, levanto da cama e tomo um banho rápido, visto meus jeans escuros, meu all star branco e um casaco preto, já que o frio está chegando. Me olho no espero por alguns segundos e decido não usar maquiagem, pois meu astral não está muito melhor do que minha aparência, então por que não deixar tudo combinando?

Desço as escadas de casa correndo e nem toco no café que estava na mesa, vou até a garagem e pego o carro de Caleb, já que ele deixou para que eu usasse durante seu período fora. Guio o carro em silêncio até o estacionamento da faculdade sem conseguir pensar em muita coisa que faça sentido, pois minha cabeça fervilha tanto que não consigo me concentrar em uma coisa só.

Assim que desço do carro, vejo Tobias do outro lado do estacionamento, parado ao lado de seu carro com uma ruiva, e vasculho minha mente na tentativa de me lembrar o nome dela ou algo em relação à ela, mas eu simplesmente não lembro de tê-la visto antes. Apesar disso, Tobias conversa com ela como se fossem velhos amigos, e ela toca em seu braço enquanto ri, demonstrando certa intimidade com ele.

Sem que eu perceba, acabo os encarando por alguns segundos, talvez minutos, não sei. Tobias paira seu olhar sobre mim e retesa seu corpo instintivamente, o que faz com que a garota que está ao seu lado olhe em minha direção, então vejo que ela diz alguma coisa e ele confirma com a cabeça, então desvia os olhos de mim e volta a conversar com a garota como se não tivesse notado a minha presença. Caminho silenciosamente em direção ao prédio, já que estava aqui teria de assistir a aula.

Minha presença pareceu ser tão insignificante que ele nem mesmo me lançou um mísero sorriso, apenas virou o rosto como se eu fosse apenas mais uma desconhecida que ele olhou por acidente em meio a muitos. O que aconteceu entre nós, nesse momento, parece tão distante que não serviu nem para ele me tratar com o mínimo de simpatia. Quando foi que nos tornamos isso? Eu apenas não sei.

Quando dou por mim, já estou à porta do auditório onde tenho aula, então vejo que Al está sentado no fundo e sorri para mim, decido então sentar ao lado dele, pelo menos distraio minha cabeça ao lado de alguém que não virará o rosto para mim. Lentamente subo os degraus e deposito minhas coisas ao lado dele.

–Bom dia Tris. - ele sorri.

Ahn... Bom dia. - digo franzindo o cenho. Nem tão bom, penso.

–Aconteceu alguma coisa?

–Nada de mais. - digo dando de ombros e tentando sorrir.

–Meu Deus! - ele exclama revirando os olhos. - Seu sorriso saiu terrível, por favor, não tente mentir. Sério. - ele diz dramaticamente, e eu sorrio inevitavelmente com sua péssima atuação.

–Tudo bem, apenas problemas. - digo suspirando.

–Nossa prova é semana que vem, o que acha de estudarmos durante essa semana. Começamos hoje, tudo bem pra você? Assim você pode me contar o que têm acontecido.- Albert me desconcerta com sua preocupação. Eu que o deixei de lado nesses três meses pelo ciúmes bobo de Tobias, e mesmo assim ele tenta saber o que aconteceu e me ajudar.

–Claro, vai ser ótimo. - digo sorrindo ainda constrangida por ele se importar.

–E onde fica melhor para você?

–O que acha da biblioteca?

–Perfeito. - ele diz sorrindo assim que o professor entra na sala de aula.

Penso em Christina e no tanto de coisa que tenho para contar à ela, praticamente consigo ouvir sua voz me dizendo: é besteira, a menina ruiva deve ser apenas uma amiga, afinal "ele te ama". Reviro automaticamente os olhos pensando nessa palavra: amor. Eu realmente não sabia que o amor dele era tão volátil, em uma semana se desfazia.

Forço-me a prestar atenção na aula, não vou mais perder meu tempo pensando nas coisas que eu poderia ter feito ou dito, afinal como Christina disse, o que tiver de ser, vai ser. Ao longo da aula, percebo que em alguns momentos Al me lança alguns olhares, e em um determinado momento, o pego em flagra e ele apenas sorri timidamente, logo olhando para a frente.

–Finalmente! - exclama Al quando o professor diz que estamos dispensados.

–Nem me fale, meu estômago já está se revoltando - digo revirando os olhos, e ele sorri.

–O que acha de almoçarmos e estudarmos? - pergunta ele, já recolhendo seus pertences.

–É claro - digo sorrindo e pegando minha mochila.

–Então, onde você prefere ir?

–Eu gosto da cantina aqui da faculdade, mas se você quiser, podemos ir à outro lugar. - digo dando de ombros.

–Ah, ótima ideia, vamos para a cantina então. - ele diz mudando a direção de seus passos.

Como a cantina ficava dentro do campus, logo chegamos, e quando Albert abre a porta para entrarmos, vejo Tobias no outro lado do recinto. Como ele conversa com alguns amigos e a ruiva, leva algum tempo para notar que estou ali, mas quando o faz, olha para Al e depois para mim, e então franze o cenho e vira o rosto.

Albert parece não ter visto a reação de Tobias, o que eu agradeci mentalmente, pois seria humilhante demais ter de contar toda a história à ele. Nos sentamos em uma mesa bem distante de onde Tobias estava.

Conversamos pouco durante o almoço, eu sinceramente havia perdido a fome ao ver, novamente, a maneira que Tobias está me tratando. Eu preciso achar uma maneira de conversar, tentar resolver as coisas entre nós, nem que seja apenas para voltarmos a ser amigos, o que, a essas horas, nem isso parecemos ser.

Quando estávamos saindo da cantina, dei uma última olhada para Quatro, mas ele parecia ocupado demais conversando ao pé do ouvido com àquela ruiva idiota. Quem é ela? Quando eu finalmente me livro de Cara, aparece mais uma. Saio com tanta raiva que acabo batendo a porta da cantina, e Al me olha assustado.

–Você está bem? - ele pergunta arregalando os olhos.

–Sim, estou... Foi só... o vento. -digo envergonhada.

–Bem, sim, o vento... É que você não parece estar, sabe? - ele diz franzindo a sobrancelha, e eu sou obrigada a rir.

–Tudo bem, vou tentar melhorar minha atuação. - digo abanando o ar.

–Vai fundo! - ele diz dando um soco no ar me incentivando, e acabamos rindo.

A biblioteca do campus era realmente enorme, o prédio era antigo, e incrivelmente preservado, seus detalhes de madeira ainda eram os mesmos esculpidos à mão. Entre as dezenas de estantes, estavam dispostas várias mesas redondas para estudo, e o ambiente estava incrivelmente silencioso. A luz era baixa, dando um ar misterioso ao lugar, mas também nos fazia manter a concentração no que estávamos fazendo.

Escolhemos uma mesa próximo à porta, já que está mais vazio, assim não há problema de atrapalharmos ou sermos atrapalhados. Deixo minhas coisas em cima da mesa e me dirijo até a estante onde uma placa indica estar os livros que iremos precisar.

–Peguei um pra você. - digo apontando pra capa do livro ao me sentar junto de Al.

–Muito eficiente. - ele diz sorrindo. - ei, por onde vamos começar a estudar?

–Bem, se começarmos já será um grande avanço. - digo bocejando. As noites mal dormidas resolveram cobrar o sono justo agora.

–Opa, então é bom começarmos logo antes que eu precise buscar um café pra você. - ele diz já abrindo o livro e os cadernos

–Certo. - digo emburrada.

Passamos cerca de duas horas lendo e respondendo alguns questionários que o professor havia deixado, e à essa altura eu já estava exausta. Al é realmente uma companhia incrível, mas a falta de sono e a leitura cansativa estava realmente me deixando entediada, e Albert pareceu perceber.

–Certo, certo, acho que é hora do café!

–Achei que você nunca iria dizer isso - digo rindo.

–Vou buscar café, só não durma, certo?

–Prometo! - falo sorrindo, e logo me espreguiço para tentar tirar o cansaço.

Al me lança uma piscadela e se encaminha em direção à porta. Se eu não gostasse tanto de Tobias, talvez eu pudesse achar Albert um cara legal. Bem, não que eu não ache, mas é difícil tentar sentir alguma coisa por alguém quando o coração pensa em outra pessoa, mesmo que essa pessoa seja uma idiota e não queira te escutar.

Algum tempo depois Albert chega com dois cafés nas mãos e senta-se ao meu lado novamente.

–Você não imagina o frio que está lá fora! - ele diz friccionando as mãos na tentativa de esquentá-las.

–O quê? Frio?

–Sim, a temperatura caiu bruscamente. - ele diz concordando com a cabeça.

Merda– digo emburrada, eu odeio frio.

–Merda, merda mesmo. - ele revira os olhos. - Espero que você goste de capuccino. - ele diz apontando pro copo que eu já estava levando aos lábios.

–Claro, meu preferido. - sorrio. - obrigada.

–Disponha, madame. Confesso que fiquei tentado a comprar café expresso, porque tenho consciência de que minha companhia é entediante, somando aos estudos é praticamente um chamado ao sono, eu sei. - ele diz fingindo tristeza.

–Não seja bobo. - digo rindo. - Eu só... só estou um pouco cansada. - digo pensando no cansaço mental que tudo isso têm me trazido.

Erhm... Se você quiser conversar sobre isso, estou aqui. Se não, tudo bem. Certo? Eu percebi que você não tem mais conversado com Tobias, o que eu acho estranho, visto que vocês estavam namorando... - ele diz franzindo a sobrancelha.

=Bem... - suspiro pensando em toda a confusão que eu mesma trouxe. Se eu não tivesse aceito aquela proposta maluca, não estaria assim hoje. - Eu meio que namorei com Tobias, e então nós terminamos. - digo dando de ombros.

–Espera, meio que...?

–É, é complicado. - dou uma pausa e tomo um gole de meu capuccino, com a esperança de que o calor aqueça meus pensamentos e clareie tudo por dentro.

–Se você não quiser falar, tudo bem. - ele diz tocando minha mão que repousava sobre a mesa.

–Não, tudo bem. Você é a segunda pessoa que eu conto isso, então nem sei por onde começar... -digo encolhendo os ombros. - Eu namorei com Tobias porque ele precisava entrar na liga, seria apenas uma farsa, sabe? Mas acabou indo longe demais. - franzo o cenho com as memórias que insistiam em cruzar minha mente.

–Mas o que aconteceu? Porque ele age assim com você agora?

–Eu não sei. - suspiro exausta de tentar achar o motivo.- Ele me falou algumas coisas e eu fiquei sem reação, quando fui conversar com ele, ele entendeu tudo errado e agora não quer mais me escutar.

–Você gosta mesmo dele? - ele pergunta suavemente.

–Sim. - respondo sem pestanejar, mas de forma cansada.

–Então ele vai voltar, ele não vai ser idiota de deixar alguém como você fugir, você só precisa ter paciência.- ele sorri levemente, como se quisesse mesmo me fazer acreditar.

–Christina me disse a mesma coisa - sorrio levemente lembrando da ultima conversa que tive com ela sobre isso.

–Viu só? - ele sorri. - É só questão de tempo. E falando nele, acho que nossa cota de estudos já acabou por hoje - ele diz apontando para o relógio antigo que tic-taqueava sem parar na parede à nossa frente.

–Concordo plenamente - falo me espreguiçando na cadeira. - Muito obrigada pela tarde, por ocupar minha cabeça com outras coisas. - sorrio a ele.

–Eu que agradeço, e digo mais, espero repeti-la. - ele sorri.

–Sem dúvidas.

Pegamos nossas coisas e finalmente nos dirigimos à saída da biblioteca, e assim como Al havia dito, estava realmente muito frio. O que diabos aconteceu pra esfriar tanto em tão pouco tempo? Fomos conversando até o estacionamento, e quando chegamos lá, vejo uma ruiva beijando ardentemente alguém muito conhecido, escorada em um carro também conhecido.

–Aquele é...?- Al começa a falar incrédulo quando Tobias para de beijá-la e olha em nossa direção, mas eu o interrompo.

–Sim, aquele é Tobias. - digo sentindo a raiva percorrer meu corpo. - e sabe tudo que eu te disse sobre ele? Pois bem, esqueça.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostou? Espero muito que sim! ♥. Se gostou, não esquece de deixar um comentário, tá? Amo ler e responder cada um, sério! Espero que não tenham me abandonado, agora estou me programando direitinho, sem mais atrasos. Um beijo pra quem quiser, amo vocês e até logo! ♥.