You Belong with Me escrita por Érwin


Capítulo 16
Capítulo 16.


Notas iniciais do capítulo

YAAAAAAAAAAAAYAYAY!! aaaaaa, perdão pela demora! Eu estava com o capítulo pronto há dias, mas a culpa é da operadora, que resolveu me deixar mais de uma semana sem internet >:(, fiquei bem chateada por não conseguir postar, e espero que me perdoem, mas aqui estou eu, e preciso muito agradecer, vocês são incríveis, sempre me presenteando com comentários incríveis, muito obrigada! É isso, não fiquem bravo/as com o Tobias, certo? Vejo vocês lá embaixo! ♥



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P.O.V TOBIAS

Beatrice tentou me ligar algumas vezes durante o final de semana, mas eu já me decidi: Não preciso dela, muito menos da piedade ou a pena que ela possa sentir por mim. O silêncio dela foi esclarecedor aquela noite, mesmo após eu ter me exposto e dito os meus sentimentos como um idiota em sua frente. Não quero ouvir as desculpas que ela possa me dizer, ficou claro que ela nunca sentiu e nem vai sentir nada por mim, mesmo eu tendo me enganado nesses três meses.

Hoje vai ser apenas mais um dia como qualquer outro, só espero não ter de vê-la pela frente. Assim que desço do carro, Will vem em minha direção.

–Qual é cara! - ele diz batendo em minha mão, como um cumprimento.

–E aí. - respondo.

–Ih, mau humor de segunda-feira ou aconteceu alguma coisa a mais? - ele pergunta dando um soco em meu ombro. Rumino por alguns segundos sobre os fatos que aconteceram, mas decido contar apenas algumas coisas.

–Eu e Beatrice terminamos. - digo dando de ombros.

–Isso eu já imaginava, já que sexta-feira foi o jantar da liga. Falando nisso, como foi?

–Foi legal, fui aceito.

–Já entendi, agora conte o que aconteceu.

–Droga Will! - digo revirando os olhos. - Eu falei para Beatrice que gostava dela, e ela simplesmente ficou me olhando com cara de idiota, não me disse nada.

–Ah... - ele diz levando uma mão até a boca, em sinal que estava pensando, mas por fim diz - complicado, velho.

–Sério mesmo, Willian? - digo olhando para ele de mau humor.

–Eu não sei o que te dizer, vai ver ela ficou nervosa, sei lá. Mulheres são complicadas, você mais do que ninguém sabe disso.

–É, deve ser. - digo por fim encerrando o assunto, mesmo sem acreditar que o silêncio dela se deve ao nervosismo.

A aula acabou passando rápido, imagino que seja porque não prestei atenção em nada, mas de qualquer forma, quero apenas ir para casa. Quando o professor avisa que o período acabou, recebo uma mensagem no celular.

–"Reunião da liga em cinco minutos, estejam TODOS presentes." - dizia o texto enviado por Peter. Esse cara consegue ser insuportável até mesmo pelo celular, como isso é possível?

–Você vai para casa? - pergunta Will.

–Não, Peter acabou de avisar que vai ter reunião da liga. - digo dando de ombros e guardando minhas coisas que estavam sobre a minha bancada do auditório.

–Legal, estou pensando em tentar entrar quando abrirem vagas novamente, acabei desistindo no começo, mas acho que é interessante tentar==llf6f5dddt4 . - ele diz.

–É sim, as oportunidades são sempre bem vindas, e é legal para conhecer pessoas novas. - digo rindo.

–É isso aí! - ele diz rindo também.

–Certo, até mais - digo batendo em sua mão, ao que ele corresponde assentindo com a cabeça, então me afasto saindo do auditório.

O centro da liga é um pouco afastado do auditório onde tive aula, então preciso subir alguns andares do prédio, mas instintivamente olho por todos os lados à procura dela. Eu não quero vê-la, mas ao mesmo tempo é a coisa que mais quero, e isso me faz ter raiva, dela e de mim. Qual é o meu problema? Ela não me quer e eu ainda insisto em pensar nisso, mas a culpa é toda minha, eu que quis começar essa história.

Quando dou por conta já estou na porta da sala, que com um adesivo enorme diz:

"LIGA ACADÊMICA DE MEDICINA"

Certo, não tem como ser o lugar errado, o adesivo chamativo deixa bem claro. Entro e vejo que quase todo mundo já estava presente, inclusive Peter, que me lança um aceno de cabeça. Tenho de admitir que ele parece estar querendo fazer amizade, mas ainda tenho um pé atrás com ele.

Haviam alguns sofás dispostos pela sala, que era realmente grande, então resolvi me sentar em um deles até que Peter falasse o que ele tinha para falar e eu pudesse ir para casa, e depois que mais algumas pessoas entram na sala, ele parece satisfeito e começa a falar.

–Certo, agora que todos já estão aqui eu gostaria de apresentar as regras e as atividades que a liga vai promover durante este semestre. - Ele diz apontando para uma televisão que estava na parede e parecia passar alguns pôsteres de congressos, mas eu não estava dando a mínima, até que uma ruiva senta-se ao meu lado.

–Sua cara diz tudo. - ela fala me olhando.

–O quê? - pergunto sem entender.

–Tédio. - ela diz dando de ombros.

–Oh, não, eu estava prestando atenção. - minto, pois não sei quem ela é, não quero correr o risco de Peter voltar a me odiar.

–Não precisa mentir, eu também não estou nem um pouco afim de ouvir essas baboseiras. - ela diz rindo. -Nita, prazer! - ela diz estendendo a mão, e eu aperto.

–Tobias. - digo sorrindo.

–Eu sei, o novo xodó da liga. - ela diz revirando os olhos, mas sorrindo.

Eu? - pergunto rindo abertamente.

–Sim, todas estão apaixonadas. - ela diz revirando os olhos, dando de ombros.

Todas?– pergunto sugestivamente, e pela primeira vez ela parece não ter o que dizer, então apenas ri.

Nita é linda, seu cabelo ruivo ondulado desce em cascata pelos ombros, e seus olhos verdes contrastam com as sardas espalhadas por seu rosto. Seus lábios rosados combinam perfeitamente com o sorriso simétrico que ela trás no rosto. Apesar de tudo isso, minha cabeça insiste em comparar cada traço com o de Beatrice, e eu me esforço para tirá-la da cabeça.

–Eu vi você no jantar. -ela diz quebrando o silêncio.-Estava lindo, pena que tem namorada. - ela diz me olhando fixamente.

–Obrigado. - digo fingindo uma reverência, e ela solta uma risada. - E não, eu não tenho namorada. - digo, e ela arqueia as sobrancelhas, como se estivesse duvidando. - Não mais.- digo por fim, então ela parece satisfeita.

–Não posso dizer que sinto muito. - ela diz dando de ombros.

–Claro - digo rindo. Mas eu sinto. – E você? Garanto que tem namorado.

–Não, nisso estamos iguais. - ela diz lançando uma piscadela.

–Bem, já temos alguma coisa em comum. - digo rindo, e ela me acompanha.

Percebo que Peter não está mais falando, parece estar conversando com alguém no outro lado da sala, então levanto rapidamente, antes que ele encontre mais alguma coisa para dizer e nos prender na sala.

–Bem, já vou indo. - digo à ela.

–Certo, foi um prazer. - ela diz levantando e depositando um beijo em minha bochecha. - Até logo, eu espero. - ela diz sorrindo.

–O prazer foi meu. - digo lhe lançando uma piscadela. - Com certeza, até breve. - digo sorrindo, então saio da sala. Como sei que o percurso de escadas era muito longo, resolvo ir de elevador.

Assim que as portas se abrem, olho para o fim do corredor e vejo que Beatrice está conversando alguma coisa com Christina, que está com uma expressão confusa no rosto e parece gesticular, então dou meia volta e sigo pelo lado contrário ao delas. Eu realmente não estou disposto a encará-la

Tobias, espere! – ouço uma voz delicada e tão conhecida me chamando, e sem responder ao meu comando, meu corpo para com o chamado desta voz. Ela vem correndo até mim e me encara por alguns segundos.

–O que foi? - pergunto, sem tentar ser muito rude, mas não acho que tenha tido muito êxito.

–Bem... - ela começa timidamente - sobre o que você disse aquela noite...

–Tudo bem, não precisa se preocupar, eu já entendi tudo. - digo secamente.

–Mesmo? - ela responde parecendo um pouco menos tensa, mas com o cenho franzido.

–Sim. - digo confuso.- Eu acho que sempre soube disso.

–É... Bem, que bom que você percebeu! - ela diz sorrindo, e aquilo foi como um soco em meu estômago. Ela não só deixou claro que nunca sentiu nada, como também acabou de ficar feliz por eu ter percebido. Aquilo foi demais pra mim e eu explodi.

–Já chega Beatrice, é por isso que eu nunca te disse nada, eu sabia que você faria isso. - digo falando baixo de tanta raiva.

–Como assim? - ela parece confusa.

Como assim? Você ainda se faz de sonsa! -digo exasperado.

–Tobias, eu vim aqui para resolver as coisas, mas você nunca coopera! - ela diz demonstrando irritação.

–Eu digo que te amo e você me ignora e ainda acha que tem razão? -digo falando baixo novamente.

–Eu não... - ela diz, mas para no meio da frase colocando a mão na cabeça, como se estivesse confusa. - Argh! Você não entendeu! - ela bufa fechando os olhos.

–Chega Beatrice, eu estou cansado disso, outro dia nós conversamos. - digo por fim saindo dali.

–Não vai, espera! - ela ainda diz, mas eu não dou ouvidos e saio.

–Não, não hoje. - digo para mim mesmo.

Eu já entendi tudo o que tinha para entender, e não quero nada, nem nenhuma explicação vinda de Beatrice.

P.O.V BEATRICE

–Não, ele não entende, é um idiota! - digo frustrada à Christina.

–Vocês precisam conversar direito, cada um falou sobre uma coisa diferente, um não entendeu o outro! - ela diz colocando a mão delicadamente em meu braço.

Tobias entendeu tudo errado, quando fui conversar com ele ontem após a aula, achei que ele havia entendido que eu também o amo, mas no final das contas foi um grosso e me chamou de sonsa, achando que eu o havia ignorado e não quis me ouvir dizer mais nada.

Tentei ligar mais algumas vezes, mas como sempre ele não me atende, eu já não sei mais como conversar com ele. Quando eu pensei que as coisas iriam se ajeitar, que eu poderia dizer a ele o que sinto, ele entende tudo errado e voltamos novamente à estaca zero. Eu não entendo como isso pode acontecer, e agora estou aqui, aos prantos em minha cama um dia após a briga, ainda sem entender o que aconteceu.

–Chris, ele não quer me atender, ele não me escuta! - respondo chorosa.

–Beatrice, já chega! Você nunca chorou por ninguém, está na hora de levantar, lavar o rosto e deixar rolar. Eu sei que você gosta dele, mas por enquanto as coisas não vão se resolver, ele é um cabeça dura que está cego de raiva por achar que você o rejeitou.

–Mas eu não o rejeitei! - digo exasperada.

Eu sei, mas ele não! -ela diz levantando as mãos.

–O que eu posso fazer? - pergunto, pois eu já não consigo pensar em mais nada para tentar resolver.

–Deixa que o tempo vai fazer o que tiver de ser feito. - ela diz calmamente.

–O tempo? Só pode ser brincadeira, Christina. - digo rindo.

–Não, eu não estou brincando, se ele te ama há tanto tempo, essa raiva vai passar, então você vai poder conversar com ele sem que ele entenda as coisas de maneira errada.

–E se ele não estiver disposto a esperar esse tempo? - pergunto pensando na infinidade de meninas que a essa hora já devem estar correndo atrás dele.

–Se ele não esperar? Então significa que ele não te ama.

–Você tem razão. - digo por fim me dando por vencida. - Eu torço para que ele espere - digo suspirando.

–Você também tem de esperar - diz Christina afagando meus cabelos - dê tempo ao tempo, certo?

–Está bem, tentarei. - digo por fim.


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Notas finais do capítulo

Espero muuuito que tenham gostado e que não tenham ficado de cara com o Tob, mas ele também ficou chateado, né gente? :/. Não esqueçam de comentar, favoritar, recomendar, enfim! Um beijo pra quem quiser, amo vocês! ♥♥.