You Belong with Me escrita por Érwin


Capítulo 15
Capítulo 15.


Notas iniciais do capítulo

YAAAAY! Olha quem está aqui de novo! Como vocês estão? Espero que bem! Pois bem, venho com a parte 2 da festa, com muitas surpresas e revelações, yay! Tenho que confessar que, apesar da fic não ser movida à comentários, fiquei um pouco triste com os poucos que recebi no capítulo anterior :(, mas enfim, espero que vocês gostem! ♥



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Depois que Peter nos deixa a sós, nos encaminhamos para o local indicado por ele, uma mesa circular a alguns metros do palco. A mesa era decorada com uma toalha branca e porta velas, com velas cheirosas. Na mesa ao lado da nossa vejo alguns meninos que parecem conhecer Tobias, então imagino que sejam amigos ou colegas dele, mas ele parece hesitante em ir até eles, então, contra a minha vontade de quebrar o silêncio, digo:

–Tudo bem, pode ir. -digo apontando com a cabeça para eles.

–Você não se importa? - ele pergunta me olhando.

–Não, tudo bem. - digo dando de ombros, ao que ele apenas assente e se dirige ao grupo de amigos.

Sinto uma mão em meu ombro direito, e então vejo que Match senta na cadeira ao meu lado direito.

–Estava esperando seu namorado sair de perto, ele é meio ciumento, não? - ele pergunta sorrindo abertamente.

–É?- falo olhando para ele com uma expressão confusa.

–Bastante. Não gostou de me ver conversando com você no jogo. - ele diz dando de ombros. - E com razão, com alguém como você, não se pode cometer nenhum erro. À propósito, você está linda. - ele diz ao correr seus olhos sobre mim.

–Talvez ele seja um pouco - digo sorrindo. - Mas entendo que ele tenha ciúmes de você - sorrio tímida. Eu disse isso? Caramba!

–Você acha? - ele pergunta levantando uma sobrancelha.

–Michael, percebo que você adora a companhia de minha namorada, estou certo? - diz Tobias ao sentar na cadeira, ao meu lado esquerdo.

–Realmente, aprecio muito sua companhia. - Match diz sorrindo. -Bem, vou indo para minha mesa. Aproveitem a noite. - ele finaliza pegando minha mão que está sobre a mesa e deposita um beijo de leve, se retirando logo após. Ouço Tobias bufando ao meu lado, mas apena ignoro.

–Senhoras e senhores, muitíssimo boa noite e bem vindos ao Septuagésimo baile da Liga Acadêmica de Medicina da Universidade de Chicago. - diz Peter ao microfone que estava no pequeno palco no centro do salão, que dava para todas as direções. - Esta noite iremos celebrar mais um aniversário da liga, e também anunciaremos os novos membros. Pois bem, divirtam-se. - ele termina abrindo os braços em uma semi reverência.

Após o breve discurso de Peter, o jantar é servido e permanecemos em silêncio até terminamos nossa refeição e Match anunciar ao microfone que era a hora da dança, e que todos os casais do salão estavam convidados, então lança uma breve piscadela para mim.

–Se você não quiser dançar, está tudo bem - diz Tobias me olhando. - Além do mais, acredito que Match queira. - ele diz revirando os olhos.

– Você sabe que eu não sei dançar, e respondendo à sua provocação, eu estou aqui como sua namorada, não de Match. - ele parece satisfeito com minha resposta, então sorri.

–Eu te ensino, venha. - ele diz levantando e pegando a minha mão, nos encaminhando para o centro do salão, junto com os outros casais que já dançavam ao som da música calma que estava tocando. Nos aproximamos, então desajeitadamente coloco as mãos em seu pescoço e ele coloca as suas em minha cintura, e assim iniciamos a dança ao som da música.

–Muito obrigada por vir comigo. - Tobias diz por fim.

–Sem problemas - digo dando de ombros.- Eu havia prometido.

–Sim, mas depois do que aconteceu você não precisava ter cumprido. - ele diz, mas agora me olhando nos olhos.

–Precisava sim. Você é meu amigo, não te deixaria na mão.

–Resolveria se eu te pedisse perdão? - ele pergunta com uma expressão ansiosa. Permaneço em silêncio por alguns segundos, pensando na resposta. Adiantaria? Talvez. Nunca vou poder esquecer do que eu vi naquela sala, mas seria um bom começo.

–Talvez, mas não garanto. - digo dando de ombros.

–Certo. - ele diz assentindo. - Você está linda...– ele diz praticamente sussurrando, e sinto que a intenção não era que eu ouvisse, foi praticamente um pensamento alto, mas ouvir aquilo mexeu com algo dentro de mim, e novamente volto a sentir o calor em meu peito.

Acabo me distraindo com a dança e com o cheiro inebriante de seu perfume, e quando vejo, estou com a cabeça apoiada em seu ombro, mas ele não diz nada à respeito. Algum tempo depois a música acaba, então retornamos à nossa mesa, e Peter pede a palavra para anunciar os novos membros da liga.

Como eu já esperava, o nome de Tobias é lido entre a lista dos dez selecionados.

–Apenas dez? - pergunto à ele espantada.

–Pois é, eram trinta. - ele diz dando de ombros.

–Bem, então parabéns. - digo sorrindo. - Agora eu entendo todo o esforço para ser aceito.

–Não estaria aqui sem você. - ele diz sorrindo também, ao que eu viro levemente o rosto. Não quero criar nenhum clima, porque obviamente este clima só existiria em minha cabeça.

Algumas pessoas já estavam indo embora, pois já era tarde, então Tobias resolveu que deveria me levar para casa, e eu agradeci mentalmente, pois além de não conhecer quase ninguém ali, já não suportava mais o clima de silêncio e a apreensão em cada palavra dita entre mim e Tobias.

Como eu já esperava, o caminho até minha casa foi de igual silêncio, assim como boa parte da noite. Quando paramos em frente à minha casa, ele desliga o carro, para a minha surpresa. Afinal, imaginei que ele me largaria ali e sairia de perto de mim o mais rápido possível.

–A noite foi agradável, obrigada. - agradeço já abrindo a porta do carro.

–Sem problemas, eu que agradeço. - ele diz assentindo, então saio do carro.

Dou alguns passos em direção à porta da minha casa quando o ouço me chamando.

–Espere! - giro em meus calcanhares e olho para ele com expressão de curiosidade. O que ele pode querer falar agora?

–O que foi? - pergunto.

–Eu sinto muito.

–Tudo bem... - digo já cansada disso tudo.

–Não. Eu sinto muito por ter esperado tanto para te dizer isso. Não tem um dia sequer que eu não pense em você. Desde sempre Beatrice, eu sempre gostei você, e eu sempre soube disso. Todas as vezes que você me contava sobre algum menino, a única coisa que eu podia fazer era tirar sarro e ficar com uma garota diferente por dia. Primeiro era pra ver se você me notava, se sentia ciúmes assim como eu. Mas depois... Depois eu percebi que você nunca gostaria de mim, pois você me via como melhor amigo, ou como o insensível que ficava com uma por dia, mas eu procurava você em cada garota, mas todas as vezes eu me decepcionava, pois sempre a forte realidade de que eu nunca conseguiria achar alguém como você me atingia. Eu sinto muito, nunca vou ser bom o suficiente para que você me queira, eu sei que você merece alguém muito melhor do que eu, que não te magoe com cada palavra ou atitude. Esses foram os melhores três meses da minha vida, e agora você está livre de mim... Droga Beatrice, eu amo você! - ele diz esfregando as mãos nos cabelos nervosamente.

Então, antes mesmo que eu consiga absorver tudo o que ouvi, ele avança em minha direção colando sua boca na minha. Foi como se um raio perpassasse meu corpo e me deixasse queimando, afinal eu ansava por àquilo desde sempre. Sua boca era macia, mais do que eu me lembrava, e se moldou perfeitamente à minha. Primeiramente ele apenas colou os lábios nos meus, mas logo abriu levemente e sugou meu lábio inferior.

Passei meus braços por seu pescoço, ficando na ponta dos pés, e ele me puxou para si segurando firmemente em minha cintura. Ele passou a língua por meu lábio superior fazendo com que eu abrisse minha boca para que ele me invadisse, sua língua começou a explorar minha boca, ele me puxava ainda mais para si, eu segui seus passos e explorei sua boca também; ela era quente e tinha um gosto adocicado que me inebriava, eu sentia cada pedacinho do meu corpo gostando, ansiando por aquele instante.

Então ele foi diminuindo o ritmo, para que conseguíssemos respirar. Quando nos afastamos, ele olha intensamente para mim, passando o polegar suavemente em meu rosto, parecendo que queria gravar cada detalhe como se fosse a última vez que estivesse tão perto de mim, mas eu simplesmente não consigo dizer nada. Estou em choque pelo que ele disse, quer dizer que ele me ama? Não só isso, ele me ama há anos? E esse beijo? Dessa vez eu pude sim sentir sentimento, pude sentir que ele demonstrou todo esse sentimento em um único beijo.

–Você não vai dizer nada? - ele pergunta segurando meu rosto com as mãos, mas as palavras simplesmente não saem da minha boca. Eu quero dizer à ele que o amo, quero gritar, mas não consigo!

–Eu... - digo gaguejando, sem conseguir emitir uma palavra coerente.

–Bem, certo, tudo bem. - Ele diz por fim suspirando, então solta as mãos do meu rosto e entra em seu carro sem olhar para trás, indo embora.

Não! Ele entendeu errado! Eu preciso fazer alguma coisa, preciso falar com ele e dizer que eu o amo, mas como?


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Notas finais do capítulo

Espero muito que tenham gostado! Não esqueçam de comentar pra eu saber o que vocês estão achando, eu amo ler e responder os reviews ♥. Um beijo pra quem quiser, amo vocês e até logo! ♥.