Who are you? escrita por Diego Wayne, Ponciano


Capítulo 34
The true to be told




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POV Oliver Queen

Depois da nossa discursão Felicity saiu pela porta quase mais rápido do que Barry poderia fazer, eu viro a mesa que eu estava usando de apoio e grito de raiva. Eu coloco meu uniforme novamente e vou para ruas tentar descontar minha raiva em quem merecia.

— Para! Você vai mata-lo. _ Roy em seu uniforme aparece e segura meu braço me impedindo de dar mais um soco em um traficante que cruzou o meu caminho.

— O que está fazendo aqui? _ O modulador de voz me deixava ainda mais ameaçador.

— Aparentemente te impedindo de fazer alguma merda. _ Eu uso uma flecha para ir para um dos telhados e ele vem logo atrás de mim.

— Eu não ia mata-lo, só estava garantindo que ele pensaria muito bem antes de vender drogas para menores novamente. _ Eu dou uma rápida olhada no corpo quase sem vida do traficante no beco, em seguida eu olho para o horizonte.

— Hoje não é seu dia de patrulhar Oliver, o que está fazendo aqui? _ Ele parece cansado quando para ao meu lado no telhado contemplando o horizonte.

— Por que está tão cansado? Hoje era seu dia de folga. _ Eu começo a correr pelos telhados em direção aonde eu deixei minha moto.

— E você deveria estar conversando com a Felicity. _ Ele retribui quando vem atrás de mim.

— Isso não deu muito certo. _ Eu falo entre os dentes.

— Eu e aquele traficante e todos os criminosos que você encontrou hoje podem ver isso. _ Ele me repreende e eu o encaro.

— Então você perdeu no par ou ímpar para ter que vir atrás de mim? _ Eu paro ao lado da minha moto.

— Bom eu tenho certeza que Hal trapaceou de alguma forma, mas eu não estou reclamando de estar o mais longe de Sara o possível. _ Ele estremece ao dizer o nome de Sara.

— E o que você fez para irritar ela dessa vez? _Eu começo a massagear minha têmpora sabendo que quando voltasse ao esconderijo teria que lidar com mais de uma loira irritada.

—  Sara vive irritada, mas o fato de termos deixado as crianças saírem sozinhas, talvez não tenha ajudado muito. _Sem pensar duas vezes eu prenso Roy contra uma parede.

— Como assim vocês deixaram as crianças saírem sozinhas? _Eu estava muito irritado e estava tendo que me conter para me manter um pouco racional.

— Elas aproveitaram um minuto de distração meu e de Hal para fugirem. _ Eu podia ver o medo nos olhos de Roy.

— E onde elas estão? Estão bem? _Eu pergunto meio desesperado.

— Sim, elas só queriam ir até o esconderijo. Merda Oliver, eu ficarei com hematomas. _Ele esbraveja quando eu o solto.

— Agradeça que é apenas isso, você deveria ser mais responsável. _Eu coloco meu capacete e acelero para longe dali.

Quando eu chego ao bunker eu vejo o Superman ajudando Connor na escada de Salmão, Diana está com Sara e Hayle no tatame treinando e a garotinha era boa, do outro lado Damian lutava contra Tommy e Diggle com bastões, Felicity estava na maca conversando com Laurel enquanto tinha um grande copo de milkshake nas mãos e Caitlin parecia estar fazendo alguns exames.

— Ei Connor, está mandando bem, logo estará fazendo isso sozinho. _ Barry que surgiu de sei lá aonde agora está sentado em uma cadeira em frente a escada de salmão com um copo de refrigerante nas mãos.

— Barry, me diz que isso é Coca-cola. _A voz de Felicity é quase uma suplica.

— De maneira nenhuma, eu gostaria de terminar um dos meus lanches sem você roubá-lo. _ Barry se vira de costas para a maca de Felicity.

— Você não deveria ingerir tantas porcarias. _Caitlin reclama.

— Eu não me alimento só de besteiras. _Felicity parece uma criança de 5 anos reclamando.

— Porque eu não deixo. _Caitlin agora está indo tirar uma amostra de sangue de Felicity, mas a agulha quebra em sua pele fazendo a médica soltar um suspiro.

— Sim, mas eu estou com vontade. Barry por favor, só um gole. _Felicity faz sua melhor imitação de olhinhos de cachorro e ela teria conseguido qualquer coisa de mim com aquele olhar, no momento eu estava pensando em sair e buscar uma garrafa inteira só para ela.

— Thea e Bruce já estão chegando com os lanches de todos, e você já tem seu próprio copo. _Aparentemente o olhar não funciona com Barry.

— Mas eu já me cansei do milkshake. _Agora eu tenho quase certeza que Felicity se transformou em uma criança, eu sento na escada para ver melhor a cena.

— Tudo bem, mas apenas um gole. _ Barry parece derrotado quando se levanta para dar o copo a Felicity arrancando risadas de Laurel e uma carranca de Caitlin.

— Você tem de aprender a dizer não a ela, Felicity não deveria ingerir isso com tanta frequência. _Caitlin se apoia na maca ao lado de Felicity.

— Desculpe Caitlin, mas ela fica fazendo essa cara e eu não sei como reagir. _ Felicity fica olhando entre Barry e Caitlin como se tivesse acompanhando uma partida de tênis.

— Pare de fazer chantagem emocional com Barry para conseguir alimentos não saudáveis. E também pare de fazer Sara contrabandear lanches do Big Belly para você. _Felicity parecia ter sido pega de surpresa com a informação sobre Sara, tanto que ela para de beber e olha para Caitlin.

— Eu não estou fazendo nada, não me envolva nisso Elsa. _Sara grita de seu lugar do tatame, mas ela comete um erro ao dar as costas para Hayle que a derruba. – Eu vou me vingar baixinha. _ Pelo tom de Sara dava para saber que ela estava brincando.

— Viu? Sara não me traz fast food quando você não está vendo. _ Caitlin olha para Felicity deixando claro que ela não tinha acreditado em nenhuma das loiras.

— Se não se comportar colocarei Bruce nisso, e você passará a comer apenas salada. _ Caitlin pega o copo descartado de milkshake de Felicity e toma um gole.

— Você não ousaria. _Felicity finge um falso tom de desafio.

— Me teste. _ Caitlin tinha um sorriso provocador.

De repente o alarme do esconderijo dispara e todos entram em alerta, Diggle, Sara, Laurel, Tommy e Damian vão para o arsenal e voltam armados, Caitlin se transformou e os outros heróis colocaram seus uniformes, um círculo se forma envolta de Connor, Hayle, Felicity e um Damian com uma Katana. Os garotos não deveriam estar ali, deveriam estar em um lugar seguro com a maior proteção possível. Eu estava a ponto de me levantar quando Hal aparece com Thea, Bruce e vários pacotes de comida.

— Isso que é um comitê de boas-vindas. _Hal brinca quando vê todos preparados para lutar.

— O que está acontecendo? _ Bruce agora estava usando sua voz de Batman. – E por que o alarme está tocando? _Felicity mais que rapidamente vai até o computador e desativa o alarme.

— Vocês devem de alguma forma ter disparado um dos alarmes quando entraram. _ Felicity explica a situação para os recém-chegados.

— Agradeça ao verdinho, ele queria apostar uma corrida para ver quem chegava aqui primeiro. _ Thea apontou para Hal após colocar as sacolas na mesa.

— Achei que não teria problema pegar um atalho. _Hal coça a nuca envergonhado.

A forma como todos o olhavam parecia que qualquer um deles poderia mata-lo naquele momento.

— Okay, esqueçam isso, vamos comer. _ Barry é o primeiro a atacar os lanches, recebendo um tapa de Sara.

— Então é assim? Vocês vão simplesmente fingir que nada aconteceu? _Eu finalmente explodo saindo do meu esconderijo.

— O que? _ Laurel fez a pergunta que estava estampada no rosto de todos.

— O alarme disparou. _ Eu apontei o obvio.

— Sim e foi só o Lanterna. _ Barry disse com descaso antes de dar uma grande mordida em seu hamburguer.

— Mas e se não fosse, Amanda poderia ter decidido revidar ou a Liga poderia ter nos encontrado. Sem falar das dezenas de inimigos que nós temos. _ Eu poderia passar o resto do dia listando o motivo que ignorar o que tinha acontecido era errado.

— Oliver, acho que está exagerando. _ Diggle usa sua voz calma vindo em minha direção tentando amenizar a situação.

— Eu acho que vocês não estão levando isso a sério. O que as crianças estão fazendo aqui em primeiro lugar? São crianças, aqui é muito perigoso e vocês estão aqui brincando com eles como se fosse um playground. _ Meu tom ácido ecoa pelo esconderijo e ninguém reage por um tempo.

— Não estávamos brincando, estávamos treinando. _Damian grita para mim.

— Você é uma criança, mesmo que você esqueça disso. E com toda certeza não deveria estar nem ao menos perto de uma katana. _ Eu pego a katana que ele havia colocado em um dos estandes quando foi comer e fui a devolver ao arsenal. – E não a motivo para vocês treinarem, porque o nosso trabalho é manter vocês seguros, longe de qualquer mal. _Eu lanço um olhar julgador a todos na sala parando em Felicity. – Em segurança e levando uma vida normal, não aprendendo técnicas de luta e a manusear armas mortais. Agora peguem suas coisas porque vocês estão indo embora daqui. _ Eu cruzo os braços e espero eles se mexerem, mas ninguém saí do lugar, só Damian que se joga em uma cadeira comendo suas batatas fritas. – Eu acho que vocês não me ouviram direito, peguem suas coisas aqui não é o lugar de vocês.

— E quem vai nos tirar daqui, você? _ O menino loiro sai do meio do grupo e fica a frente, me encarando, e eu reconheço o sentimento exposto pelos seus olhos azuis, raiva, e era estranho imaginar que dessa vez ele não está vindo do meu reflexo do espelho.

— Connor, espere. _Hal coloca a mão no ombro do garoto tentando traze-lo para perto dele e longe de mim.

— Não, eu estou cansado de esperar. _ Ele livra seu braço do aperto de Hal. - Vocês o tempo todo falam dele como se ele fosse homem incrível, um herói, mas até agora eu só o vi agindo como um idiota, isso quando o vemos e ele não está se escondendo de nós em algum lugar.

— Eu não estou me escondendo de ninguém._ Minha postura agora é defensiva, uma pequena amostra do meu orgulho.

— Acho que a palavra certa então é fugindo. Fugindo da sua equipe, fugindo de Felicity e fugindo de mim. _Connor abaixa a cabeça e limpa com raiva uma lágrima que cai. - E é verdade somos crianças, mas não somos normais e graças aos treinamentos que recebemos ainda estamos vivos e aqui. Quer dizer, se eu não tivesse treinado com o meu pai como usar minhas habilidades provavelmente teria sido morto com ele e minha mãe ou talvez não conseguisse chegar a salvo até o tio Hal. Damian nunca teria saído vivo de Nanda Parbat se não soubesse lutar, e Hayle e Felicity não estariam aqui se Hayle não tivesse controle sobre seus poderes. Não somos apenas crianças normais e não podemos ficar esperando que vocês nos salvem sempre. _ A fúria em suas palavras me faz recuar alguns passos para trás.

— Eu estava enganado sobre você Connor, você é até legal. _ Damian quebra o silêncio que havia na sala depois do discurso de Connor.

— Quieto Damian._Kara repreende ele em um rápido sussurro, mas que pela falta de barulho foi ouvido por todos.

— O que? Ele só disse a verdade. _ Ele dá de ombros e ela apenas revira os olhos.

— Você vê senhor Queen nós somos uma família, não muito comum é verdade, mas uma coisa que minha mãe me ensinou desde nova é que dna não faz família, amor faz. Então essa é a nossa família, ela tem alienígenas, princesas amazonas, ex-militares, ex-assassinos, cientistas, médicos, metahumanos, bilionários, e todos eles tem o costume de se fantasiar e salvar o mundo nas horas vagas, mas sabe o mais importante nessa família é a confiança. Eu confio minha vida a qualquer um deles, até em Thea, Roy, Laurel e no senhor Diggle que acabei de conhecer, e isso é porque minha mãe confia neles e eu confio na minha mãe, ela sempre tomou as decisões certas mesmo quando elas eram difíceis. _Felicity sorri com lagrimas nos olhos e acaricia o cabelo de Hayle, e eu só queria correr até elas e as abraçar. - Minha mãe confia em você senhor Queen, mas dessa vez eu acho que ela está errada. _ Aquelas palavras entram no meu coração com um punhal, e eu fiquei paralisado vendo Hayle sair sendo logo seguidapor Connor.

— Você é um completa babaca. Eu já te disse isso? Pois bem você é. _ Damian agora está bem na minha frente enfurecido.

— Damian agora não é hora._Bruce diz ao filho.

— Não. Deixe ele, Oliver precisa ouvir algumas verdades. _ Sara olhou para mim como se esperasse que eu contestasse sua afirmação.

— O único motivo por qual aqueles dois desobedeceram a uma ordem de Felicity e vieram até aqui foi porque queriam te ver. O grande Oliver Queen, o grande herói que todos elogiam, mas que na realidade não passa de um covarde egocêntrico que se acha o dono da verdade. Você não tem ideia de nada do que eles passaram, você não sabe nada sobre eles além de seus nomes e que eles compartilham do desprazer de serem seus filhos. Então ao invés de manda-los embora na primeira oportunidade que tem talvez você deveria parar de gritar ordens e começar a ouvir as outras pessoas. _ Aquelas três crianças em menos de 10 minutos causaram mais dor em mim que a maioria dos vilões que eu já tive que enfrentar.

— Eu não acredito que irei dizer isso, mas o pirralho está certo. _ Três jovens aparecem vindo da mesma direção que o Lanterna havia chegado mais cedo.

— Jason, o que estão fazendo aqui? _ Felicity parecia tão confusa quanto eu com os três garotos.

— Gotham está um saco e já que não podemos sair em patrulha achamos que poderíamos fazer uma viagem. _O garoto que Felicity chamou de Jason respondeu como se não fosse nada.

— Foi bom termos vindo, chegamos no momento perfeito. _ Um garoto do mesmo tamanho e com uma estrutura física parecida com a de Roy, mas com os cabelos pretos, veio mancando até mim. – Damian tem razão você é um covarde egocêntrico, que não seria capaz de tomar metade das decisões que Felicity tomou apenas para se manter feliz. _ Antes que eu possa retrucar ele continua. – Ela se manteve longe, mas isso foi o que os manteve vivos até hoje, e não pense por um segundo que você tem o direito de questiona-la sobre isso, Felicity sempre colocou o bem estar de todos acima dos dela, mas acho que você está bem familiarizado com isso Queen, ela já fez isso por você dezenas de vezes. _ Um sarcasmo em seu tom de voz me faz querer soca-lo, mas quando dou um passo à frente de repente Bruce está entre nós.

— Eu não faria isso se fosse você. _ Bruce em sua voz grave e rouca me avisa e enquanto eu avalio qual seria a melhor coisa a fazer vejo o mais baixo e aparentemente mais novo dos garotos sair em direção aonde Hayle e Connor estavam.

— Felicity viu algo em você que eu não sou capaz de enxergar, mas eu confio nela. Só que essa confia não bastará se em algum momento você machucar ela ou as crianças, e isso não é apenas uma ameaça. _ O garoto que agora estava longe do meu alcance continuou a falar.

— Esteja certo disso. _ Jason diz com um olhar mortal para mim.

POV Hayle Smoak

— Esse lugar é até legal, nada em comparação a caverna, mas eu gostei. _ Uma voz

— Tim? O que está fazendo aqui? _Ele estava escorado no batente da porta.

— Gotham é bem chato sem vocês, e Barbara e Helena são piores que o Bruce. Além do mais não é sempre que temos um tempo livre para viajarmos juntos. _ Ele sorri e se senta no chão ao lado de Connor.

— Queriam ter certeza que estava tudo bem? _Eu questiono sabendo que sua primeira resposta estava incompleta.

— Sim, não aguentávamos mais ficar sentados apenas recebendo notícias, achamos que poderíamos ser uteis aqui de alguma forma. _ Ele apenas deu de ombros.

— Bom, você viu como estamos indo. _A amargura na voz de Connor

— O que eu vi foi Damian quase pulando no pescoço do Arqueiro Verde e uma sala cheia de heróis que parecia que deixaria isso acontecer sem nenhum problema. Então ele é tão ruim assim? _Tim parecia um fã excitado para falar sobre o seu ídolo.

— Ele chegou aqui gritando que não deveríamos estar aqui, que não deveríamos treinar, que deveríamos ser. _ A frase de Connor é interrompida no meio.

— Ser crianças normais? _Apesar de ser uma pergunta Tim parecia ter certeza sobre o assunto.

— Bem sim, mas nós não somos normais. _Connor indicou o obvio ao ir correndo até a outra sala e voltar com um copo de refrigerante.

— Garanto que ele sabe disso agora. Lanches? _ Barry distribui os hamburgueres que foram esquecidos pela confusão mais cedo. – Olha Oliver as vezes pode ser um idiota, mas ele é um bom idiota. O eu quero dizer que quando eu conheci ele, ele também agiu como um babaca comigo, eu salvei a vida dele e ao invés de ele me agradecer ele brigou com Felicity por ter revelado a identidade secreta dele para mim, e também teve a vez que eu o pedi para me treinar e ele usou bestas automáticas para atirar em mim pelas costas. _Ele faz uma careta acho que por se lembrar da sensação de ser acertado por uma flecha.

— Você não está sendo de muita ajuda. _Tim o cortou dando um meio sorriso. – Eu assim como vocês não conheço o arqueiro, eu sei suas qualificações, analisei seu padrão de combate, relatórios psicológicos e sei que ele era um péssimo aluno na escola, vocês tem muita sorte de terem puxado a inteligência das mães de vocês, mas nada disso importa porque isso não é quem ele é, não completamente pelo menos. Ele é o homem que viu seu pai se matar depois de quase ter morrido num acidente de barco que sua mãe sabia, viveu em uma ilha sem preparo nenhum em meio a assassinos treinados, assistiu seu melhor amigo morrer sem poder fazer nada e o mesmo aconteceu com sua mãe e com sua irmã, mesmo que Tommy e Thea agora estejam aqui assistir alguém que você se importa morrer é uma das coisas mais difíceis da vida e destrói a maioria das pessoas. _ Ele dá uma pausa e nós o olhamos com expectativa. – Destruiu Bruce, Dick, Jason e quase me destruiu e a maioria de nós só teve que lidar com essa experiência uma vez. Quando todo mundo que você gosta de alguma forma morre você começa a ter medo de ser importa porque você sabe que um dia você não será capaz de lidar e também tem a falsa sensação que eles só estarão a salvo longe de você. Nós só estamos aqui hoje porque tínhamos pessoas em nossas vidas que apesar dos nossos esforços se recusaram a nos deixar. Oliver descobriu a pouco tempo que ele não pode fazer tudo sozinho e por isso as vezes ele ainda tenta. _ Tim começa a se perder em meio as palavras até que minha mãe entra na sala.

— O que Tim está tentando dizer é que ele acabou de descobrir sobre vocês. _Minha mãe se senta e me coloca em seu colo e puxa Connor para um abraço de lado. – Muitas informações para processar e seus músculos tem prioridade sobre seu cérebro. Ele se importa e tenho certeza que ele quer passar o máximo de tempo possível com vocês, porque ele sabe que vocês são maravilhosos e ele já perdeu muito da vida de vocês, só que ele não teve tempo para ficar feliz porque ele está com medo de perder o que ele acabou de ganhar. _ Ela dá um beijo na minha bochecha e bagunça o cabelo de Connor, tentando nos confortar.

Toda aquela situação era complicada, eu entedia o que minha mãe queria dizer, mas eu não sabia sobre ele até pouco tempo também e apesar de saber que estar envolvido conosco o colocaria em risco eu nunca o afastaria, porque eu acredito que juntos nós podemos achar uma forma de resolver tudo, então eu tentaria estar com ele a quantidade de tempo possível para conhecer tudo o que eu puder, porque caso eu o perca pelo menos saberei quem ele é e terei memórias para me lembrar.

Em meio as minhas divagações sobre o compartamento irracional do meu pai eu escuto algo que faz meu coração parar um instante.

— Felicity é uma ótima mãe, parece ser tão natural para ela. _Caitlin sorri vendo a cena na sua frente.

— Ela tem sorte disso porque se dependesse do pai deles eu teria pena dos garotos. _ A voz dela agora muda e sei que isso é uma conversa entre Caitlin e Frost, então quer dizer que eu acidentalmente entrei em sua mente.

— Oliver será um bom pai, ele só está chocado com a notícia._ Caitlin tenta defender meu pai, mas nem ela parece ter completa certeza sobre o que está dizendo.

— Imagina então quando souber que Felicity está gravida, ele surtará de vez._Frost se diverte ao imaginar a reação a revelação desse fato.

Minha mãe está grávida? Como? E por que ela não me contou? Nós nunca guardamos segredos.

— Oi, será que podemos conversar? Eu queria me desculpar pela explosão mais cedo, eu não deveria ter gritado. _ Meus pensamentos são interrompidos pela voz rouca do meu pai, que parece um cão arrependido olhando para nós.

— Não, você não deveria. _ Minha mãe é rápida em concordar com uma feição nada feliz.

— É que o alarme disparou e eu achei que vocês estivessem em perigo. _ Ele se atrapalha com as palavras pelo nervosismo.

— É para isso que alarmes servem, indicar algo. _ Connor debocha.

— Não se preocupe senhor Queen. _ Eu interrompo antes que outra discussão possa começar. – Já estamos indo embora. _ Eu me levanto depressa me afastando da minha mãe.

— Vocês podem ficar e a gente poderia. _ Sua postura ao falar agora parece mais relaxada como se algo tivesse tirado um peso dele.

— Não, nós vamos embora porque como o senhor disse, aqui não é o nosso lugar. _ Eu vou em direção a saída sem olhar para trás.

“ Nós somos uma família, DNA não faz família, amor faz, e uma das maiores provas de amor é confiar em alguém, e eu sempre confiei na minha mãe por que ela não fez o mesmo comigo?”


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Notas finais do capítulo

See you soon...



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