Who are you? escrita por Diego Wayne, Ponciano


Capítulo 26
Connor


Notas iniciais do capítulo

Olá, estou de volta com mais um capítulo escrito para vocês.
Espero que gostem.
Muito obrigado por comentarem e espero que não demore muito para eu conseguir atualizar a história, ela está chegando numa parte bem legal que eu acho que vocês irão gostar. Mas chega de enrolação, aproveitem o capítulo.



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Pov Felicity

Eu não podia acreditar que aquilo estava acontecendo, mas no momento eu precisava de um momento de paz e era até engraçado ver os seres mais poderosos do planeta sentados em uma mesa implicando um com o outro enquanto jantam juntos. Hayle me encarava de tempos em tempos e eu sentia constantemente suas tentativas de entrar na minha mente que eu bloqueava de todas as formas.

Depois do jantar Dick, Jason e Tim tomaram para si a responsabilidade de fazer a ronda da cidade, Bruce estava na caverna com os outros enquanto eu estava com as crianças as preparando para dormir.

— Sabe que já somos grandes, e não precisamos de supervisão para ir dormir. _ Damian diz quando acaba de escovar os dentes.

— Claro, e quais as chances de eu deixar você sozinho para na primeira oportunidade você ir atrás dos garotos e atrás de problemas Damian? _ Eu pergunto enquanto penteio o cabelo de Hayle.

— Eles são lerdos e despreparados, precisam de qualquer ajuda que conseguirem para patrulhar. _Damian estava de braços cruzados com uma expressão de superioridade que não combinava muito com seu pijama do Flash.

— Aposto que sua ajuda seria importante, mas hoje você ficará aqui bem quietinho. _ Eu passo por ele e bagunço seu cabelo e ele vira o rosto fazendo manha.

— Não que ache que o Damian esteja certo, como o Jason diz o inferno congelaria antes, mas realmente não precisamos de ajuda para nos arrumarmos para dormir. _ Connor entra no banheiro e vai escovar os dentes me encarando com curiosidade no caminho.

— Vai nos contar porque está evitando os outros, ou vai continuar me mantendo longe? _ Hayle estava de cara fechada desde de o jantar, por eu não deixar ela entrar na minha mente.

— Não é assim Hayle. _ Eu tento amenizar a situação, mas ela me dá as costas e eu reviro os olhos.

— Nunca tivemos segredos antes, agora você está me mantendo fora a todo custo. _ Hayle sempre teve acesso a minha mente e por isso ela sabia quase tudo sobre mim.

— Não é por mal Hayle, mas eu ainda não sei como reagir aos últimos acontecimentos e preciso entender isso antes de conversar com você ou com qualquer um. _ Depois de Caitlin der dado a noticia e todos terem entendido o que ela queria dizer, o silêncio reinou até eu sair da caverna, todos ainda estavam tentando processar a novidade.

— Tem a ver com o meu pai? _ Eu teria que conversar com Hayle em algum momento sobre ele, mas não seria agora.

— Acho que você fez um tour completo pela minha mente. _ A encarei com um pouco de repreensão. – Em certo modo sim. _ Não queria dar muitas informações as crianças ainda.

— Posso contar ao Connor? _ Hayle tinha um sorriso e seus olhos chegavam a brilhar de expectativa

— O que quer contar ao Connor? _ Tinha diversas respostas para aquela pergunta e Hayle me deu justamente a que eu não esperava.

— Sobre o nosso pai. _ Hayle realmente tinha revirado minha mente e sabia agora de todos os segredos que eu escondia.

— Nosso pai? _ Connor alternava entre mim e Hayle.

— Pera, ela também é filha do Queen? O quão clichê é isso Felicity? _ Damian falava debochado e eu lhe lancei um olhar mortal que o fez dar alguns passos para trás.

— Meu pai é Alan Jordan, e sempre será. _ Connor sabia que não era filho de sangue de Alan, mas isso nunca fez diferença para ele, o garoto guardava um certo ressentimento do pai biológico porque acreditava que este o abandonou, mesmo que Sandra sempre tivesse dito que não foi o que aconteceu.

— Como você sabe disso? _ Tento por um momento evitar a questão principal.

— Minha mãe me contou sobre a incursão de Babel ao mundo e como ela acabou. Uma noite de farra e um filho de um playboy qualquer. _ Damian e seu descaso me irritavam em certos momentos.

 A quantas pessoas Talia teria contado a história de Sandra? Isso poderia colocar um alvo em Oliver se descobrirem que ele é o pai do filho dela e todo o que eu não precisava era que meus inimigos fossem atrás dele.

— Felicity. _ Connor disse meu nome entre os dentes, seus olhos estavam vermelhos e eu sabia o que isso significava.

— Connor preste atenção na minha voz, certo. Preciso que tente se acalmar. _ Ele apoiou na pia que cedeu sobre sua força.

— Mamãe. _ Hayle me chamou com medo quando Damian a puxou para longe de Connor.

— Fique perto de mim pirralha. _ Damian se colocou na frente de Hayle como um escudo protetor.

— Ele está mentindo, não é Felicity? _ Eu não podia mentir para Connor mas também não queria revelar tão cedo sua conexão com Hayle.

— Connor quando se acalmar conversaremos melhor sobre isso. _ Eu falo em um tom de voz baixo e tento me aproximar dele.

— Sobre o que mais mentiu para mim Felicity, o que mais tem escondido? _ Connor esbravejava com raiva e quando me encarou seus olhos se tornaram ainda mais vermelhos e sou atingida pela sua visão de calor. – AHHHHHHHHHHHHHHHHHHH. _ Connor grita de dor e coloca as mãos sobre os olhos.

— Felicity / Mamãe. _ Ouso gritarem.

— Eu estou bem. _ Me levanto acalmando Damian e Hayle, fecho que o lugar onde Connor me atingiu já começou a curar.

Olhei ao redor, um banheiro não era o melhor lugar para lidar com uma criança superpoderosa descontrolada. Damian ainda mantinha Hayle atrás dele e Connor estava no outro extremo ainda tampando os olhos.

— Damian tire Hayle daqui. _ Ele assentiu empurrando Hayle em direção a porta.

— Eu não quero ir, posso ajudar mamãe. _ Hayle se desvencilhou de Damian e criou um campo de força que impediu que Connor os atingisse com sua visão de calor quando este tentou abrir os olhos novamente.

— Está doendo. _ Connor caiu de joelhos agora com as mãos nas orelhas.

O estresse da situação deve ter afetado seu metabolismo e assim ativando seus poderes, Connor nunca tinha demonstrado nenhuma outra habilidade kriptoniana além de superforça.

— SAIAM DAQUI AGORA. _ Gritei e Damian mesmo sendo pouco maior que Hayle a carregou para fora dali sobre protestos.

Pouco antes deles saírem vi que Connor tentava se colocar de pé e quando abriu os olhos para procurar um apoio para se levantar outra vez lançou sem querer sua visão de calor em direção aos garotos, iria acertar Damian em cheio bem no meio das costas, eu me aprecei criando um campo de força antes e quando vi que Connor não conseguia mais controlar e nem se quer fechar olhos, eu via em seu rosto que ele procurava uma forma de sair dali pois tinha medo de machucar alguém, então ele saiu correndo, tão rápido como se fosse o Flash e eu segui meu instinto e fui atrás dele, eu corria mais rápido que um humano comum, mas mesmo assim Connor estava mais rápido que eu. Então eu gritei seu nome que o fez se virar e ele acabou tropeçando e caindo, me apressei em pegá-lo e logo estavam os dois rolando pelo chão.

— Felicity. _ Ele choramingou em meus braços. – Está doendo.

— Mantenha seus olhos fechados Connor. _ Eu olhei ao redor para ver aonde estávamos e agradeci a paranoia de Bruce, ele havia comprado todas propriedades ao redor da mansão num raio de 50 km, sendo assim ainda estávamos longe da civilização.

— Eles falam muito alto. _ Ele tampou as orelhas com força. – Faça eles se calarem. _ Ele gemia como se estivesse com muita dor.

— Connor eu preciso que se concentre em mim, concentre- se na minha voz. _ Ele precisava se acalmar para conseguir se controlar.

— Como pode mentir para mim Felicity? Porque não me contou sobre Oliver e sobre Hayle? _ Ele se afastou de mim e algumas poucas lagrimas escorriam pelo seu rosto.

— Eu não sabia até pouco tempo Connor, e quando eu tive Hayle sua mãe te levou para vê-la, você só tinha dois anos e nos arriscamos muito naquela época. Você e Hayle são especiais e você sabe disso, muita gente está atrás de vocês por isso, então eu e sua mãe achamos melhor deixarmos vocês separados, em segurança. _ Me machucava ver o quanto Connor estava magoado.

— Ela era minha irmã, eu sempre quis um irmão mais novo Felicity. Você sabia disso. _ Seu tom de voz era acusatório.

— Como eu disse eu não sabia que ela era sua irmã Connor, Sandra me contou quem era seu pai, mas como eu apaguei minha memória eu não me lembrava quando me aproximei Oliver. Ela te contou sobre ele não é? _ Eu segurava seu rosto entre minhas mãos quando ele assentiu.

— Não muito, ela me contou porque achou que ele estava morto, mas foi o suficiente para saber que ele não é uma boa pessoa. _ Ele deixou bem claro que não gostava de Oliver.

— Ele mudou, se tornou um homem incrível. Alan o conheceu a alguns meses. _ A menção do nome do pai fez Connor relaxar um pouco.

— Meu pai o conheceu? _ Connor perguntou surpreso e abriu os olhos e fiquei feliz que eles tinham voltado a ser azuis.

— Sim, Star City estava com problemas e o governo enviou ajuda, Alan estava lá e trabalhou lado a lado com Oliver para salvar a cidade. Ele veio falar comigo, mesmo que eu não me lembrasse dele. Quer ver a memória? _ Connor limpou os rostos das lágrimas que restavam e assentiu então eu criei uma conexão mental entre nós para que eu pudesse lhe mostrar.

Eu estava nas ruas esperando Oliver voltar de seu confronto contra HIVE, alguns soldados ajudavam as pessoas que estavam no meio do caos e tinham ficado entre o fogo cruzado. Tínhamos ganhado e agora estavam todos nas ruas apenas para ajudar os civis e a policia a manter a ordem.

— Ele está com os militares no prédio da HIVE. _ Diggle diz ao se aproximar de mim e ver que eu olhava ao redor procurando por algo.

— Quem? _ Me faço de desentendida.

— Até parece que não sabe. _ Ele revira os olhos e sorri em deboche.

— Eu estava apenas olhando para ver se alguém estava precisando de ajuda. _ Tento

— Você deveria ter ficado no bunker. _ Ouso a voz de Roy pelo comunicador

— Eu acho que posso ser de maior ajuda aqui fora. _ Diggle apenas sorri e balança a cabeça e saí para ajudar alguns policiais.

— Acho que você deve ter a mulher que guiou os nossos caças. Capitão Alan Jordan, forças armadas. _ Um cara em uniforme militar me estende a mão.

— Isso me coloca em apuros. _ O homem loiro na minha frente sorriu negando. – Então sou eu mesma. _ Eu retribuo o comprimento. – Como sabia que era eu? _ Pergunto curiosa.

— Quem mais estaria aqui fora, nessa zona de guerra em saltos altos e com um tablet na mão se não soubesse que tudo estava sob controle. _ Eu ia tentar refutar sua avaliação, mas não achei nenhum bom argumento.

— É você provavelmente está certo. _ Ele então ri de mim e começa a falar de outro assunto que eu não sei qual é porque vejo o Arqueiro chegando com alguns oficiais acompanhando alguns caras presos.

— Ele é um bom homem. _ Alan aponta para Oliver. – Agora entendo o que ela viu nele. _ Ele abaixou a cabeça e olhou para o outro lado. – E o que você viu. Connor terá sorte se se parecer com ele quando crescer. Está fazendo um bom trabalho, ele ficará orgulhoso de você, nós estamos. _ Paro um momento tentando entender o significado de suas palavras.

— Espera um momento, eu não te disse o meu nome. _ Quando olho para aonde o homem estava vejo que ele não estava mais ali e em nenhum lugar perto.

— Você está bem? _ Sou distraída da minha procura pela chegada de Oliver.

— Sim, estava no bunker até agora. _ Olho ele de cima a baixo para garantir que nada está faltando.

— Deveria ter continuado lá, aqui é perigoso.  _ Eu reviro os olhos e sorriu feliz por ele estar bem.

— Ele é um herói? _ É o que Connor pergunta quando a lembrança acaba.

— Sim, eu não sei o que eu tenho que sempre sou atraída para eles, mas. _ Paro quando vejo que estou divagando. – Ele é um grande herói. _ Eu sorrio para ele tentando lhe passar segurança.

— Ele sabe sobre Hayle? _ Eu nego. – Ele sabe sobre mim? _ Eu nego mais uma fez e vejo ele abaixar a cabeça. – Obrigado por me ajudar. _ Ele levanta a cabeça e está sorrindo. – E se você acha que Oliver é um bom homem eu acredito em você e espero um dia conhece-lo, mas ele que não ouse fazer mal a você ou a Hayle. Vocês são minha família e eu farei tudo por vocês.

— Desculpa por não te contar sobre Hayle Connor, na época era importante manter os dois afastados. Você era a única coisa que eu mantinha em segredo de Hayle. _ O ajudo a levantar e olho em volta tentando calcular nossa distância da mansão.

— Isso não importa agora. Eu acabei de ganhar uma irmã, não poderia ser um presente melhor. _ Connor tinha um enorme sorriso estampado no rosto.

— Sobre isso. _ Contei a Connor sobre o que tinha acabado de descobrir. – Não pode contar aos garotos. _ Eu meio que implorei, contei a ele porque precisava dizer aquilo em voz alta para aceitar que era real, eu seria mãe novamente.

— Não vou precisar, assim que chegar Hayle vai ler minha mente. _ Ele tinha um sorriso divertido no rosto, ele tinha realmente gostado na notícia.

— Nós temos um acordo de não ler a mente das pessoas sem permissão. _ Eu e Hayle tínhamos feito esse acordo para que ela parasse de envergonhar e colocar os garotos em problemas revelando seus pensamentos, Bruce não tinha gostado muito porque Hayle sempre contava a ele quando os meninos iriam aprontar.

— Acha mesmo que isso será o suficiente para pará-la? _ Ele indaga com um pequeno sorri brincando nos lábios

— Não, mas queria me iludir um pouco e achar que teria um pouco de paz. _ Me rendo a verdade arrancando risadas do garoto. – Nossa você realmente se parece com ele quando ri.

— Obrigado, eu acho. _ Connor abaixa a cabeça envergonhado.

— Bem, amanhã nos iremos começar a treinar. _ Connor me encara com duvida arqueando a sobrancelha. – Não podemos arriscar que isso aconteça novamente. _ Digo apontando para o estado em que estávamos. – E a melhor forma de evitar isso é treinando, e também vou te ensinar alguns truques para não deixar que Hayle torne sua mente seu parque de diversão pessoal, será útil para você. _ Eu olho ao redor para ver se fizemos um estrago muito grande ali.

— Então tudo bem. _ Connor disse enquanto limpava um pouco de terra da roupa. – Então quem irá contar para o senhor Wayne que o banheiro dele está destruído.

— Hey, você quebrou você conta. _ Ele me olhou com uma cara de cachorro que caiu da mudança, a mesma que Oliver me olhava quando queria algo, e assim como Oliver ele conseguiu. – Tudo bem eu conto. _Suspiro exasperada.

— Ei Felicity. _ Olho para Connor que me encara. – Quer apostar uma corrida? _ Ele sorri apontando para direção aonde a mansão ficava.

“ Talvez houvesse um lado bom em tudo isso, eu finalmente estava com a minha família, mesmo que parte dela não estivesse aqui, eu agradeço por poder estar com eles depois de tanto tempo. E agora nada vai me separar deles.”


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Criticas? Sugestões? Achei que seria legal explorar um pouco mais sobre as crianças, o que acham, querem mais capítulos sobre eles? Até a próxima.

That's all Folks.