You Are My Life escrita por Marina Fernandes Meirelles


Capítulo 9
Não era para ser assim


Notas iniciais do capítulo

Desculpa o atraso. Me distrai com o carnaval... Já tinha tempo que não ia solteira pro carnaval e digamos que foi novidade. O capítulo já estava pronto, só não tive tempo de postar. Mas, agora esta aí.
Beijos



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Como de costume Clara foi a primeira a despertar na manhã seguinte, olhou para Marina que parecia estar hibernando. Era a única justificativa que Clara encontrava para o sono pesado da amiga, agora namorada. Ela deu um beijo no ombro dela e deixou a bela adormecida na cama, que nem se moveu quando a namorada levantou.

Ela entrou no banheiro por uns breves momentos e depois seguiu para cozinha, eram dez da manhã, mas o dia estava nublado, o que deixava tudo escuro.

 

Sofia: Bom dia meu linda!

Clara: Bom dia tia! - Deu um beijo na mãe de Marina.

Sofia: Com esse tempo escuro, já até vejo a Marina levantando duas da tarde.

Clara: Pode até ser esse o plano dela, mas não é o meu. Vou fazer levar um café pra gente tomar lá em cima. E tirar a preguiçosa da cama.

Sofia: Acho uma boa ideia. Meu amor, o Diogo falou que conseguiu ingressos para todos verem o jogo do Flamengo. Já até falou com o Ricardo, sua mãe e Gisele. Então, depois que você consegui tirar aquele urso da cama lá em cima, avisa pra ela... Eu vou aproveitar para molhar minha plantas.

Clara: Tudo bem tia, pode deixar que eu dou um jeito na Marina.

 

Clara vou para o quarto levando uma bandeja de café, acompanhada de pão, queijo, presunto, algumas frutas. Ela colocou do lado a cabeceira, olhou para Marina ainda na mesma posição que ela deixou, começou a contar a três nos dedos e se jogou em cima da branquinha.

 

Clara: Acorda meu amor! - Falou bem humorada e dando beijinhos nela. Marina fechou os olhos com força. - Nem começa, já vi que você acordou.

Marina: Amor, ainda esta escuro. - Foi resmungando e despertando lentamente.

Clara: É porque esta nublado lá fora. Anda, eu trouxe café e temos compromisso hoje.

Marina: Desde quando?

Clara: Sogrão conseguiu ingressos para o jogo do Flamengo, quer todo mundo lá.

Marina: Nesse caso, você diz pra ele que eu tomei um sedativo passarei o dia desacoradada.

Clara: Ele já avisou a família toda.

Marina: Acontece que eu não tenho muita paciência pra esportes, especialmente futebol. - Clara segurou a boca dela fazendo um bico e deu um beijo ali.

Clara: Também não sou fã de futebol, mas eu tenho que fazer uma média com sogrão, porque nem um pai gosta de ver alguém pegando a sua filha, aí eu irei no jogo e é claro que torcerei para o time dele. O que significa que você terá que ir.

Marina: Ainda não entendi.

Clara: Amor, estádios são cheios de garotas usando micro shorts, solteiras e não solteiras e todas dando mole.

Marina: Nem ouse Clara Fernandes.

Clara: Então, você vai?

Marina: Vou... e amanhã cedo me matriculo no primeiro curso de kung fu que encontrar, não quero nenhuma galinha dando em cima da minha namorada.

Clara: Atlética como você é, tenho certeza que logo vira faixa preta.

Marina: Sem risos. - Levantou e pegou uma xícara de café.

 

Clara se aproximou dela, sentaram lado a lado enquanto faziam a refeição.

 

Clara: Você acha que devemos contar logo aos nosso pais?

Marina: Acho que não. Quer dizer, começamos namorar ontem, talvez fosse melhor manter apenas entre nós. Pelo menos por um tempinho.

Clara: Já vi que hoje no estádio vou ter que me segurar pra não te beijar.

Marina: Ah, mas você sabe que escondidinho também é bom.

Clara: Eu sei. - Mas uma vez ela pegou no rosto de Marina fazendo um biquinho e beijando.

 

 

 

 

 

 

MESMO DIA, ESTÁDIO DE FUTEBOL.

 

Diogo tinha conseguido convites para o camarote. Todos da família Meirelles e Fernandes estavam por lá. Filipe estava amando aquilo tudo.

 

Filipe: Diogão, isso aqui é um sonho. E o jogo de hoje promete.

Ricardo: Flamengo contra Fluminense é sempre emocionante, um clássico.

 

Marina revira os olhos para toda conversa deles.

 

Clara: Me diz vai, o que eu tenho que fazer para você ficar mais animada.

Marina: Me tirar daqui? Vamos Clarinha, eu não tenho nada a ver com esse lugar.

Clara: Ânimo. - Levantou o celular batendo uma foto, ela saiu sorridente e Marina com a cara emburrada.

Marina: Não foram esses meus planos para nosso primeiro dia de namoro.

Clara: Também não eram os meus.

Marina: Chuvendo assim, era melhor ficar em casa, agarradinhas...

Clara: A gente ainda pode fazer isso mais tarde. Agora deixa eu tirar uma foto com sogrão. - Ela se afastou e foi atrás de Diogo que estava amando a presença de todos no jogo do seu time.

 

Os homens pareciam bem animados com o passeio, Chica e Sofia assistiam ao jogo sem entender nada. Gisele tentava aprender algo com o pai, Marina ficou concentrada nos joguinhos do celular e Clara se dividia entre a namorada, o jogo e toda família. Com o final da partida, a vitória do Flamengo e aproveitando que a chuva tinha diminuído, todos foram para o shopping, a praça de alimentação não estava tão cheia, muitos decidiram ficar em casa com a chuva, eles sentaram pediram os lanches, o humor de Marina foi melhorando. Mas, o de Clara não ficou nada bom quando viu Cadu se aproximando.

 

Cadu: Marina! - Ele foi todo sorridente falar com ela. - Então, você torce para o Mengão? - Notou que ela usava uma camisa baby look com gola polo preta e o escuto do time.

Marina: Isso aqui – Apontou para a camisa. - É uma tentativa frustrada do meu pai me fazer gostar de futebol.

Diogo: Tudo bem rapaz? - O homem falou para ele.

Cadu: Oi senhor Meirelles. - Estendeu a mão e cumprimentou ele.

Diogo: Assistiu ao jogo?

Cadu: Não perco um jogo.

Diogo: Então da próxima vez que formos ao estádio, você vai com a gente. - Clara revirou os olhos ao ouvir aquilo.

Cadu: Será uma honra senhor.

Diogo: Pode chamar Diogo, senta aí com a gente? Você esta ocupado.

Cadu: Nada. Estava em casa sozinho, meus pais viajaram, aí deu uma preguiça de cozinhar, resolvi comer aqui no shopping. Tou só esperando o lanche sair. - Mostrou a notinha pra ele e puxou uma cadeira colocando do lado de Marina, Clara estava do outro lado.

Clara: Decorou as falas Carlos Eduardo? - Perguntou séria.

Cadu: Decorando comandante.

Clara: Espero que tudo esteja na ponta da língua até o próximo ensaio, se não tiver, não precisa nem aparecer.

Helena: Pelo visto a Clarinha é uma diretora linha dura.

Cadu: Se ela fosse linha dura, seria fácil.

Chica: Você faz que personagem na peça?

Cadu: Paul Varjak.

Sofia: Fred! - Chamou o rapaz pelo nome que Holly chamava o escrito.

Helena: Marina, você não disse que par romântico com um rapaz tão bonito. Vocês estão se dando bem em cena?

Cadu: Si...

Clara: Não. - Cortou a fala dele. - O Carlos não decorou as falas ainda, o que só atrapalha a Marina.

Chica: Clara, decorar falas não é fácil, paciência com o rapaz.

Clara: Mamãe, arte é para quem tem paixão, amor e compromentimento com ela. E não para ser usada de forma irresponsável ou leviana, pode até parecer uma brincadeira. Mas é uma brincadeira que deve ser feita com dedicação e entrega. Até hoje eu não vi no Carlos a dedicação necessária que a arte merece. - Olhou para tela onde ficava eram mostradas as senhas. - Nosso pedido ficou pronto Ma. - Ela levantaram e foram buscar o lanche. Enquantos as perguntas choviam em Cadu.

 

 

MAIS TARDE

 

Clara estava deitada na cama, quando Marina entrou no quarto, ela já estava de pijama.

 

Marina: Você acordou toda animada, agora esta aí, com essa cara emburrada.

Clara: Acho que os nosso planos foram arruinados para os dois lados. Primeiro, você não estavam bem no jogo, depois quando achei que tudo ficaria normal, chega o Cadu. E o pior, todos morreram de amores por ele.

Marina: Eu não.

Clara: Aposto que agora todos acham que ele é o cara perfeito para você... sobrei.

Marina: Que sobrou o que? É você que eu amo. - Segurou o rosto dela. - E daí que ele pensem que ele é perfeito para mim? Ele não é. Só você, minha morena ciumenta. Só tenho olhos para você. A minha vida toda eu só tive olhos para você... Foi a senhorita que demorou para me notar. - Ela sentou no colo de Clara, de frente para ela.

Clara: Você trancou a porta?

Marina: Sim.

Clara: Não é como eu nunca tivesse notado você. Eu notava, mas eu acha errado notar, porque você era, ou melhor, você é minha melhor amiga.

Marina: Eu acho que o quesito melhor amiga só ajuda mais ainda. - Colocou os braços envolta do pescoço dela. - Minha melhor amiga, meu amor. - Passou a mão suavemente pelo rosto dela e se beijaram de forma apaixonamente.

Clara: Mas, esse foi o pior primeiro dia de namoro de todos. - Clara colocou o rosto na curva do pescoço de Marina.

Marina: Baby, o dia ainda não acabou. A gente ainda pode aproveitar o restinho. - Clara levantou o rosto.

Clara: Nesse caso, não vamos perder mais nenhum segundo.

 

Ela virou Marina caindo por cima dela na cama e namoraram até adormecerem.

 

 


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