You Are My Life escrita por Marina Fernandes Meirelles


Capítulo 8
Não vamos perder tempo


Notas iniciais do capítulo

Dessa vez voltei mais cedo não foi?
Vou aqui tentando não demorar muito.
Beijos;



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Marina sentiu os lábios quentes de Clara no seus, as mãos da amiga na sua cintura, foi como se os segundos durassem séculos, ela paralisou no primeiro momento, para no próximo segundo, deixar as mãos subirem pelo ombro de Clara, até ter os braços envolta do pescoço da amiga, abrindo um pouco a boca, deixando a língua de Clara entrar, ao sentir as línguas entrarem em contato a branquinha soltou um leve gemido, em resposta a amiga colou ainda mais os corpos das duas, enlaçou a  cintura de Marina com tudo, em um abraço apertado. A atriz deixou Clara ditar o ritmo do beijo, seu corpo bateu no piano, ela se agarrou ainda mais na outra e sentiu Clara puxando ela para cima, sentou no piano e deixou a morena se encaixar no meio das duas pernas. As mãos delas acariciavam as costas da branquinha, apertava um pouco a cintura, descia mais fazendo uns carinhos pela coxa. Os beijos vinham, um atrás do outro, o ensaio foi esquecido. Até que o celular de Clara tocou, elas se afastaram ofegantes, com os lábios inchados.  

Marina: Que feio diretora, deixando o celular ligado durante os ensaios. 

Clara: Acredite, a partir de hoje ele ficará sempre no silencioso. - Ela colocou o aparelho no ouvido, enquanto Marina recolhia o papel pelo chão. - Ei Ma, era a Gi. O Ricardo esta esperando a gente fora do colégio. - Avisou e foram recolhendo suas coisas e indo em direção ao portão. Porém, antes de saírem do auditório, Clara puxou Marina e deu um selinho nela. 

Gisele: E aí meninas? Como foi o ensaio? 

Clara: Foi muito proveitoso Gi. - Ela seguro na mão de Marina, iam no banco traseiro do caro e foram trocando discretos carinhos. 

 

 

 

Após o almoço, que foi a casa de Marina, com as duas famílias reunidas, Clara voltou para casa, se jogou na cama pesando em tudo o que aconteceu, pegou o celular e mandou uma mensagem para Vanessa: 

"Algo aconteceu, preciso de sua ajuda. Beijos - C" 

Ficou revirando na cama, até Vanessa chamar no skype. 

Van: Oi Clarinha.  

Clara: E aí Van? 

Van: Tudo bem, mas me fala, o que aconteceu? 

Clara: Eu beijei a Marina. 

Van: Finalmente, hein? Demorou para acontecer. 

Clara: Ah, Van... eu nem sei o que fazer. 

Van: Como não sabe Clara? Você e a Marina são loucas uma pela outra. Pelo menos você eu tenho certeza que é louca por ela. 

Clara: Esta tudo confuso na minha cabeça. Eu quis muito esse beijo e não sei como me controlei por tanto tempo, mas eu tenho medo... A Marina sempre sonhou com o primeiro beijo e eu tenho medo de que ela me rejeite. 

Van: Acha que existe essa possibilidade. 

Clara: Ela sempre disse que queria o primeiro beijo com alguém que amasse. 

Van: Clarinha isso esta cada vez mais difícil hoje... se bem que vocês se amam. 

Clara: Como amigas isso é certeza.... Mas... 

Van: Eu já falei, o jeito como você fala dela, fica aí com uma cara toda boba, ... pra mim... você ama isso. Pode até esta confusa, mas de garanto que mais cedo ou mais tarde você vai se tocar do que sente. De preferência mais cedo, que é pra gata não fugir. 

Clara: Não vou negar que ela me atrai... mas e seu estou confundindo tudo aqui dentro, amizade com paixão. Eu não perder o que já existe entra a gente, que é nossa amizade. 

Van: De uma coisa eu sei, se você não arriscar não vai saber nunca... me diz, qual a sua vontade nesse momento? 

Clara: Pular a varanda dela e tomá-la nos meus braços. 

Van: Então vai. - Clara passou a mão nos cabelos ainda confusa. - Oh, eu vou sair, vou encontrar uns amigos, mas não perde tempo não... e depois me conta tudo. 

Clara: Tá bom Van. Obrigada.  

Assim que a ruiva saiu, Clara se afastou um pouco do laptop. Levantou rápido da cama e foi até a varanda e viu algo que não gostou. Cadu chegando em uma moto, dessas que apenas acelera e freia. Ele estava na porta de Marina. 

Marina: Cadu? O que veio fazer aqui? - Foi saindo na varanda. 

Cadu: É que eu comecei a decorar o texto após o almoço e achei que talvez fosse melhor fazer isso com você. Será que pode me ajudar? 

Marina: Por que não vai na Clara? Ela é a diretora e já falou que se o elenco precisar de ajudar, é só falar. 

Cadu: A Clara não gosta de mim. E nem eu sou fã dela. Achei que talvez você pudesse me ajudar mais. 

Marina: Esta bem então. 

Cadu: E a gente vai ensaiar onde? No seu quarto? - Foi perguntando animado. 

Marina: De jeito nenhum. Vou pegar meu roteiro, você me espera na mesa perto da piscina. - Saiu e o rapaz foi andando até uma das mesas.  

Quando Marina retornou com o texto, viu Clara atravessando o murinho entre as duas casa como uma bala. 

Clara: Ta fazendo o que aqui Carlos Eduardo? 

Cadu: Boa tarde pra você também. 

Clara: Que seja. Não vai responder? 

Marina: Ele veio pedir ajuda pra decorar o texto. - Foi sentando na mesa. 

Clara: E procurou a Marina? Até onde sei, eu sou a diretora... 

Cadu: A Marina é mais gentil. 

Clara: Eu não tem obrigação de ser gentil. Meu compromisso é fazer o melhor no meu trabalho. 

Cadu: Olha, Clara eu estou me esforçando viu? Mas, você não reconhece, já elogiou vários, menos eu. 

Clara: Não vejo esforço e não saiu dando elogio de graça, se você quer um de graça, sugiro que peça a sua família. 

Marina: Clarinha, eu vou tentar ajudar o Cadu, qualquer coisa eu te chamo esta. - Cortou a discussão que estava no começo. 

Clara: Estarei no meu quarto, a porta da varando vai ficar aberta, qualquer coisa você grita.  

Saiu deixando os dois passando texto. A morena foi para o quarto e se jogou na cama, ligou a TV, mas acabou adormecendo. Marina ajudou Cadu no que pôde, mas sempre mantendo distância do rapaz e não permitindo nenhuma aproximação. Quando Clara despertou, o dia já estava escurecendo, ela desceu para comer alguma coisa e Chica avisou que sairia com Ricardo e os pais de Marina para a festa de aniversário de um amigo deles, perguntou se a menina queria ir e ela negou. Na outra casa, assim que Diogo ficou pronto, foi procurar a filha, que disse aos pais que também não iria e pegou o celular para falar com Clara. 

"Quer pizza? Vou pedir uma para gente, vem logo para cá. - M" 

"Acabei de comer um sanduiche, mas não recuso pizza. Só vou tomar um banho e vou. - C" 

"Você tem roupas aqui, vem logo, aqui você toma banho. - M" 

"Ok, apressada, já chego aí. - C" 

Ela apenas subiu para fechar o quarto e logo depois pulou a varanda, passando pelo murinho, viu Marina na varanda do quarto, com a atenção no celular, Clara sorriu e foi se aproximando. 

Clara: Que luz surge lá no alto, na janela? - Fala alto, chamando a atenção de Marina. - Ali é o leste, e Julieta é o sol. - Clara lembrou da noite em que Marina a chamou de Romeu e resolveu que a melhor forma de se declarar, talvez fosse pegando emprestadas as palavras do grande dramaturgo Shakespeare, as mesma palavras ditas por Romeu numa das mais famosas cenas da dramaturgia. -Levante, sol, faça morrer a lua ciumenta, que já sofre e empalidece. Porque você, sua serva, é mais formosa. Não a sirva, pois que assim ela a inveja! Suas vestais têm trajes doentios. Que só tolas envergam; tire-os fora. É a minha dama, oh, é o meu amor! 

Marina: Ai de mim. - Fala suspirando e coloca o braço apoiando a cabeça a na varanda. 

Clara: Fale! Fale, anjo, outra vez, pois você brilha. - Foi subindo a varanda dela. - Na glória desta noite, sobre a terra. Como o celeste mensageiro alado. Sobre os olhos mortais que, deslumbrados, se voltam para o alto, para olhá-lo, quando ele chega, cavalgando as nuvens. E vaga sobre o seio desse espaço.   

Ela já tinha atingido o mesmo patamar de Marina, agora estava em frente a branca pelo lado de fora da grade, uma mão se manteve segurando a grade, a outra levou a cintura de Marina e a beijou. A branquinha abraçou Clara de forma protetora e o beijo só quebrou quando o ar faltou. 

Marina: É o melhor Romeu de todos. - Disse com a testa ainda colocada na de Clara. - Mas deveria saber que ficar desse lado da grade é perigoso. 

Clara sorriu e finalmente foi para o mesmo lado da amiga, juntando mais uma vez os lábios delas e entraram no quarto aos beijos. Foram indo em direção a cama e a morena foi deitando por cima da branquinha. Os beijos eram exigentes, os suspiros provocativos, as mãos ousadas, tudo era como uma brincadeira sensual e ali ficaram, as paravam por conta do ar e Clara aproveitava para beijar o pescoço da amiga com muito desejo, voltavam aos beijos cheios de paixão, não conseguiam parar, até que a campainha tocou, elas se afastaram e Marina foi receber a pizza, levando para o quarto onde a amiga estava. Sentaram pelo chão mesmo, Marina serviu o refrigerante e as elas comiam a pizza com a mão mesmo: 

Marina: Acho que precisamos conversar. - Falou calma, com um pouco de receio. 

Clara: Eu sei. - Bebeu um pouco do refrigerante. 

Marina: Eu te amo! - Falou de uma vez e Clara olhou um pouco espantada. - É tão bom poder falar isso em voz alta. Eu te amo!... E não estou falando em relação a nossa amizade. Você é minha melhor amiga, crescemos juntas, mas... meus sentimentos vão além disso. Eu sou apaixonada por você e isso esta guardado aqui - colocou a mão no peito - há tempos. Eu nunca soube como dizer e tive medo de você se afastar. E hoje, quando você me beijou... foi como um sonho se realizando. - Ela estava falando rápido e até um pouco atrapalhada. - Eu te amo! 

Clara ficou um pouco parada, viu olhar de emoção e medo de Marina, deu um sorriso e colocou as mãos no rosto da amiga e a beijou, calma, cheia de carinho e paixão. 

Clara: Eu te amo também! Não vou mentir e dizer que não tem medo, porque eu tenho, não quero colocar nossa amizade a perder, mas eu não consigo ser apenas sua amiga. Não mais... Ma, você me atrai e muito, mas eu sei que o que eu sinto é muito mais que isso. Eu quero cuidar de você, te proteger, te fazer feliz e não consigo imaginar minha vida sem você. Talvez eu até tenha demorado para perceber, mas eu sei... você é o meu amor. E eu te amo! 

Ela beijou Marina de novo, até sentirem o ar faltar e terminarem o beijo com vários selinhos. 

Clara: Ma, será que é muito cedo para eu te pedir em namoro? 

Marina: Bom... eu já espero esse pedido há bastante tempo... 

Clara: É mesmo, né? Nossa... Então não vamos perder tempo. Quer namorar comigo? 

Marina: O que você acha? É claro que eu aceito. 

Clara sorriu de orelha a orelha e beijou Marina e rolaram pelo chão do quarto.


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Notas finais do capítulo

foto da Bruna: https://twitter.com/MarinaArtista/status/689196804630511616



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