You Are My Life escrita por Marina Fernandes Meirelles


Capítulo 10
Primeiros Passos




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Marina: Mamãe? - Ela foi entrando no quarto da mulher e deitou na cama. 

Sofia: Que foi meu amor? - Recebeu um carinho no rosto. 

Tinha se passado um mês desde que ela e Clara tinha começado a namorar. Ela e Clara tinham tomado a decisão de que contariam aos pais sobre elas. Diogo saiu do banheiro e sorriu ao ver suas duas mulheres abraçadas. 

Diogo: Eu queria poder congelar essa imagem. As mulheres da minha vida juntinhas. 

Marina: Papai, eu quero muito falar com vocês. 

Diogo: O que quiser minha princesa. 

Marina: Olha, eu não sei como começar esse assunto. Vou ser direta. Estou namorando. - O silêncio no minuto seguinte foi profundo. 

Diogo: Eu penso nesse dia desde que você nasceu, tento me preparar para ele, mas não posso evitar, eu com ciúmes. 

Marina: Papai... 

Diogo: Você é minha garotinha. - Ele alisou os cabelos dela. - Mas, eu quero que seja feliz.  

Marina: Obrigada papai. - Ela abraçou ele e recebeu um beijo. Logo depois foi a vez da mãe. 

Sofia: Com a filha linda que eu tenho, eu diria até que isso demorou para acontecer... Então, quando vamos conhecer esse sortudo? 

Diogo: Até porque eu tenho que ter uma séria conversa com o rapaz. Saber quais as intenções dele com a minha bebê. 

Marina: Sobre isso... estou namorando alguém que vocês conhecem e gostam muito. Mas...- Ela parou um pouco. 

Sofia: A Clara. - A branquinha olhou assustada para Marina. - Olha Marina, eu sou sua mãe. Eu até onde eu sei, vocês duas estão namorando antes mesmo de saberem que estavam namorando e resolverem começar a namorar. 

Marina: Mas, você acabou de dizer que queria conhecer o sortudo. 

Sofia: Eu sei. Mas, eu sempre soube que não era. Acho que estava só tentando brincar. 

Diogo: É a Clara?  

Marina: É sim. 

Diogo: Bom... da Clara eu não posso puxar a orelha. Mas, ainda quero saber quais as intenções dela com você. 

Marina: Vocês não parecem surpresos. 

Diogo: Meu amor, eu não vejo problemas em você namorar uma menina. Especialmente a Clara que é como minha filha, bem... agora acho que ela é oficialmente minha filha. Mas, eu ainda quero conversar com ela. 

Marina riu da cara séria que o pai tentou fazer no final da conversa e caiu no colo do pai. 

Sofia: Marina. 

Marina: Sim? 

Sofia: A partir de hoje, nada de trancar a porta antes de dormir. - Avisou calma e colocando os óculos de leitura. 

 

 

MAIS TARDE 

Como de costume, Clara pulou a varanda da namorada, encontrou Marina dançando animada, foi logo juntando os corpos dela e dando um beijo no pescoço da branquinha. 

Clara: Animada minha linda. - Continuava dançando. 

Marina virou e começou um beijo cheio de paixão, as duas caíram na cama, a atriz por cima. Elas começaram trocando carícias cada vez mais ousadas, a diretora levou a mão até a bunda da namorada, apertou com desejo. 

Clara: Trancou a porta? 

Marina: Não posso. 

Clara: O quê? - Se espantou tirando a mão de onde estava. 

Marina: Contei para meus pais que estamos namorando e não posso mais trancar a porta do quarto. - A morena empurrou a namorada e levantou da cama. 

Clara: E você só me conta depois que estávamos no meio de uma sessão de amassos? 

Marina: Não posso ter uma sessão de amassos com minha namorada? 

Clara: Marina! ... Já imaginou se um dos seus pais entra no quarto e me vê te apalpando? 

Marina: Você está sendo dramática. 

Clara: Bom, pelo menos estou de pijama... e baby, o que seus pais disseram? - Sentou na cama. 

Marina: Que é para você vir jantar aqui amanhã e trazer a tia Chica. 

Clara: Humm... estamos ficando sérias, hein? - Pegou a mão de Marina e deu um beijo. 

A branca levantou e colou os lábios no dela, passou a língua pelos lábios de Clara, que não resistiu e abriu a boca, dando passagem para a língua da atriz. De leve Marina repousou Clara contra os travesseiros, sentando no colo dela. Enquanto as mãos de Marina se dividiam entre massagear a nuca e bagunçar o cabelo de Clara, as mãos de Clara entraram por baixo da blusa da branca, uma se aventurava pelas costas dela e a outra acariciava a barriga. 

Clara: Você me faz perder a noção de tudo. - Disse enquanto os beijos iam para o pescoço da melhor amiga. 

Marina: É recíproco baby.  

A diretora sorriu, segurou firme a namorada e a beijou novamente, a prendia contra seu corpo com força, chupando sem parar a língua da namorada, a mão dela subiu e apertou um dos seios da branca, o que fez Marina sair imediatamente do do colo dela. 

Clara: Desculpa... eu ... - Estava envergonhada. 

Marina: Tudo bem. - Ela estava um pouco corada, sentada de perfil. 

Clara: Eu me empolguei, me perdoa? 

Marina: Não tem o que perdoar. É normal, não é? Somos namoradas, é natural que em algum momento tenhamos mais intimidade... só que não estou pronta. 

Clara: Claro, meu amor. Olha, eu entendo. Quero que você se sinta confortável para isso. E não vou te forçar fazer nada. 

Marina: Quero que saiba que eu quero. Só me dá um tempo. 

Clara: Olha para mim. - Pediu e Marina olhou para ela. - Sem pressão, ok? Eu te amo e te espero. - Deu um selinho de leve e depois deitou acomodando Marina em sem peito e dormiram abraçadas. 

 

DIA SEGUINTE – JANTAR 

O jantar estava calmo, sentados na mesa, os únicos assuntos conversados até o momento eram banais, como a viagem de Ricardo para China. Clara tinha até relaxado e agora aproveitava a sobremesa. Até que Diogo chamou todo até a sala, a morena começou a gelar naquele momento, Marina segurou a mão dela em apoio. 

Diogo: Clarinha meu amor, você sabe que eu te amo como uma filha não é? Mas, mesmo assim, é meu dever perguntar quais são suas intenções com minha bebê. 

Marina: Nunca estive mais envergonhada. 

Chica: Acho que estou um pouco confusa. 

Clara: Mamãe, era para eu ter falado já, mas resolvi guardar pra hoje. Eu estou namorando com a Marina. - Chica remexeu na cadeira onde estava e bebeu um pouco do vinho na taça. - Tio Diogo, eu também amo muito o senhor e a tia Sofia e a Marina, bom... eu estou completamente apaixonada por ela. Uma coisa que eu tive certeza durante toda a minha vida, é que eu sempre quis a presença de Marina. Sempre quis dividir todos os momentos com ela. Eu amo a sua filha. Sei que somos jovens e que muitas coisas acontecerão na nossa vida, nada é garantido, mas eu lutarei todos os dias para sempre estar com a Marina. - Clara estava emocionada com a declaração, assim como Marina, que apertava a mão dela também. 

Marina: Tudo o que Clara disse, expressa o que eu quero também. - Ela olhou nos olhos de Chica. - O que vier pela frente, enfrentaremos juntas. Porque eu a amo também. - Olhou para a namorada e deu um beijo na mão. 

Diogo: Acho que todo pai sofre quando descobri que sua princesa está namorando, mas o fato de saber que é com você, me deixa feliz. E como eu falei para Marina mais cedo. Agora, você é oficialmente minha filha. 

Sofia: Eu também repito o que disse mais cedo. Vocês duas já namoravam, agora é só a oficialização. E posso dizer que acho que ninguém nesse mundo é indicado para namorar minha filha que você. 

Chica: Eu também fico feliz com esse namoro. Mas, não deixo de preocupar. Vocês são amigas a tanto tempo e o meu medo é que em momento vocês se machuquem. Uma amizade tão linda... 

Clara: Entendo sua preocupação mãe, pois sofri com ela por muito tempo. Reprimi o que eu sentia por Marina, mas não dá mais. Preciso dela, eu preciso viver esse amor que sinto e sei que ela também. 

Marina: É um risco que assumimos. Mas, acho que por aqueles que amamos, esse risco vale a pena. 

Chico: Eu me preocupo, mas apoio vocês. - Aquilo foi o suficiente para Clara levantar de onde estava e abraçar a mãe. 

Clara: Obrigada! - Disse só para ela ouvir. 

 

 

 

MESES DEPOIS 

Apenas as família das meninas tinham conhecimento do namoro delas, Cadu ainda marcava em cima de Marina, agora ainda mais, depois do fim do namoro com Brenda. A loira também não perdia a oportunidade de ir atrás de Clara, secretamente. As duas conseguiam se esquivar das investidas das deles, mas já estão cansando daquilo. 

Marina: Acho que deveríamos assumir. 

Clara: As aulas estão quase no fim. Espera só mais um pouco. 

Marina: Eu já disse que vou lidar bem com tudo. 

Clara: Mas, eu não vou. Não vou ficar bem com você sofrendo bullying porque somos namoradas. Espera mais um pouco. Por mim. 

Marina: E o que eu não faço por você? - Voltou do banheiro e sentou no colo de Clara. 

Clara: E outra. A minha linda namorada concorre para rainha do baile e como eu quero ver você com uma linda tiara, estou votando todos os dias, então acho que não faria bem para você sair do armário agora. 

Marina: Desde quando você liga pra essa coisa de rainha do baile? 

Clara: Desde que você é a finalista. Mas, desde já... com coroa ou sem, você é minha rainha. 

Marina segurou o rosto da morena, retribuindo o elogiou com beijo super apaixonado. 

Marina: Você também é minha rainha. - Levantou do colo dela. - Me espera? Vou tomar banho. 

Clara: E por que eu não posso ir? 

Marina: Clara... 

Clara: Não inventa desculpa não. Tomamos banho juntas desde criança, mas assim que começamos a namorar você não toma mais banho comigo. - Levantou e passou o braço na cintura dela. - Eu já disse que vou esperar o tempo que for preciso, mas será que não podemos ficar um pouquinho na banheira juntinha? 

Marina: Me convenceu. - Aproveitou para dá um selinho nela. - Vamos para o banho. 

Clara: Vamos logo, minha rainha. 

Elas caminharam até o banheiro, tiraram a roupa e entraram na banheira, Clara puxou Marina para seu colo e ficaram namorando um tempo. 

Marina: Amor... - Disse parando os beijos. - Como vamos para o baile? 

Clara: Ué, com o motorista é claro. 

Marina: Não tou falando disso. Eu quero saber se vamos nós duas, ou eu vou ter que ir com alguém e você com alguém. Lembra que a idiota da Bruna colocou a regra de que cada pessoa tem que ir com alguém. 

Clara: É mesmo. Nem lembrava... - Parou para pensar um pouco. - Já sei. Nada impede que a gente leve pessoas de fora. Onde eu treino tem um casal, dois gays que são meus amigos, vou perguntar se eles querem ir. 

Marina: Clarinha, todos sabem que você é lésbica, vai ser estranho se você chegar com um menino. 

Clara: Acontece que se eles aceitarem, você vai com Carlos, ele não dá nenhuma pinta gay, super discreto. Aliás, eu poderia dizer que ele parece mais hetero que muito hetero por aí. E eu vou com o Henrique, ele não tem como esconder que é gay, é super delicado. Aí acho que ninguém vai estranhar se uma sapatão aparecer no baile com um viado como acompanhante.  

Marina: Acho que não... 

Clara: E de quebra eu ainda aproveito para arrasar na pista com meu amigo biba. 

Marina: Amor você tem cada ideia. - Deu mais um beijo nela, que logo Marina cortou. - Agora vamos adiantar esse banho que daqui a pouco mamãe chega. 

Clara: E eu aproveito e ligo para os meninos. Eles vão amar a ideia. 


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Notas finais do capítulo

Beijos meninas!