You Are My Life escrita por Marina Fernandes Meirelles


Capítulo 7
Dúvida - Ela é minha gata?


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, sei que sumir do site e peço desculpas. Passei por uma fase complicada entre final de curso, minha mãe precisou vir ficar comigo e até remédio controlado tomei. Quando tudo passou, terminei meu namoro, três anos de namoro, mas eu estava em uma cidade e ele em outra, foi bem difícil. Hoje, estou na casa de minha avó, aproveitando um pouco a paz, aos poucos estou melhorando. Não prometo post regulares, vou tentar de duas em duas semanas. Quanto a Love, preciso me reconectar a fic pra voltar a escrever, por enquanto fico apenas nessa aqui.
Espero que gostem. Estou aberta a sugestões, críticas, é isso.
Beijos.



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Clara montava a barraca, Marina ia passando o que ela ia pedindo. A turma já estava no local do acampamento, a professora se aproximou das duas.

Ana: Olá meninas, parece que a barraca de vocês já esta bem adiantada.

Marina: Sim, a Clarinha sempre foi boa nisso. Eu que sou um desastre.

Ana: E quem vai dividir a barraca com vocês.

Clara: Só a gente professora.

Ana: Não pode Clara. Tem que ser no mínimo quatro por barraca.

Clara: Bom... eu duvido que alguém queira dormir na mesma barraca que eu.

Ana olhou envolta e viu duas meninas da sala com dificuldades de montar a barraca. Ela levantou o braço e chamou as meninas:

Ana: Larissa, Bruna, venham aqui. - Assim que as meninas se aproximaram. - Como vocês ainda não ergueram nada da barraca e é preciso ter no mínimo quatro pessoas por barraca, peguem suas coisas, porque vocês ficam com a Clara e Marina.

Clara: Esta de brincadeira?

Bruna: Você quer que eu durma na mesma barraca que a sapatão? E se ela me agarrar.

Clara: Não pego qualquer periguete.

Bruna: Olha aqui...

Ana: Chega as duas! E acho que é ótimo vocês dividirem a mesma barraca, que é pra ver se aprendem o que é respeito... - Olhou para as duas. - Ajudem Marina e Clara a terminarem de montar a barraca. - Saiu deixando as meninas sozinhas.

A noite estava rolando um luau, eles acenderam a fogueira, Laerte estava com o violão na mão, tocava e cantava. Clara estava encostada em uma pedra, Marina chegou trazendo um prato e talheres para as duas. Também estava rolando um churrasco, a atriz pegou carne para as duas, com um pouco de farofinha.

Marina: Ei Clarinha, peguei para a gente. Se importa de ser no mesmo prato?

Clara: Claro que não Ma, bota aqui nessa pedra que não cai não.

Com o passar da noite elas se misturaram um pouco. Alguns dos colegas insistiam em chamar Clara de sapatão e perturbar a morena, mas outros gostavam dela, ela se dava melhor com o meninos do que com as meninas da sala. Marina até tinha algumas colegas com quem falava, mas quando elas começaram a hostilizar a amiga demais, ela se afastou.

Heros: Clarinha, vem aqui? - Um dos amigos de Clara chamou por ela. - Se acha que eu tenho alguma chance com a Marina?

Clara: Como? - Levantou um pouca a voz.

Heros: É que ela é tão linda. ... Me ajuda aí Clarinha. Dá uma forcinha pra eu ficar com sua amiga.

Clara: Se situa Heros, que a Marina é demais pro teu caminhãozinho.

Heros: Qual é Clarinha?

Clara: E outra, você é uma galinha. É meu amigo, mas um galinha. Então, fica longe da Marina.

Heros: Vem cá, conta pra mim. Ela é tua gata não é? Pode falar, eu não conto pra ninguém. - Disse baixinho só para ela ouvir.

Clara: Ela é minha amiga. Somos apenas melhores amigas. - A fala de Clara parecia querer convencer mais ela do que o amigo.

Heros: Tá bom. Vou deixar a Marina em paz. Vou pegar um refrigerante, quer?

Clara: Não. E olha, vou ficar de olho, viu?

Ele fez que sim e depois colocou a mão na cabeça como em continência e saiu. Clara aproveitou para falar com Marina que tinha acabado de cantar uma música com Laerte.

Clara: Mah, eu vou pra barraca.

Marina: Já vai deitar?

Clara: Vou sim.

Marina: Vou contigo.

Clara: Se quiser pode ficar com o Laerte.

Marina: Prefiro não Clarinha, o Cadu já veio atrás de mim, com aquele jeito mala dele. Se ele ver que você saiu, aí é que ele me cerca mesmo.

Clara: Então vamos, que na barraca eu protejo você. - Sorriu e foram caminhando até a barraca. - O Cadu não se toca mesmo, hein? Tem namorada e fica dando em cima de você.

Marina: Ele na verdade é um covarde. Banca o santo perto da Bruna, quando ela das costas mostra as garras. Mas, sei que ele tem medo de você rodar a baiana e a namorada descobri que ele não é santinho e surtar pra cima dela.

Clara: Ela também é uma idiota. Os dois se merecem. Falando nisso, o Heros veio falar comigo porque queria que eu ajudasse ela a ficar contigo.

Marina: mesmo? O que você disse?

Clara: Que você era muita areia para o caminhãozinho dele. Mah, ele é meu amigo, mas ele ia ficar contigo hoje e amanhã ia pegar uma periguete qualquer. É o maior galinha. Você merece coisa melhor.

Marina: Minha defensora Clara Fernandes. - Marina sorriu para ela antes de entrar na barraca.

As duas se tocaram e se preparavam para dormir, quando Bruna e Larissa entraram sorrindo, era perceptível o cheiro de álcool nas duas.

Marina: Estão bêbadas? - Disse olhando as duas.

Bruna: Alegres. - Corrigiu.

Clara: Como conseguiram bebidas?

Larissa: Para tudo na vida, podemos da um jeitinho. - Bruna concordou com ela com a cabeça.

Bruna: Belas pernas Clara. - Falou enquanto observava Clara com um short minúsculo para dormir.

Marina achou curiosa a observação de Bruna, mas logo depois deitou.

Bruna: Sabe, o Cadu é horrível na cama.

Clara: Isso não me interessa. - Deitou e virou de costas para ela.

Bruna: Sério Clara, você malha? Por que você tem um corpo lindo, olha só essa bunda, chega faz uma curvinha no lençol.

Marina: Eu amo bêbados. - Sorriu da situação de Bruna e Clara olhou para ela de cara amarrada. - Verdade Clarinha. Olha só, a Bruna vive pra te atazanar, mas agora que virou umas, ta aí, como uma tarada do teu lado. Aliás Bruninha, acho que toda implicância sua com a Clara, sempre foi tesão reprimido.

Bruna: Não posso ficar curiosa? Clara é gostosa e dizem por aí que lésbicas são incríveis na cama. - Passou a mão na cintura de Clara. - O que você acha de brincarmos um pouquinho Clarinha?

Larissa: Pode ser nós três? Eu quero participar. Aliás, quatro. A gente deixa você brincar Marina.

Clara: Olha só, vão dormir. Se as lésbicas são melhores na cama, bem, não posso dizer por todas, mas tirando por mim, eu realmente me preocupo se uma mulher sente ou não prazer. Mas, as duas aí, eu dispenso tá. Não sou de fazer sexo com qualquer uma.

Dessa vez ela colocou o lençol por cima da cabeça e fechou os olhos para dormir de uma vez, mas continuou ouvindo as provocações de Bruna. No dia seguinte as amigas levantaram cedo, todo o grupo saiu para um trilha, tiraram várias fotos, terminaram em uma cachoeira onde todos se divertiram. Voltaram já no fim da tarde, depois de esperar algumas colegas, Clara e Marina entraram no banheiro, assim que entrou no cômodo, Marina recebeu foi chamada pela mãe no celular, mas o sinal 3G só estava bom em um dos box, a menina entrou lá para responder, enquanto Clara ficou só de biquíni, antes de entrar em um dos boxes para tomar banho, Bruna entrou no banheiro e aproveitou da distração da morena. Chegou por trás e abraçou Clara.

Bruna: Ei Clarinha, que você acha de tomarmos um banho juntinhas? - Chegou perto do ouvido de Clara e mordeu o lóbulo da orelha. Ela tirou as mãos de Bruna da cintura e se afastou.

Clara: Ontem você estava bêbada, hoje deve esta fazendo só para me tirar do sério não é? Não vou cair na sua.

Bruna: Aí Clara, deixa de ser chata. Ninguém precisa saber. Olha, eu tou frustrada sexualmente com...

Clara: Não tenho interesse em sua vida sexual e olha Bruna, também não sou passatempo.

Bruna: Eu quero terminar com idiota do Cadu, ele fode mal e só pensa na sua amiga. Só estou propondo que a gente se divirta juntas.

Clara: Em segredo?

Bruna: É bem mais divertido. Vamos Clara, você esta me dando tesão. - Clara estava apoiada da pia e Bruna chegou perto, ajoelhando na frente dela e passando a mão na parte de baixo do biquíni. - Me diz o que você que eu faço. - Aproximou a boca dando um beijo a baixo do umbigo. - Clara olhou para frente e sorriu.

Clara: Já tenho o que eu quero. - Bruna ficou sem entender e ouviu a voz de Marina.

Marina: Acho que todos vão amar ver você propondo sexo pra Clara. - Saiu do box com o celular na mão.

Bruna: Você filmou?

Marina: Não pude resistir. E nem adianta vir pra cima, já esta salvo online.

Bruna: Não mostra a ninguém, por favor. - Implorou.

Clara: Ela não vai mostrar, mas a partir de agora, você nunca mais vai me infernizar e nem vai infernizar a Marina. - Bruna baixou a cabeça e foi na direção dos boxes.

Bruna: Certo. - Fechou logo a porta envergonha e as amigas sorriram uma para outra.

Clara: Arrasou. - Falou, mas sem sair voz nenhuma e Marina agradeceu.

Semana depois

Era uma manhã de sábado, Clara tinha ensaiado parte da turma, dispensando os demais e ficando só com os protagonistas. Na cena aconteceria um beijo, mas ela ainda não seria ensaiado, Cadu fazia o possível para avançar o sinal, mas Clara cortava. O rapaz tentava, mas a cena não estava boa.

Clara: Cadu, vai pra casa. Hoje não vai dá pra sair nada, já vi tudo.

Cadu: Se a gente ensaiasse com um beijo.

Clara: Até o ensaio geral não terá beijo, já foi decidido. Você esta liberado. - Disse firme.

Cadu: E a Marina?

Clara: Marina vai passar o texto comigo, porque com você não esta rolando e o trabalho dela esta prejudicado.

Cadu: Bom trabalho para duas então. - Saiu do teatro morrendo de raiva de Clara.

Clara: Ma, vamos passar a cena do início.

Elas passaram a cena uma fez, terminando bem próximas uma a outra. Clara sonhava em trabalhar com direção, mas atuava de forma incrível e Marina se sentia mais a vontade com ela do que com qualquer outra pessoa em cena. Elas passaram a cena mais duas vezes e no final da terceira vezes, Clara não se segurou e fechou o espaço entre as duas, colocando as mãos na cintura de Marina e beijando a amiga. Ela que sempre sonho com esse momento, colocou os braços em volta do pescoço de Clara, permitindo que ela aprofundasse o beijo. Assim, Clara segurou Marina firme e a colocou sentada do piano, se encaixando entre as pernas dela e o ensaio foi esquecido.


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