You Are My Life escrita por Marina Fernandes Meirelles


Capítulo 3
Angra - Enxergando Novas Luzes


Notas iniciais do capítulo

Olá amorinhos,
Temos um pouco mais da história aqui. E peço desculpas, pq criar nomes de personagens não é vai. Acabei dando o mesmo nome a duas personagens. É pq uma prima tem o nome Bruna e ela estava aqui em casa e tipo tem anos que a gente não se fala. Enfim, deixamos a vadia da escola com o nome Bruna e a ex da Clara passa a ter outro nome.
Enjoy!



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Clara: Prefiro enfrentar as idiotas do colégio!

Marina: Clara, é um voo rapidinho.

Clara: Isso é um monstro! - A morena olhava apavorada para o helicóptero.

Diogo: Ô princesa, vai ficar tudo bem. Olha, tio Diogão vai junto com você. - Chegou abraçando Clara.

Marina: Pai, nunca mais se refira a você na terceira pessoa, é bizarro. - Ele apenas riu.

Diogo: Vamos fazer assim, eu vou com minhas princesas: Marina, Clara e Gisele. Gi, pode ir na frente, que eu e Marina sentamos atrás para cuidar da Clara.

Marina: Vem medrosa! - Estendeu a mão para ela.

Entraram no helicóptero, Clara foi entre Marina e Diogo quase chorando. Apenas se sentiu aliviada quando já estavam no iate esperando os outros chegarem. Marina dividiu uma barra de chocolate com a amiga e prima. Diogo se aproximou das duas com uma latinha de cerveja na mão:

Diogo: Então, sua mãe me falou que vocês pretendem ir para San Francisco. - Puxou assunto.

Gisele: Você também vai Mari?

Marina: É, Clarinha me chamou e achei que poderia ser uma boa.

Diogo: Eu gostei da ideia. É bom morar fora, conhecer novas culturas e o melhor é que vocês terão uma outra. Porque eu não gostava nenhum pouco da ideia da Clara ir para lá sozinha.

Os planos de Clara mudar de cidade já era conhecido por todos. E todos estavam apavorados com ela indo sozinha.

Diogo: Mas, precisam prometer que cuidarão uma da outra.

Marina: Disso você não precisa ter dúvidas.

Clara: Fazemos isso já. E não vamos parar.

Diogo: Ótimo! Estou feliz. - Diogo estava sempre sorrindo, tinha um jeitão alegre, cativante e sedutor.

Não demoram até que os outros chegassem. Chegaram Sofia, Chica, Ricardo, Filipe, Leninha, Virgílio e a pequena Luiza, que tinha 4 anos. Foram todos para casa, Marina tirava algumas fotos, adorava ver o mar em movimento, ela estava concentrada mesmo assim ria, uma visão que Clara amava. Assim que entraram na casa, Sofia foi abrindo as cortinas e janelas, gostava do ambiente bem iluminada e ventilado.

Sofia: Bom, Gi você fica no quarto de sempre, ele já é seu mesmo. Chica e Ricardo podem ficar no quarto ao lado do meu. Filipe, tem um quarto ao lado do de Gisele, Clarinha você fica no quarto da Marina e Leninha e Virgílio podem ir para o quarto ao lado do da Marina. Luiza dorme com vocês?

Leninha: Sim. Ela fica com a gente.

Gi: Se quiser, ela pode ir dormir comigo, a cama é grande.

Luiza: Eu quero ir com a tia Gi.

Gisele sorriu e saiu com Luiza segurando na sua mão. Clara entrou no quarto, abriu a varanda e voltou deitando na cama. Estendeu a mão para Marina que deitou a seu lado, ficaram ali um pouco apenas deitadas lado a lado, acabaram por cochilar e quando levantaram já era por volta das seis da tarde.

Marina: Dormimos quase a tarde toda.

Clara: E foi melhor do que eu tenho dormido a noite. Acho que sair do Rio me fez bem.

Marina: Me fez bem também. - Foi tirando o biquíni da mala. - Topa um banho noturno?

Clara: Topo muito. Piscina ou mar?

Marina: Vamos para o mar. A gente acende os refletores.

Elas trocaram de roupa e desceram. Todos estavam ainda ao redor da piscina, comendo alguns petiscos. Elas passaram por eles, disseram que comeriam depois e foram para a praia. A noite a água do mar era quentinha, a maré estava alta, elas ficaram em um local que parecia uma baía, durante o dia parecia uma grande piscina de água salgada, a noite apareciam algumas ondas. Ficaram ali um bom tempo aproveitando.

Marina: Acha que dá para ver a gente daqui?

Clara: A varanda do seu quarto é o único que tem visão para cá. Por que pergunta?

Marina: É que eu tenho vontade de fazer uma coisa. - Saiu um pouco da água e andou até a areia, Clara ficou curiosa e a seguiu. - Sempre quis tomar banho no mar nua.

A morena viu a amiga tirar a parte de cima do biquíni e depois a de baixo. Quando eram pequenas sempre tomavam banho juntas, mas fazia anos que aquilo não acontecia. Clara se perdeu olhando o corpo da amiga. Marina ainda era virgem, nunca tinha dado nem um beijo, mas aquele corpo já era de mulher, a morena já tinha estado com outras garotas, até mesmo sexualmente e naquele momento se condenou por desejar ter a amiga. Balançou a cabeça negativamente e imitou o gesto da outra tirou o próprio biquíni e se jogou na água.

As sensações de tomar banho sem roupa era de liberdade, novidade, como um novo mundo que se abria diante delas. Marina se afastou um pouco, indo mais adiante no mar, a água já estava acima de seus seios, Clara se aproximou silenciosamente e a abraçou. Passou os braços ao redor da cintura dela, o que a assustou:

Marina: Aí! Que susto Clarinha.

Clara: Medo que fosse um tubarão? - Mordeu o lóbulo da orelha da amiga e Marina suspirou.

Leninha: CLARA! MARINA! - Apareceu gritando na praia.

Clara: Que foi Leninha? - Perguntou se afastando de Marina.

Leninha: Tia Sofia esta fazendo pizzas, mamãe mandou chamar vocês, vamos todos ajudar.

As duas saíram na água e Leninha se assustou com o fato de estarem nuas, mas tentou não demonstrar emoção. Quando elas se aproximam ela falou apenas para Clara:

Leninha: Conversamos depois.

Subiram para a casa e tomaram banho no chuveiro que ficava ao lado da piscina, de biquíni mesmo. Foram para cozinha, Sofia pré-assava as massas, cada uma fazia algumas coisas, Chica passava o frango no multiprocessador, Leninha ralava o queijo, Gisele cortava calabresas, as duas se juntaram a elas, Clara começou a ralar os presuntos e Marina abriu algumas latas de atum, milho e colocava as pizzas para pré-assarem no forno. Em um momento Luiza sujou a blusa e molho Leninha antes de subir para trocar a filha chamou a irmã, mudou a blusa de Luiza rápido e falou para a filha ir encontrar o pai.

Leninha: Vai me dizer o que foi aquilo?

Clara: Aquilo o que?

Leninha: Não se faz Clara. Você e a Marina estavam tomando banho nuas e quando eu cheguei, as duas estavam abraçadinhas...

Clara: Olha Leninha - Cortou a irmã. - Nem eu faço ideia do que foi aquilo. A gente estava na boa tomando banho e aí ela disse que sempre quis tomar banho nua, aí entramos na água... Aí Leninha, eu não sei o que deu em mim. Ela se transformou numa mulher tão linda e quando eu me dei conta, já estava abraçando ela e se você não tivesse chegado...

Leninha: Vocês teriam se beijado.

Clara: Não, eu a beijaria e provavelmente levaria um tapa na cara.

Leninha: Vem cá irmãzinha. - Sentou na cama e Clara fez o mesmo. - Você já parou para pensar que talvez entre você e Marina exista um sentimento que vai além da amizade?

Clara: Brenda sempre disse isso. - Respirou fundo. - No início eu me apaixonei por ela, pelo menos eu pensei que estava apaixonada. Mas, quando a gente já tinha uns meses de namoro, eu percebi que não tinha paixão ali, era atração mesmo. A Brenda era bonita e também demonstrava atração por mim. Confundi os sentimentos. Acho que o que esta me afetando mesmo foi a traição dela. Poxa, ela sabia que eu não queria sair do armário, só depois que eu estivesse na faculdade, aí jogou todo meu segredo no ventilador. Ela não poderia ter me traído assim. E tudo isso porque o ciúmes da Marina foi demais.

Leninha: Sabe, eu sempre achei que você não era apaixonada pela Brenda. Mas, quando eu olho você e Marina, o jeito que cuidam uma outra, que se olham, sorriem...

Clara: Ela é minha amiga Leninha, minha melhor amiga. Crescemos juntas.

Leninha: Talvez por isso você não queira aceitar o que estar em sua frente. Mas, sabe o que eu acho? Acho que é muito provável que o nosso melhor amigo, ou amiga sejam os grandes amores da na nossa vida. Virgílio sempre foi meu melhor amigo, ainda é. Mas, também é o amor da minha vida, meu companheiro e a pessoa com quem eu quero dividir tudo.

Clara: E você acha que a Marina pode ser essa pessoa na minha vida? Leninha, somos muito novas.

Leninha: São novas sim. Mas, amor não escolhe idade não. Você me ensinou que o amor não escolhe o sexo da pessoa. E agora eu te digo, ele não escolhe idade, religião, classe social... Quando ele vem, ele apenas vem. E eu não acho que ela pode ser essa pessoa na sua vida. Acho que ela já é. Você só precisa aceitar. - Ela notou Clara parada observando. - Anda, vamos descer, antes que notem nossa ausência.

Quando Clara subiu com irmã, Gisele e Marina foram para a varanda.

Gisele: Então, esta dando certo?

Marina: Você é uma malandrinha. Esta dando certo sim.

Gisele: Eu disse, ela também é louca por você. E vocês precisavam de um empurrãozinho. Se você não sabe como dizer a Clara o que senti, deixa o sentimentos falarem por vocês.

Gisele podia ser dois anos mais nova que as duas, mas era observadora. Assim como Helena, ela notou que rolava algo a mais entre a prima e irmã adotiva. Mas, sabia que Marina apesar de apaixonada por Clara, não teria coragem de se declarar. A prima nunca se envolvera com ninguém, se guardava no amor que sentia pela amiga, esperando um dia que aquele amor fosse notado. Gisele então sugeriu, que Marina deixasse Clara agir, a morena tinha mais experiência, de outras relações, mesmo que estas fossem passageiras. Gisele sugeriu que a prima seduzisse Clara, se mostrasse mais bonita, mostrasse que ela já não era mais uma menininha. E assim começou, primeiro foi a mudança no guarda roupa. O rosinha e cores pastéis ficaram de lado, Marina passou a andar usando preto, vermelho, cores que junto com a sua pele chamassem a atenção. Quando estava sozinha com Clara, as roupas eram ao menos tempo mais provocantes e confortáveis. Como as camisolas de seda que ela passou a usar no lugar dos baby dolls de bichinho. Esse era o plano de Gisele, mostrar a Clara que Marina já não era a menininha que era sua amiguinha, mas a sua amiga que estava virando uma mulher.

Marina: Você é bem observadora. E para sua idade, você já é uma pestinha. Tenho pena do seus futuros namorados, vão comer na sua mão.

Gisele: Você deveria é me agradecer, por pouco vocês não ficaram. - Ela lembrava o que Marina contou sobre o abraço na água. - Você a ama e é a maior gata. Não vejo nada demais em você usar a beleza, para que a Clara comece a despertar para os verdadeiros sentimentos entre vocês.

Marina: Acha mesmo que ela corresponde?

Gisele: Vocês não vivem sem a outra. Não passam uma noite se quer se dormirem juntas. Se a Clara não te amar. Eu juro, eu tiro o nome da minha mãe do meu sobrenome. E você sabe que isso é quase suicídio.

Marina: Você é a melhor prima do mundo! - Abraçou Gisele. - Agora, bora entrar e montar essas pizzas, porque eu já estou ficando com muita fome.

A noite foi uma festa, pizza sempre levantava o astral de todos. Luiza se lambuzava no ketchup e todos riam mais ainda. Após comerem e a pequena se retirar para dormir, foram todos assistirem filme, sentaram na sala, alguns no sofá outros no chão. Apesar de todos serem muitos ligados, aquilo era algo que nunca aconteceu, assistirem filmes todos juntos. E não escapou aos olhos das mães da meninas os carinhos que as duas trocavam.

Assim que elas subiram, Clara apenas tirou o short que usava e se jogou na cama com sua camisa folgada, pegou o celular, apenas verificou as horas, já que ela tinha excluído parte dos contatos e bloqueado muitos deles. Marina saiu do closed usando uma camisola de seda e com o a brisa do mar que batia no quarto desenhava o corpo dela. Clara observou atentamente ela fazer o caminho até a cama:

Clara: Amei suas camisolas novas. - A amiga sorriu.

Marina: Você poderia comprar umas...

Clara: Elas ficam melhor em você. - Não deixou Marina concluir o pensamento. - Ficou sexy.

Marina deitou ao lado dela e cobriu as duas com o lençol, Clara a puxou mais para perto.

Clara: Me diz, como você tão linda, nunca ficou com ninguém?

Marina: Porque eu sou uma sonhadora. Ou uma idiota. - Riu de se mesma. - Eu ainda sonho ter meu primeiro beijo como, sei lá, um conto de fadas.

Clara: Difícil amiga. Príncipe encantado esta em extinção. Sé é que já existiu.

Marina: Mas vou continuar sonhando. - Ela se aconchegou em Clara e deu um beijo no rosto da morena. - Boa noite.

Clara: Boa noite! Sonhe com seu príncipe.

"Com a minha princesa, que é você e eu já sonho todas noites." Pensou Marina antes de adormecer.


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Notas finais do capítulo

Beijos amores!
Lembrem, a fic é baseada em fatos reais, mas vcs são livres para sugerem o que quiserem.