You Are My Life escrita por Marina Fernandes Meirelles


Capítulo 2
Turbulências


Notas iniciais do capítulo

Rapaz, a Netflix me pegou de jeito esses dias. Sorry por sumir. Mas, sério... Foi Sense8 (que preciso da segunda temporada urgente) e as terceiras temporadas de House of Cards e Orange. Gente, como é que a Netflix poder prender a gente assim?



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Marina: Tchau mamãe! - Marina deu um beijo na mãe, assim que o carro para na porta do colégio.

Sofia: Tchau meus amores. - Falou para a filha e para Clara, que também deu um beijo de despedida nela.

Clara: Tchau tia.

Quando o carro se afastou elas foram caminhando pelo pátio, alguns colegas olhavam para a morena, o ar era superior. Elas seguiram juntas e entraram na sala. Não demorou até o professor entrar na sala.

Professor: Bom dia turma! Antes de começar a aula, a diretoria me informou que a presidente do grêmio precisaria de uns minutos para anunciar algo por aqui. E depois esta liberada para fazer o mesmo anuncio nas outras turmas. Mas, deixou clara senhorita Abreu, que você precisa retornar o mais rápido possível para a aula.

Ao terminar de falar, Bruna Abreu, que era presidente do grêmio e maior patricinha do colégio se levantou. Vazia questão de andar se exibindo para todos. "Vadia", foi o que passou na cabeça de Marina quando a loira passou por elas.

Bruna: Bom, eu e a comissão do grêmio resolvemos inovar um pouco as coisas esse ano. Teremos no final do ano como todos sabem uma festa de formatura reunindo familiares e amigos. Só que pensamos em outros eventos. Depois que o colégio acabar, provavelmente perderemos contatos com muitos, então com a intenção de trazer lembranças do nossos tempos na escola. O grêmio juntamente com a diretoria resolveu promover uma viagem de acampamento, só para esta turma. Acredito que os formulários de autorização sejam entregues hoje. Outro evento que faremos, é um baile, tipo os norte americanos. O baile será aberto aos outros alunos do colégio e quem quiser pode convidar até cinco pessoas na faixa etária de 15 a 20 anos. Como o baile é tipo nos Estados Unidos, estaremos elegendo o rei e rainha. A gente fará assim. Temos duas urnas no fundo da sala, uma para rei e outro para rainha, vocês colocaram três nomes em cada uma. Escolham 3 garotas e garotos que merecem concorrer, é uma pré seleção. Uma semana antes do baile, que acontecerá um mês antes das aulas acabarem, anunciaremos quem serão os três finalistas para ganhar a coroa. Lembrando, nas urnas só podem ser postos os nomes de alunos formando.

Bruna tinha sempre um sorriso falso, ela e Marina não se bicavam. Tudo porque Bruna acreditava que o namorado tinha uma queda pela colega, o que de fato acontecia, mas Marina nunca deu abertura. Durante o intervalo, as amigas pegaram o lanche e foram comer perto da piscina.

Marina: Gostou de saber sobre o acampamento?

Clara: Sinceramente? Não. Tudo o que eu quero é passar menos tempo com esse povo.

Marina: A gente não ficar grudada neles. Olha, podemos ir no acampamento e nos divertir só nós duas.

Clara: Sei não Mari. Você também seus amigos, eu não quero que você se isole por minha causa.

Marina: E eu não quero ficar longe de você. Olha, se quiser a gente não vai, podemos fazer outra viagem na época.

Clara: Não. Eu vou. Vamos aproveitar juntas... O que me faz lembrar, você decidiu se quer ir comigo para San Franscisco?

Marina: Você quer mesmo ir?

Clara: Quero. Eu me sinto deslocada aqui. Eu preciso me encontrar.

Marina: E se não for lá?

Clara: Pelo menos eu tentei. - Segurou as mãos de Marina. - Eu não quero que você tome uma decisão apenas para me agradar. Mas, é que se eu pudesse, te levaria para qualquer lugar que eu fosse. Crescemos juntas e acho que já não sei o que sou sem você por perto.

Marina: Também não quero ficar longe de você. Eu vou pensar com carinho.

Terminaram o lanche falando sobre os planos de ir embora. Aquilo ultimamente fazia Clara sorrir, imaginar uma vida fora dali, em algum local onde ela pudesse amar sem medo.

CASA DOS FERNANDES

Sofia: Chica! - Entrou pela porta da cozinha, imaginou que a mãe de Clara estive ali.

Chica: Chegou na hora certa, acabei de tirar uns biscoitos do forno, deixa eu pegar um suco.

Elas eram vizinhas desde antes do nascimento da filhas. As meninas nasceram no mesmo ano, Clara em fevereiro e Marina em novembro. Sofia estava grávida pela primeira vez, Chica já estava na terceira gestão, a mãe de Clara acompanhou as aventuras da amiga e vizinha pela primeira vez como mãe:

Sofia: Fui levar as meninas na escola. Estou tão preocupada com a Clarinha.

Chica: Sabe, eu nem sei mais o que fazer. Desde que essa ex foi embora, que minha filha só chora. Se não fosse a Marina sempre com ela, acho que eu também só choraria.

Sofia: Pensei que poderíamos ir para Angra no fim de semana. As meninas gostam tanto. Diogo chega na quinta, você fala com o Ricardo, a Clarinha presa sair um pouco do Rio.

Com os bons relacionamentos das vizinhas, depois que o primeiro marido de Chica morreu, ela conheceu Ricardo, primo de Diogo e se casou com ele. Clara deveria ter uns 4 anos quando a mãe casou de novo. Ricardo já tinha uma filha, com 2 anos na época.

Chica: Aí amiga, obrigada por essa força. Vou falar com o Ricardo e já falar para ele avisar a Branca que a Gisele vai com a gente.

Sofia: Sim. É bom que ela e Marina ajudam a Clara se distrair mais.

Para Clara, os dias iam passando arrastados, a garota focava nos estudos e em planos futuros. Conversou com a mãe sobre o fato de ter chamado Marina para ir morar em San Francisco, Chica gostou de ouvir. Ela entendeu que a filha precisava se encontrar, mas ver Clara indo sozinha para outro país a assustava.

Na escola o bullying continuava, a morena tentava ignorar, mas a verdade é que ela se tornava cada vez mais agressiva. E para piorar a situação, o bullying começou a se estender e atingir Marina. Era quinta, hora do intervalo, as duas estavam na cantina, Gisele tinha se juntado a elas naquele dia.

Bruna: Meirelles, estamos precisando conversar e sério. - Bruna sentou na mesa sem ser convidada.

Marina: E o que eu teria pra falar com você?

Bruna: Pare de se insinuar para meu namorado.

Marina: Ficou louca? Eu nem olhou para seu namorado.

Bruna: Pensa que eu não vejo? Você passa por ele totalmente provocativa.

Clara: Não é culpa da Marina ser bonita. O seu namorado que não presta.

Bruna: Ô sapatão, fica na sua. Minha conversa é com essa periguete aqui que fica se jogando para o meu namorado. - Clara não suportou e derramou o suco em Bruna.

Gisele: Aí meu Deus Clara!

Clara: Você pode me chamar de sapatão a vontade, não é ofensa. Mas, não ouse a falar um "A" da Marina.

Larissa: Já vi tudo! Bruna, acho que você perdeu seu tempo falando para Meirelles ficar longe. Porque pela ira da Clara, esta na cara que elas se pegam. - Clara deu um passo a frente e Marina segurou se braço falando para ela se acalmar.

Pedro: Ah não! Já não basta a Clarinha ser gay. Agora a Marina? Justo as mais gostosas do colégio. É muita injustiça.

Clara: Deixam a Marina de fora! - Gritou.

Larissa: Viram? É só falar na namoradinha que ela se enfurece.

Bruna: Pode até ser namoradinha, mas com certeza ela sente falta de outra coisa, porque isso se joga para o meu namorado.

Marina: Não olho para seu namorado, não dou a mínima para ele, só tenho pena por ela namorar a maior vadia do colégio.

Bruna: Sua cachorra! - Avançou em Marina, mas Clara tomou a frente e a empurrou, que derrapou na poça de suco e caiu com a bunda no chão.

Diretora: Meirelles, Fernandes e Abreu, para diretoria agora!

Assim que chegaram a diretoria, elas contaram o que aconteceu, cada uma separadamente, por juntas só geravam confusão. Não foram suspensas, mas cada uma teria que se encontrar com a orientadora da escola, um tipo de conselheira, duas vezes na semana seguinte, para relatar sobre a semana nas escola, comportamento e atividades.

Ao anoitecer, Clara entrou pela varando do quarto da amiga, a branca ainda estava acordada.

Marina: Estava esperando você. - Viu a morena se enfiar nas cobertas e abraçá-la.

Clara: Eu não quero que você passe por aquilo. Não quero ver ninguém te machucando, perseguindo, fazendo bullying com você por minha causa. Talvez fosse melhor que no colégio você se afastasse de mim.

Marina: Olha para mim. - Segurou o rosto da morena. - Não fale isso de novo. Nunca mais. Eu não ligo que eles me chamem de sua namoradinha. - "Porque é o que eu quero ser." Pensou, mais não disse. - Não vou te deixar sozinha. Não vou te deixar sozinha nunca!

Clara: Mar...

Marina: Se for para você continuar falando besteira, é melhor a gente dormir logo. - Passou a mão pelo rosto da amiga. - É minha escolha ficar do teu lado. É onde eu quero ficar aqui, no colégio, em San Francisco, onde for.

Clara: Você decidiu? - Os olhos dela brilharam.

Marina: Você vai ter que me aturar por muito tempo.

Clara: Para sempre Marina e com o maior prazer. - Caiu abraçando a amiga e não demoram até acordadas, logo o sono pegou as duas.


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Notas finais do capítulo

Beijos!

E aí? Quais as expectativas de vocês para fic?
Breve tem LOVE.