E a Vida Continua escrita por CorujinhaGreyy


Capítulo 9
Stay With Me


Notas iniciais do capítulo

Obrigada aos fofos que comentaram. Sinto muito por meu computador estar um lixo e eu não conseguir responder. Sorry pela rasgada que dei ontem, só que realmente as vezes é frustante. Mas por hoje... quem chorou escrevendo? 0/
Podem me matar depois ok?
Realmente estou com o humor muito variável! Boa leitura.



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POV – Percy

Até o fim do mundo... iria até o fim do mundo para protegê-la.

Penso em quando fui parar no tártaro com Annabeth. Eu não hesitaria um segundo se precisasse ir para lá novamente. Por meus amigos, pelas pessoas que amo, por minha irmã.

Percebo que em apenas uma fração da noite Luce já me ganhou, na verdade ganhou a todos.

Sra. Dodds salta sobre minhas costas, me pegando desprevenido.

Dou uma cotovelada em seu estômago, que a faz cambalear por um segundo. Bem, ao menos foi o suficiente para segurar melhor Contracorrente e parar de frente para a benevolente.

Consigo ver Annabeth. Ela está em uma luta violenta e pouco justa com Tisífone. Vez por outra escuto uns palavrões nada cordiais de ambas as partes.

Sra. Dodds me ataca novamente, dessa vez estou mais pronto e consigo lhe causar um corte leve no rosto.

Ela põe a mão no rosto e grunhe raivosamente.

–Semideus imundo! Argh!! – agora estamos garras contra espada.

Cassete, quando mais se precisa de um intrometido nesse acampamento ninguém aparece!

– O que vocês querem aqui?! – grito avançando para ela novamente.

– Acho que está mais do que claro!

–Para mim não! – Realmente, o que raios elas querem?! – Vai me dizer?!

– Temo que não, querido.

Sra. Dodds me passa uma rasteira que me faz cair de costas no chão. Avança com as garras para mim mas consigo desviá-la com a espada.

Deitado posso ver Annabeth em uma luta corporal com Tisífone, sua testa tem um grande talho.

Merda! Luce! Me esqueci completamente dela com todas essas coisas acontecendo.

Olho ao redor em sua procura.

Por favor esteja bem. Por favor esteja bem. – ecoo um mantra para me acalmar em meio ao desespero.

Como pude me esquecer dela?!

Idiota, ela é sua irmã! Você deveria a estar protegendo! – meu subconsciente grita comigo me repreendo pela estupides.

Se algo lhe acontecesse não poderia me perdoar.

Sra. Dodds me tira de meu devaneio. Recomeçamos bruscamente nossa luta, mas minha mente está no piloto automático.

Mexa seus braços, agora as pernas...

Onde está Luce?! Merda!

Escuto as trompas do acampamento. Finalmente, não acham?!

Perc...! – o grito é abafado, mas sei que chama pelo meu nome. E sei de quem é a voz.

Percy! É Luce! Vá atrás dela! – Annabeth grita para mim no momento em que finca a adaga no peito de Tisífone a fazendo explodir e se transformar em pó.

Fico tentado a gritar de volta que reconheço a voz de Luce, mas no momento não ajudaria em nada Annabeth ficando brava comigo.

Posso ver alguns campistas vindo em nossa direção com uma estranha combinação de pijamas, cabelo despenteado e armas.

ALELUIA! ESSA É PRA LOUVAR DE PÉ! – Estou mais do que irritado com toda essa demora.

Annabeth chega até mim e Alecto.

– Vá procurar Luce, Percy!

– Semideuses estúpidos! – Sra. Dodds grita em meio as risadas e avança em nós dois. – Só temos um motivo para estar aqui. Para nada toda essa briga! Nós no fim a teremos!

Estou pronto para dar um golpe que cortará a garganta dessa cadela, quando Annabeth me para.

–Percy, não! O que vocês estão fazendo aqui?

– Cumprindo ordens. - Avança sobre nós, mas de repente é presa em uma rede de correntes pesadas. São feitas de uma mistura de Bronze Celestial e Ouro Imperial ao que noto.

Leo está pairando acima de nós montado em Festus.

–Ei garota, você sabe que o Leo aqui pode literalmente fazer você se amarrar. – ele sorri para Alecto – sugiro que não se mexa muito ou essa belezura aí vai soltar um pequeno acido em você. Te queimaria. Não queremos esse seu lindo rostinho machucado, não é?

Sarcástico como sempre...

Agora faz sentido porque Annie me parou.

Alecto agarra as correntes tentando quebra-las e como resposta as correntes soltam respingos de um líquido verde. Senhora Dodds urra com a dor.

–Agora, você me dirá o que quero saber ou podemos fazer isso ser bem mais agonizante. Não podemos, Leo? – Annabeth olha para ele com um sorriso inocente que ele retribuí. Parece que estão falando sobre algo agradável que pretendem fazer, não sobre tortura.

– É claro que sim, Annie. – Leo começa a baixar com Festus.

– Me dirá?

– Vadia! – Com a palavra senhora Dodds ganha mais umas pequenas gotas do ácido na pele dos braços.

– Esqueci de avisar que meu invento também não gosta de palavras grosseiras. – Leo adverte com um sorriso estampado. – E a propósito eu consegui embutir um detector de mentiras também, por isso é inútil mentir. Maneiro, não?

– Agora você me dirá: o que vocês estão fazendo aqui? – Annabeth está mandona, penso que quando for morar com ela é melhor me comportar muito bem.

– Já lhe disse, cumprindo ordens! – Um novo jatinho, dessa vez na perna. A carne da bruxa está derretendo e isso me causa náuseas, mas também pena.

–Mentira. Por que estão aqui?

– Pela menina... – ela está começando a ficar cansada.

– Porque? Diga e quem sabe eu tenha pena e mate você. – Sério, Annabeth me assusta.

– Pela mãe dela... fomos responsáveis por puni-la... estávamos interessadas na criança.

– Que tipo de interesse vocês tem pela minha irmã?! – oh, não percebi as palavras saírem mas estou furioso. – Responda-me!

– A vida dela foi interessante... as parcas, elas não podem tocá-la... a menina é ameaça...

Merda! Elas pretendem mata-la!

Como se em resposta um grito alto e estridente vem do bosque. O reconheço por mais cedo. É o grito de Luce!

Corro o mais rápido que posso para dentro do bosque.

Porcaria... ela a machucou? Irei até o inferno se tiver feito!

Por favor esteja bem, por favor esteja bem...

–Luce! Luce! – estou em desespero. Porra, perdemos muito tempo com Alecto! Eu sou extremamente imbecil, merda!

Corro a procura de minha irmã, consciente de que Leo e Annabeth estão me chamando.

Não me importo! Por favor esteja bem, por favor que não esteja machucada...

–Percy... – ouço o chamado, é baixo e curto porém o suficiente para me alarmar e prevenir. É a voz de Luce, e parece ferida e cansada.

Se a machucou...

Algo salta sobre mim e pelo peso e cheiro sei que é Megera, a única que sobrou.

– Atrasado herói! Atrasado como sempre!

Atrasado?

O que você fez para ela?! – estou com a mais pura adrenalina correndo em minhas veias, não sei como mas ganho força extra e com um único golpe a derrubo.

Paro em cima de Megera de uma maneira que ela está imobilizada, Anaklusmos brilhando com minha fúria em sua garganta.

– O que você fez? Onde ela está?! – caramba, nunca me peguei com tanta raiva assim.

Megera ri.

– O que devia ter feito. – lança-me um sorriso sínico que me leva diretamente a estrada da fúria.

Corto a garganta de Megera, ela vira pó. Espero que queime nas profundezas do Tártaro por isso.

Olho em volta a procura de Luce.

–Percy... – um sussurro baixinho de sua voz doce me leva até ela. Procuro com o olhar e a vejo em uma clareira.

Corro até a clareira. Luce está deitada nas raízes de uma árvore sobre um pequeno amontoado de folhas.

Seu rosto está arranhado e seu braço com alguns hematomas e marcas. Está sem seu casaco e penso que ela deve estar congelando.

Olho para seu peito e há um rasgo em formato de garras em sua pequena blusa, está sujo de sangue. Isso no momento não é o que me preocupa mas sim o rasgo em sua garganta.

–Luce! – ajoelho-me a seu lado e a cubro com meu casaco. Tiro a blusa e pressiono em seu pescoço, no corte.

– Você me achou... – lentamente ela levanta seu braço esquerdo e toca meu rosto de leve com as costas da mão. Consegue me dar um pequeno sorriso.

–Vem, vamos sair daqui. Você vai ficar bem... – começo a levantá-la em meus braços. Não sei a que tempo comecei a chorar mas acabo de notar minhas lágrimas.

Ela me dá um breve sorriso infantil, o sorriso gracioso que sei que conquista a todos. Ela começa a fechar os olhos, está como uma pessoa relutante para o sono.

– Fique acordada, por favor. – chamo para ela. – Luce, por favor.

Como uma pessoa que reluta em dormir, ela também perde a luta e fecha os olhos. Sua cabeça tomba levemente para o lado.

Não! Não! Não!

–Luce... – me rendo totalmente as lágrimas e então percebo que estou correndo com minha irmã nos braços para fora do bosque.

Fique comigo Luce. Por favor, acorde...


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Notas finais do capítulo

E agora, o que será da minha fofinha? Mato ela? Deixo viver? Acho que vou deixar vocês decidirem!