E a Vida Continua escrita por CorujinhaGreyy


Capítulo 16
Um Novo Começo


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem e desculpa pela demora.



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POV – Annabeth
Como foi minha noite? Vou te contar como foi minha noite. Uma perfeita catástrofe!
Primeiro chovem aranhas na minha cabeça. Aracne e Atena não são nem um pouco amiguinhas se você não sabe. Foi por culpa dessa asquerosa que Percy e eu fomos parar no tártaro. Quer mais?
Depois vem o idiota do Di Angelo com sua maldita água com açúcar. Que tal mais um pouco?. Tenho ótimas sugestões de onde você enfia essa água...
Fora os pesadelos. Não dormi a noite toda, sempre vindo a mesma imagem daquela coisinha maldita me atacando...
Will e Mariana que não pensem que isso sairá barato! Deixe-me descobrir as falhas deles para verem se eu também não sei trolar. Talvez eu peça ajuda de algum filho de Hermes...
Estou na casa grande a pedido de Quíron, parece que ele vai enviar um pequeno grupo á cidade e quer que eu vá junto. Sem mais detalhes até que os demais cheguem.
–Limonada, querida? – Quíron me tira do meu pequeno devaneio vingativo.
–Claro. – me remexo inquieta no sofá com estampa de onça lilás do Sr. D. Eventualmente ele ainda aparece aqui por uns castigos (que na verdade é a mais pura saudade). – Quais de nós seremos enviados com Argos?
–Cinco de vocês . – Quíron responde.
–Quem? – Pergunto, mas não encontro minha resposta.- Com que proposito nós seremos enviados? – novamente nenhuma resposta. Bufo com a impaciência.
Alguém bate à porta. Finalmente chegaram! Quíron abre a porta do escritório.
Rachel e Jason entram.
–Qual o problema Quíron? – Jason pergunta.
–Por favor, apenas se sentem e esperem todos estarem aqui. - Ele suspira como se já estivesse frustrado o suficiente com minhas perguntas e aponta o sofá para eles. Bem, já somos três. Quem serão os dois atrasados ?
– Oi Annie. – Jason sorri para mim e se senta.
Rachel está na porta conversando com Quíron. Porque com ela ele conversa?!
–Acho que agora estamos todos aqui. – Quíron anuncia após o que acho serem mais uns sete minutos. Me viro para ver quem chegou.
Elena, Luce e... Mariana.
Eu e Jason juntos era até compreensível por sermos bem preparados, mas... Rachel, Mariana, Elena e Luce? Afinal o que faremos? E não éramos apenas cinco?
– Por favor prestem muita atenção para que eu não tenha de repetir, estou com uma pequena enxaqueca. – Quíron começa. – É apenas uma... missão? – ele sugere.
–Missão? – Elena se surpreende. – Comigo? E Luce? – ela olha estagnada, como se Quíron fosse louco. Admito que também penso se ele não está caducando.
– Não, querida. Não esse tipo de missão. – ele sorri afetuoso. – Não pode ser muito perigosa. – Jason levanta a mão esquerda como se estivesse no pré e fosse pedir algo á professora.
–O que exatamente nós faremos? Por que nenhum outro garoto, apenas eu? – É... foi razoável.
–Se vocês me deixarem concluir... digamos que é uma missão shopping. Vou lhes passar suas funções. Jason: Proteção para as meninas. Annabeth: Ordem e cuidados com Luce. Rachel: cartão de crédito. Luce e Elena: comprarem algumas roupas para si.
–Como assim? Você pode ser mais especifico? – pergunto.
–Pois bem querida. Do início. Vocês cinco sumirão desse escritório e entrarão na van com Argos. Irão até o shopping. Elena e Luce comprarão roupas. Jason ficará na guarda de vocês, garotinhas. Rachel pagará. Você vai cuidar de Luce que evidentemente é uma criança, para que SEU namorado não dê piti, e garantirá que todos cumpram suas funções. Ficou claro agora? – ele massagea as têmporas.
–Quíron...? – Mariana começa cuidadosa.
–Sim?
–E onde eu me encaixo?
–Eu iria conversar com você, mas não estou em condições. Sinto muito, querida. Pode ir para suas atividades e grato por trazer sua irmã até aqui. Os demais... – bate palmas e nos espanta como moscas. – Xô, vai, vai, vai, vai.
–Você sabe porque ele estava tão irritado? – Jason pergunta enquanto saímos do casarão. As outras garotas estão mais na frente.
–Talvez por causa da enxaqueca, ele disse que tinha uma. – dou de ombros - Ele não conversou comigo também. – Quíron nunca omite nada de mim e no entanto... é realmente esquisito.
–Partiu shopping? – Jason levanta uma sobrancelha para mim. Eu gemo ao ser recordada dessa parte.
–Infelizmente.
–---~----
–Vai Annabeth, desmancha essa cara. – Rachel me puxa de meu devaneio.
–Que cara? – Indago. Estou sentada de frente para ela, de costas para o trânsito. A nova van nos dá essa opção, embora eu sinta um pequeno enjoo.
–Cara de morte. Não pode ser tão ruim assim você ser uma adolescente normal que vai ao shopping.
–Ah, pode sim. – retruco.
–Vocês reclamam de barriga cheia. – Jason entorta o corpo para olhar para nós. Ele está no banco da frente, ao lado de Argos. – Vejam pelo meu lado, eu sou a pessoa que vai fazer a escolta das bonequinhas. Um garoto que vai ficar sentado ou em pé em algum canto, totalmente entediado, vendo vocês escolherem roupas. Eu é quem vou sofrer. – ele coloca as mãos unidas na frente do peito e faz cara de piedade. Nós quatro rimos.
–Ora vamos, Chase. – Rachel tenta me animar.
–Parece legal. – diz Luce ao vir do fundo e se jogar do meu lado.
Ok... por ela. Por esses olhinhos verdes que me lembram o Percy... eu até posso pensar em compras.
–O que você acha Elena? – pergunto para ela, que após Luce ter vindo para a frente, também veio e se sentou do lado de Rachel.
–Vamos ao shopping de Manhattan? – ela pergunta e eu confirmo com a cabeça. De repente seu olhar perde o brilho e seu rosto revela dor. – Aquele lugar me trás algumas recordações...
Fico curiosa em relação a essas recordações mas não pergunto. Não é preciso de muito para saber a hora de parar e quando alguns assuntos machucam. Não quero magoar minha irmã.
–Sabem de uma coisa? Nunca saí assim, com amigas em um lugar de garotas. Estou me sentindo quase uma adolescente de verdade. – Luce decide por quebrar o clima pesado que se formou e sou grata a ela.
–Somos todas suas amigas? – pergunto, impossibilitada de não sorrir para essa fofura.
–Ah, não somos? – ela arregala os olhos e cora. – M-me desculpe, e-eu achei que éramos. – ela pisca repetidas vezes, e até envergonhada e confusa é perfeitinha.
–É claro que somos! Ou você acha que eu me reúno com um bando de garotas qualquer para perder o tempo no shopping? Não mesmo! – dou risada do quanto ela ficou envergonhada. Luce está vermelha até a raiz dos cabelos.
–Você também, Jason? – ela questiona ao decidir que se está na chuva é para se molhar.
–Se também sou sua amiga? É claro que sou, embora eu prefira o termo amigo ao invés de amiga... Mas deixa pra lá gataaaaaa! – ele solta um gritinho agudo e balança as mãos freneticamente, bem gay. – Vamos às compras migaaaaaasss!!!
Todos gargalhamos enquanto a van começa a estacionar.
Estamos a um quarteirão da entrada do shopping, já que foi o único lugar em que achamos vagas.
Jason coloca Luce de cavalinho no pescoço no momento em que vou pegar em sua mão, afinal não quero que ela morra atropelada. Não entendo a necessidade que todos sentimos de pegar Luce a todo momento. Duas garotas de braços dados passam por ele cochichando e dando risadinhas. Ah se Piper estivesse aqui...
–As regras! – me lembro, o que faz Jason e Rachel suspirarem de frustração e Elena e Luce me encararem com olhares confusos. Uou, isso pesou...
–Desnecessário, vamos. – Rachel diz e se vira para seguir em frente. Jason e Elena seguem o exemplo.
–Alto lá os quatro!
–Ah, Annabeth... – Jason reclama.
–Cada um sabe sua função, não é? – desafio.
–Sei que Quíron disse missão, mas não leve tão a sério. – Rachel contradiz e dessa vez segue em frente sem olhar para trás. Bufo desistindo. Quando parei de ser levada a sério?

POV – Jason
É claro que eu percebo. É claro que eu vejo que tem uma garota de saia de couro falso muito colada e muito curta me encarando. Ela também faz questão de me dar uma boa visualização do decote.
Rachel joga um sutiã rosa na minha cara.
–Aquela baranga tá praticamente te devorando. – ela ri.
–É claro que ela tá. Por que raios um garoto estaria em uma loja de lingeries? Por favor me diz que vocês acabaram. – jogo o sutiã de volta nela.
–Não, consegui convencer Annabeth a comprar alguma coisa para ela. O Percy deveria realmente me agradecer, porque hoje tem! – nós dois gargalhamos. – Por que você não leva algo para Piper? Quem sabe você também visita o chalé sessenta e... – ela tem um sorrisinho malicioso enquanto coloca uma mecha de seu cabelo ruivo atrás da orelha. – você entendeu.
–E você, vai me dizer que não visita? – desafio.
–Ah querido, eu não namoro... Amiguinha, para que tá feio! Ele namora tá bom?! – ela grita para a garota, que fica vermelha como um pimentão e vai para o caixa.
–Você não tem limites. – balanço a cabeça negativamente, rindo dela.
Estou com uma bela dor nas pernas e me jogo no banquinho cinza e baixo que há entre duas araras de camisolas de ceda, ou talvez cetim, não vejo diferença.
–Podemos ir agora? – Luce aparece, com uma incrível carinha de sono.
–Cansada? – pergunto e a coloco no meu colo.
–Uhum, Elena está ajudando Annabeth a escolher uns trecos que eu não sei o que são. Tem uma meia longa com umas tiras e uma blusa dura de amarrar nas costas... elas estão enrolando! – Luce conclui jogando a cabeça para trás e fazendo careta.
–Meia com tiras e blusa dura? Pera aí... – Rachel revira uma arara – Era isso aqui? – ela pergunta erguendo as tais coisas que batem com a descrição de Luce. A pequena assente. – Ah, veja: essas são meias de ligas e essa blusa dura se chama corpete.
–Meias de ligas? – Luce pergunta. – Pra que servem? Como usa? – ela está realmente intrigada.
–Essas tirinhas são ligadas na calcinha, daí...
–Rachel! – a censuro. Isso certamente que não é assunto de criança!
–Mas ela quer saber! – ela aponta – Eu disse que o Percy deveria me agradecer depois.
–Não entendi. – Luce parece confusa, e é melhor para ela que não entenda. – Quero ir embora! – ela protesta e eu tenho de concordar, a Victorias Secrets não é lugar para nós.
–Precisamos ir a uma loja de roupas infantis e, quem sabe, fazer uma visitinha na Mary Kay? – Rachel sugere para ela, que em resposta geme.
–Eu não preciso de roupas e não uso maquiagem. – ela tenta.
–Vai andar pelada? – Rachel questiona.
Luce desiste com um gemido e joga a cabeça no meu ombro.
Annabeth e Elena aparecem com uma cesta de roupas e sei que serão mais sacolas para eu carregar, que aliás já estou cheio delas.
–Vamos pro caixa e terminamos nessa loja. – Annabeth declara.
–Preciso ir no banheiro. – Luce pede.
–Eu também. – me junto.
–Vou pagar isso e nós vamos. – Rachel pega a cesta e vai para o caixa.
–---~----
Sobre os banheiros masculinos dos shoppings: evite. Digamos que eles não sejam dos mais limpinhos e um tiozinho estranho fica te encarando. Não foi muito agradável.
O pior após usar o banheiro foi constatar que eu estava com quatro meninas. O que tem de tão assustador? Ao passo que eu não demorei sequer cinco minutos, elas estão lá dentro há 15! Estou seriamente considerando entrar e ver se alguém morreu para ter tanta demora.
Decido que cansei de esperar e paro uma garota asiática que estava passando.
–Com licença, senhorita? Poderia me fazer um enorme favor?
–C-claro. – ela suspira admirada. Fazer o que se sou irresistível? (mentira, corta essa parte, a Pipes vai me matar). – Quer dizer, se estiver ao meu alcance... – ela deixa a última frase um pouco pendente.
–Ah, vai estar. Poderia entrar naquele banheiro para mim e ver se minhas amigas estão bem? –aponto para o banheiro. - Elas estão demorando bastante. – faço uma pausa e a garota não me responde. - São fáceis de serem reconhecidas: duas garotas loiras com uma ruiva e uma menininha de uns cinco anos de olhos verdes... – ela pisca despertando e vai ao banheiro. Em poucos segundos após ela ter entrado, ouço um grito estridente que sei que não, não há nada bem lá dentro. Corro para o banheiro.

POV – Annabeth
Eu nunca comprei algo tão sexy. Essa lingerie vermelha é... provocante. Penso em algumas coisas que faria a usando e que certamente não seriam nada apropriadas para o horário.
Estou em frente ao espelho ajeitando o cabelo, quando Luce me pede para refazer seu rabo de cavalo, que estava torto e frouxo.
–Prontinho. – digo ao finalizar. E deuses ela se parece tanto com Percy... é irritante pensar no quanto o amo e em como ele demonstra amor por ela. Será que se um dia nos casarmos vamos ter filhos? Eles terão os olhos verdes do pai? Vão ser lerdos, mas mesmo assim fofos? Uma voz que ouvi pela última vez a dois anos me tira do pensamento.
–Ora, ora, se não é Annabeth Chase. – olho no espelho e a pessoa que está a meu lado retocando seu batom vermelho prostituta é Kelli, a líder de torcida empousa. – Sentiu minha falta? – com um único movimento empurro Luce para trás de mim e me viro para ela, com a mão na adaga pronta para sacá-la a qualquer momento.
–Annie? – Luce chama. – Ela é má?
Kelli ri de Luce.
–Quem é essa pirralha? Ela parece com seu namorado. Ele pulou a cerca? – ela cochicha com falso espanto.
Luce aperta e se encolhe em minha cintura.
–Você é feia. É de metal. – ela diz e com isso Kelli mostra os dentes e grunhi para ela. – Não tenho medo de você!
–Quando eu comer sua língua e seus olhos vai ter! – Luce é minha heroína por tirar a razão dessa cadela. Quando ela avança em minha pequena, com um único movimento puxo a adaga e enfio entre suas costelas.
Elena sai do biombo em que estava e ao ver a cena avança. Rachel também saí logo em seguida, e com uma exclamação de aí que merda puxa Luce para longe da briga.
Elena apesar de ser mais baixa que Kelli a puxa pelos cabelos, fazendo que ela fique com a cabeça totalmente inclinada para trás e com a garganta totalmente exposta. Com um movimento preciso ela corta o ponto correto do pescoço da empousa, que desaba engasgando.
–Ela é minha. – anuncio para minha irmã antes que ela termine de matar Kelli. – Meu namorado me ama e sou mais do que suficiente para que ele não precise pular a cerca, - me ajoelho para ameaçar em seu ouvido - aquela pirralha é irmã dele, e os deuses sabem, nós gostaríamos que fosse nossa filha. E eu não admito que dessa sua boca puída saia algo sobre os dois, sua mal amada! Se você não é feliz e não tem um amor na sua vida problema seu, mas jamais se aproxime dos meus. Estamos conversadas? Agora volte para o tártaro que é o seu lugar. – digo fincando a adaga em seu peito. Aprendam: não se deve mexer com uma garota na TPM. Kelli explode em pó de monstro aprendendo sua lição. – Vadia.
Ao olhar para trás vejo três queixos totalmente caídos e assustados.
–Ai. Meu. Deus. – Rachel solta.
–Uou, essa deu medo até em mim. – Elena suspira.
–É sério a coisa de que você e Percy gostariam de ser meus pais? – Luce está radiante e não posso evitar de sorrir para ela.
–É claro, nós te amamos muito. – estico os braços pedindo um abraço, do qual ela prontamente vem atender. Beijo o topo de sua cabeça. – Se você fosse nossa filha eu tenho certeza que nossa felicidade estaria completa.
–Eu seria feliz. – ela solta e nós duas rimos. – Percy é muito bom e te ama, nunca duvide. – isso me surpreende.
Talvez nem tanto quanto ao momento em que olho para Rachel. Ela está ficando paralisada e séria. De repente seus olhos começam a brilhar e uma fumaça verde escapa de sua boca. Aí que merda! Uma profecia! E no meio de um banheiro do shopping!
Uma garota entra totalmente grogue no banheiro bem nesse momento. Pode piorar?
A aura do local está mais pesada e sombria.
Que todas as forças nos protejam nessa nova jornada, garantindo a volta segura de mais uma missão... que os deuses nos protejam do que virá... que não soframos muito, que dessa vez seja algo brando... - começo a ecoar o pedido na minha mente.
Quando Rachel começa a falar a garota grita e Jason entra correndo no banheiro.
– Uma criança que não pode ser tocada, vista ou ouvida. – Rachel começa a anunciar. - Três vidas que serão perdidas.
Do mar virá a defesa final,
Embora não salve o amor real.
O anjo, o deus e o irmão
Escolherão se haverá perdão ou morte então.

Temos motivos para temer. Uma nova profecia paira sobre nossas cabeças.


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Notas finais do capítulo

E aí semideuses? Não sou nenhum Rick Riordan mas eu tento...
ps: sem comentários sem capítulo, por favor não me deixem no vácuo, eu amo vocês ^-^



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