Ler NOTAS INICIAIS, é SUPER IMPORTANTE

______________________________________________

Casa dos Shay:

Cody Shay assistia televisão tranquilamente, enquanto comia pipocas de microondas.

Já era a decima vez que assistia o mesmo reality show, suspirou cansado, aquela noite estava mesmo um saco!

Desligou a teve e se dirigiu a cozinha, onde “caçava” mais porcarias para comer. Cody se decidiu por um pacote de M&M, ele amava aquelas bolinhas de chocolate coloridas.

Voltou para sala e tornou a ligar a teve, zapeava pelos canais impaciente nada lhe agradava, ou melhor, o problema não estava na televisão, e sim em sua mente. Ultimamente certa garota de olhos penetrantes dominava por completo seus pensamentos.

– Droga – ele murmurou quando suas bolinhas de chocolate caíram no chão.

Cody abaixou-se e pegou as bolinhas.

– Regra dos dez segundos – sorriu travesso colocando as bolinhas coloridas em sua boca.

Din-don

A campainha tocou

– Quem é o desavisado que vem na casa das pessoas há essa hora? – resmungou caminhando até a porta.

– Jennifer? – indagou com os olhos arregalados quando abriu a porta e deu de cara com a ruiva.

– Eu mesma – falou entrando – como vai você, louro?

Jennifer Mourou, ou como gostavam de chama-la, Jennifer Perfeição, Cody já era apaixonado pela garota desde que tinha dez anos, a ruiva era considerada perfeita; alta, magra, logos cabelos ruivos com enormes cachos nas pontas, olhos verdes penetrantes, além de ser incrivelmente sedutora. A garota era de fato "perfeita".

– E-eu vou bem – gaguejou.

– Nervoso em me ver, Cody? Sempre achei que fosse um conquistador nato – a garota passou vagarosamente seu dedo pela mandíbula do garoto.

Sua mandíbula trincou.

– E eu sou – disse confiante enquanto se aproximava – o que acha de ser conquistada por mim? – sussurrou de maneira sexy no ouvido da ruiva

– Quem sabe? – ela gargalhou e se distanciou um pouco, ainda próximo do garoto. – depende da sua perseverança, eu não sou nada fácil.

Era a mais pura verdade. Jennifer, apesar de ser considerada “perfeita”, tinha namorado apenas uma vez na vida com um moreno, John, o namoro durou dois anos, romperam, pois John mudou de cidade com a família.

– Eu não desisto fácil.

– Quem sabe essa sua perseverança não valha a pena afinal? Mas por enquanto o que acha de nos irmos à nova boate que abriu há alguns dias?

Cody parou por um estante, se saísse e não voltasse antes que sua mãe chegasse estaria seriamente encrencado, mas quem se importava com uma mera bronca, sabia que Carly nunca os castigara, quando tinha a garota mais bela do colégio, do qual era apaixonado há anos, em sua companhia em uma balada? Cody realmente não se importava, não pensou nenhuma vez nas consequências.

– Claro. Espera por um estante, vou trocar de roupa.

– Tudo bem – esboçou um sorriso

Quando percebeu que Cody já estava em seu quarto, respirou fundo e disse para se mesma.

– Coragem Jennifer. Às vezes é preciso sacrificar certos ideais por causas maiores – a ruiva disse em um suspiro cansado enquanto enrolava as pontas do cabelo.

Enquanto isso, no jantar...

Sam, Carly, Freddie, Annie, Jace e Hannah, chegam ao restaurante italiano, ‘Ristorante Famiglia di Itália’, e logo deram de cara com uma enorme mesa repleta de convidados.

– Oi pessoal – Carly cumprimenta animada.

Todos se levantaram de suas cadeiras e vieram abraçar a morena, e depois a Sam, que não fazia questão de retribuir o gesto de educação.

– Sam, seja educada – Carly ralhou.

– Será que a gente pode deixar os abraços para depois e ir comer? Eu to morrendo de fome – Carly reprova a loura com um olhar fatal.

– Sam tem um ótimo senso de humor, sempre cheia de gracinhas, não é Sammy? – Freddie justificou com um sorriso largo.

– Sam Puckett? Eu tenho uma amiga que se chama Sam Puckett. Não é coincidência? – Cat ria boba.

– Sua cabeça de vento. Eu sou a sua amiga – a loura foi ao encontro da ruiva boba.

– Ah meu Deus – Cat solta um gritinho agudo puxando a amiga para um abraço de urso – senti tanta a sua falta, nem sabia que você era a Sam que a Charlie tinha me convidado para o jantar.

– Menos, ruiva. Chega de abraços por hoje, minha cota estourou – empurra Cat – e não é Charlie, sua besta, é Carly.

– Tanto faz. Eu sempre confundo o nome das pessoas. As crianças também estão morrendo se saudades de você.

– Também sinto falta dos pirralhos – Sam pensa em Meri e Adam e sorri involuntariamente – mas o que está fazendo aqui se achava não me conhecia? – a loura arqueia a sobrancelha.

– Eu gosto da Charlie, eu era fã dela, e também eu adoro jantares.

– Como achou ela, Carls? – Sam se vira para a morena que tagarelava com o resto dos convidados.

– Ahã? Como eu achei a Cat? Trombei com ela no supermercado um dia desses e ficamos amigas. Queria te apresentar a ela, mas vejo que já se conhecem, espera... De onde vocês se conhecem?

– Eu morei um bom tempo com essa ruivinha estabanada – sorri fraco – mas nos afastamos quando ela se casou com o Marvel – diz com desgosto, só de lembrar-se do cafajeste sua garganta da um nó.

– Ok, Ok, todos estamos apresentados, certo? Bem, mais ou menos, mas podemos fazer isso enquanto comemos, então manda o rango – uma morena gritou chamado atenção de todos na mesa.

– Donna – ralha outra morena – isso são modos?

– Cala boca, Amy. Estou com fome e aposto mil dólares que nossa convidada também estar.

– Concordo com você aí doidinha – diz Sam – estou vesga de fome e esse povo não fecha a matraca.

– Se nossa querida convidada de honra – fala Amy com uma pitada de ironia na voz – está com fome, vamos escolher o prato – ela puxa o cardápio das mãos de Donna que resmunga.

– O que vão querer rapazes? – Carly pergunta ao grupo de homens que conversavam sobre futebol.

– Qualquer coisa, menos essas frescuras de mulher – responde Marvel.

– Seja mais especifico, Marvel – Carly diz revirando os olhos.

– Que tal uma macarronada? – sugeri Gerald, esposo de Amy.

– Boa ideia. E o que mais?

– Lasanha, eu amo lasanha – Gibby fala empolgado.

– Baleia orca, há quanto tempo – Sam fala tirando sarro do amigo – como anda a vida a dois? Soube por meio de fontes que alguém se casou.

– Mia é perfeita, a mulher dos sonhos de qualquer um – ele da um selinho na esposa – e fruto do nosso amor é a minha princesinha, Bela.

– Oh meu amorzinho, assim eu choro e borro a maquiagem – Mia fala emocionada com a declaração do marido.

– Gente minha diabetes tá atacando aqui – zomba Spencer que até o momento estava calado.

– To contigo nessa, irmão. Esse povo é muito meloso – diz a loura – Há quanto tempo em Spencer? Nunca foi me visitar – Sam se faz de sentida.

– Foi mau, saco sem fundo. Mas eu to investindo pesado na minha carreira de artista. Quero juntar dinheiro para meu casamento com a Tiffany, o amor da minha vida – Spencer se declara apaixonado.

– Owwtt meu pãozinho com açúcar vai me pedir em casamento em breve, é? Oh Spencer, também te amo tanto, não imagino minha vida sem você – ela beija os lábios do futuro marido.

– Pessoal estou segurando vela aqui – Sam resmunga – com o passar dos anos vocês estão mais melosos e insuportáveis – coloca a língua para fora como sinal que iria vomitar.

– Sam, olhe os modos – Carly ralha.

– Carlynha, se não me engano esse jantar é para eu rever meus amigos e conhecer os seus, então para de ser chata e curti um pouquinho. Qual é a graça de um jantar entre amigos se não pode fazer nada que sejam considerados “maus modos”? – Sam pergunta irritada.

– Foi mal, loura – Carly diz arrependida – Sam, por que você não apresenta a Annie para todos? Afinal ninguém a conhece – fala tentando mudar o assunto

Sam engole seco. Teria que apresentar Annie – como sua filha – e sem a presença do “pai”.

Annie conversava empolgada com Hannah, que até o presente momento não tinha dito uma palavra – o que é um milagre – de tão envolvida na conversa da pequena.

– Amigos e pessoas que não conheço – Sam levanta da cadeira ficando de pé – quero que conheçam minha filha, Annie. Vem cá filhinha, comprimente os amigos da mamãe – a loura diz cinicamente.

– Oi Pessoal – fala Annie ainda sentada – meu nome como a Sa... Minha mãe disse é Annie, mas podem me chamar de Ann – diz piscando os olhinhos de maneira adorável.

Todos soltam um “Own” e Annie sorri timidamente.

“Essa garota é uma atriz nata” – pensa Sam observando a cena.

Logo todos pediram seus pratos. Sam conversava com Cat sobre as crianças e as novidades. A ruiva exigiu uma explicação para a suposta “filha da amiga” e Sam disse que conversariam mais tarde sobre o assunto.

Sam também jogava conversa fora com Tiffany, uma louquinha super gente boa, e Donna, que era completamente louca explosiva e agressiva além de ter muito senso de humor. Donna lembrava Sam quando era mais jovem, no quesito personalidade. A morena tinha 25 anos

Carly começou a falar sobre uma nova grife de moda e um desfile que organizaria em breve. A morena tinha se tornado uma estilista muito bem sucedida.

Os homens tagarelavam sobre coisas banais como esportes. O namorado de Donna, Daniel, era técnico do time de futebol de uma universidade de esportes, “Warriors”, e convidou a todos (inclusive as mulheres) para assistir um jogo muito importante no próximo fim de semana.

A comida chegou, mas nem por isso o param de conversar. Um clima aconchegante e nostálgico tomava conta do lugar.

Sam, Carly e Freddie contavam a todos suas aventuras na adolescência, arrancando gargalhadas de todos.

Annie já dormia no colo de Hannah, que passava os dedos no cabelo da garotinha adormecida. Hannah também conversava com Amy e Gerald sobre o quanto queria ser mãe, e a maternidade era um verdadeiro sonho.

– Se sonha tanto em ter uma criança por que não tem Hannah? Você vive babando todas as crianças que conheço – Amy perguntou.

– Freddie – ela suspirou – ele diz que não quer ter filhos, e só vai pensar em mudar de ideia depois do casamento, se é que um dia nos casaremos – murmurou baixo, mas o casal ouviu por conta da proximidade.

– O quer dizer com isso amiga? O Freddie te ama mais que tudo.

– Já não tenho tanta certeza assim – diz vagamente fitando Annie que dormia em seu colo.

– Não fala asneira Hannah, que bobagem é essa? – Hannah a olhou tristemente – vamos mudar de assunto, isso está parecendo clima de velório.

– Tem razão. Então você vai ao desfile da Carls?

– Claro, não perderia por nada – fala empolgada.

Do outro lado da mesa...

– Então Sam, quem é seu marido? Ele mora aqui? – questiona Mia

– Err... Nos moramos em Los Angeles, o nome dele é Douglas, ele é um ótimo pai para a Annie, e muito carinhoso como marido também – finge um sorriso que sai mais como careta.

– Eu e o Spencer queremos ter muitos filhos, nosso proposito é encher a casa de crianças – Tiffany diz sorrindo.

– Annie é adorável, Sam, parece ser um doce de criança.

“Só parece mesmo” – Sam resmunga em seus pensamentos. Mas se limita a responder com um sorriso fingido.

– Gente a conversa está muito boa e tals, mas eu preciso ir – loura anuncia.

– Mas já Sam? Fica mais um pouco – pede Donna com uma cara fofa.

– Já te passei meu numero e eu tenho o seu, marcamos de ver uma luta um dia desses.

– Combinado, nada de esquecer-se de mim, viu Puckett?

– Nem se eu quisesse– as duas caem na gargalhada – agora é serio preciso ir.

Sam vai até Hannah, que a contra gosto devolve Annie a Sam. Mas a loura estranha à ausência de certo oxigenado, que até então não estava presente.

– Onde está o Jace?

– Não sabemos, Sam – responde Freddie vagamente – ele disse que iria sair e até agora não voltou.

– Argh. Onde aquele moleque se enfiou? – diz começando a ficar nervosa.

– Calma amiga – Carly coloca suas mãos nos ombros da loura – não fica nervosa, daqui a pouco ele aparece, fica aqui mais um tempinho. Ele vai chegar daqui a pouco, você vai ver.

(...)

– O idiota ainda não apareceu

– Sam, tenta manter a calma, ficar nervosa não vai resolver nossos problemas, pelo contrario, só piora a situação. – Carly tentava apaziguar a situação.

Os convidados já tinham ido embora, sobraram apenas Sam, Freddie, Carly, Donna, Daniel e Annie, que dormia.

– Fica calma Puckett – diz Donna comendo sua terceira sobremesa.

– Dá para parar de me mandar ficar calma? – Sam fala irritada – não um dos seus filhos que está desaparecido – olha para Carly – ou um irmão seu – encara Donna – ninguém perdeu alguém especial, então calem a porcaria da boca – berra

– Quer saber? Eu tento ajudar, mas só levo patada, então eu to caindo fora, vamos Hannah? – Carly pega a bolsa e juntamente com Hannah sai do restaurante.

– Te vejo mais tarde amorzinho – Hannah beija Freddie nos lábios e sai do local.

– Samzinha te desejo toda sorte desse mundo, me mande noticias do garoto, amei te conhecer, mas eu tenho que dar trabalhar amanhã, então beijinhos – Donna aperta as bochechas da loira e caminha até a porta.

– Foi um prazer conhece-la Sam. Finalmente conheci alguém tão louca quanto a minha esposa – Daniel diz rindo

– Ainda vai conhecer muita gente louca nesse mundo, até pior que eu.

– Duvido. Tchau Sam, Freddie.

O casal sai, ficam apenas Sam e Freddie na mesa. Um silencio para no ar, não um silencio bom, e sim um constrangedor.

– O moleque é muito importante para você, não é? – o moreno indaga

– Dobra a língua para falar dele, senão eu te arrebento. Jace é meu irmãozinho mais novo.

– Ok. Nada de falar mal do pirralho – Sam o fuzila com o olhar – parei.

– Se tem amor pela sua vida é melhor mesmo.

Freddie se aproxima da cadeira de Sam e suspira auto.

– Vai ficar tudo bem. Jace deve ter ido um pouco longe e está demorando a voltar.

– Não sou idiota, Benson – seus olhos marejaram – Jace mal sai de casa, ele deve ter sido sequestrado – uma lagrima escorre pelo seu rosto.

– Pensa positivo, lourinha.

– Não dá. A verdade dói. O melhor a fazer é aceitar os fatos, Jace foi sequestrado – diz não contendo mais as lagrimas.

– Não chora Sam.

Sem ao menos pensar nos atos, Freddie puxa a loura para um abraço apertado. Ele envolve o corpo gélido de Sam no seu que queimava em brasas. No inicio o corpo de Sam estava tenso, mas o moreno não a soltou, pelo contrario, a apertou ainda mais contra seu corpo, até que Sam o respondesse.

Freddie desfez o abraço, mas ainda estava próximo a loura, suas testas coladas. Os olhos azuis de Sam brilhavam. Freddie mergulhou naquele oceano azul, que eram os olhos da loura.

Freddie roçou seus lábios nos de Sam. De inicio foi apenas um singelo selinho, que se aprofundou até um beijo. A sincronia de suas bocas era inegável, Freddie sentia o hálito de lasanha e tinha vontade de aprofundar ainda mais, ele pediu espaço para língua e Sam cedeu, a língua do moreno explorava cada canto daquela boca, sentindo os diversos sabores. As línguas dançavam em uma perfeita sincronia, o ar estava escasso, mas nenhum dos dois se importava com esse “detalhe”. O beijo se intensificava cada vez mas, seriam acusados de atentado ao pudor se não parassem, mas eles não pararam!

Freddie colou o corpo de Sam ainda mais ao seu, a puxando cada vez mais pela cintura. Sam bagunçava os cabelos do moreno empurrando sua nuca para ainda mais próximo.

Mas o ar se fez extremamente necessário. Os dois se soltaram, ainda se encarando.

De inicio, Sam não sabia o que dizer, mas assim que recuperou a consciência fuzilou Freddie com o olhar.

– Sam... Eu posso explicar