Bad Blood escrita por Anninha Antonelly


Capítulo 6
Almoçando com o Inimigo


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei, prometi postar ontem, mas não deu pessoal, minha internet ficou muito muito lenta mesmo, e não pude postar. fiquei muito triste por isso.
Ela voltou funcionar a alguns estantes, então aqui estou eu!
Agradeço aos lindos comentários que vocês me mandam, me deixando super feliz e animada.
Titulo bem sugestivo, rsrs
Bjooo



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Ponto de vista da Sam:

– Podem ficar na minha casa – fala o nerd com um sorriso torto.

Como é que é? Será que eu estou ouvindo bem? Aí tem coisa, Freddie Benson oferecendo sua casa para mim? Cadê as câmeras? Só sendo piada mesmo.

– Isso é brincadeira? – pergunto desconfiada – onde estão as câmeras, é pegadinha né, Benson?

– Nunca falei tão serio na minha vida

– Escuta aqui nerd...

Jace me interrompe.

– Sam, estamos sem muitas opções aqui, não estou a fim de dormir na rua. Freddie é seu amigo de infância, não é? Então qual é o problema?

– É Sam, qual é o problema? Por acaso tem medo de mim? – diz com um sorriso extremamente sexy, pera aí, eu não posso achar o sorriso dele sexy, eu vou é quebrar os dentes desse manézoide.

– Sem essa idiota. Aceito a proposta, mas só porque eu estou com muita fome.

– Com fome? Você acabou de comer um sanduiche! – Jace me olha surpreso – Você é um saco sem fundo, loura – ele sorri.

– Vamos logo, eu quero dormir – Annie bate os pés.

Serio, estou pensando seriamente em falar com a mãe dessa pirralha para coloca-la em um curso de sapateado, não seria má ideia, quem sabe ela deixe de ser tão irritante.

– Então... Vamos? – Freddie, indica o caminho do estacionamento, onde está seu carro.

Jace vai no banco de carona, na frente, eu e Annie nos sentamos atrás, por incrível que pareça, a pirralha dormiu, não é que ela estava com sono mesmo.

Aguentar o Freddie não é tarefa fácil, Jace pode ser a criatura mais insuportável do mundo quando quer , ter que aguentar os dois, juntos, falando sobre tecnologia, pode se tornar a nova missão impossível.

Juntos, esses dois deixam Annie, com insuportabilidade natural, no chinelo.

– AH calem a boca. Meus ouvidos vão sangrar se ouvir mais alguma coisa sobre tecnologia – resmungo impaciente.

Jace e Freddie se encaram e não contem a risada, eu faço uma cara do tipo “Vocês endoidaram de vez? “

Bufo de raiva. Concluo que a melhor coisa a se fazer, é encostar-se à janela e dormir.

– Sam, acorda – sou acordada por Jace, que sacode meus ombros.

– Já chegamos? – entreabro os olhos.

Um sorriso doce e brincalhão surge em seus lábios.

– Sam já estamos no seu quarto.

– No meu quarto? – pergunto confusa

– Bem... Esse é um dos quartos da casa de Freddie, mas por enquanto pode considerar seu – diz brincalhão.

– Hey não ria da minha cara, seu oxigenado – o empurro para longe.

Ele se aproxima mais de mim, está praticamente em cima do meu corpo.

Ele me fita nos olhos.

– Ah então é assim? – fala divertido.

Sem aviso prévio Jace sobe em cima de mim, me fazendo cocegas por todas as partes do meu corpo.

– Para... Para... Você... É um oxigenado – digo sem ar.

– Isso é para você nunca mais me empurrar, loura.

Ele começa a fazer novamente, começo a rir sem parar, tento afasta-lo de mim, o que faz cair em cima de mim.

Aos poucos as cocegas param, nos dois estamos ofegantes, mas ainda sorrimos um para o outro.

Por um estante Jace para de sorrir e me olha hesitante

– Eu gosto de você, Sam – fala sério.

– Eu também gosto de você, Jace.

Ele parece está surpreso e coloca uma mexa do meu cabelo atrás da orelha.

– Verdade?

– Claro – sorrio – Sempre te considerei um irmão mais novo.

Sua expressão muda, ele parece... Decepcionado?

– Ah claro – tenta forçar um sorriso – você também é minha maninha, loura.

Ele beija minha bochecha.

Ok, isso foi muito estranho, Jace nunca tinha feito isso antes.

– Acham – pigarreia Freddie na porta do quarto.

De onde esse mane saiu?

– Grace pediu para chama-los para o almoço – fala seco.

– Já é hora do almoço? Espera comida? – levanto da cama em um pulo.

– Eh, ela pôs o almoço na sala das refeições – fala Freddie relaxando os músculos, e que músculos, da vontade de aper... Que isso Sam, pare de pensar essas coisas do nerd bobão.

Freddie nos guia – ou melhor, guia a mim, já que cheguei aqui dormindo – até uma sala em tons pastel, muito bem ornamentada, mas quem liga para isso quando se tem uma cheia de comida, tem até bacon, juro que nem eu, Sam Puckett, tinha visto tanta comida junta antes.

Mas na mesa não tem só comida, uma mulher – alta, magra, com longos cabelos e olhos castanhos, seus olhos são hipnotizantes – está sentada nela, ao seu lado, ninguém menos que Annie, as duas parecem estar conversando sobre alguma coisa muito engraçada, pois não param de rir por um segundo, mas quem é essa mulher?

Um silêncio se estala no local – exceto pelas duas, que não param a boca por um minuto.

– Hannah, não vai cumprimentar a Sam? – Freddie quebra o silêncio.

A mulher se vira e me fita, ela sorri como se acabasse de sair de um transe.

– Ah claro – se levanta em minha direção – como eu sou distraída, e que a conversa com Annie estava tão agradável, desculpe Sam, sou Hannah Grace, mas pode me chamar apenas de Grace – ela pausa – ou só Hannah, você quem sabe – fala gesticulando desajeitadamente.

Essa Hannah, ou Grace, sei lá, parece uma daquelas amigas super doidas quando pedi para contar “os babados da vida”, na minha língua "as novidades"

Ela parece ter saído de uma capa de revista, seu corpo é perfeito, seus olhos me encaram.

Ela estende a mão

– Samantha Puckett – digo, apertando sua mão – mas se me chamar assim juro que te mato. – ela me olha assustada – brincadeira, mas sério, eu prefiro só Sam.

Ela começa a rir, e bem alto, essa mulher é louca, só pode.

Todos nos sentamos à mesa, tem tantos talheres diferentes aqui, nem sei qual usar, socorro, isso está pior que montar um quebra cabeças.

Tomo um trago da bebida que me serviram, nem sei qual é

– Já conheci o belo rapaz, Jace não é? – Jace assente – vocês dois... São namorados? – pergunta curiosa.

Cuspo a bebida.

Todos me olham interrogativos.

– Não – grito exaltada – o garoto só tem quinze anos. Você pirou? – as palavras simplesmente saem da minha boca.

– Ah me desculpe. Não quis ser indelicada, só que vocês ficam tão fofos juntos, vi como ele te carregou até o quarto quando chegaram, só para não te acordar, isso foi lindo, mas me perdoem.

– Tudo bem – Jace se pronuncia, finalmente né Jace – Sam é como se fosse minha irmã mais velha – diz sorrindo.

Impressão minha ou esse oxigenado gostou da ideia de nos confundirem como um casal?!

Desde quando ser confundido com um casal tem a ver de nós nos consideramos como irmãos? Me explica que eu ainda não entendi.

– Em fim, me perdoem. Sabe Sam, meu Freddinho falou muito de uma loura perversa do trio iCarly . – Hannah muda rapidamente o assunto.

Pera aí, que historia é essa de ‘meu Freddinho’ – só de pensar nisso já quero vomitar – não me diga que essa é a tal noiva que a Carly me falou, espera, ela não estava brincando? Carlotta Shay, você não estava brincando?!

Ah meu Deus, eu estou almoçando com minha inimiga.

Sam 1: Sam que historia é essa dela ser sua inimiga? Por que ela seria minha inimiga?

Sam 2: Aí sei lá, não fui com a cara dessa aí.

Sam 1: Não me diga que você está com ciúmes desse nerd?

Sam 2: Claro que não, não fala besteira.

Sam 1: Admita, aqueles velhos sentimentos estão voltando a brotar em você.

Sam 2: Ah cala a boca, você está tentando me atingir com que eu já sei.

Que isso Sam 2? Pensei que estivesse ao meu lado. vocês duas estão loucas, eu não sinto nada por esse babaca.

Sams 1 e 2: então porque está se corroendo de ciúmes da futura noiva dele?

Eu: vocês ficam mais tops caladas.

Depois de uma breve discursão mental comigo mesma...

– Falou é Freddie? – digo recuperando a consciência, e em um tom ameaçador, porém divertido – isso era para ser confidencial.

– Fica complicado ser confidencial com você me insultando por aí – ironiza – além disso, Hannah era uma grande fã de iCarly – toma um trago da sua bebida.

– Era não, eu sou uma eterna fã de iCarly – coloca uma garfada em sua boca. Engole e prossegue – sabia que na época eu era uma fã completamente Seddie? – diz divertida.

De alguma maneira – não sei como – lembrar-se dessa historia de ‘Seddie’ me faz sorrir, não sei o motivo, relembrar os velhos tempos talvez?

– Mesmo? – digo sem muito interesse.

– Claro, e agora aqui estou eu, prestes a me casar com o homem que eu torcia para ficar com outra. A vida é irônica não é? – coloca outra garfada em sua boca.

– Se como – também coloco uma garfada em minha boca.

– Annie é uma criança adorável, Sam, puxou ao seu bom humor – fala fitando Annie, que come distraída.

Espera, ela está mesmo achando que Annie é minha filha? Por que todos pensam isso? Serio coisa mais irritante, essa mulher tem uma língua afiada, parece que me pergunta especificamente para me irritar.

Entreabro os lábios para responder um sonoro “não”, mas para no meio do meu ato. Uma historia leva a outra – penso comigo mesma – se eu disser que Annie não é minha filha, vão me perguntar de quem ela é, por que estou com ela.

Freddie vai se casar com uma mulher linda e refinada, além de ter uma bela casa. Carly é sua vizinha, é casada e têm três filhos, os dois têm vidas praticamente perfeitas, enquanto eu, a pessoa que ninguém acreditava ter um futuro na vida, realmente não tem nada, nem casa para morar – já que a casa é do Douglas, e agora que terminamos, onde vou morar? – seria constrangedor, afirmar a todos que não acreditavam em mim, que eles estavam certos.

– Annie puxou meu humor, mas a aparência é completamente do pai – completo.

Percebo que até agora a reencarnação da frescura, nem estava prestando atenção na conversa – se eu pudesse, também não estaria – mas nesse exato momento ela vai falar algo, essa pirralha vai desmentir tudo.

A fuzilo com o olhar, ela se cala com uma careta, mas eu sei que se não agir rápido essa monstrinha vai desmentir tudo.

Jace parece estar surpreso, porem não ousa falar nada, sábia escolha oxigenado!

Freddie por um lado parece engolir com desgosto a refeição, isso mesmo, parece que nem comendo ele estar, apenas ‘engole’ a comida, e com muito desgosto por sinal.

Hannah por outro lado parece estar bem animada com nosso almoço, no momento, só ela mesma.

– Quem é o pai, Sam? – essa mulher deveria ser uma daquelas entrevistadoras, porque nunca respondi tantas antes, parece que estou em um interrogatório sem fim.

– Douglas Clarck – pronuncio cada silaba com um amargo em minha garganta, dou uma garfada na comida.

– Teria alguma foto? – pergunta sem hesitar.

Paciência cadê você quando eu preciso?

– Tenho – pego o celular no bolso do meu jeans.

Minha tela de bloqueio ainda é eu e esse crápula, por que ainda não mudei essa maldita foto?

Entrego meu celular a Jace – que está ao meu lado – ele vai passando o celular de mão em mão até Hannah, uma das mãos das quais o celular passa é pelas de Freddie, que olha com raiva a foto.

– Nossa ele é um gato, ah Sam você deu muita sorte. – acho que ela não percebeu a presença do noivo dela – mas você é muito lindo também meu gatinho – Hannah da um selinho rápido em Freddie.

Comemos sem mais perguntas dirigidas a mim, apenas como minha comida em paz, finalmente.

– Hey Sam – recebo uma leve cotovelada de Jace, que fala em um sussurro.

– Jace sei que você quer saber dessa historia, te explico depois – tomo um trago da minha bebida, não sem antes dar uma cotovelada em Jace, mas não foi nada leve.

– Ai – ele geme baixo.

– Então Sam, com o que você trabalha? – essa mulher está começando a me encher a paciência.

Não aguento mais isso, sinto que tem alguém me sufocando, me matando, me sinto mal em estar aqui, me sinto mal em estar mentindo tanto, e o pior, mentir por medo de rejeição. Estou farta disso, desse interrogatório estupido, estou farta de tudo. Eu só quero fugir daqui.

– Freddie – falo sem me importar com a pergunta de Hannah – você disse que a Carly era sua vizinha, onde ela mora?

– A Carly mora na casa ao lado, à direita. – fala se levantando da mesa – quer que eu te leve até lá?

– Não, eu vou sozinha. Tenho pernas para isso – minha resposta soa rude, mas não me importo, tudo que eu quero é sumir daqui.

– Como quiser – diz ríspido – Amor eu vou para o escritório – ele da um beijo, demorado em Hannah.

Freddie sobe as escadas e desaparece do meu campo de visão.

– Annie venha comigo até a casa da Carly – tento um sorriso, que sai mais como uma careta.

– Eu não quero – responde calmamente, ah não, essa garota não pode dar um piti aqui, não comigo sendo sua “mãe” – eu quero ficar aqui, conversando com a Grace.

Senhor eu sei que nunca fui a pessoa mais comportada desse mundo, mas quais foram esses pecados que eu cometi? Para ter que aturar essas duas, ainda mais juntas?

– É Sam, deixa ela aqui, eu amo crianças, vai ser ótima a companhia dessa pequena – ela acaricia os fios do cabelo de Annie.

– Mas a tia Carly tem uma boneca nova para te dar – minto

Ela parece em duvida, olha para mim, mas também fita Hannah, que sorri docemente.

– Pode ir pequena, nos vemos no jantar de hoje, aí você me mostra sua boneca nova. Que acha?

– Te vejo lá – Annie sorri e a abraça, noto uma lagrima brotar dos olhos de Hannah, que ela trata de limpar rapidamente.

Mas que jantar é esse, isso não foi uma indireta para um convite para eu vir jantar aqui não é? Não aguento mais nenhuma pergunta, ou melhor não aguento mais essa mulher.

– Que jantar? – pergunto como quem não quer nada

– Seu jantar. Carly já me mandou um torpedo, estarei lá, vamos poder conversar muito mais. – fala empolgada.

Ah não, então a Carly é amiga dessa linguaruda? O que eu queria, as duas falam de mais, perguntam de mais, são morenas, vizinhas, frescas, e ela é a futura mulher do Freddie, tudo conspira para que sejam melhores amigas.

Isso é estranho, saber que Carly tem uma melhor amiga, que não sou eu, que por acaso é a noiva do nerd. Como diz Hannah “a vida é irônica”.

– Vamos logo Annie, Carly está nos esperando – falo seca.

A pirralha sai correndo na frente.

Saio da casa dos Benson rumo a dos Shay.

Estou quase saindo do jardim da casa, caminho lentamente, sinto a brisa bater contra minha pele, é uma sensação tão boa, me sinto leve, quando sinto uma mão me puxar.

– Você? – digo surpresa fitando seus olhos


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não gostaram? Criticas? Comentem!
O que será que vai rolar nesse jantar? Só comentando para saber.
Próximo capitulo os filhos adolescentes vão entrar em cena, confusão estar por vir, hehehe
Quem interpreta a Hannah Grace é a Anne Hathaway (fez o diário da princesa)
Bjussss



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