Bad Blood escrita por Anninha Antonelly


Capítulo 5
Reencontrando velhos amigos


Notas iniciais do capítulo

Notei que os comentários estão diminuindo, tem algo errado com a historia? Vocês não estão gostando? Me digam o que está errado para que eu possa corrigir!
Agradeço a Panguro e Pamy Lee Lynch, por deixarem lindos comentários e me estimular a postar



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Ponto de vista da Sam:

– Já chegamos? – pergunto ainda sonolenta

– Já, estamos à meia hora tentando te acordar – fala enquanto pega uma das malas – não acredito que você conseguiu dormir por tanto tempo, tive que te carregar até aqui, mas não dá mais, você é muito pesada.

Olho ao redor, estou em uma praça, sentada no banco, enquanto o Jace e a sem noção carregam as malas

– Até parece que não me conhece, Jace, já dormir por três dias seguidos. – me levanto

– Sam – diz sério – onde vamos ficar? Você alugou algum hotel ou pousada?

– Não – digo enquanto pego uma mala – tenho alguns amigos aqui em Seattle, vamos ficar na casa deles.

– Mas, Sam, você não disse que não os via a mais de treze anos? Vai simplesmente aparecer na casa de um deles e dizer “oi sou eu, Sam, sei que você nem deve mais lembrar mais de mim, mas eu posso ficar aqui na sua casa?”.

– Vou – ele me olha indignando.

– Você sabe ao menos o endereço atual de algum deles?

– Sei o endereço antigo – falo enquanto atravessamos na faixa de pedestres.

– Sam, isso é fora de cogitação, não dar. Já parou para pensar na confusão que você nos meteu?

– Meti você uma vírgula uma meu amigo – digo furiosa – você que quis vir, se quiser voltar o problema é seu.

– Mas Sam...

– Mas nada – berro sem me importar com quem passa

– Cala a boca e me escuta loura – ele põe as mãos em meus ombros, inexplicavelmente isso me acalma – não é hora de briga, Ok? – ele respira fundo – vamos dar um jeito nisso, mas não rola se ficarmos discutindo.

– Tudo bem – falo contrariada

– Eu estou morrendo de fome – grita mais alto, Annie, acho que os ursos polares ainda não te ouviram.

– Então morre – dou de ombros

– Sam ela está certa – Jace olha para ela – desde ontem não vi essa garota colocar nada na boca, ela pode passar mal se não comer algo, e rápido.

Ok... Só dessa vez a rainha da frescura está certa, mas só dessa vez.

– Tem um mercadinho ali na esquina – aponta Jace, para um estabelecimento que mais lembrou uma daquelas lanchonetes dos anos sessenta.

– Ah não. Eu não quero comida de mercado, eu quero ir a outro lugar – sério essa garota está pedindo para eu deixar ela aqui, só pode.

– Ou comida de mercado, ou nada – falo impaciente.

Annie mostra a língua como resposta.

– Quanta maturidade – zombo

– Falou a senhora maturidade – retruca

– Calem a boca, as duas.

O resto do caminho percorreu em silencio, um silencio bom. Assim que chegamos ao tal mercadinho, percebemos que na verdade é uma pequena, bem pequena, lanchonete, decorada no estilo dos anos sessenta.

– Em que planeta isso é um mercadinho, Jace? – indago raivosa

– De longe parecia

– Ah cala a boca, antes que eu te chute – eu realmente chutei a perna dele.

– Ai Sam, isso doeu muito, mesmo – ele fala enquanto alisa a perna que eu chutei.

Sentamos em uma das mesinhas, atrás do balcão, posso perceber que uma garota morena não para de tagarelar ao celular, ela está sentada na bancada, de costas, parecia estar fofocando sobre algum rapaz ou falando sobre as unhas, quem se importa?

Não sei o que essas pessoas têm no lugar do cérebro, macarrão? Minhojo? Não sei o que é, mas com certeza cérebro não é, quem fica berrando ao celular no meio de um lugar publico? Bando de ementes

Uma garçonete, ruiva, alta, e de olhos claros, se aproxima da mesa.

– Bom dia, vocês vão querer alguma coisa – diz sorridente.

Já disse que odeio pessoas que vivem sorrindo? Pois eu odeio, e muito.

– Não, agente veio aqui pra ficar admirando a paisagem – falo irônica. – Sam – murmura Jace, pisando no meu pé, por baixo da mesa. – Você quer levar outro chute? Mas dessa vez não vou ter misericórdia Ele faz uma careta de desgosto, e eu piso, ou melhor, massacro seu pé, ele solta um gemido abafado. – Eu vou querer um Milk shake de morango – responde Annie sorridente, que a visse a sim pensaria que ela é um anjinho, e não estão errados, é só adicionar dois chifres e asas negras a esse anjo, e pronto, é Annie todinha. – Eu vou querer um sanduiche com bacon – falo enquanto brinco com guardanapo. – Eu vou querer apenas um suco de laranja, por favor. A garçonete se retira, já com os pedidos anotados, mas não sem antes dar uma piscadela para Jace, que nem repara o fato.

Jace é aquele tipo de garoto perfeito, que toda garota sonha em namorar, lindo, educado, gentil, carinhoso, charmoso, engraçado, inteligente, ingênuo e respeitoso, são apenas algumas das suas infinitas qualidades. Desde o primeiro dia que nos conhecemos eu o considerei um irmão caçula. Jace nuca namorou – não o que saiba – jamais vou permitir que uma qualquer o fisgue, pois Jace merece alguém que o ame verdadeiramente, como eu sei que ele amará

“Amy eu já estou indo, calma amiga, vai dar tudo certo”.

Escuro a garota morena falar, ou melhor, berrar, mas pera aí, eu conheço essa voz de algum lugar.

– Carly – grito já saltando em cima dela

De inicio seu corpo está tenso, ela parece não ter me reconhecido, afinal eu mudei bastante, mas depois ela me abraça com a mesma intensidade que eu.

Não posso evitar, as lagrimas percorrem meu rosto, meu ombro está molhado, são as lagrimas de Carly Shay me deixando ensopada.

– Sam – diz fungando – de onde você surgiu?

– Dos seus sonhos – rio e limpo minhas lagrimas na manga do casaco.

Depois que nos soltamos, sentamos em uma nas bancadas, Carly começa a tagarelar sobre sua vida, tendências da moda, me faz um questionário sobre minha vida em Los Angeles, respondo só o básico do básico, por mais que Carly seja minha amiga, faz treze anos que nãos nos vemos, ainda não me sinto a vontade para tocar em assuntos tão delicados.

– Aí meu Deus, Sam – ela berra – nem acredito você está aqui.

– Sempre tão escandalosa Shay – tomo um gole do meu suco.

Carly mostra a língua.

– Sam, precisamos comemorar – fala empolgada – vou começar a organizar uma mega festa, por hoje será só um jantar básico.

Cuspo todo suco da minha boca e a encaro com os olhos arregalados, estou pensando seriamente em chamar o manicômio para mim, porque endoidei, escutei a Carly falar em “festa”.

– Você andou bebendo café demais Carlynha? Só pode ser isso. Spencer está sabendo que você parou de tomar descafeinado?

– Deixa de ser besta – ela soca meu ombro de leve – quero colocar todas as novidades em dia, mas também temos que comemorar sua volta. – Carly bebe um pouco do seu cappuccino.

Puxo o copo antes que ela beba outro gole.

– Esse treco está queimando seus neurônios.

– Qual é Sam – puxa seu cappuccino de volta – vai ser legal, é só um jantar, quero que você conheça todos os meus amigos, meu marido, meus filhotes.

Encaro Carly abismada, “Filhotes” só se forem de cachorro não é? NÃO É?

– Filhotes de cachorro? – me atrevo a perguntar de olhos fechados

– Não Sam – ela ri – meus filhos – outra rizada – todos temos não é? Bem quase todos, Freddie ainda está noivo, Gibby tem uma linda menina.

Volta à fita que eu perdi alguma parte desse filme, como assim Freddie noivo? Estou delirando só pode. Gibby criando uma menina? Aquela baleia não sabe cuidar nem de se mesmo.

– Carly eu não tenho filhos

– Claro que tem! Aquela menininha ali não é? Ela é linda, Sam.

Ela acha que aquele filhote de monstro é minha filha? Ofendeu aí né Carly?! Eu sei que eu sou chata, mas a esse ponto? Isso já é humilhação demais para uma pessoa só.

– Já terminei meu Milk Shake, quero ir embora– Annie interrompe bruscamente a conversa.

Por que raios essa criatura sempre interrompe as conversas dos outros? Depois fala da minha educação.

– Annie, cadê sua educação? Interrompendo a conversa dos outros – aperto uma de suas bochechas com força –sua mãe não te ensinou a se comportar?

– Seu nome é Annie? Que nome lindo o seu, assim como você – Carly observa o filhote de monstro, que mau gosto em Carlynha! Acha isso aí bonita.

Annie olha para Carly abismada, além de tudo é sega, só percebeu a presença da Carly agora.

– Oii – fala balançando seus cabelos – meu nome é Annie, qual é o seu? – pisca os olhos de maneira adorável.

Essa garota deveria ser atriz, de monstro horripilante, para garota doce e adorável em segundos. Bipolaridade mandou um abraço.

– Carlotta Shay – estende à mão a Annie, que cumprimenta Carly – mas pode me chamar só de Carly.

– Carlotta era o nome de uma princesa. – pisca seus grandes olhos verdes.

– Owwtt que fofa. Ela não pode ser sua filha. Ela é muito linda para isso

Serio essa pirralha não tem nada a ver comigo, ela não se tocou que eu j-a-m-a-i-s criaria uma filha tão patricinha.

Fiz menção de respondê-la, mas um cara de capuz – alto, moreno, olhos cor de chocolate, o maior gato – aparecer ofegante, gritando o nome de Carly aos quatro ventos. Caramba essa cidade só tem gente escandalosa.

– Carly – fala ofegante.

Ele me encara.

O tal cara tira o capuz ainda incrédulo, olhando para mim profundamente, espera, esse cara eu conheço de algum lugar.

É o...

– Freddie – digo em um sussurro

– Sam – ainda me encara – o que você está fazendo aqui?

– Eu estou...

Sou interrompida por Freddie, que me envolve em seus braços – e que braços, esse nerd anda malhando, só pode –, um abraço cheio de saudades, ele está todo molhado, espera... Quando começou a chover? Isso não importa! Freddie me aconchega em seu peito e me sinto aquecida

O cheiro de sua colônia é inconfundível, roço meu nariz em sua camisa para que poça respirar mais dessa fragrância, estou embriagada, completamente embriagada pelo aroma de Freddie Benson, ele me aperta mais uma vez, porem não me machuca, sinto todo seu tanquinho, caramba, não é que o nerd tá fortão?

– Sam, senti saudades – ele suspira em minha orelha, sinto cada pelo da minha nuca ficar arrepiado. Quando esse idiota começou a me causar esses arrepios?

Pisco duas vezes, parece que me cérebro voltou a trabalhar, obrigada cérebro querido. Estou nos braços de Freddie Benson, o maior nerd idiota do planeta, e o pior: meu corpo sente arrepios com seu toque, não, isso não rola!

– Também senti sua falta freddonho – dou um soco seu tanquinho, Freddie urra de dor.

– Freddie Benson? – indaga Jace surpreso, desde que agente chegou aqui eu ainda não ouvi esse oxigenado falar nada, exceto para pedir um suco.

– Eu mesmo

– Aí meu Deus, você é o Freddie do iCarly! – grita, acho que todo mundo resolveu gritar hoje. – sou Jace Clark – estende a mão

– VIVA AO BANCON – berro e todos me olham com cara de interrogação.

– Todo mundo resolveu gritar, então entrei na onda – justifico, Freddie me encara por um estante, mas volta sua atenção para o oxigenado.

– Serio? Eu tenho um fã sem ser alguma garota maluca? – sempre tão hilário nerd, só que não – isso pra mim é novidade.

– Sempre achei seu trabalho fantástico, você foi minha inspiração tecnológica, quando eu era criança, iCarly foi minha infância – diz animado

Freddie ia comentar alguma coisa, como eu disse: ia, mas é interrompido por quem? Quem? A morena escandalosa que eu chamo de amiga.

– Chega de papo de nerd! Já estamos todos apresentados, vamos deixar o assunto para o jantar, e...

Freddinerd interrompe, hoje é o dia mundial de “interrompa seu amigo no meio da fala”, só para avisar.

– Que jantar? – pergunta confuso encarando a morena

– Um jantar que vai ter hoje à noite – retoma a fala – em fim Freddie, o que você veio fazer aqui gritando meu nome aos quatro ventos?

– Audrey – percorre os dedos pelo cabelo – ela está tendo uma crise, gritando para todos os lados, já quebrou metade do quarto e quase matou um dos trigêmeos.

– Audrey? O que aconteceu dessa vez? – pergunta nervosa

– Não sei, mas ela esta piradinha – fala rindo.

– Não ria da minha filha – fala histérica, essa é a Carly dos velhos tempos, sempre gritando e berrando quando perde a paciência.

– Sam, Jace, Annie, foi um prazer rever e conhecer vocês, mas minha bebe não está bem, preciso ir. Sam peça ao Freddie para te levar na minha casa mais tarde, para nos arrumamos para o jantar, Ok? Beijinhos

– Mas eu não quero jan...

–Não perguntei se você queria! Tchau

Carly sai gritando na rua por um taxi, essa minha amiga, ainda vão te internar no manicômio, Carlotta!

– Quem é Audrey? – pergunto a Freddie

– A filha mais nova dela, tão histérica quanto à mãe, não a ser humano que suporte essas duas juntas – diz divertido.

– Mais nova? Quantos filhos essa doidinha têm?

– Três.

– Carlynha é ativa – zombo – Nomes?

– Clary [N/A: Se pronuncia Clery] é a mais velha, vai fazer quinze anos, Cody e Audrey são gêmeos, tem treze anos. Audrey nasceu depois de Cody, então ela é o “bebe” da Carly – faz aspas com as mãos.

– Ela tem uma filha de quinze anos? Como assim? Faz treze anos que não nos vemos! Como ela tem uma filha de quinze anos? Não me diga que aquela desnaturada escondeu por tanto tempo uma criança? Fala logo Freddie – berro

– Calminha ai Sam – ele ri, como ousa rir da minha cara, nerd? Perdeu a noção do perigo! – Clary foi adotada aos dois anos.

– Era para ter falado antes né manézão – chuto sua canela – isso é para você aprender a não rir da minha cara.

– Acham – Jace tosse – Sam acho que já está na hora de irmos embora não acha? – é impressão minha ou ele está irritado? Senhor me ajuda a entender esse louro falsificado. Amem

– Concordo, esse lugar está chato, quero dormir, meus pés doem – por breves momentos de alegria, esqueço a presença dessa chata, mas tudo que é bom dura pouco. Annie está de volta com sua falação, viva – ironia aqui viu.

– Ir para onde? Esqueceram que não temos onde ficar?

– Podem ficar na minha casa – fala o nerd com um sorriso torto.


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Notas finais do capítulo

Criticas? Gostaram ou não? Comentem!
Perceberam alguma coincidência nos nomes "Clary e Jace" ?
Big Bjs ;)