Bad Blood escrita por Anninha Antonelly


Capítulo 4
Hello Seattle


Notas iniciais do capítulo

Oiie pessoas do planeta Terra
Vamos descobrir o que Annie andou aprontando!!
Agradeço a todos que comentaram.
Tradução do titulo: Olá Seattle



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Ponto de vista de Sam:

– ANNIE – grito chocada

Annie estava jogada na escada, o sangue corria por sua testa, seus olhos estão fechados, sua boca entre aberta, ela está respirando, o que é um alivio para mim, tirando o fato que ela não para de sangrar.

Vejo uma figura loura vir ao meu encontro, Jace.

– O que ouve com ela? – pergunta abismado

– E você acha que eu vou saber o que essa menina andou aprontando? – meu tom sai áspero e rude – não quero ser presa por “matar” essa pirralha irritante.

– Sam – me repreende – é só nisso que você pensa? Em como você vai se encrencar? Ela pode morrer se não formos logo ao medico – a um tom nítido de decepção e irritação em sua voz.

Jace pega com cuidado Annie e a envolve em seus braços, ele faz sinal para que eu o siga.

(...)

Assim que chegamos ao estacionamento do hospital, Jace ajuda Annie a se levantar – ela acordou no meio do caminho – é incrível como essa garota mesmo estando cortada, machucada, com risco de morte – segundo Jace – consegue ser tão insuportável quanto quando está bem, acho que ela está ainda mais irritante que o normal.

Durante todo o percurso – da recepção à sala do Doutor – tenho que aguentar essa criatura insuportável que chamam de ser humano

“Minha cabeça dói”

– Então cala boca

“Eu estou tonta”

– Então desmaie

“cala boca, Sam”.

– Não calo, Annie.

“Quando eu estiver bem você vai ver”

– Ver o que? Já estou acostumada, sua feiura é natural.

“Ah eu te odeio muito”

– Você não faz ideia o quanto eu te amo – ironia aqui tá.

– Parem vocês duas – intervêm Jace – estamos a alguns metros da sala do Dr.Carlos, parem de agir feito crianças.

– Eu sou criança

– Mas está se comportando como um bebe de três anos

Placar: Jace 1 vs Annie 0

Ela abaixa a cabeça

– É assim que você quer ser conhecida, Annie? Como a menina que tem oito anos, mas se comporta como se tivesse três?

Ela nega ainda cabisbaixa

– Então vamos logo – ele estende a mão para ela, e sorri – você precisa ver o medico antes que todo o sangue do seu corpo escorra pela sua testa.

Annie sorri, não é um sorriso irônico ou cínico, é um sorriso puro, sincero, digno de uma criança de oito anos. Seu sorriso dar lugar a uma careta, que ela faz devido à dor.

(...)

A consulta foi até tranquila, exceto – é claro – pelas reclamações constantes daquela ser humana irritante Annie.

O médico receitou alguns analgésicos para aliviar a dor e fez um curativo em sua testa.

– Esse curativo estraga minha aparência – diz assim que chegamos em casa – eu quero tira-lo, eu quero agora. – bate fortes os pés no chão

– Querer não é poder – digo enquanto caminho até a cozinha.

Abro a geladeira e dou de cara com uma enorme peça de presunto, essa beleza está pedindo para eu devorá-lo por completo, lambo os lábios só de pensar no sabor de presunto defumado na minha boca, minhas papilas gustativas ficam elétricas e começo a salivar.

– Alguém topa um sandubão de presunto? – pergunto enquanto corto o pão

– Eu topo – grita Jace esticado no sofá

– Eu não quero – diz Annie de cara amarada

– Eu perguntei? – coloco presunto em um dos pães

– Você perguntou quem queria

– Mas não quem não queria – sorrio cinicamente

– Ainda não entendi como você se cortou daquela maneira – Jace intervém e levanta-se do sofá depois senta na bancada da cozinha, onde eu estou fazendo os sanduiches – quer ajuda, loura?

– Não, oxigenado – entrego seu sanduiche e sento ao seu lado.

– Já disse e repito: sou louro natural

– Tanto faz, para mim você será eternamente “o oxigenado” – nos dois rimos do meu comentário sem pé nem cabeça.

Mordo meu sanduba e sinto uma sensação deliciosa, depois de tanto tempo sem comer naquele hospital idiota, por causa da pirralha idiota, que se cortou idiotamente.

– Eu fui pegar um copo com água, já que a preguiçosa não quis pegar para mim, quando fui subir as escadas tropecei em um dos degraus e deixei o copo escorregar da minha mão, cai em cima dele e depois tudo foi escurecendo – diz Annie se aproximando do balcão.

Não pude evitar gargalhar, aliás, eu não quis evitar nenhum pouco minha risada escandalosa. Tirar uma da cara dessa pirralha besta? Claro, jamais perderia a chance.

– Quem é burro o suficiente para cair em cima do próprio copo que acabou de quebrar? – digo enquanto dou outra mordida no meu sanduiche.

– Idiota – Annie começa a bater os pés com raiva novamente.

– Digo o mesmo de você

– Parou! Sam e companhia

– É A-N-N-I-E, meu nome não é companhia – bate os pés novamente.

– Garota, você só sabe bater os pés, daqui uns dias vai fazer sapateado – já falei que amo tirar sarro dessa pirralha? Não? Pois eu amo demais da conta

– Sam, você é muito má – murmura Jace tentando prender a rizada.

– Eh, eu sei disso. Não esqueçam a viagem de amanhã, às cinco da manhã partimos rumo a Seattle.

– Pirou de vez, Sam? Não da para viajar de uma hora para outra, assim, do nada. Completamente fora de cogitação.

– Não quero nem saber, nessa casa eu não vou ficar, não depois de tudo que aconteceu entre mim e seu tio, pai, seja lá o que for, essa casa é dele e eu não sou bem vinda aqui, não vivo da esmola de ninguém.

– Deixa de besteira, Sam, você e o meu tio vivem brigando, relaxa aí. – ele beberica o suco.

– Vamos viajar? Você é maluca, pensei que já tinha desistido dessa ideia – Annie interrompe bruscamente a conversa, nem lembrava mais dela, quem dera se ela sumisse ou algo do tipo.

Abri a boca para respondê-la, mas simplesmente a ignorei, não vou perder meu precioso tempo com quem, de longe, não merece.

– Eu e ele terminamos – digo – definitivamente, nada de brigas bobas, não quero mais isso para mim, só quero sumir daqui, meu lugar nunca foi à Califórnia, quanto mais Los Angeles. Já faz treze anos que não vejo meus amigos, minha mãe maluca, quero minha felicidade de volta, estar aqui só me faz mal. Todo pássaro retorna ao seu ninho, está na hora desse passarinho aqui tomar rumo – me refiro a mim.

– E Annie? – pergunta enquanto faz círculos na borda do copo

– O que tem ela?

– Como ela fica nessa historia toda, você está com a guarda dela, é sua responsabilidade, o que acontecer com ela é culpa sua.

– Não tem nenhum documento que comprove isso, a pirralha chata é responsabilidade do Douglas, estou cuidando dela informalmente.

– Ei – por falar nela – eu estou aqui, e não vou para lugar nenhum!

– Já disse que baratas e ratos são ótimas companhias – respiro fundo e prossigo – Jace, não vai ser muito tempo, só alguns meses, preciso esfriar a cabeça. Recebi um e-mail do Douglas quando estava no hospital hoje, ele vai ficar fora por três meses, vou usar esse tempo para mim mesma, retorna a Seattle me fara bem, depois vou voltar para Los Angeles, tenho assuntos pendentes aqui, não vou fugir, sou Sam Puckett, seu panaca, tá pensando o que? – falo divertida, e soco de leve seu braço.

– Tudo bem, Sam, mas eu não estou a fim de ficar com os ratos e baratas –rimos – posso ir com vocês? Estou em período de férias.

– De férias ou não, você pode ir, seu oxigenado.

– Eu não quero viajar – protesta a pirralha

– Mas vai do mesmo jeito, se fizer birra e se machucar como antes, não vou levar você ao hospital, vou deixar você morrer, aproveito e me livro de você de uma vez por todas. – sorrio maquiavélica

– Não teria coragem

– Ela pode ser bem má – interrompe Jace – uma vez me deixou apenas de cueca amarrado em um poste, só porque eu invadi seu quarto e peguei um CD.

(...)

São cinco e meia da manhã, todos nos já estamos prontos e na rodoviária, sim vamos de ônibus, passagens de avião são uma fortuna sabiam? Tudo está na mais perfeita paz, eu comendo meu bacon – me juguem, eu trouxe bacon na mala, quem nuca? – Jace lendo um livro “As crônicas de David, príncipe da macedônia” como algum ser humano pode perder tanto tempo lendo esses romances bestas? Alguém como Jace, poético e babaca.

Mas é claro, sempre tem alguém para estragar a felicidade dos outros, nesse caso a criatura mais chata e irritante da face da Terra, conhecida também por Annie Singer, ‘princesa da frescura’, poderiam escrever um livro de o quão idiota essa menina é, mas pera aí, livros são naturalmente chatos, se fossem contar uma historia dessa criatura, com certeza nenhum exemplar seria vendido. Annie tem a capacidade de tornar a leitura ainda mais insuportável do que já é – o que sempre pensei que era impossível.

Annie está usando um conjunto floral amarelo e uma trança que cai em cima dos ombros

– Eu não quero viajar de ônibus, eu já disse que eu não gosto.

– Cala boca antes que eu te deixe aqui sozinha, não seria má ideia, estou louca para me livrar de você. Mais um pio e você vai ver só – meu humor nunca foi lá dos melhores, adicione uma pirralha insuportável , e acordar cedo, e eu serei a criatura mais insuportável que você conhecerá.

Ela engole seco e se cala, ótimo consegui o que eu mais almejei nesses últimos dias: que ela calasse a boca.

(...)

Em alguns minutos já estamos dentro do ônibus, agradeço mentalmente por o acento de Annie ficar ao lado do de Jace, assim não tenho que atura-la.

Conecto meus fones de ouvido, me desconecto da realidade, e em poucos minutos já estou dormindo.

...

– Sam, Sam acorda – escuto uma voz me chamando e sinto alguém me sacudindo.

– Ahã? – abro os olhos com dificuldade devido à claridade.

– Sam, chegamos – percebo que a voz é Jace, e quem me sacode é a pirralha.

– Chegamos onde? – pergunto ainda embriagada pelo sono

– Chegamos em Seattle – aquelas palavras me puxaram, me puxaram de volta, de volta para realidade para realidade


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não gostaram? comentem!
Próximo capitulo reencontro Seddie
Acho que alguns leitores estavam curiosos para ver como Annie é então coloquei uma foto dela no capitulo ;)
Annie é a Mackezie Foy quando era criança (a filha da Bella em crepúsculo)
Bjus



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