Bad Blood escrita por Anninha Antonelly


Capítulo 13
Candy Friends


Notas iniciais do capítulo

Vocês comentaram então cá estou eu, postando rapidinho ;)
Estão vendo que comentar deixa a autora aqui animada!! Sentindo falta de leitores antigos, se estiverem ai deem um sinal de vida. Estou com saudades :(

TRADUÇÃO do TITULO: Amigos Doce



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Dois dias tinham se passado desde o “desaparecimento” – sequestro – de Sam e os adolescentes. Clary, Audrey e Cody estavam mantidos em cativeiro e sofrendo torturas constantes.

Sam estava depressiva pela suposta morte de Jace. Cada vez que olhava para Annie duvidava se tinha feito mesmo a escolha certa.

Annie sentia falta da mãe e sua antiga casa. A garota sempre chorava escondido de Sam. Além de tudo, Annie estava desnutrida e desidratada, devido à falta de alimento suficiente e a escassez de agua no cativeiro.

Na cidade, Carly ligava desesperadamente para a policia. Registrou uma ocorrência policial, mas ninguém tinha pistas de onde os adolescentes estavam.

Na mansão Benson, Hannah e Freddie tomavam café da manhã. O moreno comentou com a esposa;

– Sabe Hannah, não vejo a Sam faz dois dias.

– Nem percebi a ausência dela

– Não a vejo desde o jantar naquele restaurante

– Talvez ela tenha voltado para Los Angeles – sugeriu bebericando o café

– Sem se despedir?

– Não sei amorzinho. Ela deve ter compromissos em Los Angeles

– Não acho que ela iria embora do nada, poderia ter avisado – falou irritado.

Hannah riu

– Sei lá Freddie. Para que se preocupar com uma coisa sem importância? Ficar todo emburrado dá rugas sabia?

– Não estou com humor Hannah

– E eu não estou com paciência – esbravejou levantando bruscamente – que saco Freddie! Nosso noivado mal anda, temos tanta coisa para nos preocuparmos e você quer saber da garota nem liga para ti e foi embora. Acorda Freddie, ela não te da bola.

– Isso te interessa Hannah? – aumentou o tom de voz quase instantaneamente

– Sim isso me interessa até demais! Eu sou sua noiva, eu te amo, droga. Você só se importa com sua ex – deixou algumas lagrimas escaparem

– Hannah... – as palavras fugiram de sua mente

– Não precisa falar Freddie. Só me deixa em paz – secou as lagrimas que teimavam em cair e foi para o quarto do casal

Freddie passou as mãos frenéticas pelo cabelo. No fundo sabia que todo aquele noivado não passava de uma grande ilusão. O relacionamento dos dois não era o mesmo há anos, mas apesar de tudo, Hannah era uma mulher frágil e não merecia sofrer tanto por um simples capricho de um coração teimoso.

– Tereza, avise a Hannah que estou de saída – pediu Freddie para empregada.

– Sim, Sr. Benson

Freddie pegou um dos carros mais simples que tinha e dirigiu até o Shopping Center mais próximo. A primeira loja que entrou foi “Babys and Children”, uma das lojas que Hannah sempre admirava de longe. Queria saber o que era tão valioso para futura esposa e poder presenteá-la.

Mas logo uma confusão se formou em sua cabeça, a loja vendia apenas roupas e acessórios para bebes e crianças.

Por que Hannah admirava tanto uma loja que não vendia nada que pudesse usar?

Logo sua ficha caiu. Todas as indiretas que a noiva jogava a respeito de crianças e da possibilidade de serem “papais”, que sempre passavam despercebidas por ele.

Hannah sonhava em ser mãe

– Posso ajudar o senhor? – perguntou a vendedora sorridente

– Algo unissex, por favor.

– Verei o que temos – falou se retirando

Freddie observava alguns pais com bebes no colo e sorriu automaticamente. Queria essa felicidade também, uma esposa que o ame, uma boa condição financeira, um bebe, em fim, uma família feliz e estável. Ele tinha quase tudo e estava jogando pela janela por uma “simples paixão adolescente”, como ele se referia.

– Temos algumas peças naquela prateleira, senhor – a vendedora apontou para uma prateleira não muito distante – separei algumas

Freddie observou todas às – extravagantes – roupinhas para bebes, mas a que chamou lhe a atenção foi um Body branco com uma frase um tanto inusitada.

– Vou levar esse – entregou o Body à vendedora, que foi até o caixa.

– Cartão ou avista

– Cartão

– Debito ou credito?

– Debito

– Digite a senha, por favor – a caixa entregou a maquineta.

Freddie saiu da loja contente com o pequeno embrulho nas mãos

Ao chegar em casa, Freddie subiu até o quarto do casal, onde Hannah estava deitada ainda com olhos e a pontinha do nariz vermelhos. Ela trocava mensagens pelo celular.

– Posso entrar? – perguntou batendo na porta

– Posso te proibir? – rebateu Hannah sem humor

– Não. Trouxe um presente para você, meu amor – disse dando ênfase na ultima parte.

– Isso é tão típico dos homens, fazem besteiras e depois compram um presente achando que tudo vai se resolver.

– Não é culpa nossa, vocês mulheres sempre aceitam – sentou ao lado de Hannah na cama.

– Me da logo, espero que tenha sido algo muito bom, caso contrario eu não te perdoo – falou brincalhona fazendo uma careta com nariz.

Freddie beija a ponta do nariz da amada e a braça de lado enquanto Hannah desfaz o embrulho

Assim que a morena ver o pequeno Body branco com a frase “Copia reduzida e autenticada (código de barras) Mamãe e papai”, começa a chorar.

– Por que comprou isso Freddie?

– É para nosso futuro campeão ou nossa princesinha

– Então nos vamos ter um bebe? – mais lagrimas caíram de seus olhos que já estavam vermelhos

– Claro! E logo. Primeira coisa que vamos providenciar depois do casamento

Hannah e Freddie selaram o momento com um beijo apaixonado. Hannah deitou a cabeça no ombro do amado e adormeceu.

Na casa ao lado, Carly estava debruçada no sofá com uma foto dos filhos nas mãos. Não tinha ideia do paradeiro dos adolescentes

O coração de Carly estava sofrido, a preocupação se misturava com a saudade e o vazio que sentia.

– Onde estão vocês meus amores? – perguntou a foto – se soubessem a falta que me fazem

Carly abraçou a foto e tentou chorar, mas seus olhos já não tinham lagrimas. Chorava sem parar desde o dia que encontrou a casa vazia.

– Advinha quem chegou de viajem? – Carly foi surpreendida pelo marido, Bernard, que até o momento estava em uma viajem de negócios.

– Amor... – esboçou um sorriso com a voz fraca e a aparência cansada

– O que foi meu chocolatinho? Por que está assim, tão triste? – perguntou Bernard acariciando as bochechas da esposa

– As crianças...

– Já ia perguntar. A casa está tão silenciosa, onde os pestinhas se meteram?

– Eu não sei – confessou chorosa

– Como assim não sabe? – perguntou alterando o tom da voz

– Eles desapareceram faz dois dias – disse em um sussurro

– Desapareceram? Ninguém desaparece do nada

– Eu não sei – começou a chorar – faz dois dias, eles simplesmente sumiram.

– Sua vadia irresponsável – esbravejou empurrando Carly contra a parede.

– Isso dói muito – falou chorando

– Eu deveria te quebrar no meio sua desgraçada

– Não fala assim comigo – disse em um fio de voz

– E como quer que eu te chame? Nem olhar três adolescentes irritantes você consegue sua incompetente

– Para com esse escândalo, Bernard. Gritar feito um louco não vai trazer nossos de volta – gritou

– Como ousa levantar o tom de voz com seu marido?! Quer perder a vida agora mesmo Carlotta? Seus filhos uma vírgula, você é tão irresponsável e inútil que nem isso faz direito, você é uma péssima mãe. É só mais uma vadiazinha qualquer

Num rompante de raiva, Carly acertou um tapa no rosto de Bernard. Ao perceber a raiva nos olhos do marido, Carly se encolheu na parede, temendo o que Bernard poderia fazer.

– Isso não vai ficar barato sua vadia – falou tirando o cinto da calça

– Não Bernard! Por favor, não! – suplicou

– Você terá o que merece

Dito isso, Bernard dobrou o cinto ao meio e bateu nas costas de Carly, que gritou ao sentir a dor.

– Seu cafajeste, pare com isso – gritou em prantos.

Bernard não atendeu as suplicas da esposa e continuou com o ato de violência, enquanto Carly gritava de dor.

No cativeiro, Audrey estava fraca e praticamente morta nos braços de Josh.

– Audrey – chamou rígido – se você não começar a reagir vou ser obrigado a lhe matar

– O faça – falou fechando os olhos

– Como? Você quer que eu te mate? – perguntou incrédulo

– É o melhor a se fazer. Eu sei que nunca sairei daqui. Não aguento mais. Me mata logo

– Não – respondeu frio

– Por favor!

– Te matar seria te livrar da dor. Meu trabalho é te fazer sofrer

Audrey deixou escorrer uma lagrima

– Por que você? Por que faz isso comigo?

– Por que eu sei que você gosta de mim, Audrey – sorriu diabólico.

– Você foi minha primeira paixão – confessou

– Se toca garota. A única coisa que eu gosto em você é te ver chorar – Audrey derrama algumas poucas lagrimas – você não sabe como isso me faz bem!

Dito isso, Josh eletrocutou Audrey novamente. A garota teve uma parada cardíaca e caiu dura no chão, desmaiada.

– Meu trabalho está feito – disse jogando o corpo de Audrey no chão

Clary mexia as mãos nervosamente, sofria só de imaginar as torturas que a irmã estava sofrendo. O irmão mais novo, Cody, tinha sido levado há dois dias e não havia retornado, a possibilidade de perdê-lo fazia seu coração gelar.

– Senhorita Shay – chamou um guarda

– Eu – respondeu firme

– Apresente-se – falou duro

Clary saiu das sombras e surpreendeu-se ao ver que o “guarda” que a chamava não era tão aterrorizante como pensava

O garoto aparentava ser poucos anos mais velho, cerca de, 16, 17 anos. Cachos ruivos caiam sobre os olhos castanho-esverdeados. Não parecia ser cruel, mas sim doce.

“As aparências enganam”, repetiu mentalmente.

– Não tenho o dia todo

– Claro, o senhor deve ter muitos inocentes para torturar – disse com sarcasmo.

– Soyer

– Que?

– Meu nome é Soyer – reprimiu um sorriso voltando à seriedade – me acompanhe, por favor.

Clary arqueou a sobrancelha

Um capanga pedido “por favor”? Soyer era diferente, não sabia explicar exatamente como, mas sentia, simplesmente por sentir.

Soyer leva Clary até a “sala de torturas, setor três”.

Os dois estavam a sós. Soyer pega dois equipamentos que geram choques elétricos

– Bem, acho que é agora que eu tenho que te eletrocutar. – engole seco

– Seja rápido

Soyer a encarou. Como assim? A garota não estava apavorada, seja rápido, as palavras eram frias e duras, não de suplica.

– Seja rápido? Geralmente todos começam a gritar e suplicar minha misericórdia.

– Não sou como todos!

– Percebi. Você é diferente

– Você também

– Em que sentido

– Tecnicamente você é um dos meus sequestradores. Sua função é me torturar, ser duro e frio. Mas você está aqui, conversando comigo. Até seu nome me disse. Isso não vai contra o seu regulamento?

– Terei problemas se alguém souber – sorriu travesso

– “Se”?

– Acho que nos dois concordamos que ninguém precisa saber disso

– Acho que você acertou

– Acho que você deveria dizer seu nome

– Acho que não

– Algum motivo especifico?

– Só o fato de eu não confiar em você

– Não? – perguntou Soyer surpreso

– Não! – respondeu Clary convicta

– Como posso chama-la então?

– Candy

– Candy?

– Seremos Friends Candy – sugeriu Clary

– De onde você tirou a ideia que seremos amigos?

– Da sua cara

– Tudo bem, Candy. Mas eu vou descobrir seu nome, será uma questão de honra.

– Duvido

– E você ira me contar – a fitou com olhar desafiador

– Veremos – devolveu o olhar

Os dois trocaram um olhar cumplice, mal sabiam que era apenas o inicio de tudo.

Na enfermaria, Sam olhava Hale desconfiada. As atitudes da enfermeira e amiga andavam suspeitas desde a ultima conversa das duas.

Sam desconfiou também da ausência de torturas. Desde que escolheu Annie nunca mais a torturaram, o que afligia seu coração. “O que será que esses trastes estão tramando?”, pensou.

– Atendimento urgente – uma enfermeira disse enquanto empurrava uma maca para dentro da enfermaria

– Oque aconteceu? – perguntou Hale

– Uma criança sangrando foi achada no quarto

Debaixo dos lençóis brancos Annie estava sem sua pulsação

Estava ali a resposta para pergunta mental de Sam...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem suas opiniões!!
Já sabem o esquema:Quanto mais rápido e mais comentários mais rápido eu posto. É o justo!!
Big Bjs