Bad Blood escrita por Anninha Antonelly
Notas iniciais do capítulo
Vocês comentaram então cá estou eu, postando rapidinho ;)
Estão vendo que comentar deixa a autora aqui animada!! Sentindo falta de leitores antigos, se estiverem ai deem um sinal de vida. Estou com saudades :(
TRADUÇÃO do TITULO: Amigos Doce
Dois dias tinham se passado desde o “desaparecimento” – sequestro – de Sam e os adolescentes. Clary, Audrey e Cody estavam mantidos em cativeiro e sofrendo torturas constantes.
Sam estava depressiva pela suposta morte de Jace. Cada vez que olhava para Annie duvidava se tinha feito mesmo a escolha certa.
Annie sentia falta da mãe e sua antiga casa. A garota sempre chorava escondido de Sam. Além de tudo, Annie estava desnutrida e desidratada, devido à falta de alimento suficiente e a escassez de agua no cativeiro.
Na cidade, Carly ligava desesperadamente para a policia. Registrou uma ocorrência policial, mas ninguém tinha pistas de onde os adolescentes estavam.
Na mansão Benson, Hannah e Freddie tomavam café da manhã. O moreno comentou com a esposa;
– Sabe Hannah, não vejo a Sam faz dois dias.
– Nem percebi a ausência dela
– Não a vejo desde o jantar naquele restaurante
– Talvez ela tenha voltado para Los Angeles – sugeriu bebericando o café
– Sem se despedir?
– Não sei amorzinho. Ela deve ter compromissos em Los Angeles
– Não acho que ela iria embora do nada, poderia ter avisado – falou irritado.
Hannah riu
– Sei lá Freddie. Para que se preocupar com uma coisa sem importância? Ficar todo emburrado dá rugas sabia?
– Não estou com humor Hannah
– E eu não estou com paciência – esbravejou levantando bruscamente – que saco Freddie! Nosso noivado mal anda, temos tanta coisa para nos preocuparmos e você quer saber da garota nem liga para ti e foi embora. Acorda Freddie, ela não te da bola.
– Isso te interessa Hannah? – aumentou o tom de voz quase instantaneamente
– Sim isso me interessa até demais! Eu sou sua noiva, eu te amo, droga. Você só se importa com sua ex – deixou algumas lagrimas escaparem
– Hannah... – as palavras fugiram de sua mente
– Não precisa falar Freddie. Só me deixa em paz – secou as lagrimas que teimavam em cair e foi para o quarto do casal
Freddie passou as mãos frenéticas pelo cabelo. No fundo sabia que todo aquele noivado não passava de uma grande ilusão. O relacionamento dos dois não era o mesmo há anos, mas apesar de tudo, Hannah era uma mulher frágil e não merecia sofrer tanto por um simples capricho de um coração teimoso.
– Tereza, avise a Hannah que estou de saída – pediu Freddie para empregada.
– Sim, Sr. Benson
Freddie pegou um dos carros mais simples que tinha e dirigiu até o Shopping Center mais próximo. A primeira loja que entrou foi “Babys and Children”, uma das lojas que Hannah sempre admirava de longe. Queria saber o que era tão valioso para futura esposa e poder presenteá-la.
Mas logo uma confusão se formou em sua cabeça, a loja vendia apenas roupas e acessórios para bebes e crianças.
Por que Hannah admirava tanto uma loja que não vendia nada que pudesse usar?
Logo sua ficha caiu. Todas as indiretas que a noiva jogava a respeito de crianças e da possibilidade de serem “papais”, que sempre passavam despercebidas por ele.
Hannah sonhava em ser mãe
– Posso ajudar o senhor? – perguntou a vendedora sorridente
– Algo unissex, por favor.
– Verei o que temos – falou se retirando
Freddie observava alguns pais com bebes no colo e sorriu automaticamente. Queria essa felicidade também, uma esposa que o ame, uma boa condição financeira, um bebe, em fim, uma família feliz e estável. Ele tinha quase tudo e estava jogando pela janela por uma “simples paixão adolescente”, como ele se referia.
– Temos algumas peças naquela prateleira, senhor – a vendedora apontou para uma prateleira não muito distante – separei algumas
Freddie observou todas às – extravagantes – roupinhas para bebes, mas a que chamou lhe a atenção foi um Body branco com uma frase um tanto inusitada.
– Vou levar esse – entregou o Body à vendedora, que foi até o caixa.
– Cartão ou avista
– Cartão
– Debito ou credito?
– Debito
– Digite a senha, por favor – a caixa entregou a maquineta.
Freddie saiu da loja contente com o pequeno embrulho nas mãos
Ao chegar em casa, Freddie subiu até o quarto do casal, onde Hannah estava deitada ainda com olhos e a pontinha do nariz vermelhos. Ela trocava mensagens pelo celular.
– Posso entrar? – perguntou batendo na porta
– Posso te proibir? – rebateu Hannah sem humor
– Não. Trouxe um presente para você, meu amor – disse dando ênfase na ultima parte.
– Isso é tão típico dos homens, fazem besteiras e depois compram um presente achando que tudo vai se resolver.
– Não é culpa nossa, vocês mulheres sempre aceitam – sentou ao lado de Hannah na cama.
– Me da logo, espero que tenha sido algo muito bom, caso contrario eu não te perdoo – falou brincalhona fazendo uma careta com nariz.
Freddie beija a ponta do nariz da amada e a braça de lado enquanto Hannah desfaz o embrulho
Assim que a morena ver o pequeno Body branco com a frase “Copia reduzida e autenticada (código de barras) Mamãe e papai”, começa a chorar.
– Por que comprou isso Freddie?
– É para nosso futuro campeão ou nossa princesinha
– Então nos vamos ter um bebe? – mais lagrimas caíram de seus olhos que já estavam vermelhos
– Claro! E logo. Primeira coisa que vamos providenciar depois do casamento
Hannah e Freddie selaram o momento com um beijo apaixonado. Hannah deitou a cabeça no ombro do amado e adormeceu.
Na casa ao lado, Carly estava debruçada no sofá com uma foto dos filhos nas mãos. Não tinha ideia do paradeiro dos adolescentes
O coração de Carly estava sofrido, a preocupação se misturava com a saudade e o vazio que sentia.
– Onde estão vocês meus amores? – perguntou a foto – se soubessem a falta que me fazem
Carly abraçou a foto e tentou chorar, mas seus olhos já não tinham lagrimas. Chorava sem parar desde o dia que encontrou a casa vazia.
– Advinha quem chegou de viajem? – Carly foi surpreendida pelo marido, Bernard, que até o momento estava em uma viajem de negócios.
– Amor... – esboçou um sorriso com a voz fraca e a aparência cansada
– O que foi meu chocolatinho? Por que está assim, tão triste? – perguntou Bernard acariciando as bochechas da esposa
– As crianças...
– Já ia perguntar. A casa está tão silenciosa, onde os pestinhas se meteram?
– Eu não sei – confessou chorosa
– Como assim não sabe? – perguntou alterando o tom da voz
– Eles desapareceram faz dois dias – disse em um sussurro
– Desapareceram? Ninguém desaparece do nada
– Eu não sei – começou a chorar – faz dois dias, eles simplesmente sumiram.
– Sua vadia irresponsável – esbravejou empurrando Carly contra a parede.
– Isso dói muito – falou chorando
– Eu deveria te quebrar no meio sua desgraçada
– Não fala assim comigo – disse em um fio de voz
– E como quer que eu te chame? Nem olhar três adolescentes irritantes você consegue sua incompetente
– Para com esse escândalo, Bernard. Gritar feito um louco não vai trazer nossos de volta – gritou
– Como ousa levantar o tom de voz com seu marido?! Quer perder a vida agora mesmo Carlotta? Seus filhos uma vírgula, você é tão irresponsável e inútil que nem isso faz direito, você é uma péssima mãe. É só mais uma vadiazinha qualquer
Num rompante de raiva, Carly acertou um tapa no rosto de Bernard. Ao perceber a raiva nos olhos do marido, Carly se encolheu na parede, temendo o que Bernard poderia fazer.
– Isso não vai ficar barato sua vadia – falou tirando o cinto da calça
– Não Bernard! Por favor, não! – suplicou
– Você terá o que merece
Dito isso, Bernard dobrou o cinto ao meio e bateu nas costas de Carly, que gritou ao sentir a dor.
– Seu cafajeste, pare com isso – gritou em prantos.
Bernard não atendeu as suplicas da esposa e continuou com o ato de violência, enquanto Carly gritava de dor.
No cativeiro, Audrey estava fraca e praticamente morta nos braços de Josh.
– Audrey – chamou rígido – se você não começar a reagir vou ser obrigado a lhe matar
– O faça – falou fechando os olhos
– Como? Você quer que eu te mate? – perguntou incrédulo
– É o melhor a se fazer. Eu sei que nunca sairei daqui. Não aguento mais. Me mata logo
– Não – respondeu frio
– Por favor!
– Te matar seria te livrar da dor. Meu trabalho é te fazer sofrer
Audrey deixou escorrer uma lagrima
– Por que você? Por que faz isso comigo?
– Por que eu sei que você gosta de mim, Audrey – sorriu diabólico.
– Você foi minha primeira paixão – confessou
– Se toca garota. A única coisa que eu gosto em você é te ver chorar – Audrey derrama algumas poucas lagrimas – você não sabe como isso me faz bem!
Dito isso, Josh eletrocutou Audrey novamente. A garota teve uma parada cardíaca e caiu dura no chão, desmaiada.
– Meu trabalho está feito – disse jogando o corpo de Audrey no chão
Clary mexia as mãos nervosamente, sofria só de imaginar as torturas que a irmã estava sofrendo. O irmão mais novo, Cody, tinha sido levado há dois dias e não havia retornado, a possibilidade de perdê-lo fazia seu coração gelar.
– Senhorita Shay – chamou um guarda
– Eu – respondeu firme
– Apresente-se – falou duro
Clary saiu das sombras e surpreendeu-se ao ver que o “guarda” que a chamava não era tão aterrorizante como pensava
O garoto aparentava ser poucos anos mais velho, cerca de, 16, 17 anos. Cachos ruivos caiam sobre os olhos castanho-esverdeados. Não parecia ser cruel, mas sim doce.
“As aparências enganam”, repetiu mentalmente.
– Não tenho o dia todo
– Claro, o senhor deve ter muitos inocentes para torturar – disse com sarcasmo.
– Soyer
– Que?
– Meu nome é Soyer – reprimiu um sorriso voltando à seriedade – me acompanhe, por favor.
Clary arqueou a sobrancelha
Um capanga pedido “por favor”? Soyer era diferente, não sabia explicar exatamente como, mas sentia, simplesmente por sentir.
Soyer leva Clary até a “sala de torturas, setor três”.
Os dois estavam a sós. Soyer pega dois equipamentos que geram choques elétricos
– Bem, acho que é agora que eu tenho que te eletrocutar. – engole seco
– Seja rápido
Soyer a encarou. Como assim? A garota não estava apavorada, seja rápido, as palavras eram frias e duras, não de suplica.
– Seja rápido? Geralmente todos começam a gritar e suplicar minha misericórdia.
– Não sou como todos!
– Percebi. Você é diferente
– Você também
– Em que sentido
– Tecnicamente você é um dos meus sequestradores. Sua função é me torturar, ser duro e frio. Mas você está aqui, conversando comigo. Até seu nome me disse. Isso não vai contra o seu regulamento?
– Terei problemas se alguém souber – sorriu travesso
– “Se”?
– Acho que nos dois concordamos que ninguém precisa saber disso
– Acho que você acertou
– Acho que você deveria dizer seu nome
– Acho que não
– Algum motivo especifico?
– Só o fato de eu não confiar em você
– Não? – perguntou Soyer surpreso
– Não! – respondeu Clary convicta
– Como posso chama-la então?
– Candy
– Candy?
– Seremos Friends Candy – sugeriu Clary
– De onde você tirou a ideia que seremos amigos?
– Da sua cara
– Tudo bem, Candy. Mas eu vou descobrir seu nome, será uma questão de honra.
– Duvido
– E você ira me contar – a fitou com olhar desafiador
– Veremos – devolveu o olhar
Os dois trocaram um olhar cumplice, mal sabiam que era apenas o inicio de tudo.
Na enfermaria, Sam olhava Hale desconfiada. As atitudes da enfermeira e amiga andavam suspeitas desde a ultima conversa das duas.
Sam desconfiou também da ausência de torturas. Desde que escolheu Annie nunca mais a torturaram, o que afligia seu coração. “O que será que esses trastes estão tramando?”, pensou.
– Atendimento urgente – uma enfermeira disse enquanto empurrava uma maca para dentro da enfermaria
– Oque aconteceu? – perguntou Hale
– Uma criança sangrando foi achada no quarto
Debaixo dos lençóis brancos Annie estava sem sua pulsação
Estava ali a resposta para pergunta mental de Sam...
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Big Bjs