Bad Blood escrita por Anninha Antonelly


Capítulo 14
Confusão Nunca é Demais


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores lindos do meu coração ;)
Vocês comentaram então aqui está um capitulo rapidinho para vocês!!



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OBS da AUTORA: Os capítulos estão sendo narrados em terceira porque tem vários “POV´s” (pontos de vista). Muitos personagens narrando ficaria confuso ;)

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Carly estava trancada chorando no quarto de Audrey. Foi à única maneira que encontrou de conter o marido violento. Num deslize de Bernard Carly correu e se trancou no cômodo mais próximo.

– Sua vadia. Abre essa merda – gritou Bernard chutando a porta

Não respondeu. Carly apenas abraçava os joelhos e soluçava.

– Vai ter que abrir essa porcaria mais cedo ou mais tarde, Carlotta. Vou estar aqui esperando você e te dar a surra que merece.

Os passos de Bernard foram ficando cada vez mais distantes até ouvir o som da porta batendo.

“Bernard tinha saído para beber”, pensou.

Carly ficou trancada no quarto por mais cinco minutos, só depois teve certeza que Bernard tinha saído.

Levantou da cama e bateu a mão na mesinha de cabeceira, onde pegou uma folha de caderno e caneta. Escreveu uma carta improvisada para os filhos

“Crianças,

Tive que sair de casa por um tempo, mas não se preocupem, logo estarei de volta. O pai de vocês cuidara de cada um. Amo muito vocês, meus anjinhos. Quando lerem esta carta já estarão em casa. Não sabem a angustia que passei pelo desaparecimento repentino dos meus bebês!

Com amor, mamãe”

Dobrou o bilhete até caber dentro do estojo de Audrey.

Carly saiu de casa na ponta de pé, temendo que o marido ainda estivesse em casa. Depois correu até o lugar mais seguro que tinha, a casa de Freddie.

Na mansão dos Benson´s, Hannah e Freddie faziam a lista de convidados para o casamento.

– Uma festa pequena, Hannah, por favor – pediu Freddie.

– Nem pensar meu chocolatinho com nozes – disse Hannah com voz melosa de bebe– nosso casamento será a festa mais badalada do ano

Freddie revira os olhos

– Minha única exigência é que você não convide pessoas estranhas

– Assim você me ofende, bebê. Acha mesmo que eu iria convidar gente estranha para a nossa festa?

– Não me leve a mal, mas... – é interrompido pelo toque do celular de Hannah

– A gente continua a conversa depois. Amy e eu vamos fazer comprinhas no shopping. Beijinhos Love – Hannah beija a bochecha do moreno e sai

– Eu mereço – murmurou Freddie

Ding Don– a campainha tocou

– Eu atendo, Tereza – gritou Freddie para empregada.

Freddie abre a porta faz cara de interrogação ao encontrar o marido de Carly com uma expressão de fúria.

– Bernard?

No cativeiro, Sam teve uma parada cardíaca após ter visto Annie “morta”, que na verdade estava apenas desmaiada.

– Sam, Sam, por favor, reage. Não nos deixe Samantha Puckett. Reage droga! – gritava Hale enquanto tentava reanimar Sam com impulsos elétricos

– Pulsação parou – informou a enfermeira

– Não! Você vai viver Samantha Puckett ou não me chamo Hale Morris

– Melhor mudar de nome então – uma das enfermeiras fez graça

– Calada Amélia – grunhiu Hale

– Não tá mais aqui quem falou – levantou as mãos em sinal de rendição

– Melhor assim. Não é hora de discutirmos. Preciso me concentrar, Sam não pode morrer.

– A paciente não está reagindo – disse Amélia

– Não me deixa Sam – suplicou Hale tocando o rosto pálido da amiga com as costas da mão

Ali naquela mesa de cirurgia, Hale deixava lagrimas caírem por toda sua face. Sua amiga estava bem na sua frente, morta. Seu coração doía, como se tivesse sido arrancado do peito e estivesse pulsando em sua mão. Sam estava morrendo diante de seus olhos e havia nada que pudesse fazer.

– Hale, tantas pessoas morrem diariamente aqui, não entendo o motivo de todo esse abalo – uma das enfermeiras comentou com arrogância.

– Como uma morte não te afeta? É um ser humano! Uma vida está sendo perdida aqui. A que ponto nosso mundo chegou de considerar a morte uma coisa tão banal? Somos tão superficiais assim? Sam era minha amiga, uma das pessoas mais verdadeiras que já conheci em toda minha vida.

– Façam o máximo para salva-la, é uma vida – completou com raiva.

– O que faremos com a garotinha? – a enfermeira se referia a Annie

– O mesmo que fazem quando uma criança é torturada – deu de ombros

– Enterramos?

– Não dessa vez – deu de ombros

Hale saiu indignada da sala de cirurgia e apoiou-se em uma parede próxima. Pós a mão na boca para abafar o grito, sua amiga estava morrendo dentro daquela maldita sala de cirurgia e ela estava de mãos atadas.

Jaspen” pensou, “tenho que acha-lo”.

E assim ela fez. A enfermeira foi atrás de Jaspen na sala dos capangas. Hesitou por um momento antes de cruzar a barreira que dividia de um dos setores mais perigosos de todo o cativeiro, Setor cinco, mais conhecido como “Setor da morte”, onde as vitimas eram torturadas.

Mas, tomou coragem.

– Desejo falar com Jaspen – cruzou a barreira

– E eu desejo você na minha cama gatinha – disse um dos capangas enquanto fumava

– Sai de perto dela – rosnou Jaspen

Hale fez sinal com os olhos em direção à saída, ele a seguiu.

Quando já estavam fora do setor cinco Jaspen encarou Hale, como se dissesse “Fala de uma vez o que você quer, eu tenho mais o que fazer”.

– Você vai falar ou me chamou apenas para admirar minha beleza? – falou Jaspen sedutor encurralando Hale na parede

– Sai fora Jaspen – disse passando por baixo do braço dele

– Se você não me chamou aqui para me dar uns amassos, para que mais seria? – as bochechas de Hale coraram

– Para com isso Jaspen! O assunto é serio

– Fala de uma vez

– Sam está morrendo

– E...?

– Ela é muito importante para Senhor Williams. Se ela morrer não sofrerá como deve – disfarçou

– É, até que olhando por esse lado... Mas confesso que me deu até pena da loura marrenta. Você sendo tão cruel? Conta outra Hale Morris, é a pessoa mais humana que conheço. Fala de uma vez o que quer que eu faça pela garota.

– Jaspen – fez cara de suplica – precisa me ajudar à salva-la

– Não, eu não preciso – falou dando de costas.

– Por favor, Jaspen. Não posso deixa-la morrer – lagrimas brotaram de seus olhos

– Lagrimas não me convenceram dessa vez Hale! Diz alguma coisa que eu vou ganhar em troca ou nada feito

– Minha gratidão?

– Alguma coisa útil, Hale.

– faço qualquer coisa, mas seja rápido. Sam está morrendo, não há tempo para perder.

– Você sabe muito bem o que eu quero senhorita Hale Morris – falou sedutor em seu ouvido fitando a barriga de Hale

– Isso você não terá!

– Não rola, nosso acordo foi cancelado, até mais Hale Morris. Vou providenciar o caixão para sua amiga loura.

Dito isso, Jaspen saiu com expressão carregada de arrogância e ironia.

– Faço eu mesma então – gritou Hale com a voz firme – trate de providenciar dois caixões! Nos dois sabemos que eu não sobreviverei. Posso até morrer, mas não vou deixar de tentar salvar a vida da minha amiga.

– Hale... – Jaspen bloqueou a passagem

– Não Jaspen! Já percebi que tipo de cara você é. Me da licença?

Jaspen baixou a cabeça enquanto Hale passava. Mas ele a puxou pelo braço e roubou um beijo apaixonado.

“O beijo entre eles representava mais que amor. Um amor acumulado há tempos, mas nem um pouco frio. A paixão continha um tipo de conservante que não os deixava livres. As mãos dele queriam segurá-la, inteiramente, ao mesmo tempo. E apesar de ela estar nos braços dele, tentava se soltar, mas o fogo da paixão era maior e não permitia. Jaspen esperava isso há tanto tempo que intensificou ainda mais o beijo com sabor de lagrimas. Exploravam cada canto da boca um do outro, estavam completamente entregues ao desejo. O tempo, a duração do beijo, era o fator mais insignificante”.

Mas o maldito oxigênio veio a faltar, Hale percebeu quem estava beijando e se soltou bruscamente de Jaspen.

– Hale, espera – gritou ao ver a amada fugir.

Tudo acontecia simultaneamente entre os dois “mundos”. Enquanto Hale fugia de Jaspen e Sam morria aos poucos, Bernard encava Freddie com cara de poucos amigos.

– Bernard? Você aqui. Entra cara – recepcionou Freddie animado

– Não preciso entrar Benson. Nosso papo é aqui fora

– Tudo bem – fechou a porta, ficando do lado de fora – quando você voltou de viajem? Carly não comentou nada

– Não te interessa – rosnou – meu assunto com você é outro

– E o que seria? – perguntou Freddie impaciente

– Isso é o quem pergunto. Porque está rondando minha mulher, Benson?

– Acho que você bebeu muito. Não tá normal cara

Bernard socou a boca de Freddie, que começou a sangrar. Levou o dedo indicador até o canto da boca, sentiu o liquido vermelho escorrer pelo queixo.

– Eu fiz uma pergunta Freddie Benson e quero uma resposta. Agora!

– Bernard. Some. Daqui – sibilou

– Não sem minha resposta – insistiu

– Eu não sei de porra nenhuma da Carly, seu dissimulado. Não há vejo há dias

– Mentira! Você pode enganar a muitos com essa cara de menino certinho, mas não a mim. Fala de uma vez antes que eu te mande para o hospital

Num impulso, Freddie socou o rosto de Bernard, que revidou com golpe no abdômen.

– Seu filho da puta. Vai me pagar por roubar minha mulher e meus filhos – disse dando outro golpe em Freddie

– Você tem problemas mentais isso sim – falou enquanto se esquivava do golpe.

– Você sequestrou minhas crianças – afirmou – devolve elas, agora!

Bernard estava por cima e por isso em vantagem. Acertava vários golpes em Freddie, que procurava não revidar e sim se esquivar dos golpes. Tentou sair debaixo de Bernard, mas foi em vão. Continuava em desvantagem

Os dois rolavam pelo gramado do jardim da frente da casa. Logo uma pequena roda de moradores do condomínio se formou em volta dos dois. A pequena multidão gritava “briga, briga, briga”. Os condôminos torciam por Freddie, “arrebenta esse cara, Benson”, gritou um deles.

Lagrimas escorriam pelo rosto de Bernard enquanto batia em Freddie. O moreno não entendia nada

Carly observava tudo distante. A morena correu até sua casa, abriu uma pequena maleta com o aviso “somente em caso de emergência estrema”, de lá tirou uma pequena seringa e pós dentro da bolsa.

Hannah chegava com varias sacolas de lojas quando se deparou com uma multidão no jardim de sua casa

O motivo? Ela descobriu assim que se infiltrou no meio da multidão

– Posso saber o que está havendo aqui? – gritou histérica.


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Notas finais do capítulo

Hehehe quando começa a ficar bom demais a autora aqui deixa para o próximo [tão cena de novela, eu sei gente]
O que vai acontecer com Sam e Annie?
Casal novo? Qual a historia de Hale e Jaspen?
Hale vai mesmo se arriscar por Sam? O que Jaspen queria de Hale?
Deixem seus palpites!!
Criticas construtivas são bem vindas. Alguma ideia ou opinião sobre a fic?
Quanto mais rápido e mais comentários mais rápido eu posto, vocês sabem que eu cumpro!
Bjs Divos



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