Aos Dias Que Nunca Vieram – 2ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 9
Vitória dos Daleks


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu assisti ao primeiro episódio da nona temp. e posso dizer que vocês não vão se arrepender!!! Assistam!!
Anyway, eu esqueci de postar mais cedo pq foi muita emoção! Espero que gostem...



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O sinal enviado pelos Daleks através de uma antena mantém as luzes de Londres acesas. Casas, prédios, quartéis generais estão expostos ao ataque alemão. Era uma questão de tempo para a cidade ser atacada e o Doutor tinha que pensar em algo rápido. Mas não dá pra pensar direito quando os Daleks ‘puros’ estão chamando os Daleks originais de inferiores.

“ELIMINAÇÃO TOTAL! DESINTEGRAR.” Disse o Dalek branco.

O Dalek azul atirou nos Daleks de ferro com um raio poderoso, nunca visto antes. Todos os Daleks considerados impuros foram eliminados em segundos.

“Caramba! O que fazem com os bagunceiros?” Comentou o Doutor para Rose.

“VOCÊ É O DOUTOR! VOCÊ DEVE SER EXTERMINADO.” Disse o Dalek branco.

“MEUS SENSORES INDICAM QUE BAD WOLF É TAMBÉM INIMIGA DOS DALEKS. EX-TER-MI-NAR.” Disse o Dalek azul.

O Doutor rapidamente pegou o biscoito de volta e ameaçou os Daleks. “Não mexam com ela, lata-velha.” Mostrou o Jammy Dodger. O Doutor desejou que aquilo não fosse uma farsa e sim, algo que pudesse destruir os Daleks.

“ISSO NÃO NOS IMPEDIRÁ. NÓS SOMOS O PARADIGMA DE UMA NOVA RAÇA DALEK.” O Dalek branco estava discursando. O Doutor estava certo de que este era o líder. “O CIENTISTA, O ESTRATEGISTA, O SERVO, O ETERNO E O SUPREMO.”

“E qual deles você seria? Bela pintura! Está muito fashion e se sentindo bem supremo!” O Doutor disse. Era óbvio para Rose que ele estava enrolando e ocupando o tempo enquanto pensava em uma saída.

“A pergunta é: O que vamos fazer agora?” Disse Rose.

“Rose, eu ainda estou pensando nisso.”

“Na verdade, eu estava perguntando aos Daleks.” Ela se virou para os Daleks. “Ou vocês desligam sua máquina ou seu novo ‘paradigma’ vai para a eternidade.”

“E VOCÊS MESMOS.”

“A VARREDURA REVELOU QUE A TARDIS NÃO TEM UM DISPOSITIVO DE AUTODESTRUIÇÃO.”

O Doutor deu uma mordida no biscoito. “Tudo bem, é um Jammy Dodger, mas me prometeram chá.”

Um som de alarme soou pela nave Dalek.

“Há, esses são os seres humanos!” Exclamou o Doutor.

“O QUE ELES ESTÃO FAZENDO. EXPLIQUE, EXPLIQUE, EXPLIQUE.”

“Danny Boy para o Doutor e Rose! Danny Boy para o Doutor e Rose! Estão ouvindo? Câmbio!”

Eles ouviram pelo alto-falante. “Foi Winston! Ele enviou uma aeronave!” Constatou Rose.

“O que me lembrou... Bracewell: criado pelos Daleks, mas mesmo assim muito humano. Ouviu, Daleks?”

“Danny Boy para o Doutor! Estamos indo! Câmbio!”

“Alto e claro, Danny Boy! A grande antena no lado da nave! Exploda! Câmbio!” Avisou o Doutor.

“EXTERMINAR O DOUTOR E BAD WOLF!”

“Corra, Rose!” O Doutor segurou sua mão enquanto corriam de volta à TARDIS.

“E quanto aos escudos? Os Daleks sempre têm proteção.” Disse Rose.

“Estou cuidando disso! Tire-nos daqui e nos leve para a Terra!” Enquanto o Doutor trabalhava nos escudos, Rose iniciou a sequência de desmaterialização.

“Doutor para Danny Boy! Eu desativei os escudos temporariamente. Atire agora!”

Durou alguns segundos para a nave atingir a antena que enviava um sinal à Terra.

“Danny Boy para o Doutor! Iniciando outro ataque.”

“Doutor para Danny Boy, destrua a nave, câmbio!”

“E quanto a vocês, Doutor e Rose?”

“Oh, nós já não estamos mais na nave.” O Doutor deu uma piscadela para Rose.

O Dalek Supremo (o branco) apareceu na tela da TARDIS. O Doutor não se surpreendeu com a imagem, apenas com o que ele disse. “DOUTOR, CANCELE O ATAQUE.”

“O quê? E deixar que você volte para o futuro? Sem chances.”

“BRACEWELL É UMA BOMBA.”

O casal congelou. Não podiam acreditar que caíram em outra armadilha – ou o plano B dos Daleks.

“Você está blefando. Mentir é natural pra vocês.” O Doutor não quis acreditar no que o Dalek disse. Na verdade, nem Rose podia acreditar. “Não existe nem um osso em você que tenha sinceridade. E você nem mesmo tem ossos.”

“SEU PODER É DERIVADO DE UM OBLIVION CONTINUUM. CANCELE SEU ATAQUE OU VAMOS DETONAR O ANDROIDE.”

Rose nem se quer sabia o que Oblivion Continuum significava, mas não podia ser coisa boa. A tela se apagou indicando o término da conexão. Rose olhou para as coordenadas do console. “Nós chegamos.” Ela avisou e percebeu que o Doutor estava tentando tomar uma decisão.

“Eu poderia acabar com todos de uma vez por todas.” Comentou o Doutor.

“Você já fez isso uma vez.” Lembrou Rose.

“E eles sempre voltam... Por quê? Se eu os deixar escaparem agora, eles vão se fortalecer.”

“Antes de podermos atacá-los, eles podem acionar a bomba em Bracewell.”

Vários segundos se passaram, parecia uma eternidade, mas precisavam ponderar os pontos positivos e negativos. Os Daleks são pacientes em esperar por uma decisão, o casal sabia.

O Doutor pegou o comunicador. “Doutor para Danny Boy, afaste-se. Câmbio.” Deu a ordem e se virou para Rose. “E se tentarmos desativar a bomba?”

“Aí os Daleks terão nada contra nós. Pode dar certo!” Rose sorriu com a nova perspectiva.

Pegando a mão de Rose, o Doutor saiu correndo da TARDIS. Ela estacionou no mesmo local em que estavam antes, então ele sabia por onde tinha que ir. Destino: Bracewell. Chegando ao laboratório de Bracewell, o Doutor fez o impensável: deu um soco na cara do Professor, levando-o ao chão. O que foi um erro, porque o Professor era metade metal.

“Desculpe, mas você é uma bomba!” Disse o Doutor chacoalhando a mão dolorida.

“O quê?”

“Há um Oblivion Continuum dentro de você!”

“Doutor, explique o que é isso.” Rose perguntou.

“É um buraco negro capturado que fornece energia sem fim. Se for detonado, a Terra vai para outra dimensão.”

Todos ficaram boquiabertos. “Isso tem a ver com você ter cancelado o ataque?” Perguntou Amy ao Doutor.

“Se atacarmos os Daleks eles podem detonar a bomba antes que possamos destruí-los.” Ele explicou.

“Você pode desarmar logo?” Pediu Rose.

“Certo, preciso ver primeiro.” Aproveitando que Bracewell ainda estava no chão, o Doutor utilizou a chave de fenda sônica para ‘abrir’ o peito do Professor e revelar um círculo com cinco fragmentos azuis. Um deles se tornou amarelo.

“Isso é a contagem regressiva? Quando todos ficarem amarelos ele explode?” Perguntou Rose.

“Exatamente, mas quando a luz vermelha acender, na verdade. Nunca tinha visto um de perto antes.”

“Então os Daleks colocaram uma bomba nele só para explodir a Terra?” Quis saber Amy.

“Não. Ele é a bomba! Andando, falando, explodindo!” Explicou o Doutor. Todos ficaram nervosos e sem saber o que fazer.

“Ele falou conosco sobre suas memórias há pouco tempo. A Grande Guerra.” Disse Winston.

“Podem ser memórias de outra pessoa implantadas.”

“Vejamos...” Disse Rose. “Bracewell, fale sobre sua vida.”

“Eu acho que esse não é o melhor momento.” Disse Bracewell nervoso.

“Mas conte como se fosse humano. Mostre que é humano.” Insistiu Rose.

Bracewell começou a contar sobre o seu passado. O Doutor insistiu que ele continuasse a falar e até perguntou sobre os pais dele. Infelizmente, a estratégia não estava funcionando, mesmo apelando para as lembranças tristes e nostálgicas.

“Sinta, Bracewell! Quanto mais você sentir, mais humano você é!” Pediu o Doutor.

Amy observava o sofrimento de Bracewell e a luta do Doutor para impedir a explosão e, nesse meio tempo, ela decidiu interferir. Se aproximando deles, ela se ajoelhou ao lado de Bracewell e lhe disse baixinho “Hey, Paisley.” Ela o chamou pelo apelido que deu a ele. “Já gostou de alguém que não retribuiu?”

“O quê?” Bracewell pareceu se acalmar.

“Você sabe do que estou falando. Afinal, somos escoceses. Mas é uma dor boa.”

“Eu não deveria falar sobre ela.”

Rose também se ajoelhou e ficou do outro lado de Bracewell. “E qual é o nome dela?”

“Dorabella.” Ele respondeu.

Nesse momento, o último fragmento que havia ficado amarelo voltou a ser azul, deixando todos aliviados. “Está funcionando. Mantenham-no falando.” Disse o Doutor.

“Como ela é, Edwin?” Perguntou Amy.

Edwin Bracewell contou detalhes de sua amada. Ele se lembrou de momentos com ela e descreveu seu sorriso e olhos com imenso amor. Todos os fragmentos ficaram azuis e a bomba se desativou.

“Bem-vindo à raça humana.” Anunciou o Doutor já se levantando. “Agora podemos parar os Daleks.”

“Tarde demais.” Disse Bracewell. “Eles se foram.”

Essa última sentença deixou o Doutor e Rose muito chateados. A negação foi a primeira reação do Doutor.

“Mas está tudo bem. A bomba parou.” Disse Amy tentando confortá-lo.

“Isso é verdade. Você salvou a Terra!” Disse Rose.

“Eu tive uma escolha e eles sabiam que eu iria escolher a Terra.” Disse o Doutor triste.

Rose pôs seus braços ao redor dele para abraçá-lo e o Doutor os aceitou devagar. As pessoas ao redor deixaram o laboratório para dar a eles privacidade.

“Eu os deixei escapar.” Confessou o Doutor.

“Mas salvou a todos. E vou repetir quantas vezes for necessário.”

O Doutor sorriu. “E você está bem?”

“Não... Eu vi o que aconteceu da última vez e não estava preparada para vê-los de novo.”

O Doutor a abraçou de volta, mas desta vez para confortá-la. Ele pressionou um beijo em sua cabeça. “Vai ficar tudo bem.”

Secretamente, o Doutor estava desejando saber o que estava errado e o porquê de Amy não se lembrar dos Daleks. Será que isso também tem algo a ver com a rachadura no quarto? Afinal, é por esse mistério que Amy está viajando na TARDIS.

O casal saiu do laboratório e encontraram todos esperando por eles. “Foi um feito incrível, meu amigo.” Elogiou Winston e até ofereceu um charuto.

O Doutor negou. “Agradeça também à Amy e à bela Rose aqui. Elas ajudam bastante.” Todos sorriram.

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De volta ao escritório do Primeiro Ministro, Winston estava lamentando os ataques do inimigo em seu país, enquanto Amy lamentava pela jovem secretária cujo noivo não retornou.

Sabendo pode fazer mais nada pela pobre moça, Amy se aproximou de Rose para puxar algum outro assunto. “Então, cadê o Doutor?”

Rose ia responder, mas nessa hora o próprio Doutor chegou. “Estou aqui! Cuidei das tecnologias alienígenas que Bracewell tinha instalado.”

“Não pode reconsiderar, Doutor? Aqueles aviões venceriam a guerra em 24 horas!” Pediu Winston.

O Doutor pegou uma xícara de chá. “Exatamente!” Tomou um gole do chá.

“Mas por quê?”

“Winston, não podemos interferir. As coisas têm acontecer, mesmo que piores dias estejam por vir.” Respondeu Rose.

“Os dias mais sombrios, mas você consegue.” Completou o Doutor. “Você sabe que sim.”

“Fiquem conosco. O mundo precisa de vocês!” Pediu o Primeiro Ministro.

“O mundo não precisa de nós.” Disse Rose.

“Eles têm Winston Spencer Churchill.” Disse o Doutor.

Winston se sentiu honrado e abraçou os dois em despedida. Em seguida, ele abraçou Amy também.

“Oie, Winston!” Amy o chamou quando ele estava se retirando. “A chave do Doutor.” Amy pediu de volta.

Rose ficou surpresa e o Doutor pôs a mão na jaqueta procurando sua chave que realmente estava desaparecida.

“Ela é boa.” Disse Winston e devolveu a chave.

Ainda faltava mais alguém para ver antes de irem embora definitivamente.

Bracewell estava esperando. “Está na hora, Doutor! Sabia que esse momento iria chegar.”

“Momento?” O Doutor perguntou.

“É hora de me desativar.” Edwin explicou.

“É?” O Doutor olhou para Rose. “Oh, é sim. A desativação.”

“Sou tecnologia Dalek. Não pode me deixar onde não pertenço.”

“Não, você está certo, Professor.” Disse Rose.

“100% certo. Assim que nós voltarmos, daqui há... uns dez minutos?”

“Uns quinze.”

“Quinze minutos, isso! E aí você vai ser desativado, com certeza.”

“Quinze minutos? É o que eu tenho de vida?” Perguntou Bracewell.

“Assim que eu e minha esposa resolvermos um assunto urgente. Amy já está esperando de tão urgente que é.”

“Então vou esperar aqui e me preparar.”

“Ele é tecnologia Dalek, mas é um pouco lento.” Rose sussurrou para o Doutor.

“Quer saber? Vai demorar meia hora!”

“Não fuja, Edwin! E não vá até aquela garota... Dorabella?” Disse Rose.

Bracewell levantou uma sobrancelha. Ele estava desconfiando de algo.

“Veja bem, dá pra fazer muita coisa em meia hora.”

Finalmente Bracewell entendeu o que eles tentaram dizer. Os três deram gargalhadas. Alguns minutos depois, o casal voltou para a TARDIS deixando Bracewell arrumando as malas. A TARDIS se desmaterializou e a Guerra ficou para trás.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
O próximo tem a volta da River! Quem aí gosta dela? /

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