Aos Dias Que Nunca Vieram – 2ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 8
Soldados de Ferro


Notas iniciais do capítulo

Viram a capa nova?
Perdão se demorei, mas tenho muitos trabalhos pra fazer (faculdade não é fácil). Ufa! Mas isso não impedirá que eu continue escrevendo.
Espero que aproveitem esse capítulo, 1ª parte do episódio Victory of the Daleks...



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Após todos estarem devidamente acordados e bem vestidos (Amy finalmente encontrou o guarda-roupa), o Doutor pôs as coordenadas e aterrissaram.

“Agora vai me contar quem era no telefone ontem?” Perguntou Rose.

“Não, eu vou apresentá-las pessoalmente a ele.” O Doutor respondeu abrindo a porta da TARDIS. Ele saiu primeiro para se certificar se estava em local seguro. Apesar de ser surpreendido com alguns soldados apontando armas, ele não ficou com medo quando viu um homem familiar no meio deles. “Rose e Amy, conheçam Winston Churchill.”

O homem era bastante... corpulento, mas era exatamente aquele visto no livros de história. Winston tirou o charuto da boca para falar. “Doutor? É você mesmo?”

“Winston, meu velho amigo!” O Doutor estendeu a mão para apertar a dele, mas Winston não apertou, apenas gesticulou pedindo algo. “Aaah, toda vez!”

“O que ele quer?” Perguntou Amy.

“A chave da TARDIS, é claro.”

“Pense no que eu poderia fazer com a sua incrível máquina, Doutor! As vidas que poderiam ser salvas.” Disse Winston.

“Não funciona desse jeito.”

Winston finalmente ordenou que baixassem as armas ainda apontadas para eles. O próprio Primeiro Ministro os guiou até o seu escritório. “Mudou de rosto, hein?”

“Sim, fiz umas alterações.”

“E o que andou fazendo depois?” Perguntou Winston enquanto caminhavam pelo corredor.

“Eu me casei.”

Winston parou de andar e olhou para ele como se não acreditasse. Então o Doutor tratou de apresentar sua esposa. “Esta é Rose Tyler, minha esposa.”

Winston a cumprimentou. “E a outra? A ruiva?”

“Ela é uma amiga que nos acompanha e viaja com a gente. Seu nome é Amy.” Rose respondeu.

“Você se casou com o Doutor, é? Há! Não é à toa que ele está atrasado!”

“Atrasado?” O Doutor perguntou.

“Eu liguei já faz um mês.”

“Mesmo? Desculpe-me. É uma TARDIS tipo 40. Não sou acostumado a receber ligações.”

Durante o caminho, uma assistente deu uns papeis para o Primeiro Ministro assinar. Ela pareceu muito triste, mas Winston a animou e ela logo mostrou um sorriso.

Eles continuaram seguindo Winston porque ele tem algo para mostrar ao Doutor. Usaram um elevador enquanto Winston palestrava sobre a 2ª Guerra. Chegando ao telhado, o Doutor, Rose e Amy foram apresentados ao Professor Edwin Bracewell, o chefe do Projeto Soldados de Ferro. Como estavam ao ar livre, eles puderam ver o céu repleto de balões de guerra e aviões.

“Isso é... é...” Amy não tinha palavras para descrever os horrores de uma guerra.

“História.” O Doutor completou por ela.

“Estive na Primeira Guerra Mundial. Estou me lembrando agora.” Comentou Rose.

Com o comando de Bracewell, uma sequência de tiros atingiu os aviões dos inimigos que estavam se aproximando. Mas essa tecnologia era poderosa e errada.

O Doutor desconfiou logo. “Aquilo não era humano. Não era tecnologia humana.”

O Senhor do Tempo quis ver imediatamente o que era aquilo que atirou. Anunciando como uma nova arma secreta, Winston deu a ordem para mostrar. O que apareceu fez os viajantes perderem o fôlego. Os corações do Senhor do Tempo quase pararam quando o Dalek emergiu de onde estava escondido.

“O que faz aqui?” O Doutor perguntou friamente ao Dalek.

“EU SOU SEU SOLDADO.” O Dalek respondeu.

“O quê?!”

“EU SOU SEU SOLDADO.”

“Pare com isso! Você sabe quem eu sou. Você sempre vai saber.”

“SUA IDENTIDADE É DESCONHECIDA.”

“Deixe-me esclarecer algumas coisas aqui.” Disse Bracewell. “Este é um dos nossos Soldados de Ferro.”

“Seus o quê?” O Doutor estava incrédulo.

“Eu os criei! Para vencermos a Guerra!”

“Ninguém os criou, Professor!” Disse Rose ao lado do Doutor. “Embora eu não saiba como este pode estar vivo. Da última vez...” Rose recordou de como o Doutor teve que deter a frota Dalek e Davros. E por deter ela quis dizer exterminar.

“Talvez devêssemos discutir isso em meu escritório.” Disse Winston.

O Doutor pensou em recusar, mas acenou e o acompanhou decidido a descobrir como esse Dalek chegou aqui.

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“Eles são Daleks! Eles são chamados de Daleks! São alienígenas.” O Doutor discutiu com Winston.

“Eles são os Soldados de Ferro do Bracewell, Doutor! Projetos, estatísticas, testes... tudo do Bracewell.”

“Acho esse Bracewell um gênio. Vocês deviam ouvi-lo.” Amy cochichou para Rose e esta olhou preocupadamente para ela.

“Sério, Amy? Você não se lembra do que aconteceu em 2008?” Amy acenou que não. “Os Daleks invadindo a Terra, planetas no céu... Nada?”

O Doutor ouviu a conversa e olhou para Amy com seriedade. “Não se esquece de algo assim. Isso não é possível.” Com esta afirmação, o Doutor se retirou do recinto. Winston Churchill não acreditou em nenhum deles, apenas pensava na vitória que terá com a ajuda de seus Soldados de Ferro.

Um Dalek estava passando por ali e o Doutor o olhou com desdém. Amy se aproximou do Dalek ainda não acreditando que aqueles ajudantes pudessem ser perigosos.

“Com licença.” Disse ao Dalek.

“EU POSSO AJUDÁ-LA?”

“Sim, sim! Meus amigos acham que são perigosos e que são alienígenas. Isso é verdade?”

“EU SOU SEU SOLDADO.” Essa foi a única resposta do Dalek antes de se retirar.

Rose e o Doutor ainda permaneceram afastados, apenas observando Amy interagir com o Dalek.

“Eles devem estar esperando.” Disse o Doutor sussurrando para Rose.

“Esperando pelo quê?”

“Não sei. Por alguma oportunidade de atacar, talvez. Ajudar a Grã-Bretanha deve ser parte do plano para depois atacar a Terra.”

“Como Winston pode nos ignorar? Primeiro, ele o chama e pede por ajuda, e agora não quer ouvi-lo?”

Um sino soou em todos os recintos. Era o sinal de que estavam a salvo da guerra por um momento.

“Doutor, Rose, é o sinal de liberação...” Disse Amy vindo ao encontro deles. “Vocês estão bem? Estão com uma cara péssima!”

“Sim. Estamos apenas chocados.” Respondeu Rose.

“Como o ódio se parece, Amy?” Perguntou o Doutor, mas nenhuma das duas garotas pôde adivinhar em quê ele estava pensando.

“Ódio?”

“Ele se parece com um Dalek. E eu vou provar isso.”

Nesse instante, o Doutor foi procurar o Professor Bracewell e as duas garotas foram atrás. O Doutor o encontrou em seu escritório.

“Tudo bem, Professor! Churchill me contou tudo! Que maravilhas são esses Soldados de Ferro! Deve estar muito orgulho deles!” Exclamou o Doutor.

“Só fazendo o meu dever.” Respondeu Bracewell.

O Doutor o perguntou como ele teve a ideia de ‘criar um Soldado de Ferro’. Enquanto Bracewell palestrava sobre o assunto para o Doutor, Amy ficou ao lado de Rose.

“Agora ele está disposto a ouvir?” Disse Amy à Rose.

“Se conheço bem o meu marido, ele está apenas tentando descobrir quando e de onde os Daleks vieram.”

“Por que ele estava com raiva quando falava com o Primeiro Ministro?”

“Porque os Daleks são seus mais antigos e mortais inimigos. Sinto que eles são meus inimigos também.”

“VOCÊ QUER UM POUCO DE CHÁ?” Perguntou um Dalek.

As duas repentinamente ouviram o barulho de uma xícara quebrando. O Doutor tinha derrubado a bandeja com chá da ‘mão’ do Dalek servente.

“Parem com isso! O que vocês querem?” O Doutor gritou com raiva.

“NÓS PROCURAMOS SÓ AJUDÁ-LO.” O Dalek disse. “NÓS SOMOS SEUS SOLDADOS.”

“Certo, soldado!” O Doutor disse pegando um martelo. Ele enviou um olhar de relance para Rose como um aviso. “Defenda-se, então!” Ele golpeou o Dalek com força.

Amy moveu para pará-lo, mas Rose a impediu segurando-a pelo braço.

“Doutor!” Winston chegou e gritou para o Doutor parar.

Ao invés de parar, o Doutor continuou e pediu para o Dalek revidar. O Dalek não reagiu.

“Vamos lá! Você me odeia e quer me matar! Vá em frente!” O Doutor ordenou ainda com raiva. “Eu sou seu inimigo! Eu os derrotei e os enviei de volta ao vácuo! Eu sou o Doutor e vocês são os Daleks!”

O Dalek girou seu único olho frontal de um lado para o outro em silêncio até parar de volta no Doutor. “CORRETO.”

“O quê?” Disse Rose.

“CONFIRMAR TESTEMUNHO: ‘Eu sou o Doutor e vocês são os Daleks!’” Outro Dalek apareceu para se juntar ao primeiro.

“Testemunho? De que testemunho vocês estão falando?” Perguntou o Doutor.

“TRANSMITINDO TESTEMUNHO.” Disse o segundo Dalek.

O Doutor ficou mais apreensivo, pois ele não sabia o que estava acontecendo agora.

Passaram-se alguns segundos até o Dalek falar de novo. “TESTEMUNHO ACEITO.”

“Para trás todos vocês.” O Doutor disse rapidamente.

Winston chamou alguns fuzileiros que foram dizimados instantaneamente pelos Daleks.

“Parem com isso!” Disse Bracewell. “Vocês são meus Soldados de Ferro!”

“NÓS SOMOS OS DALEKS.”

“Mas eu criei vocês!”

“ERRADO! NÓS CRIAMOS VOCÊ.” Para provar o que disse, o Dalek atirou na mão de Bracewell que foi desintegrada, revelando-o que é de metal. O Professor não tinha ideia de que era um ciborgue.

“VITÓRIA! VITÓRIA! VITÓRIA!” Os Daleks foram teletransportados, sumindo da vista de todos.

“O que aconteceu, Doutor?” Perguntou Amy depois de um segundo de descrença.

“Eu só queria saber qual era o plano deles.” Disse o Doutor. “Eu era o plano deles. Não posso deixá-los fugir.” Ele começou a correr em direção a TARDIS.

“Para onde ele está indo?” Amy perguntou quando Rose seguiu o Doutor.

“Para a nave Dalek.” Rose respondeu.

“E para onde você está indo?” Amy perguntou quando chegaram na TARDIS.

“Vou impedi-lo de fazer algo estúpido. Fique aqui.” Ela disse à Amy.

“Você vai me deixar no meio da blitz de Londres?”

“É mais seguro do que a nave para onde estamos indo.” Rose fechou a porta e a TARDIS se desmaterializou.

“E agora? O que faremos?” Amy perguntou ao Winston que havia os acompanhado.

“CAT, é claro!” Ele respondeu. Vendo o olhar de questionamento da Amy, ele esclareceu. “Continuar agitando tudo!”

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O Doutor demorou um pouco, mas encontrou a nave Dalek escondida atrás do planeta Terra.

“Você tem um plano?” Perguntou Rose quando aterrissaram.

O Doutor pegou um Jammy Dodger (biscoito preenchido com geleia) de seu terno e acenou. “Sim.” Ele disse.

Os dois rapidamente saíram da TARDIS e os ficaram em alerta.

“É O DOUTOR E A BAD WOLF.”

“ELES DEVEM SER EXTERMINADOS.”

“Esperem! Eu não faria isso! A autodestruição da TARDIS.” O Doutor mostrou o biscoito aos Daleks e eles pareceram acreditar. “Sabem o que significa. Vamos todos explodir!”

“VOCÊ NÃO UTILIZARIA ISSO.” Disse um Dalek.

“Não, mas eu utilizaria.” Rose pegou o biscoito de suas mãos e ameaçou os Daleks. “Se lembram do Imperador?”

“Bom, então, esta nave não tem muita energia assim como vocês. Como sobreviveram?” O Doutor perguntou.

“UMA DE NOSSAS SOBREVIVEU E VOLTOU NO TEMPO. ACHAMOS UM SINAL. UM DOS DISPOSITIVOS DO PROGENITOR.”

“O que é Progenitor?”

“É NOSSO PASSADO E NOSSO FUTURO. CONTÉM PURO DNA DALEK.”

“Isso significa que eles podem criar mais Daleks, não é?” Disse Rose.

“Sim. Podem criar Daleks puros... Oh, oh, eu entendi! A máquina não os reconheceu como Daleks! Por isso precisavam do meu testemunho!” Falou o Doutor.

“Então era uma armadilha porque a máquina reconheceria o maior inimigo dos Daleks! Espere, o que eles estão fazendo?”

“RECUEM, DOUTOR E BAD WOLF, OU A CIDADE MORRE EM CHAMAS.”

“Primeiro: o nome dela é Rose. Segundo: esta nave está enfraquecida e não tem energia para destruir Londres.” O Doutor frisou.

“ENTÃO ASSISTAM ENQUANTO OS HUMANOS SE DESTROEM.” Os Daleks acionaram uma arma de energia e, uma por uma, as luzes foram sendo ligadas.

“Apague aquelas luzes agora!” O Doutor disse com raiva. “Apague as luzes ou juro que eu mesmo vou usar a autodestruição da TARDIS!”

“EMPATE, DOUTOR! DEIXEM-NOS E VOLTEM PARA A TERRA.”

“Essa é sua grande vitória? Vocês vão embora?”

“EXTINÇÃO NÃO É UMA OPÇÃO. RETORNAREMOS AO NOSSO TEMPO E COMEÇAREMOS DE NOVO.”

“O que faremos?” Perguntou Rose ao Doutor.

“Eu não posso permitir isso. Não posso deixá-los fugir.” Ele respondeu.

Durante alguns segundos, o som do Progenitor foi o único barulho a ser ouvido na nave. Os Daleks reagiram.

“NÓS CONSEGUIMOS! A RECONSTRUÇÃO DO DNA ESTÁ COMPLETA.”

Cinco Daleks de cores diferentes saíram da máquina. Branco, azul, amarelo, laranja e vermelho. Ótimo! Agora eles têm cores! Pensou o Doutor.

“CONTEMPLEM A RENOVAÇÃO DOS DALEKS!”

Continua...


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Notas finais do capítulo

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