Aos Dias Que Nunca Vieram – 2ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 6
Uma Nave Estelar e... Liz 10?


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, uma nova aventura com o nosso casal preferido e Amy!
Ah, galera, eu ressuscitei meu twitter. Está novinho em folha! hahaha Me sigam em: twitter.com/who_is_vanda
Lá vocês podem me twittar perguntas de curiosidades ou dúvidas sobre as minhas fics. Mas cuidado com spoilers ;)

Aproveitem este capítulo escrito com amor...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/624775/chapter/6

Amy aproveitou o momento para refletir. Enquanto seus cabelos estavam flutuando ao redor da cabeça e para cima, ela pensou no que havia acontecido poucos minutos atrás. Seus amigos imaginários haviam retornado e na véspera de seu casamento com Rory, mas essa última parte ela não havia contado a eles. Apesar da conversa que teve com o Doutor há pouco tempo, ainda faltava uma pergunta a ser respondida: Por que ela? O Doutor apenas disse que não tinha motivo, mas os olhos dele diziam que estava mentindo. Ela não se importou depois de tudo. Ela aproveitou o momento.

O Doutor estava segurando Amy pelo pé esquerdo enquanto ela flutuava na frente da porta da TARDIS observando as belezas do espaço. Ok, ela se convenceu de que aquilo - a TARDIS - era mesmo uma nave espacial. Eles ambos ouviram a voz de Rose por trás.

"Sempre gostei de ver o espaço de perto! Hora de voltar, Amy. Eu trouxe lanche!"

O Doutor a puxou de volta ao piso da TARDIS. "Uau, isso foi incrível. Nós estamos no espaço!" Amy gritou. "Mas como estamos respirando?"

"Eu estendi o campo de ar. Agora, aquilo é interessante." O Doutor abaixou sua cabeça onde sua atenção ficou fixada.

"Do que você está falando?" Perguntou Rose.

"É o Reino Unido e a Irlanda do Norte flutuando pelo espaço." Ele se virou para Rose. "Deve ser o século 29, onde a raça humana teve que sair do planeta até que o clima melhorasse."

Rose ainda estava segurando uma bandeja com torradas e três xícaras de chá. "Certo, e foram morar em uma base que flutua no espaço? Não pense em ir até lá sem antes comer um lanche. Espera aí, cadê a Amy?"

"Alguém me ajuda? Estou aqui fora!" Gritou Amy.

O Doutor a trouxe de volta para dentro de novo.

–----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Após comerem o lanche preparado por Rose, o Doutor explicou um pouco mais sobre a nave lá fora e mostrou no painel. "Esta não é só uma nave. É uma ideia. Esta é uma nação inteira vivendo e rindo e comprando. Procurando nas estrelas um novo lar."

"Podemos ir até lá?" Amy sugeriu.

"Sim, mas tem uma coisa importante que preciso dizer. Somos só observadores. É a única regra em nossas viagens."

"E nunca nos envolvemos em assuntos de outros povos e planetas. Bem, essa é a ideia." Disse Rose.

O Doutor captou algo pela câmera externa. Na tela de vídeo apareceu uma menina sentada meio solitária e chorando. Eles já haviam pousado?

"Então é como um documentário onde você filma alguém ou um animal ferido, mas você pode fazer nada? Deve ser difícil." Disse Amy e Rose concordou acenando com a cabeça. "E essa menina chorando? As pessoas passam e ninguém ajuda."

Nesse momento, o Doutor apareceu na tela da TARDIS e conversou com a menina chorosa, mas ela fugiu dele. Rose e Amy olharam para trás procurando o Doutor que não estava mais na nave. Ele foi bem rápido!

O Doutor as chamou pela câmera externa e elas correram para fora.

"Eu estou no futuro! Este é o futuro! Eu estou morta por séculos!" Exclamou Amy.

"Que amável! Você é bem animada! Vamos andar por aí, ladies, e ver o que tem de bom."

As duas seguraram os braços do Doutor para acompanhá-lo, uma de cada lado, e observaram o ambiente futurístico. Durante a caminhada, Amy estava calma até perceber que estava de camisola (Rose havia mostrado o caminho para o guarda-roupa, mas Amy se esqueceu das direções e deixou pra lá).

"Agora, observem! A vida em uma imensa nave de volta ao básico. Bicicletas, varais e postes de luz. Olhem de perto. Segredos e sombras, vidas vividas no meio. Uma sociedade fora de forma no limiar de um colapso. Estado policial... Com licença!" O Doutor se separou delas e foi até uma mesa onde estava um casal conversando e bebendo água. Ele pegou um dos copos d'água e pôs no chão.

"Ei, o que você está fazendo?" Reclamou o homem quando o estranho pegou seu copo.

O Doutor observou o copo com água no chão por alguns segundos sem nada acontecer, depois levantou a cabeça. "Desculpem-me." Ele pôs o copo de volta na mesa. "Estou verificando toda água dessa região. Atrás de um peixe foragido." Ele voltou para as garotas que o estavam esperando. "Onde eu estava?"

"Por que fez aquilo?" Perguntou Rose.

"Eu não sei. Eu penso muito." Ele disse e ficou procurando por algo.

"Aquilo foi uma das loucuras dele?" Amy cochichou com Rose.

"Pode ser loucura, mas se ele fez é porque tem algum propósito." Rose cochichou de volta.

"Ali! Olhem!" Anunciou o Doutor apontando em uma direção. Logo elas viram que ele não estava procurando por algo e sim por alguém. Uma menina chorando.

"É aquela menina que vimos na tela." Notou Rose. "Espere, Doutor! Você vai até lá?"

"Não, eu vou... sentar aqui." O Doutor sentou em um banco vermelho, onde poderia ficar de frente para a garota chorosa, mas mantendo distância. Rose sentou ao seu lado e Amy sentou ao lado de Rose no mesmo banco.

"Tem algo que não está me contando, senhor Mistério?" Rose perguntou ao Doutor.

"Apenas tem algo errado por aqui." Ele respondeu.

"Só por que tem uma garotinha chorando? E daí?" Perguntou Amy.

"Chorando em silêncio. Uma criança chora para chamar atenção ou quando estão feridas ou com medo. Quando choram em silêncio é porque não podem parar. Qualquer pai sabe disso."

"Você é pai?"

Essa pergunta foi inesperada. O Doutor não queria que Amy percebesse o que ele disse, pois ele falou sem querer. Essa pergunta chamou a atenção de Rose para ele e as duas ficaram esperando por uma resposta. Rose sabe que ele teve família antes, mas o Doutor não queria começar uma conversa em que fosse necessário lembrar do passado. Droga. Ele pensou rápido. "Amy, vários pais passaram por ela e nenhum a perguntou o que houve. O que significa que eles sabem o que está acontecendo e não querem se envolver. Eles sabem de algo que eu não sei e eu odeio não saber. Sombras. Podem estar em qualquer lugar."

A menina se levantou e foi embora.

"Aonde ela foi?" Perguntou Amy.

"Deque 207. Bloco Apple Sesame, Habitação 54A. Seu nome é Mandy Tanner." Respondeu o Doutor.

"Uau, isso foi rápido até mesmo para você, Doutor." Disse Rose.

"Bem..." Ele enfiou a mão no terno e retirou uma carteira colorida. "Foi porque isto caiu do bolso dela quando acidentalmente eu esbarrei nela." Ele entregou à Amy. "Faça perguntas sobre estas coisas. Os bonecos sorrindo nas cabines. Estão em todo lugar. Pergunte a ela: Por que as pessoas têm medo dos bonecos nas cabines?"

"Por que eu? E o que vocês vão fazer?"

Ele olhou para Rose. "O que a gente sempre faz: ficar longe do perigo." O casal se levantou e saiu andando para algum lugar enquanto Amy observava eles se afastarem e decidia se entrava na aventura ou não. Optou por se aventurar por aí e fazer o que o Doutor disse porque, se isso fosse um sonho, era exatamente isso que ela faria.

–----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

O Doutor e Rose chegaram onde queriam – ou pelo menos onde o Doutor queria. Ele explicou a ela o truque do copo d'água que ele fez minutos atrás e o motivo de estarem na sala de máquinas neste exato momento.

Examinando com a chave de fenda sônica, o Doutor constatou que nenhum motor estava funcionando, mas... Como a nave estava se movimentando?

"Doutor, tem alguém se aproximando." Alertou Rose.

"E tem um copo d'água aqui também." Ele olhou para o intruso - provavelmente uma mulher. "Foi você quem colocou esse copo aqui no chão?"

"A verdade impossível em um capo d'água." A figura parou na frente deles. Ela usava um manto vermelho cobrindo o corpo e a cabeça, mas o rosto era coberto por uma máscara que cabia perfeitamente. "Nem todos conseguem ver, mas vocês podem, não é, Doutor e Rose Tyler?" Ela cochichava.

"Você nos conhece?"

"Fale baixo. Eles estão em toda parte. Mandei uns espiões atrás de vocês e sei o que fez com o copo d'água. Explique."

"Sem vibração de motor no deque. Em uma nave tão grande você sentiria a vibração e água se moveria. Então quis dar uma olhada." O Doutor explicou e foi olhar os painéis de energia resmungando que não fazia sentido. Rose ficou encarando a desconhecida.

"Não há motores nessa nave." Disse a figura.

"Então como está flutuando no espaço?" Perguntou Rose.

"Eu não sei. Há trevas no coração dessa nação. Precisamos da sua ajuda." Ela entregou à Rose um aparelho.

"O que é isso?"

"Isso vai mostrar onde está sua amiga. Ela está segura."

O Doutor se aproximou e pegou o aparelho em suas mãos enquanto a figura de manto se virou para ir embora. "Espere, quem é você? E como a encontramos de novo?"

“Eu sou Liz 10 e eu os encontrarei.”

As luzes falharam ao redor deles e a figura desapareceu.

“Ótimo efeito de saída.” Disse Rose.

"Isto é um rastreador. Ela nos deu a localização da Amy."

"Você acredita nela?"

"Se isso realmente nos levar à Amy, então temos que acreditar nela. Vamos lá!"

–----------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Eles não sabem por quanto tempo andaram, mas o sinal ficou mais forte quando chegaram em um dos compartimentos indicados.

“Área de Votação. O que quer dizer?" O Doutor quis saber. Em um dos corredores, eles reencontraram a menina que estava chorando mais cedo. "Olá, Mandy! Você viu a Amy?”

"Ela entrou para votar." Mandy apontou para a sala onde Amy havia entrado. "Não é culpa dela. Todos tem que votar."

"Mas votar o quê?" Perguntou Rose.

O Doutor não esperou pela resposta. Ele abriu a porta e encontrou Amy muito assustada. "O que você fez?"

"Eu não sei... eu acho que votei... não sei como."

"Tudo bem, Amy." Rose a confortou.

Amy contou tudo o que aconteceu e como chegou ali - ou, mais precisamente, como a colocaram para dormir e a levaram para lá - e o Doutor gastou alguns minutos escaneando a sala com a chave de fenda sônica. "O básico apagamento de memória. Deve ter tirado uns 20 minutos."

"Os espiões daquela mulher misteriosa a trouxeram para cá, mas por quê? Por que Amy tem que votar?" Questionou Rose enquanto ela observava as opções de votação. Tinha dois botões: em um tinha escrito Protestar no outro tinha Esquecer.

"O que eu realmente quero saber é por que eu escolhi esquecer." Amy disse.

"Porque todos escolhem o botão de esquecer." A menina respondeu.

O Doutor se agachou para ficar na altura dela. "Você escolheu?"

"Eu não posso voltar ainda, tenho 12 anos. A qualquer hora depois dos 16 pode-se ver o filme e fazer sua escolha. E então a cada 5 cinco anos..."

"A cada 5 anos todos escolhem esquecer tudo o que viram. Democracia em ação." O Doutor voltou a ver as telas dos computadores da 'sala de votação'.

"Por que que o filme não passa agora? Estamos na sala e nunca votamos." Disse Rose para o Doutor.

"Os computadores não nos aceitam como humanos. Nem consegue identificar minha idade."

"Eu teria 1.306 agora." Disse Amy animada.

"Veja só, mais velha que eu."

"Esqueci de perguntar: Que espécie você é?"

"Senhor do Tempo e não, eu não pareço humano. Vocês é que parecem Senhores do Tempo. Nós viemos primeiro."

"Como sabia o que eu ia dizer?" Perguntou Amy.

"Eu acho que eu disse a mesma coisa para ele." Falou Rose sorrindo.

"Existem outros Senhores do Tempo?"

O sorriso morreu nos lábios de Rose. Ela sabe que este é um assunto delicado para seu marido e até para ela mesma. A primeira e única vez que ela viu outros Senhores do Tempo, além do Doutor, eles não eram dos bonzinhos e o Doutor, mais uma vez, teve que mandá-los para a Guerra do Tempo.

"Não. Haviam, mas não existem mais. Só eu agora." Ele ia falar mais alguma coisa, mas hesitou. "Longa história. Coisas ruins aconteceram. Afastem-se, que eu vou derrubar o Governo." Com o punho fechado, o Doutor apertou o botão Protestar.

Imediatamente, um sinal silencioso alarmou a sala de votação e o boneco na cabine (eles estavam em todos os lugares mesmo) virou a cabeça em 180° e mostrou um novo rosto. De sorrindo ele mostrou furioso, quase do mal. Não, definitivamente do mal. As portas se fecharam e Mandy conseguiu ficar do lado de fora. No lado de dentro, o piso começou a se abrir, encurralando os três.

O Doutor era o menos preocupado. "Digam 'Wheeeee'." As duas gritaram desesperadas. De forma alguma que elas iriam gritar como se estivessem no parque de diversões.

Os três caíram do piso em um túnel escuro sem saber onde iriam parar. Eles estavam indo para baixo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Aos Dias Que Nunca Vieram – 2ª temp." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.