Aos Dias Que Nunca Vieram – 2ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 5
Interlúdio: Enquanto Isso, na TARDIS... - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Não sei se vocês assistiram ao mini-episódio Meanwhile in the TARDIS, mas eu decidi acrescentá-lo na história.
Sei que algumas pessoas gostaram do primeiro beijo do Doutor e Rose e aqui será a primeira vez que Amy entra na TARDIS (jamais deixaria Amy de fora).
Boa leitura... ;)



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"Pronto! Todos os problemas estão resolvidos." Anunciou o Doutor.

A TARDIS estava em perfeito estado, mais deslumbrante do que antes. O Doutor só precisou fazer um teste para se adaptar ao novo design. Ele pensou que indo à Lua ajudaria, mas sua capacidade - ou incapacidade - de pilotar o fez desistir e desviar de volta ao planeta Terra. Ele saltou, diz ele, alguns minutos no tempo para completar o teste e pousou no mesmo lugar de onde saiu.

"Eu ainda me sinto mal por não termos trazido a Amy." Disse Rose.

"Rose, quando Amy entrar, nós teremos que explicá-la como funcionam as coisas por aqui e eu não queria perder esse tempo antes do teste. E você também estava ansiosa para conhecer a nova TARDIS. Pensa que eu não vi você bisbilhotando por aí?"

"Tem certeza que quer convidá-la para viajar com a gente?"

"Por mais que eu ame que sejam só você e eu..." Ele deu um beijo doce em seu pescoço que a fez se arrepiar. "...há algum mistério girando ao redor de Amy. Aquela rachadura não é coincidência. Não pode ser coincidência."

"Então vamos voltar."

O Doutor concordou e abriu a porta da TARDIS. Rose saiu logo atrás dele e viram alguém se aproximando. Era a Amy em pessoa.

"Ah, desculpe ter fugido mais cedo! A TARDIS está nova em folha. É emocionante." O Doutor falou para ela.

"Não parece que se passaram minutos. Já está na hora de dormir! Nós demoramos horas!" Constatou Rose.

"Rose, é claro que demoramos horas." Ele fez um pigarro. "Mas como você sabe que é hora de dormir?"

"Será que é porque Amy está de pijama?!? E que é noite?!?" Rose se virou para Amy. "Desculpe acordá-la, Amy. Tivemos um pequeno problema - entre outras coisas - mas está tudo normal agora."

"É, a TARDIS está pronta para tudo."

Amy parecia atônita, surpresa, assustada... Um misto de emoções contavam à Rose que Amy não estava esperando por eles. Não por algumas poucas horas.

"São vocês! Vocês estão de volta." Amy disse.

"Claro que voltamos! Algum problema com isso?" Perguntou o Doutor confuso.

"Você ficou com as roupas!"

"Bem, acabei de salvar o mundo. O planeta inteiro. Milhões de vezes e de graça. Critique-me se quiser, mas eu fiquei com as roupas."

"Até a gravata borboleta?"

"Sim, elas são legais."

"Vocês dois estão com as mesmas roupas."

Nesse momento, Rose teve que interromper a pequena conversa deles. "Amy... por quanto tempo ficamos fora dessa vez?"

"Você quer dizer depois da rachadura, naves no céu, Prisioneiro Zero?" A ruiva ficou furiosa. "Isso tudo foi 2 anos atrás!"

"Ooops." Foi tudo o que o Doutor disse.

"Uau, isso dá um total de 14 anos desde o dia em que nos conhecemos." Disse Rose surpresa. Ela se virou para o Doutor. "Vai lá. Convida ela."

"Ok, certo. Amy Pond, a garota que esperou demais. Você gostaria de viajar com a gente? Para qualquer lugar? E quando quiser?"

"Não."

"Você queria há 14 anos."

"Eu cresci."

"Não se preocupe, eu conserto isso." O Doutor levantou uma das mãos e estalou os dedos. A porta se abriu revelando o interior da nave. Amy ficou hesitante em entrar, mas não resistiu.

"Eu não sabia que podia fazer isso." Disse Rose ao Doutor.

Ele apenas deu um sorriso e uma resposta simples. "Spoilers."

Os dois entraram e fecharam a porta.

"Algo que queira falar, Amy? Alguma observação? Já ouvi de tudo." Perguntou o Doutor.

Amy abriu e fechou a boca várias vezes, pois não sabia o que falar. "Estou de pijamas." Finalmente falou.

"Não tem problema. Nós temos um armário cheio de roupas." Contou Rose à ela.

"Então... De todos os lugares do tempo e espaço, de tudo que aconteceu ou irá acontecer... Por onde quer começar?"

"Vocês estão tão certos que eu vou com vocês!" Amy disse se aproximando dos controles.

"Você não quer vir?" Perguntou Rose.

"Bom, eu... Hãn, pode me trazer de volta amanhã de manhã?"

"É uma máquina do tempo. Podemos voltar em 5 minutos!" Respondeu o Doutor.

Rose ficou intrigada. "Por quê? O que tem amanhã?"

"Nada! Só umas coisas."

O Doutor estava do outro lado dos consoles. "Ok, voltar no tempo só por umas 'coisas'. Ah, veja Rose! Uma chave de fenda novinha." Ele testou.

Rose sentiu-se feliz vendo o Doutor alegre com uma nova chave de fenda sônica e Amy olhando para todos os lados maravilhada com a grandeza da TARDIS. Não, ela não iria contar o verdadeiro motivo de Amy Pond estar a bordo. Ela confia em seu Doutor e sabe que ele sabe o que está fazendo. Mas tem algo em Amy que Rose ainda não sabe o que é.

"Adeus Leadworth e olá todas as coisas!" O Doutor anunciou despertando Rose de seus pensamentos. Ele acionou uma alavanca e a nave chacoalhou e se desmaterializou.

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Amy estava inquieta. Ela queria perguntar, tinha que perguntar. Hesitou um pouco. "Por que é uma cabine telefônica?"

"Desculpe, o quê?" O Doutor estava distraído ainda se acostumando com o novo design do console. Ele realmente não tinha reparado que Amy havia ficado na sala de controle, pois Rose havia ido à cozinha preparar algum lanche para eles e o Doutor imaginou que Amy teria ido junto.

"Lá fora, está escrito 'Cabine de Polícia'. Por quê você chamaria uma máquina do tempo disso? Por que não 'Máquina do Tempo'? É óbvio demais? Por que uma cabine de polícia? Você não é policial. Olhe o seu cabelo! Você nunca olhou para esse cabelo e pensou 'UAU', e 'não pare no meu queixo'. 'Olha, estou usando uma gravata borboleta. Atirem em mim agora!' Estou tagarelando?"

"Um pouco, sim. Primeiro: não, eu não me olhei no espelho ainda. Mas, Rose pensou em algo parecido com o que você disse. Ela não vai admitir, mas eu sei que ela pensou. E segundo: sim, é uma cabine de polícia, que, por sinal, é um tipo especial de cabine telefônica que os policiais usavam. E por favor, não faça mais perguntas do tipo."

Ela tentou se conter. Tentou mesmo, mas... "É uma cabine telefônica! Você não se sente estúpido? Desculpe, voltei à gravata borboleta."

"É camuflagem. Está disfarçada como uma cabine policial de 1963. Toda vez que a TARDIS se materializa em lugar novo, nos primeiros nano-segundos da aterrissagem, ela analisa os arredores, calcula um mapa de dados de 12 dimensões de tudo que está a um raio de 160km e determina o que melhor irá se adaptar ao ambiente." Ele sorriu. "E então se disfarça como uma cabine telefônica de 1963. Provavelmente algum defeito."

"UAU! Rose entende o que você fala?"

"Na maioria das vezes sim... Eu acho."

Amy pensou um pouco. "Eu ainda não entendi."

"Qual parte?"

"A gravata borboleta!"

"Gravatas borboletas são legais." O Doutor disse puxando os laços de sua gravata.

"E você é um alienígena."

"Sim. E antes que você pergunte: não, Rose não é uma alienígena. Ela é a maior parte humana. Assim como você. Não, Rose tem Vórtex no DNA dela. Ela é única! Acabou?"

"Ok, acabei." Amy sorriu.

Ele olhou para ela nos olhos. "Amy Pond... na verdade, você mal começou." Ele correu até a porta sem abri-la. "E mais, você quer saber o que guardo aqui?"

"O quê?" Ela foi atrás dele.

"Absolutamente tudo." Ele abriu a porta revelando o espaço.

Ela observou quase sem acreditar. "Isso não é real. É como os efeitos especiais, só que melhor."

"Então saia." Ele disse.

"O quê?"

"Não, sério!" Ele a empurrou para fora em divertimento.

Amy gritou, mas o Doutor sabia o que estava fazendo.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo é a continuação e início de The Beast Below!
Ah, Marry, diva, não canso de ver seus vídeos no instagram (adoro vines!). Sério, achei criativo! Será q vc vai fazer mais? ;)