Aos Dias Que Nunca Vieram – 2ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 4
Olá! Eu Sou o Doutor!


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo deste maravilhoso episódio para o deleite de vocês! *.*

Por favor, não fiquem com raiva do final...



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Eles estavam se atrasando. Menos de 20 minutos para o fim do planeta e o Doutor ficou distraído com um lago de patos que não tinha patos. E eles estavam privados de recursos, pois estavam em Leadworth: uma vila pequena no meio de Gloucestershire, cuja cidade mais próxima fica a 30 minutos de distância. De acordo com Amy, Leadworth não tem aeroporto nem usina nuclear, mas, hey, tem um posto dos correios!

Eles haviam chegado em um parque ao ar livre onde pessoas começavam a aparecer com câmeras de celular e tiravam fotos do Sol (ou do que estava acontecendo com ele). Na verdade, era apenas um campo de força dos Atraxianos.

“Olhem só para eles! A raça humana! Todos filmando com um celular enquanto os alienígenas estão selando o planeta para cozinhá-lo.” Resmungou o Doutor observando a multidão se formando no parque.

“Isso não está acontecendo! Isso é brincadeira, não é?” Amy parecia perder o controle.

“Infelizmente não, Amy. Não é brincadeira.” Disse Rose pensando em uma maneira de reconfortá-la.

“Não é como se eu acreditasse que vocês têm uma máquina do tempo.”

“Eu pensei que você tivesse acreditado em nós...” Disse o Doutor. “Não, espere! O que eu vi? Eu vi e perdi! O que eu vi?” Então, o Doutor observou as pessoas no parque, por todos os ângulos possíveis.

“Bem, eu não perdi as esperanças quando estávamos enfrentando os Cybermen ou os Daleks. Eu acho que podemos resolver isso também!” Disse Rose confiante. “Doutor, algum plano?”

“Não! Eu não tenho plano, mas tenho 20 minutos. Eu consigo!” Respondeu ele e se virou para Amy. “Você pode ir até seus amados e dizer adeus ou ficar conosco e nos ajudar!”

“Não. Eu não sei quem vocês são!” Amy resistiu.

“Amy, nós já dissemos. Eu sou o Doutor e ela é Rose. Não temos tempo para isso!”

“E como eu disse: não acredito que vocês têm uma máquina do tempo.”

O Doutor e Rose pensaram no que dizer para convencê-la. Então, Rose apenas pegou de dentro da sua jaqueta uma maçã com uma parte descascada. O Doutor notou que era a mesma maçã dada por Amelia. Brilhante, o Doutor pensou.

Amy pegou a maçã e a observou com cuidado. Parecia ser a mesma maçã de 12 anos atrás, exceto que não tinha 12 anos porque... Ora, porque eles eram viajantes do tempo! Ela a observou por vários segundos antes de desistir e acreditar neles.

“O que nós vamos fazer?”

O Doutor e Rose sentiram alívio quando ela disse essas palavras. “Vamos atrás daquele enfermeiro!” O Doutor apontou para um rapaz no meio do parque e saiu correndo em direção a ele.

“Não, espera! Aquele é...” Amy tentou impedi-lo, mas era tarde demais.

Amy e Rose alcançaram o Doutor já conversando com o rapaz.

“Doutor e Rose, este é Rory. Ele é... hããn, um amigo.” Amy apresentou.

“Namorado!” Rory a corrigiu.

“Meio-namorado.”

“Prazer em conhecê-lo, Rory. Eu sou Rose e este é o Doutor.”

“Prazer.” Ele acenou. “N-não acredite em Amy. Ela é minha namorada sim.”

“E você está protelando... Diga-me: homem e cão, por quê?” Perguntou o Doutor seriamente.

“Oh, meu Deus! É ele! E ela! O Doutor maltrapilho e a mulher dourada que você desenhou!” Disse Rory empolgado.

“É, eles voltaram!” Disse Amy fingindo empolgação.

“Mas eles são uma estória!”

“Homem e cão, por quê?!?” O Doutor perdeu a paciência e o agarrou pela camisa por cima do uniforme de enfermeiro deixando-os da mesma altura – apesar de o Doutor ser só um pouquinho mais alto que Rory, um pouquinho mesmo. “Diga-me!”

“Doutor, sem violência, por favor!” Intercedeu Rose.

Ele soltou Rory. “Desculpe. Ainda estou sentindo a regeneração por dentro. Ou é minha nova personalidade... eu não sei. Só preciso que ele responda.”

“Tudo bem. É que ele não pode estar lá. Aquele homem está no hospital em coma.” Respondeu Rory.

O Doutor sorriu. “Eu sabia! Multiforme, viu? Se disfarça como qualquer coisa, mas precisa de uma vida. Um elo psíquico com a mente viva, mas dormente.” Ele alisou o ombro de Rory enquanto falava.

Um latido foi ouvido do outro lado do parque e foi reconhecido por três dos quatro companheiros.

O Doutor se dirigiu ao dono do latido e pôs as mãos dentro dos bolsos (um hábito da regeneração anterior, e além do mais era a mesma calça). “Prisioneiro Zero.”

Rory reconheceu o nome do vilãotambém. De repente, uma nave alienígena voou sobre o parque e todos puderam ver. A nave tinha o formato de uma estrela, mas com um enorme olho no centro. Um olho de íris azul. Esse olho escaneava todo o local.

“Mas o Doutor disse que o Prisioneiro Zero está disfarçado. Como eles vão encontrá-lo?”

“Boa pergunta, Amy.” Respondeu Rose. “Mas eu acho que o Doutor tem um plano. Ele sempre tem.” Ela olhou na direção do Doutor que estava levando o braço para o alto e na mão dele estava a chave de fenda sônica. Quando ele a acionou, lâmpadas explodiram, carros ligaram e vidros se despedaçaram. “Isso! Ele está chamando atenção dos alienígenas! Meu marido é um gênio! Oh-oh!”

“O que foi?” Perguntou Amy.

“Algo aconteceu com a chave de fenda sônica.” Rose foi até o Doutor. “O que houve?”

O Doutor estava indignado. “Não, não! Ela se sobrecarregou e explodiu! Não era para ter acontecido isso!”

“Talvez porque ela estava com defeito.” Disse Rose olhando a amada chave de fenda sônica no chão.

“NÃO! VOLTE! ELE ESTÁ AQUI! O PRISIONEIRO ZERO ESTÁ AQUI!” O Doutor gritou em vão. A nave foi embora.

“Doutor!” Amy chamou. “Ele se dissolveu e fugiu pelo ralo.” Ela apontou para onde o Prisioneiro Zero estava.

“É claro que ele fez isso. Estamos sem TARDIS, sem chave de fenda sônica e com 17 minutos.” O Doutor pega o celular de Rory. “Hum, interessante. Você conseguiu tirar a foto de oito pessoas em coma, aliás, oito multiformes. Oito disfarces para o Prisioneiro Zero. LAPTOP! Seu amigo, qual o nome dele? Não esse, aquele que é bonito!”

“Obrigado.”

“Jeff.” Amy respondeu.

“Obrigado de novo!”

“Ele tinha um laptop na bolsa.” Explicou o Doutor.

“E pra quê o laptop?” Perguntou Rose.

“Eu posso usá-lo para hackear e me comunicar com líderes importantes. Vou precisar da ajuda deles.”

“Então vamos voltar para a casa da Sra. Angelo.”

“Não. Eu posso ir sozinho e vocês três vão ao Hospital esvaziar o andar do coma. Podem me ligar quando terminarem.”

“Então, você sugere que nos separemos? Não posso ir com você e deixar Amy e Rory irem sozinhos?”

“Rose, esvaziar um andar inteiro de um hospital vai ser difícil. Amy e Rory vão precisar da sua ajuda. E eu vou só ter uma conversa chata com líderes chatos para salvar o mundo.” Ele fez uma pausa. “Ok, parece tentador a parte do ‘salvar o mundo’, mas é muito importante tirar as pessoas de lá, do Hospital. Estarei indo para lá assim que possível.”

Rose pensou um pouco. “Tudo bem, mas posso te pedir uma coisa?” Ele acenou que sim. “Me beija.”

“Ah, o primeiro dessa regeneração. Vai ser um prazer.” Ele a segurou pela nuca enquanto inclinava a cabeça para capturar seus lábios e ele foi rapidamente correspondido por ela. Com os polegares nas bochechas dela, ele a beijou como se não a beijasse há séculos. Ele sentiu a falta do gosto de Rose e quis gravar esse momento na memória.

Eles permaneceram se beijando até ouvirem alguém pigarrear. “Aham, cof cof.” Era Amy. “Será que a gente pode ir logo para o Hospital? Não que eu queira interromper.”

“Certo. Tchau, Doutor.” Eles se despediram, esperando que seja só por um breve momento.

“Nós podemos ir com o carro do Rory.” Disse Amy.

Os três entraram no carrinho vermelho de Rory e este dirigiu até o Hospital. Chegando lá, foram até a recepção apenas para serem barrados.

“Amy, Rose. Eles estão dizendo que aconteceu alguma coisa no andar do coma, mas não vão nos deixar entrar.”

“Obrigada, Rory.” Disse Rose. “Se eu tivesse o papel psíquico, eu poderia ter passagem livre, mas eu não tenho o papel psíquico, então...”

Amy pegou seu telefone. “Parece vamos ter que ligar para o Doutor e dizer a ele que o plano não vai dar certo...”

“Amy, espere! Amarre seu cabelo.”

“Mas por quê?”

“Porque você vai ser policial de novo.”

Amy prendeu o cabelo como Rose pediu e foi até a recepção. “Com licença! Sou da Divisão de Investigações hãn... Paranormais e necessito ir para o andar do coma. Assunto policial. AGORA!”

Rapidamente, eles conseguiram chegar no andar do coma com sucesso, mas o corredor já estava deserto, além de ter macas e lençóis no chão.

Estava completamente deserto, exceto por uma mulher com duas crianças. Eles pararam no corredor.

“Oficial.” Disse a mulher. “Havia um homem. Um homem com um cão. Acho que a Drª Ramsden morreu. E as enfermeiras.”

“Acho que agora podemos ligar para o Doutor.” Amy constatou.

“Faça isso.” Concordou Rose. Ela ouviu a mulher falar de novo, mas quando Rose olhou para a mulher, esta não estava movendo os lábios como deveria quando estava falando. Era a criança do lado esquerdo quem estava movendo os lábios. Ou a mulher era ventríloqua ou... “É ela! Ela e as crianças são o Prisioneiro Zero!”

Amy e Rory também notaram.

“Isso sempre acontece. Muitas bocas.” A mulher falou antes mostrar os enormes dentes que Amy e Rose viram anteriormente.

Os três correram. Entraram em uma das alas médicas e Rory prontamente trancou a porta dupla com um cabo de vassoura.

Amy ligou para o Doutor. “Alô? Doutor? Estamos presos na ala médica! No andar do coma!”

“Qual a sua janela?”

“Como é?”

“Qual janela?”

“Primeiro andar, à esquerda, quarta janela a partir do final. Alô? Ele desligou!”

Durante esse tempo, Prisioneiro Zero na forma humana batia na porta até abri-la. Quando conseguiu, entrou no quarto e encarou os três. “Amelia Pond. Eu vi você crescer.” Disse a mulher enquanto dava passos devagar. “12 anos e nem sequer sabia que eu estava lá. Pequena Amelia Pond, esperando o retorno do casal mágico que lhe visitou naquela noite.”

Amy fica chocada com essas palavras, mas nesse tempo ela recebe uma mensagem no celular. 'Abaixem-se'.Deduzindo que apenas o Doutor poderia ser o autor da mensagem, Amy urgentemente pede para todos se abaixarem. Bem a tempo de evitarem serem atingidos por uma escada que surgiu na janela. CRASH.

O Doutor surge na janela. "Olá? Estou atrasado? Não! Ainda faltam 3 minutos. Temos tempo ainda."

O relógio marcava 11:48 e Rose não tinha ideia do que ele queria dizer. Mas o Prisioneiro Zero leu seus pensamentos e perguntou primeiro. "Tempo para o quê, Senhor do Tempo?"

O Doutor se aproximou do Prisioneiro Zero em forma humana. "Tire esse disfarce e eles acham você na hora. E ninguém morre."

"Os Atraxianos vão me matar dessa vez. Se for pra morrer, que haja fogo."

Rose foi para o lado do Doutor. "Se você, Prisioneiro Zero, veio para este mundo através da fenda no espaço-tempo, então, por que não volta por ela?" Ela perguntou.

"Eu não abri a fenda." Respondeu o Prisioneiro Zero.

O Doutor olhou para Rose. "Então alguém abriu."

"Mas quem teria aberto uma fenda?"

"Ah, o Doutor e Rose da TARDIS não sabem!" O Prisioneiro Zero mangou dos dois com voz de criança. "Eles não sabem! Eles não sabem!"

O Doutor não ligou para o que ele estava falando. Faltava apenas 1 minuto.

"O Universo está rachado. Pandórica vai ser aberta. O Silêncio vai cair."

"Nenhuma dessas palavras fazem sentido para mim." Disse o Doutor quando ele olhou para o relógio na parede. "E nós começamos! Olhe isso!" Ele apontou para o relógio.

"Está zerado. O relógio marca zero." Percebeu Rose.

"Obra da minha equipe. Eles estão espalhando o número por todo o mundo rapidamente. Agora, se eu estivesse no céu em uma nave espacial monitorando comunicações da Terra assumiria isso como uma dica. E rastrearia um simples vírus em sua fonte em, tipo, um minuto?" Ele mostrou o celular para o Prisioneiro Zero. "A fonte, a propósito, está bem aqui."

Uma forte luz invadiu o ambiente que veio do lado de fora. O Doutor apostou que eram os Atraxianos que chegaram.

"Os Atraxianos são limitados. Enquanto eu estiver nessa forma eles não vão poder me detectar." O Prisioneiro Zero se defendeu.

"Rory tirou fotos suas, em todas as formas." Rose observou.

"Exatamente. E estou fazendo o upload agora. O resultado final é: sem TARDIS, sem chave de fenda sônica e com 2 minutos de sobra... Quem é o cara?!?" Ele abriu os braços quando se exibiu. Silêncio. "Oh, eu nunca vou dizer isso de novo."

"Você se acha impressionante." Brincou Rose.

"Eu sou impressionante!"

"Eu assumirei outra forma." O Prisioneiro Zero começou a brilhar e mudar de forma. Amy desmaiou e os outros três foram ajudá-la.

"Amy? Acorde! Seja forte! Amy, não durma!" O Doutor tentou, mas Amy continuou desmaiada.

"Doutor!" Rory chamou a atenção para que todos olhassem para o Prisioneiro Zero. Ele já havia terminado de mudar de forma.

"Quem é esse que ele deveria ser?" Perguntou o Doutor.

"É você! Você não sabe?" Indagou Rory.

"Eu sou assim?" O Doutor baixoua cabeça para ver suas próprias roupas e a si mesmo. "Rose, você me deixou sair por aí vestido assim?"

"Não tivemos muito tempo para pensar em mudar de roupas!" Ela respondeu.

"Certo. Dia ocupado, esse.Mas por que está me copiando?"

Em segundos, outras figurasapareceram por trás da cópia do Doutor. Uma era Rose e a outra era a pequena Amelia Pond que o Doutor lembra bem.

"Pobre Amy Pond." Disse a versão da Amelia. "Ainda como uma criança por dentro sonhando comvocês dois,que um dia vão voltar para salvá-la. Mas vocês não voltaram naquela noite. Que decepção vocês foram."

Rose se sentiu triste com as palavras dela. Não queria ter quebrado a promessa que fez à Amelia. Mas, claro, o Doutor pensava diferente. "Não, ela está sonhando conosco porque ela pode nos ouvir." Rapidamente, ele voltou para o lado da Amy no chão. "Amy, ouça apenas a mim. Lembra-se do quarto em sua casa? O que não podia ver? Lembra que você entrou e eu tentei impedi-la, mas você entrou? Você viu algo, sonhe com o que viu."

Demorou alguns segundos, mas o Prisioneiro começou a mudar de forma de novo. Dessa vez, ele apareceu em sua verdadeira forma. Forma de uma enguia com dentes afiados. Personificação de si mesmo.

"Prisioneiro Zero foi localizado."Uma forte luz dos Atraxianos apareceu mais uma vez. Mas era para conter o Prisioneiro Zero.

"Silêncio, Doutor. O Silêncio vai cair." Disse o Prisioneiro Zero antes de ser levado embora.

Olhando pela janela, Rose ficou feliz que os Atraxianos desapareceram do céu,eles já não podiam mais serem vistos em nenhum lugar. "Deu certo! Tudo voltou ao normal!" Vendo que Amy estava despertando, ela foi para o lado dela.

"Isso significa que acabou, né?" Disse Rory e, em seguida, ajudou Amy a se levantar.

Rose ouviu a voz do Doutor discutindo pelo telefone. Discutindo com quem? O que mais estava faltando? Espere aí, ele disse Proclamação das Sombras?

"...Volte aqui, agora!" O Doutor finalizou a chamada e jogou o telefone de volta para o Rory. "Ok, agora eu terminei."

"Então, isso vai trazer os alienígenas de volta? Acabou de salvar o mundo deles e agora vai trazê-los de volta?" Rory estava muito confuso. Quem não estava?

O Doutor não respondeu, apenas caminhou pelo corredor sabendo exatamente onde quer ir.

"Para onde está indo?" Perguntou Rose tentando acompanhá-lo.

"Para o telhado. Não, espera." Ele desviou o caminho do corredor entrando em uma sala qualquer. A sala era uma área restrita com várias roupas espalhadas pelo cômodo. O Doutor foi coletando algumas delas. "Se vou salvar o mundo, eu preciso de uma boa blusa! Ao inferno com o maltrapilho! Hora de mandar ver!"

"Mas o mundo não já está salvo? Eles não foram embora?"

Ele se virou para sua esposa. "Rose, ir embora é bom. Nunca mais voltar é melhor! Lembra dos Sycorax?"

"Antes ou depois de serem mortos?"

Ele não respondeu. Ao invés, ele tirou sua velha blusa social rasgada e com traços de cinzas da TARDIS e experimentou outras blusas até achar alguma que coubesse em seu novo corpo.

Amy e Rory chegaram bem na hora. "Doutor, você convocou os alieníg..." Rory ia dizendo. "Hãn... por que está tirando a roupa?"

"Vire de costas se estiver com vergonha." O Doutor simplesmente respondeu.

"Vocês poderiam, hãn, esperar lá fora?" Rose pediu e eles foram.

Alguns minutos depois e o Doutor estava vestido com uma blusa e uma calça novas e algumas gravatas ao redor do pescoço - ele ainda não tinha se decidido - se dirigindo ao telhado. Chegando lá, um dos Atraxianos estava esperando no céu.

"VAMOS LÁ! O DOUTOR VAI VÊ-LO AGORA!" O Senhor do Tempo gritou e imediatamente um enorme olho saiu da nave (que é uma estrela) e se aproximou dele. O Doutor só estava alguns passos à frente de Rose, Amy e Rory.

O Atraxiano escaneou o Doutor. "Você não é deste planeta."

"Não, mas trabalho muito aqui." Respondeu o Doutor ainda escolhendo uma gravata.

"Este planeta é importante?" Perguntou o Atraxiano fazendo Rose engasgar. Como ele pôde fazer uma pergunta dessas?

"Importante? Tem 6 bilhões de pessoas aqui! Isso é importante?" Jogando as gravatas recusadas, o Doutor continuou a falar. "Tenho uma pergunta melhor. Este planeta é uma ameaça para os Atraxianos?"

O alienígena analisou os arquivos monitorados antes de responder. "Não."

"As pessoas deste mundo são culpadas de algum crime segundo a Lei dos Atraxianos?"

"Não."

"Certo! Mais uma, só uma. Este planeta está protegido? Porque vocês não são os primeiros; muitos estiveram aqui. Então, o que aconteceu com eles?"

Dessa vez, a análise do Atraxiano foi mais longa e, através de um holograma, todos viram o que o Doutor quis dizer. Imagens do Doutor apareceu no holograma, de todas as regenerações.

"Olá! Eu sou o Doutor! Basicamente... fuja!"

Com essas palavras, o 'olho' voltou para a nave em forma de estrela e fugiu o mais depressa que podia.

Rose se aproximou do Doutor e segurou em seu braço. "Parece que você tem um novo estilo."

"É, acho que vou mantê-lo assim. UAU, está quente!" Ele pôs a mão no bolso do terno de tweed e retirou a chave da TARDIS que tinha acabado de guardar lá. A chave estava aquecida e brilhando.

"Isso significa que a TARDIS está pronta, não é, Doutor?"

"Você está certa." Ele segurou a mão dela e a fez correr de volta para onde tinham vindo. Ela sabia que ele queria chegar na TARDIS o mais rápido possível e não argumentou com o fato que ele aproveitou a distração de Amy e Rory para fugir.

Chegando ao jardim de Amy, o casal parou em frente à porta da TARDIS em expectativa. O Doutor havia contado à Rose que quando a TARDIS fica muito danificada e precisa se reconstruir ela tende a alterar o design do interior. Ele finalmente pôs a chave na fechadura e abriu devagar. Os dois entraram e ficaram maravilhados com o que viram.

"Que tal testar os novos motores, hein?" Disse o Doutor. Rose apenas acenou sem ter palavras para dizer.

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Amy correu o mais rápido que pôde até chegar em seu jardim. Ela não tinha certeza, mas tinha uma intuição que dizia que eles iriam embora. Infelizmente, sua intuição estava certa quando ela viu a nave se desmaterializar bem na sua frente. Uma emoção ruim tomou conta de seu corpo ao saber que foi deixada para trás de novo.

Seu único pilar de sustentação era Rory, que também correu toda a distância do Hospital ao jardim de Amy só para acompanhá-la. Rory, o homem que nunca saiu do seu lado.


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Notas finais do capítulo

Spoilers ;)