Aos Dias Que Nunca Vieram – 2ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 27
Interlúdio: Depois do Loop


Notas iniciais do capítulo

Um pequeno interlúdio antes do próximo capítulo. Esse é mais para a Amy.
Aproveitem! ;)



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Amy saiu à procura por uma caneta vermelha, afinal, era ela quem devia escrever aquele bilhete dado ao Doutor no dia do loop temporal, de acordo com o próprio Doutor. Ela procurou em seu quarto inteiro e não encontrou nenhuma caneta, muito menos vermelha. Quem teria uma caneta vermelha enquanto viaja pelo tempo e espaço?

“Ah, lembrei que tenho uma em meu casaco.” Disse o Doutor quando Amy o questionou na sala do console.

“E onde está esse casaco?” Ela perguntou.

“Está por aí.” Ele disse vagamente. “O retificador está funcionando novamente. Espere.” Quando ele ia saindo, ele se virou uma última vez para ela. “Amy. Caneta vermelha.” Ele avisou e sumiu para o interior da TARDIS.

Amy certamente havia decidido perguntar à Rose onde encontrar uma caneta vermelha. “Por que não foi Rose quem escreveu esse bilhete?”

Antes de ela sair da sala de console, Amy finalmente notou um dos casacos do Doutor em cima da cadeira do capitão. Ou melhor, jogado em cima de lá. ‘Ufa, um mistério resolvido, falta encontrar a caneta.’ Ela pensou.

Ela remexeu os bolsos e encontrou algo bem diferente de uma caneta, embora também seja vermelho. Ela encontrou uma caixinha de anel. Claro que ela pensou que essa caixinha continha um anel de Rose, ou para Rose. Talvez fosse um anel novo e o Doutor planejou em surpreendê-la. Ou talvez ele guarde a caixinha como recordação. Essa última opção era bem improvável.

Amy deixaria essa caixinha vermelha em veludo passar despercebida se essa caixinha não fosse extremamente familiar. Sim, familiar. Qual outro motivo ela estaria tendo um déjà-vu se não tivesse visto antes? E justamente uma caixinha vermelha. Justamente vermelha.

A curiosidade foi tanta que ela abriu a caixinha para saber se tinha um anel ali dentro. Quando ela abriu, se surpreendeu com o conteúdo, não por realmente ter um anel dentro, mas por ser um anel de noivado.

Amy não sabe por quanto tempo ficou olhando, admirando aquele anel, ela apenas decidiu fazer a primeira coisa que à cabeça: fechou a caixinha e a guardou em seu próprio bolso. Ela não sabe por que quis fazer isso.

Vendo que já demorou demais, ela vasculhou os bolsos do Doutor em busca da caneta. Surpreendentemente, não foi difícil encontrar a caneta.

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“Está pronta, Amy?” Perguntou o Doutor com o Manipulador de Vórtex em suas mãos.

“Estou! Já escrevi o bilhete!” Respondeu Amy.

“Ótimo!”

“O que você fez com o Manipulador de Vórtex?” Perguntou Rose ao Doutor.

“Eu o consertei! Pelo menos, isso vai funcionar para umas três viagens no tempo em segurança para Amy. Embora esse modelo não permita que mais de uma pessoa viaje com ele, só a Amy deve ser suficiente. Não esqueça: é só apertar esse botão. As viagens já estão programadas.”

“E por que não podemos ir com a TARDIS? Todos nós?” Perguntou Amy.

“Por causa do loop temporal. A TARDIS não pode pousar lá ou será afetada de novo. Sem falar que não podemos estar no mesmo lugar duas vezes.”

Amy acenou com a cabeça concordando.

“Já que eu consertei o Manipulador de Vórtex, pelo menos para três viagens, Amy poderá viajar no tempo e deixar o bilhete. Não se esqueça das instruções.”

“Pode deixar.”

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Seguindo as instruções, Amy passou pela banca de jornal e comprou um jornal. Ela abriu logo na página de anúncios e encontrou o nome do Craig.

Quarto mobiliado disponível, cozinha e banheiro divididos com homem de 27 anos, não fumante. 400 libras por mês. Prefiro jovens profissionais.

Era esse mesmo. Ela destacou a página de jornal e riscou um círculo em volta do anúncio para o Doutor identificar com rapidez.

Amy segurou o papel de jornal e se escondeu em um beco isolado. Em seguida, apertou o Manipulador de Vórtex, cuja viagem já estava previamente programada pelo Doutor.

Com um raio de luz, Amy desapareceu apenas para ser transportada para o mesmo lugar, só que um dia antes.

Rapidamente, ela dobrou os dois papeis dentro de um envelope e foi ao seu destino final. Amy caminhou pelas ruas de Colchester olhando para os lados.

Encontrar o Doutor não é tarefa fácil. Uma vez, ele explicou que qualquer um pode passar uma eternidade para encontrá-lo. Havia apenas raras exceções. Rose, um tal de Capitão Jack, Wilfred... e River Song.

Mas, com instruções do próprio Doutor, encontrá-lo se tornou uma tarefa fácil. Ele estava sentado, justamente onde ele disse que estaria, e com a cabeça abaixada. Era a oportunidade perfeita.

Se misturando entre as pessoas transitando pela rua, ela se aproximou da mesa e pôs o envelope em cima de lá sem que ele percebesse. Apressando os passos, ela dobrou na próxima esquina e não virou para trás nem pra ver se ele já havia notado o envelope. Amy respirou fundo com a sensação de dever cumprido. Até que foi fácil!

Antes de apertar o botão do Manipulador, uma pequena luz chamou sua atenção. Ela virou a cabeça devagar em direção à pequena luz temendo ser o que ela achava que fosse. E era.

A rachadura de seu quarto, a mesma rachadura da floresta, sempre a mesma rachadura. Com muito medo, ela apertou o Manipulador de Vórtex para fazer sua última viagem de volta à TARDIS, completando a missão. Mais tarde, ela não parou de pensar nessa rachadura – que ainda a incomodava tanto quanto na primeira vez – e nem no anel, que estranhamente lhe transmite um sentimento de afeto e uma ligação forte. Por que será?

Amy apenas deixou a caixinha com o anel em seu bolso até achar um momento adequado para perguntar ao Doutor sobre ele. Agora, ela só queria descansar e esquecer por um tempo.


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