Aos Dias Que Nunca Vieram – 2ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 18
A Escolha de Amy


Notas iniciais do capítulo

Olá! Desculpem-me pela demora, mas este episódio Amy's Choice foi muito complicado. Procurei por inspiração e o resultado foi este capítulo. Eu estou postando no sábado de Aleluia, aí vocês podem gritar "ALELUIA! CAPÍTULO NOVO!" o quanto quiserem.
Espero que gostem e aproveitem! ;)



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A TARDIS aterrissa no jardim dos ‘Ponds’. O Doutor põe a cabeça para fora e olha ao redor. Ele tenta sair com cuidado, mas quase tropeça.

“RORY!!!” O Doutor gritou quando viu o rapaz entrar no jardim.

“Doutor!”

“Eu esmaguei as flores!”

“Amy vai matar você.” Rory avisou.

“Onde ela está?”

“Ela precisa de um tempo.”

“Quando estiver pronta, Amy!” Chamou o Doutor. Então ele a viu. Amy saiu da casa e adentrou o jardim com um pouco de dificuldade.

O Doutor se animou instantaneamente quando a viu. “Você engoliu um planeta!”

“Estou grávida!”

“Você está imensa!”

“Sim, estou grávida.”

“Olha só para vocês dois! Cinco anos depois e mudaram nada.” O Doutor abraçou Amy. “A não ser pela idade e pelo tamanho.”

“É bom ver você, Doutor.” Disse Amy.

O Doutor olhou para o barrigão de Amy novamente. “Você está grávida?”

Eles o convidaram para entrar. Depois de um tempo, eles saíram para dar uma volta pela vila de Leadworth.

“É Upper Leadworth agora. Nós crescemos um pouco.” Comentou Rory enquanto andavam.

“Bem, eu queria ver como vocês estavam. Eu não abandono as pessoas quando elas saem da TARDIS. Este Senhor do Tempo é para sempre. Você não se livra do Doutor tão facilmente.”

Os três sentaram em um banco, com o Doutor no meio entre o casal.

“Veio aqui por engano, não é?” Perguntou Amy. Ela conhece o Doutor muito bem.

“Sim, um grande engano.” Ele confessou.

Eles estavam olhando para o nada. Até que Rory sentiu a necessidade de perguntar algo. “Não está faltando alguém?”

“Quem?” Perguntou o Doutor de volta. “Olhe para este banco. Ele é perfeito! Cabemos nós três, certinho. Se tivesse mais alguém, não caberíamos aqui sentados.”

“Não sei. Acho que está faltando a Rose.” Disse Rory.

“Onde você ouviu esse nome?” O Doutor questionou sério.

“Eu não sei. Apenas me passou pela cabeça.”

O Doutor ficou pensativo. Será que ele deixou escapar algo?

“Quem é Rose? De onde você a conhece, Rory?” Perguntou Amy com um pouco de ciúmes.

“Espere! Você tem razão, Rory! Como pude esquecê-la?”

“Quem é Rose?”

“Ela é... ela é...” O Doutor queria dizer, mas de repente sentiu seus olhos pesarem.

“Vocês estão ouvindo pássaros?” Perguntou Rory.

Sim, eles ouviram pássaros cantando e caíram no sono profundo.

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O Doutor despertou primeiro. “Ela é minha... O quê? Não, sim! O quê?” Ele se levantou e viu Amy e Rory se levantando também. “Vocês estão bem.”

Amy passou a mão pela sua barriga reta enquanto o Doutor reclama que teve um pesadelo terrível com eles.

“Foi assustador! Nem perguntem. O que tem de errado com o console? Será que Rose mexeu nele de novo? Luzes vermelhas piscando...” O Doutor disse e olhou ao redor. “Roseeee! O que significam essas luzes piscando?” Ele gritou. “Ela deve estar no quarto ou na cozinha.”

“Doutor, eu também tive um tipo de sonho.” Rory comentou.

“Eu também!” Disse Amy.

“Estávamos casados, morando na vila.”

“Eu estava grávida.”

“Não faz sentido.”

O Doutor estreitou os olhos e analisou o que eles estavam dizendo. Não era possível todos eles terem o mesmo sonho, era?

“Não se preocupem. Tivemos um episódio psíquico, mas voltamos para a realidade agora. Onde está Rose? ROOOOSE!”

“Se essa é a realidade, como estou ouvindo os pássaros de novo?” Disse Amy.

“É! Eu também estou ouvindo os mesmos pássaros do...”

E eles dormiram.

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Rose piscou devagar. Ela tentou abrir os olhos, mas gemeu com a leve dor de cabeça que sentiu. Quando ela finalmente conseguiu abrir os olhos, ela visualizou a lareira. Demorou um pouco para ela perceber que estava no chão da biblioteca, exceto que ela não estava na biblioteca antes.

Confusa, ela tentou se lembrar do que aconteceu. Ela e o Doutor tinham levado Amy e Rory à Veneza. E depois? Como ela acabou dormindo aqui? Geralmente, se ela cai no sono em qualquer lugar, o Doutor a carrega para a cama deles.

Rose decidiu sair dali e perguntar ao Doutor pessoalmente. Ela começou a caminhar até a porta da biblioteca.

“Não vai se abrir.”

Rose ouviu uma voz estranha e se virou para ver de quem era. Um homem estranho estava sentado na poltrona próxima à lareira e ele estava com um livro nas mãos. Rose jurava que tinha ninguém ali antes.

“Quem é você? Como você conseguiu entrar aqui?” Rose o questionou.

“São duas ótimas perguntas que não vou respondeu. Mas você pode perguntar como sei que a porta não vai se abrir.” O estranho falou.

“Como você sabe que a porta não vai se abrir?”

“Porque eu a tranquei.”

Rose rolou os olhos. “Onde está o Doutor?”

“Ele deve estar ocupado.” Ele respondeu.

“Ocupado?”

“Sim, ocupado. Muito ocupado para se preocupar com você?”

“Só se você tiver feito alguma coisa!”

“Ah, sim, eu fiz! Mas não vamos desperdiçar nosso tempo falando do Doutor. Isso tudo tem nada a ver com você.”

“Como assim? Isso o quê?”

“Oh, preciso ir. Preciso falar com os outros.”

“Responda minhas perguntas!” Rose gritou, mas o estranho tinha desaparecido. Ele simplesmente sumiu.

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“Certo, Doutor. Eu odeio isso. Isto aqui é definitivamente real. É aqui, não a vila. Eu já disse isso, não é?” Amy falou sem parar.

“Tá muito frio!” Disse Rory.

“O aquecimento está desligado porque a TARDIS está morta. E eu ainda não consigo encontrar Rose.”

“Onde você acha que é real, Doutor?” Perguntou Amy.

“Onde Rose estiver.”

“Estas são palavras de um homem apaixonado!”

Todos os três se viraram na direção de onde veio a voz estranha. Um homem estava no andar de cima.

“Honestamente, eu ouvi muitas coisas sobre você, Doutor. O Último dos Senhores do Tempo, o Tempestade Iminente, o Destruidor de Mundos...” Disse o estranho.

“Como entrou na minha TARDIS?” Perguntou o Doutor. “O que é você?”

“Bem, se você é o Senhor do Tempo, então eu sou o Senhor dos Sonhos.”

O Doutor pegou uma maçã do casaco e lançou na direção do Senhor dos Sonhos. A maçã o atravessou. Como o Doutor suspeitou, ele é uma ilusão. “Onde está Rose?”

“Bom Deus, isso parece um déjà vu. Eu esperava mais de vocês dois.” Disse o Senhor dos Sonhos.

“O que você fez com ela???” O Doutor perguntou em um tom quase perigoso.

“Eu?!? Fazer algo com o Bad Wolf? Ela está segura em algum lugar.” Ele disse. “Eu acho.”

“Doutor, o que é um Senhor dos Sonhos? É ele que está criando aquele sonho na vila?” Perguntou Amy.

“Oh, Amy, você está certa. Mas isso tudo é sobre escolhas. Qual lugar é real?!? Não podem me enganar. São apenas dois mundos: aqui, na máquina do tempo e lá, na vila que o tempo esqueceu. Um é real e o outro é falso. E só pra tornar mais interessante, enfrentarão perigos mortais nos dois mundos, mas só um dos perigos é real.” Discursou o Senhor dos Sonhos. “Pio, pio. Hora de dormir.”

O som de passarinhos cantando soou pela TARDIS mais uma vez. Amy e Rory caíram direto no chão, mas o Doutor tentou ao máximo manter os olhos abertos.

“Ou seria hora de acordar?”

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Rose realmente tentou abrir a porta. Não conseguiu.

“Algum sucesso em tentar fugir?” Rose ouviu a voz familiar do desconhecido e se virou para ele com raiva. “Isto é um ‘não’, eu acho.”

O homem estranho sentou na poltrona. Rose se aproximou dele devagar e tentou tocar seu ombro, mas sua mão atravessou.

“Eu realmente prefiro sua forma direta de saber se sou real ou não do que a do Doutor.” O estranho riu. “Acredita que ele jogou uma maçã em mim?”

“Por que você está fazendo isso? O que você quer?” Rose finalmente falou.

“Eu? Só preciso saber de algumas coisas e nada tem a ver com você. Por isso que você está aqui.”

“Tem a ver com quem? O Doutor?”

“Uau, você faz muitas perguntas. Eu sou o Senhor dos Sonhos e eu dei ao Doutor e seus amigos um desafio.” Ele olhou para seu relógio de pulso. “Oops, hora de ir. Relaxe, vou só alimentar os pássaros. Eu voltarei.”

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“Eu tenho uma habilidade que é a de farejar coisas que não são o que deviam ser.” O Doutor ia comentando. “A mecânica dessa realidade diz que o tempo acordado é igual ao do outro mundo e diferente de sonhos convencionais.”

“Estamos tendo o mesmo sonho ao mesmo tempo.” Disse Rory.

“Um tipo de transe comunitário e muito raro. Sei que há uma pista, mas a minha mente não está funcionando porque essa vila é muito CHATA!” O Doutor gritou a última palavra. “Além disso, ele tem Rose. Estou certo de que ele a escondeu em algum lugar no mundo real, mas não sei qual é o mundo real...” O Doutor suspirou.

Rory olhou no horizonte. “Aquela não é Sra. Poggit?”

A velha senhora Poggit foi até o campo onde crianças estavam brincando. O Doutor a olhou com muitas suspeitas. Eles ouviram pássaros cantando novamente.

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Eles acordaram.

“Aqui está muito frio!” Comentou Amy.

“O que importa se estamos com frio? Temos que descobrir o que ela planeja.” O Doutor disse e se arrependeu depois. “Desculpe. Desculpe. Deve ter algo ali por baixo para se aquecerem.”

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“Então você prendeu o Doutor, Amy e Rory em dois mundos diferentes, mas com perigos mortais, onde um é a realidade e o outro é um sonho?” Rose disse meticulosamente.

“Correto.”

“Então diga-me, Senhor dos Sonhos, em qual deles eu estou?”

“Diga-me você!”

Rose pensou por um tempo. “Sonho.”

“Por quê?”

“Porque não há realidade em que a TARDIS me prenderia em uma sala. Neste caso, biblioteca.”

“Você é muito boa, Rose Tyler! Mas deixe-me dizer, você não está em nenhum lugar perto de onde o Doutor está.”

“O que quer dizer?” Rose perguntou, mas o Senhor dos Sonhos havia sumido.

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“Hããn... Doutor, o que é aquilo?” Perguntou Rory apontando para a imagem na tela da TARDIS.

“É uma estrela.” Respondeu o Doutor quando viu a imagem. “Uma estrela fria. É por isso que estamos congelando, não é um defeito. Estamos indo até um Sol gelado. Esse é nosso perigo para essa versão da realidade.”

“Então esse é o sonho.” Amy disse e os dois homens olharam pra ela. “Uma estrela queima, não é? Deveria estar quente.”

“Bem, esta estrela queima frio. Eu diria que temos uns 14 minutos até a colisão.” O Doutor disse enquanto sentava na cadeira do capitão. “Mas isso não é o problema.”

“Porque sabe como nos salvar!?!” Rory se animou.

“Porque até lá congelaremos!”

“O Doutor nem sempre salva vidas.”

O Doutor e seus companheiros olharam para onde vinha essa voz que todos reconheceram como sendo do Senhor dos Sonhos.

“Havia um velho Doutor de Gallifrey que acabou jogando sua vida fora. Ele desapontou seus amigos e...” O Senhor dos Sonhos ia dizendo quando pássaros começaram a cantar. “Oh, não. Acabou nosso tempo. Não fiquem muito tempo por lá ou vocês morrerão aqui.”

Os três dormiram novamente, mas agora eles sabem do verdadeiro perigo que estão correndo. Pelo menos em um dos mundos.

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Rose se virou quando ouviu um ruído.

“Calma! Sou só eu.” Disse o Senhor dos Sonhos.

“Por quanto tempo eu ficarei aqui?” Perguntou Rose.

“Até resolverem o problema. O Doutor, como sempre, está na pista certa, mas nem perto de solucionar.”

“Estou cansada do seu joguinho. Deixe-me sair daqui!”

“Não posso deixar isso acontecer.”

“Então vá embora!”

“Seu desejo é uma ordem.” Com isso, o Senhor dos Sonhos sumiu.

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“Mas eles são só pessoas velhas.” Disse Rory exasperado enquanto um grupo de idosos encaravam os três.

“Não, eles são pessoas muito velhas.” Corrigiu o Doutor.

“Olha só! Um ataque de idosos! Este lugar só pode ser o sonho, não é, Amy?” O Senhor dos Sonhos apareceu.

“Deixe-a em paz!” Exclamou o Doutor.

“Faça isso de novo! Você parece um herói quando diz isso. ‘Deixe-a em paz!’”

“Cala a boca e me deixe em paz!” Amy disse com firmeza.

“Mas não vou deixar tão fácil assim.”

“Pare com isso! Eu sei quem você é!” Disse o Doutor.

“Claro que não sabe.”

“Claro que sei. Só há uma pessoa no Universo que me odeia tanto quanto você.” O Doutor disse.

O Senhor dos Sonhos sorriu com satisfação. “Esqueça sobre mim. Talvez deva se preocupar com eles.”

O Doutor se virou para seguir o olhar dele. Um grupo de idosos avançavam na direção deles e, claro, o Senhor dos Sonhos sumiu.

Os idosos pararam em frente ao Doutor e, quando eles abriram, um olho apareceu de dentro.

“Eles têm um olho na boca!” Amy disse com os olhos fixos nos idosos.

“São Eknodines.” O Doutor disse. “Por que estão escondidos aqui? Por que não estão em casa?”

“Fomos tirados de nosso planeta.” Disse o alien que era a Sra. Poggit.

“Então são os aliens que fazem eles viverem tanto tempo?” Adivinhou Rory assustado.

“Sim.” Respondeu o Doutor. Os idosos ameaçaram atacar. “Ponds, é melhor vocês correrem!” Sugeriu o Doutor.

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“Ok, eu ainda acho que a vila é real.” Disse Rory assim que acordou na TARDIS.

“Eles são uma raça nobre e orgulhosa e nos atacaram. Você ainda acha que é real?” Perguntou o Doutor ao Rory.

“Ei, vocês dois! Vistam isso!” Amy entregou um pano para cada um.

“O que é isso?” Perguntou Rory.

“Ponchos.”

“Poncho! O maior crime contra a moda desde a calça baggy.” Disse Rory.

Os três vestiram seus ponchos.

“Se vamos morrer, vamos morrer igual a uma banda de folk peruana.” Disse Amy encarando a estrela fria na tela da TARDIS.

“Nós não vamos morrer.” Disse Rory. Pelos menos é o que ele esperava.

“Oh, vocês estão bonitinhos nesses ponchos.” Disse o Senhor dos Sonhos aparecendo de repente.

“Diga-me qual é o seu propósito! Você fica nos mandando para dois mundos diferentes!” Disse o Doutor com raiva.

“Então por que não se separam? Você fica com o narigudo e eu fico com a Amy.”

Rory se virou para Amy. “Você consegue ouvir isso?”

“Ouvir o quê? Não.”

“Amy.” O Doutor a chamou. “Não se assuste. Nós vamos voltar.”

O Doutor e Rory caíram no chão, então Amy imaginou que eles ouviram os pássaros, mas ela não.

“Amy, vamos nos divertir, não?” Perguntou o Senhor dos Sonhos que ainda continuou por ali.

A cada segundo que passava, o interior da TARDIS ficava mais frio. O exterior provavelmente já estava congelado.

“Pobre Amy.” O Senhor dos Sonhos se sentou ao lado dela. “Ele sempre a deixa sozinha.” Ele se teletransportou para ao lado dos dois caídos. “Qual desses homens você escolhe. Olhe para eles. Você fugiu com um herói bonitão, mas está noiva de um enfermeiro trapalhão que acha que para ser interessante precisa de um rabo-de-cavalo!”

“Pare com isso!”

“Mas talvez seja melhor do que amar e perder o Doutor. Ele não tem olhos para você. Escolha um mundo e esse pesadelo vai terminar. Eles vão lhe ouvir. Os homens de Amy. A escolha de Amy.”

Com isso, o Senhor dos Sonhos sumiu, deixando Amy confusa e sozinha. Não demorou muito tempo para ela ouvir os pássaros e dormir também.

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Rose ainda estava presa na biblioteca. Ela procurou por chaves ou passagens secretas e nada encontrou.

“Boas notícias! Esse pesadelo pode terminar mais rápido do que pensei.” Rose ouviu a voz irritante desse tal de Senhor dos Sonhos enquanto ele continuava a falar. “Bem, boas notícias apenas para vocês. Eu estava me divertindo tanto!”

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Na vila, o Doutor dirigiu uma kombi até chegar na casa dos Ponds. Um grupo de idosos/alienígenas estavam cercando a casa, então ele teve que entrar pela janela.

“É o Doutor!” Exclamou Rory. “O que vamos fazer?”

“Eu não sei.” Respondeu o Doutor cansado.

Uma janela foi quebrada. Rory foi verificar o dano causado.

“Não!” Gritou Amy quando viu Rory ser atingido pelo gás venenoso lançado pela Sra. Poggit.

“Não. Eu não estou pronto.” Disse Rory caído.

Amy está do seu lado, assistindo com horror enquanto ele se desintegra e vira pó. Ela não podia acreditar.

O Doutor ficou triste por sua amiga e ele não podia imaginar a dor que ela estava sentindo. De fato, ele já viu acontecer a mesma coisa com Rose naquele estúpido Satélite 5. Ele era só um Doutor solitário que usava jaqueta de couro na época, mas sentiu uma dor tão forte que ele mal conseguia respirar. E o desespero foi grande.

“Eu só quero Rory de volta.”

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Amy abriu os olhos devagar. Ela sentiu que todo seu corpo estava congelado, mas seu coração se aqueceu quando ela viu Rory abrir os olhos também. Pela primeira vez, ela sabia o que queria.

“Vocês escolheram este mundo.” Disse o Senhor dos Sonhos. “Muito bem, fizeram o certo. E restando apenas alguns segundos.” As luzes da TARDIS se acenderam e o aquecedor foi ligado. “Espero que tenham gostado de suas pequenas ficções. Eu fui derrotado e devo ir. Até mais.” Ele desapareceu.

Os três se levantaram devagar por que seus corpos estavam muito congelados.

“Algo aconteceu. Eu...” Rory ia dizendo. “O que aconteceu comigo?”

Amy se inclinou para o Rory e o abraçou. Rory gostou disso. A atenção do casal se voltou para a TARDIS que fez um barulho.

“O que está fazendo agora?” Perguntou Amy.

“Eu vou explodir a TARDIS.” O Doutor respondeu simplesmente.

“O quê?” Rory não podia acreditar.

“Notou como o Senhor dos Sonhos nos ajudou?” O Doutor ia explicando enquanto mexia nos motores da nave. “Ele estava sempre nos instigando a escolher entre sonho e realidade.”

A TARDIS chacoalhou. “Doutor, o que você está fazendo?” Quis saber Amy.

“Estou basicamente fazendo o que você fez na vila.”

“Só porque Rose não está aqui?”

“Porque o Senhor dos Sonhos não tem poder no mundo real. Isto é um sonho também.”

“Como sabe disso?”

“Porque eu sei quem ele é!” O Doutor prosseguiu com a autodestruição. Tudo ficou escuro por um tempo.

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Rose esperava pacientemente em frente à lareira. Ela sentiu um movimento e se virou achando que era o Senhor dos Sonhos, mas só encontrou uma rosa em cima da poltrona. Ela sorriu, segurou a rosa e a inspirou fundo, fechando os olhos.

Quando Rose abriu os olhos e percebeu que estava em um lugar diferente. Na sala do console.

O Doutor apareceu do lado. “Olá!” Ele disse.

“Olá!” Ela respondeu sem olhar para ele, apenas brincando com a rosa.

“O que houve?” Ele perguntou preocupado.

“Eu tive uma conversa interessante com o Senhor dos Sonhos.”

“Ele não... Saiba que eu não te machucaria...” O Doutor tentou explicar, mas lhe faltaram palavras.

Rose agora olhava para ele. “Eu sei que você nunca me machucaria... e nem ele.”

“Então você sabe quem ele é.”

“Ele deu algumas pistas durante as conversas.”

“Onde ele te deixou?”

“Na biblioteca, mas eu sabia que era um sonho. Só não sabia quando iria acabar.”

“Está acabado agora.” O Doutor disse e a abraçou.

Rory e Amy chegaram na sala do console. “Você estava certo! Aquilo era um sonho também!” Disse Amy enquanto desciam as escadas.

O Doutor tirou algo do bolso. Ele mostrou umas pequenas partículas em sua palma da mão. “Isto é pólen psíquico das pradarias de Karas don Slava. Achei nos motores da TARDIS. Caiu no rotor do tempo, se aqueceu e nos induziu a um estado de sonho.”

O Doutor abriu as portas e jogou as partículas fora no espaço.

“Então quem era aquele Senhor dos Sonhos? Eram essas partículas?” Perguntou Rory curioso.

“Não, não, não. Era eu! Era minha versão obscura. Tenho 907 anos, ele teve muito que explorar e jogar contra mim.” O Doutor suspirou. “Mas a questão agora é sobre o que acontecerá com Rory. Então, Amy, eu acho que você deve dar a ele total atenção.” O Doutor a empurrou para o Rory e depois foi com Rose até o outro lado da sala.

“Afinal, qual era o propósito do Senhor dos Sonhos?” Perguntou Rose a ele baixinho.

“Ele queria que Amy escolhesse entre mim e Rory. Eu posso levá-la para qualquer lugar do Universo, mas Rory é o noivo dela.”

“Então é isso? Escolher entre você e Rory?” Rose disse e o Doutor acenou concordando. “Ela obviamente escolheu Rory.”

“Mas Rory não sabia disso.”

O Doutor e Rose ouviram as risadas do casal Pond (o Doutor adorava chamá-los assim) e, em seguida, os presenciaram se beijando.

“Eu acho que agora o Rory sabe.” Concluiu Rose observando-os por alguns instantes.

“Está na hora de interrompê-los. Então!” O Doutor bateu palmas para chamar atenção. “Para onde agora?”

“Eu não sei. Qualquer lugar está bom pra mim. Estou feliz em qualquer lugar.” Respondeu Rory.

O Doutor e Rose sorriram para ele. Rory já se sentia em casa.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim, porque deu trabalho. ^^



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